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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

A PLENA SEGURANÇA DA FÉ - E J Waggoner


A PLENA SEGURANÇA DA FÉ

E. J. Waggoner 

          A fé do cristão é algo que não pode ser visto é uma fonte de espanto para um descrente, sendo frequentemente objecto de zombaria e desprezo. Os mundanos consideram a fé simples do cristão como evidência de fraqueza mental, e com um complacente sorriso que pressupõe a superioridade de seu próprio intelecto, declara que nunca crê em alguma coisa sem evidência; nunca tira conclusões precipitadas, e não crê em algo que não pode ver e entender.
          A declaração de que o homem que não crê em nada que não possa entender terá um credo muito curto é bastante verdadeira. Não há um filósofo vivente que possa entender uma centésima parte de simples fenómenos que possa ver todo dia. Cientistas têm descoberto, por observação, que certos tipos de solo são especialmente adaptados a certos tipos de plantas; mas ninguém pode explicar porquê. Sabem que sob certas condições podemos esperar chuva ou neve; mas não podem produzir essas condições, nem dizer como são produzidas. Verdadeiramente, de todos os fenómenos a respeito dos quais os filósofos debatem tão eruditamente, não há nenhum que possa explicar como a causa absolutamente original.
          Na realidade, fé é uma das coisas mais comuns. Não há céptico que não tenha fé em maior ou menor grau; e em muitíssimos casos vão até além, e manifestam simples credulidade. Mas o elemento da fé está subjacente a todas as transacções de negócio e todos os fatos da vida. Dois homens estabelecem um compromisso de encontrar-se em certo tempo e lugar, para realizar certo negócio; cada qual tem de confiar na palavra do outro. O comerciante tem que exercer fé em seus empregados e seus fregueses. Sim, até mesmo tem que exercer fé em Deus; pois enviará seus navios através do oceano, confiante de que retornarão carregados de mercadorias, e con­tudo precisa saber que o seu retorno seguro depende dos ventos e das ondas, que estão além do controle humano. E conquanto nunca antes pense no Poder que controla os elementos, deposita confiança nos oficiais e na tripulação. Ele até mesmo se confiará a bordo de um dos navios, cujo capitão e tripulação nunca viu, e confiantemente espera que será transportado em segurança ao seu destino.
          Um desses homens que julga ser tolice confiar em Deus "a quem nenhum homem viu, nem pode ver" vai a um pequeno guiché e ali coloca uma nota de dinheiro, e em retorno recebe de um homem a quem nunca viu antes, e cujo nome desconhece, somente uma pequena tira de papel que declara que ele tem direito a viajar para uma cidade distante. Ele talvez nunca viu tal cidade, e sabe sobre sua existência somente pelo relato de outros, contudo embarca num dos vagões de um comboio, entrega seu papelzinho para outro estranho e busca acomodar-se confortavelmente. Ele jamais viu o maquinista e não sabe se este seria capaz de fazer algo intencionalmente errado; contudo age com total despreocupação e espera confiantemente ser transportado em segurança a seu destino, de cuja existência está ciente apenas por ouvir dizer. Mais que isso, ele tem em mãos um pedaço de papel preparado por alguns homens que nunca viu, que declara que esses estranhos, sob cujo cuidado ele se confiou, o levarão a seu destino em certa hora, e tão implicitamente esse céptico crê em tal declaração que manda mensagem antecipando a outra pessoa que jamais viu, com arranjos para encontrá-lo nesse tempo especificado.
          Ainda mais, sua fé é exercida ao enviar mensagem anunciando a sua ida. Ele entra num pequeno gabinete, escreve algumas breves palavras num pedaço de papel que entrega a um estranho sentado junto a uma pequena máquina, paga ao homem meio dólar, e então segue o seu caminho crendo que em não menos do que meia hora o seu amigo desconhecido, a mil milhas de distância estará lendo a mensagem que deixou na estação onde desembarcara.
          Quando ele alcança a cidade, sua fé é ainda manifestada. Enquanto viajava num dos vagões do trem ele escrevera uma carta à família que ele deixou em casa. Tão logo alcança a cidade, observa uma pequena caixa de ferro presa a um poste na rua, e vai directo até ela depositando ali a carta, e retira-se sem dedicar mais qualquer pensamento ao assunto. Espera confiantemente que a carta deixada naquela caixa sem dizer qualquer palavra a quem quer que seja alcance sua esposa dentro de dois dias. E, contudo, esse homem pensa que é extremamente insensato falar com Deus na expectativa de que qualquer atenção seja prestada a suas palavras.
          Mas a tudo isso o céptico responderá que não confia cegamente nos outros, mas tem razões para crer que será transportado com segurança, que sua mensagem será enviada correctamente, e que sua carta alcançará a sua esposa em tempo adequado. Sua fé nessas coisas baseia-se nos seguintes pontos:
          1. Outros foram transportados em segurança, e milhares de cartas e telegramas têm sido correctamente enviados e prontamente entregues. Sempre que uma carta tem sido mal direccionada, quase invariavelmente ocorre por falta do remetente.
          2. Os homens a quem ele se confia, bem como as suas mensagens, têm como negócio o transporte de pes­soas e mensagens; se falharem em cumprir o seu acordo, ninguém depositará mais confiança neles, e o seu negócio iria à falência.
          3. Ele tem a garantia do governo dos Estados Unidos. As companhias de estrada de ferro e telégrafo recebem seu direito de operação do governo, que, com isso, se torna em certa medida responsável por sua confiabilidade. Se não agirem segundo concordaram, o governo pode revogar o direito deles. A confiança dele na caixa de correio deve-se ao fato de ter visto sobre ela as letras U.S.P.S., e saber que significam que o governo prome­teu entregar com segurança qualquer carta depositada na caixa, se apropriadamente endereçada e selada. Ele crê que o governo cumprirá suas promessas, porque se não fizer isso, logo poderá chegar a um fim. Sua existência depende da capacidade de cumprir suas promessas e de sua integridade em realizá-las. É do interesse do governo cumprir suas promessas tanto quanto é do interesse das empresas ferroviária e de telégrafo cumprir as suas. E todas essas coisas formam um terreno sólido para sua fé.
          Bem, o cristão tem mil vezes mais base para a sua fé nas promessas de Deus. Fé não é credulidade cega. Diz o apóstolo: "Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem". Heb. 11:1. Essa é uma definição inspirada, e, portanto, podemos concluir que o Senhor não espera que exerçamos fé excepto sobre a evidência. Agora, pode-se prontamente demonstrar que o cristão tem razões muito maiores para exercer fé em Deus do que o céptico ao exercer confiança nas companhias ferroviária e telegráfica ou no governo.
          1. Outros têm confiado nas promessas de Deus, e concluído que são seguras. O décimo primeiro capítulo de Hebreus contém uma longa lista daqueles que se têm certificado das promessas de Deus, os quais "subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam bocas de leões, extinguiram a violência do fogo, es­caparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros. Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos". E isso não se limita aos tempos antigos. Quem desejar, há-de encontrar abundância de testemunho quanto ao fato de que Deus é "socorro bem presente na angústia". Milhares podem testificar de orações respondidas em maneiras tão extraordinárias ao ponto de não res­tar mais dúvidas de que Deus responde as orações em maior medida do que o governo dos Estados Unidos leva a correspondência que lhe é confiada.
          2. O Deus em quem confiamos tem como negócio o responder orações, e proteger e cuidar de Seus súbditos. "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos porque as Suas misericórdias não têm fim". "O Senhor . . . tem prazer na misericórdia". Miqueias 7:18. "Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais". Jeremias 29:11. Se Ele quebrasse uma de Suas promessas, os homens deixariam de crer n’Ele. Essa era a base de confiança de Davi. Declarou ele: "Assiste-nos, ó Deus e Salvador nosso, pela glória do Teu nome; livra-nos, e perdoa-nos os peca­dos, por amor do Teu nome. Por que diriam as nações: Onde está o seu Deus?" Salmo 79:9, 10.
          3. A existência do governo de Deus depende do cumprimento de Suas promessas. O cristão tem a segu­rança do governo do universo de que todo pedido legítimo que faz será concedido. O governo existe para a protecção dos fracos. Suponhamos agora que Deus falhasse em cumprir uma de Suas promessas ao mais fraco e mais insignificante indivíduo do mundo; essa única falha destruiria o governo inteiro de Deus. O universo todo iria imediatamente ser lançado em confusão. Se Deus devesse quebrar uma de Suas promessas, ninguém no universo poderia ter jamais confiança nelas, e Sua regência chegaria ao fim; pois confiança no poder governante é o único terreno seguro para a obediência. Os niilistas da Rússia não obedecem ao czar porque não confiam nele. Qualquer governo que, através da falha em cumprir suas obrigações, perde o respeito de seus súbditos está numa condição de instabilidade. Portanto, o cristão humilde depende da Palavra de Deus, sabendo que Deus tem mais a perder do que ele. Se tal coisa, como Deus falhar em cumprir Sua Palavra, fosse possível, o cristão perderia somente a sua vida, mas Deus perderia o Seu carácter, a estabilidade de Seu governo, e o controle do universo.
          Ademais, aqueles que depositam confiança no governo humano, ou em qualquer instituição de homens, estão sujeitos a serem desapontados. Com as melhores das intenções, erros serão cometidos, porque os homens são falíveis. Mas para o cristão, a firme segurança é dada: "Não há outro, ó amado, semelhante a Deus! que ca­valga sobre os céus para a tua ajuda, e com a Sua alteza sobre as nuvens. O Deus eterno é a tua habitação, e por baixo de ti estende os braços eternos". Deuteronómio 33:26,27. O Seu poder é demonstrado na criação. As coisas que Ele fez atestam de Seu eterno poder e Divindade. Quanto mais poderoso for o governo, maior a confiança nele. Então, o que é mais razoável do que termos confiança implícita no Deus a quem a Natureza e a Revelação combinadas declaram ser omnipotente, eterno e imutável?
          Se eu devesse expressar a um incrédulo as minhas dúvidas quanto à integridade de um de seus amigos, ele diria: "Isso é porque você não o conhece; apenas faça uma experiência com ele e verá que é tão confiável quanto o aço". Esta seria uma boa resposta; e assim dizemos ao infiel que duvida das promessas de Deus: "Oh! provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que Nele se refugia. Temei o Senhor, vós os Seus santos, pois nada falta aos que O temem". Salmo 34:8,9. Que direito tem alguém de duvidar das promessas ou do poder de Deus antes que lhe ponha à prova? E nesse caso, que direito tem alguém de duvidar de Deus, uma vez que todos estão provando o Seu poder e bondade a cada momento da vida?
          Em II Coríntios 1:18-20 encontramos as seguintes positivas declarações: "Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra para convosco não é sim e não. Porque o Filho de Deus, Cristo Jesus, que foi por nosso intermédio anunciado entre vós, isto é, por mim e Silvano, e Timóteo, não foi sim e não; mas sempre nele houve o sim. Por­que quantas são as promessas de Deus tantas têm nele o sim; porquanto também por Ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio".
          Neste fato somente pode o pecador encontrar qualquer confiança em aproximar-se de Deus. "Jesus Cristo, é o mesmo ontem, hoje e para sempre" é a única esperança do pecador. Não é para melindrá-lo, nem para glo­riar-se em desapontá-los, que o gracioso chamado é dado aos homens. "Ah! todos vós os que tendes sede, vinde às águas; e vós os que não tendes dinheiro, vinde comprai, e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite". Isaías 55:1.
          Diz Jesus: "O que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora" (João 6:37); e Paulo declara que Ele "pode salvar também totalmente os que por Ele se chegam a Deus". Hebreus 7:25. E o mesmo apóstolo ainda diz:
          "Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo-sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo-sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, antes foi Ele tentado em todas as coisas à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confia­damente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna". Hebreus 4:14-16.
          Novamente lemos: "De fato, sem fé é impossível agradar a DEUS, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que O buscam". Hebreus 11:6. A fé, portanto, e a ousadia são características que o Senhor deseja que aqueles que a Ele vão manifestem. Esses pensa­mentos são sugeridos pela leitura de um velho hino, cujas primeiras três estrofes assim rezam:
"Vem, humilde pecador, em cujo peito
milhares de pensamentos giram;
Vem com tua culpa e temor opressores,
e toma esta última resolução:
"Irei a Jesus, conquanto os meus pecados
semelhantes a montanhas me cerquem;
Conheço Suas cortes em que adentrarei,
seja o que opor.
"Prostrado me lançarei perante o Seu trono,
e ali minha culpa confessarei;
Dir-Lhe-ei que sou um miserável perdido
sem a Sua soberana graça".

          Isso é bom; nenhuma resolução melhor poderia possivelmente ser feita; é somente o que Deus deseja que cada pecador faça. Ele declara:
          "Buscai  o Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o perverso o seu cami­nho, o iníquo os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que Se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar". Isaías 55:6,7.
          Esta é a linguagem da segurança positiva. Que, pois, diremos ao sentimento expresso na quarta estrofe do hino acima referido? Assim reza:
          "Talvez Ele admita a minha súplica,
          Talvez ouvirá minha oração;
          Mas se eu perecer, pedirei,
          E perecerei somente ali".
          Tal linguagem pode ser escusável em alguém que nada sabe sobre Deus; mas foi pronunciada por alguém que tem conhecido a Deus, ou, antes, é conhecido por Deus e pode ser considerado somente como um desafio à Palavra de Deus. O pecador é exortado a lançar-se prostrado perante Deus, confessar os seus pecados, e suplicar misericórdia, e então é "encorajado" com o pensamento de que talvez Deus ouça a sua oração, e admita o seu rogo. Não é dessa maneira que Deus encoraja aqueles que estão enfermos de pecado. Diz o discípulo amado: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça". I João 1:9. Ele promete que "terá misericórdia" e que "perdoa abundantemente" os que volvem-se a Ele confessan­do e abandonando os seus pecados.
          Não há coisa tal como "talvez" com Deus. Suas promessas ao penitente, e Suas ameaças aos impenitentes são igualmente positivas. "Quem, porém, não crer será condenado". Marcos 16:16. Ao errante Ele declara: "Então Me invocareis, passareis a orar a Mim, e Eu vos ouvirei. Buscar-Me-eis, e Me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração". Jeremias 29:12,13. Novamente diz: "Não disse à descendência de Jacó: Buscai-me em vão; Eu, o Senhor, falo a verdade, e proclamo o que é direito". Isaías 45:19.
          Cristo declara: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas". Mateus 11:28,29. Não há "talvez" a respeito disso.
          "Deus é amor"; Ele Se tem revelado a nós como um Deus que tem "deleite na misericórdia". A garantia disso é achada no fato de que Jesus morreu por nós; "Deus prova o Seu próprio amor para connosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores". Romanos 5:8. E "Aquele que não poupou a Seu próprio Filho, antes, por todos nós O entregou, porventura não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas?" Roma­nos 8:32. "Fiel é a palavra e digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal". I Timóteo 1:15. Sendo que Ele veio para esse expresso propósito, como pode haver qualquer dúvida sobre o receber Ele os que humildemente a Ele vão?
          Quando a rainha Ester foi instada a comparecer perante o rei Assuero rogar pela vida de seu povo, ela a princípio recusou, porque representava morte comparecer perante ele sem ter sido convocada, mas finalmente ela cedeu, declarando: "Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos. Depois irei ter com o rei, ainda que é contra a lei; se perecer, pereci". Ester 4:16.
          Assuero (Xerxes) era um rei pagão, e um déspota intolerante. Ao comparecer perante ele a rainha tinha a vida nas mãos. Mas nosso Deus estendeu o Seu ceptro a nós; Ele deseja que vamos, e insiste connosco para irmos. "Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que haveis de morrer, ó casa de Israel?" Ezequiel 33:11. "O Espírito e a noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem. Aquele que tem sede, venha, e quem quiser receba de graça da água da vida". Apocalipse 22:17.
          Dissemos que não há coisa tal como "talvez" com Deus. Tiago declara que com Ele não há "mudança, nem sombra de variação". Então os que vão a Ele, em dúvida se receberão aquilo por que pediram, devem desagradá-Lo, porque reflectem a respeito de Sua veracidade. Que Deus se desagrada daquele que duvida está evidente em Hebreus 11:6, e também das seguintes palavras:
          "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhan­te à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coi­sa". Tiago 1:5-7.
          O homem que julga que "talvez" Deus ouça a sua oração, pensa que "talvez" não o faça; tal indivíduo não pode pedir em fé, sem vacilar, e consequentemente não pode receber nada. A única maneira de ir é ousadamente. O violento toma o reino de Deus pela força.
          Um pensamento mais. Deus agrada-Se de que a Ele vamos com confiança, porque revela que cremos no que dizemos; e Sua própria glória depende do cumprimento de Suas promessas. Declara Paulo: "Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo,--pela graça sois salvos, e juntamente com Ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da Sua graça, em bondade para connosco, em Cristo Jesus". Efésios 2:4-7. Isto é, Deus tenciona exibir-nos por toda a eternidade como evidência da suprema riqueza de Sua graça; as almas que são salvas representarão um eterno troféu de sua imutável bondade; como, então, se pode imaginar que Ele não ouvirá a oração da alma contrita, com quem tem declarado que se apraz. 
          Arrependeu-se de seus pecados? Odeia-os, e anseia por uma vida melhor? Já os tem confessado? Então valha-se da garantia da Palavra de Deus como evidência de que seus pecados estão perdoados, e que você tem di­reito à paz com Deus mediante Nosso Senhor Jesus Cristo. Então poderá dizer com o profeta: "Graças te dou, ó Senhor, porque, ainda que Te iraste contra mim, a Tua ira se retirou, e Tu me consolas. Eis que Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei, porque o Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; Ele Se tornou a minha salvação". Isaías 12:1,2.


segunda-feira, 12 de junho de 2017

 


 

CRIAÇÃO OU EVOLUÇÃO?

por A. T. Jones.

 Em 21 de fevereiro de 1899.

Sermão das três mensagens angélicas sobre a justificação pela fé na palavra criadora de Deus estando em nós, e operando por e mediante nós, como Deus conosco.

Esta tarde falarei sobre o tema da evolução. Desejo que prestem bastante atenção e descubram por si mesmos se são ou não evolucionistas. Em primeiro lugar, lerei o que é a evolução; então, ao prosseguirmos adi­ante, poderão ver se são ou não evolucionistas. Essas declarações são todas copiadas de um tratado sobre evolução, escrito por um dos principais evolucionistas; portanto, são todas corretas na medida em que trazem defini­ções do tema:

"Evolução é a teoria que representa o curso do mundo como uma transição gradual do indeterminado para o determinado, do uniforme para o variado, e que presume que a causa desses processos é imanente no pró­prio mundo que deve assim ser transformado.

    "A evolução desse modo é quase sinónima de progresso. É uma transição do inferior para o superior, do pior para o melhor. Assim o progresso aponta a um crescente valor em existência, como julgado por nossos senti­dos".

    Agora, observem os pontos em particular nessas três sentenças: a evolução representa o curso do mundo como uma transição gradual do inferior para o superior, do pior para o melhor; e presume que este processo é imanente no próprio mundo para assim ser transformado. Isso equivale a dizer que uma coisa melhora por si mesma; e o que a leva a ficar melhor é ela própria. E este progresso assinala "um crescente valor em existência, segundo julgado por nossos sentidos". Isso equivale a dizer que vocês saberão que é melhor, porque sentem-se melhor. Vocês sabem que tem havido progresso porque o sentem. Vossos sentidos regulam a vossa postura. O vosso conhecimento de vossos sentidos regulam o vosso progresso do pior para o melhor.

    Agora, nessa questão de progresso do pior para o melhor, têm os vossos sentidos algo a ver com isso? Se têm, o que são vocês? Todos aqui esta tarde que medem o vosso progresso, o valor de vossa experiência, por vossos senti­dos, é um evolucionista. Não importa que tenham sido adventistas do sétimo dia por quarenta anos, serão evo­lucionistas do mesmo jeito. E todo o vosso cristianismo, toda a vossa religião, é uma mera profissão sem o fato, sim­plesmente uma forma destituída de poder.

    Agora leio o que é a evolução de outra maneira, de modo a que possam perceber que é infidelidade. Daí, se alguém se descobrir um evolucionista, sabe imediatamente que é um infiel: "A hipótese da evolução visa a responder um número de perguntas com respeito ao começo, ou gênesis, das coisas". "Ajuda a restaurar o antigo sentimento para com a natureza como seu pai e a fonte de nossa vida".

    Um dos ramos desse tipo de ciência, que mais concorreu para o estabelecimento da doutrina da evolução, é a nova ciência da geologia, que tem instituído a noção de vastos e inimagináveis períodos de tempo na história remota de nosso globo. Esses vastos e inimagináveis períodos, como outro dos principais autores desse assunto declara - "é a base indispensável para entender a origem do homem" no processo da evolução. Assim, o progresso obtido deu-se ao longo de eras incontáveis. Contudo, esse progresso não tem sido estável e direto desde o início até sua condição presente. Tem atravessado muitos altos e baixos. Tem ocorrido muitas ocasiões de grande beleza e simetria; mas daí teria ocorrido um cataclisma ou uma erupção e tudo se despedaçou, por assim dizer. Nova­mente o processo teria se iniciado a partir dessa condição de coisas e se edificado mais uma vez. Muitas, muitas vezes esse processo tem-se repetido, e é esse o processo de evolução - a transição do inferior para o superior, do pior para o melhor.

    Agora, qual tem sido o processo o vosso progresso do pior para o melhor? Tem sido através de "muitos altos e baixos"? O vosso empenho por obter o poder para praticar o bem - as boas obras que são de Deus - tem sido mediante um longo processo de altos e baixos desde o tempo da vossa primeira profissão de cristianismo até agora? Tem às vezes parecido que aparentemente vocês fizeram grande progresso, que vocês estão se saindo bem, e que tudo estava bem e agradável; e então, sem aviso prévio, ocorreu um cataclisma, ou uma erupção, e tudo se perdeu? Não obstante, a despeito de todos os altos e baixos, vocês se lançam num novo esforço: e assim, ao longo desse pro­cesso de longo prazo, vocês chegam aonde estão hoje, e ao "olharem para trás" considerando tudo, podem assinalar algum progresso, e pensam, julgando por vossos sentidos - é essa a nossa experiência? É esse o modo pelo qual temos feito pro­gresso?

    Por outras palavras, são vocês evolucionistas? Não fujam do tema; confessem a verdade honestamente, pois dese­jovos tirar do evolucionismo esta tarde. Há um modo de sair disso, e todos quantos vieram a este recinto como evolucionistas podem sair como cristãos. Assim, se quando estou descrevendo um evolucionista tão claramente vocês  assim se vêem, apenas o dizem, admitem que se trata de vocês mesmos, e então seguem os passos que Deus vos dará e que vos fará sair dessa condição. Mas digo-vos claramente que, se o que eu descrevi tem sido a vossa experiência, se tem sido o tipo de progresso que vocês conseguiram na vossa vida cristã, então vocês são evolucionistas, quer admitam ou não. O melhor, contudo, é admiti-lo, daí abandoná-lo, e serem um cristão.

    Outra fase: "A evolução, em essência, considera a matéria como eterna". E ao "presumi-lo, a noção de criação é eliminada daquelas regiões da existência a que se aplica". Agora, se considerarem a vocês mesmo em busca do princípio que assegure que o progresso que deve ser alcançado por vocês caso desejem alcançar o reino de Deus; se supõem que isto é imanente em si próprio e que se pudessem conseguir que operasse devidamente e  controlasse apropriadamente ao serem desse modo postos em ação, resultaria bem. Se estiverem esperando isso, observando e assi­nalando os vossos progressos, vocês são evolucionistas. Pois leio mais o que é a evolução: "Está claro que a doutrina da evolução é diretamente antagônica ao da criação. . . . A idéia de evolução, como aplicada à formação do mun­do como um todo, opõe-se ao de uma volição criativa direta".

    Isto é, a evolução, como definida por aqueles que a fazem--que o mundo veio à existência por si próprio, bem como tudo quanto a ele se aplica, e que o princípio que o trouxe à condição em que está é imanente em si mesmo, e é adequado para produzir tudo isso. Assim sendo, na natureza das coisas a "evolução é diretamente an­tagônica à criação".

    Agora, quanto ao mundo e tudo quanto nele há, vocês não crêem que tudo veio por si só. Vocês sabem que não são estritamente  evolucionistas porque crêem que Deus criou todas as coisas. Cada um que aqui está esta tarde diria que crê que Deus criou todas as coisas--o mundo e tudo quanto nele há. A evolução não admite isso; não tem lugar para a criação.

    Há, contudo, outra fase da evolução que supostamente não é de modo algum antagónica à criação. Aque­les que fizeram esta evolução que eu li para vocês não intencionavam ser nada menos do que infiéis - homens sem fé - porque um infiel simplesmente é um homem sem fé. Conquanto uma pessoa tenha a pretensão de possuir fé, quando na realidade não a tem, será um infiel. Logicamente, a palavra "infiel" é mais estritamente limitada do que hoje em dia. Os homens que fizeram esta evolução que eu li eram desse tipo de homens, mas quando espalha­ram esse tipo de doutrina, houve um grande número de pessoas que professavam ser cristãs, que professavam ser pessoas de fé, que professavam crer na Palavra de Deus, que ensinam a criação. Estes homens, não conhecendo a Palavra de Deus por si mesmos, não sabendo que se trata da Palavra de Deus, mas tendo fé apenas como uma mera forma destituída de poder - esses homens, digo, estando enfeitiçados com esse novo fato que se desenvolveu e desejando ser populares pela adoção dessa nova ciência, e realmente não desejando pôr de lado inteiramente a Palavra de Deus e os caminhos da fé, não estavam prontos para declarar que podiam virar-se sem Deus, sem a criação em algum lugar, e assim formaram um tipo de evolução com o Criador nela. Essa fase é chamada de evo­lução teísta; ou seja, Deus iniciou a coisa, quando quer que haja sido, mas desde então tudo tem-se desenrolado por si só. Ele a iniciou e após isso a matéria foi capaz de realizar tudo quanto foi feito por si mesma. Isso, todavi­a, é apenas um arranjo mal-disfarçado para salvar as aparências, e é claramente declarado pelos verdadeiros evo­lucionistas como tratando-se de uma "fase de transição da hipótese criacionista para a evolucionista". É tão-só evolução, porque não há meio termo entre criação e evolução.

    Seja vocês alguém desse tipo ou não, há muitos desses mesmo entre os adventistas do sétimo dia, - não tantos quanto costumava haver, graças a Deus! - que crêem que precisamos ter a Deus perdoando os nossos peca­dos para assim iniciar-nos no caminho direito, mas após isso temos que operar nossa própria salvação com temor e tremor. Eles de fato temem e tremem, o tempo todo, mas não operam nenhuma salvação, porque não têm a Deus constantemente operando neles, "tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade". Fil. 2:12, 13.

    Agora em Hebreus 11:3 está registrado que é mediante a fé que entendemos que os mundos foram for­mados "pela Palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem". A Terra que temos não foi feita de rochas; homens não foram feitos de macacos, e os "elos perdidos" não surgiram dos batrá­quios, e estes não procederam de protoplasmas de épocas remotas. Não! "Foi o universo formado pela Palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem".

    Agora, por que se dá que as coisas que são vistas não foram feitas de coisas que aparecem? Simplesmen­te porque as coisas de que estas são feitas não apareciam. E a razão por que essas coisas não apareciam é que absolutamente não eram. Não existiam. Os mundos foram formados pela Palavra de Deus, e a Palavra de Deus é dessa qualidade, tem essa propriedade acompanhante de que quando a palavra é pronunciada, não somente faz com que as coisas sejam, mas produz o material de que a coisa é feita e de que consiste.

    Vocês conhecem também o outro texto, segundo o qual "os céus por Sua palavra se fizeram, e pelo sopro de Sua boca o exército deles . . . pois Ele falou, e tudo se fez". Sal. 33:6-9. Em vista disso, faço-lhes uma per­gunta: Quanto tempo, desde que Ele falou, passou-se até as coisas virem a existir? [Voz: "Tempo algum"]. Nem uma semana? Não. Nem seis longos períodos de tempo? Não. A evolução, mesmo a que reconhece um Criador, sustenta que eras incontáveis e indefinidas, ou "seis longos e indefinidos períodos de tempo" se passaram na for­mação das coisas que se vêem, após Ele ter falado. Mas isso é evolução, não criação. A evolução é mediante lon­gos processos. A criação é mediante a palavra falada.

    Quando Deus, ao pronunciar a palavra, tinha criado o universo, disse para este mundo: "Haja luz". Mas quanto tempo se passou entre as palavras "haja luz", e a ocasião em que luz se fez? Quero que entenda bem esta questão a fim de que possa descobrir se é um evolucionista ou um criacionista. Permita-me repetir a pergunta: "Não teria havido seis longos períodos de tempo entre o tempo em que a palavra foi proferida e o cumprimento do fato? Vocês dirão, Não. Não foi uma semana? Não. Nem um dia? Não. Nem uma hora? Não. Nem um minuto? Não. Nem mesmo um segundo? Não, realmente não. Não houve um segundo entre o tempo em que Deus decla­rou: "Haja luz", e a existência da luz. [Voz: "Tão logo a palavra foi proferida, houve luz"]. Sim, foi assim que se deu. Eu detalho isso tão minuciosamente para que fique bem firmado em suas mentes, temendo que o percam de vista quando eu indagar-lhes algo posteriormente. Agora está estabelecido que quando Deus disse "Haja luz", não houve um segundo de tempo entre isso e o resplendor da luz? [Voz: "Sim".] Tudo bem. Então o homem que ad­mite que qualquer tempo haja passado entre a pronunciação de Deus e o aparecimento da coisa é um evolucionis­ta. Se pensa em termos de eras infindáveis sobre eras, está sendo mais evolucionista do que aquele que julga ter levado um dia; é a mesma coisa, em maior escala até.

    A seguir, Deus declarou: "Haja firmamento". E o que se deu? Assim foi. Então, desde o tempo em que Deus falou, "haja firmamento. . . e separação entre águas e águas", quanto tempo decorreu até que o firmamento ali se produzisse? Ocorreu isso instantaneamente? Sim. Então o homem que mantém que houve um período inde­finido e muito longo entre a pronunciação da palavra e a existência do fato - o que é ele? Um evolucionista. Se ele permite que houvesse um dia ou uma hora ou um minuto entre o proferir a palavra e a existência da coisa em si, esse homem não reconhece a criação.

    Quando o Senhor declarou: "Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca", também quando declarou, "A terra, pois produza relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que dêem fruto . . . E assim se fez". Então Deus estabeleceu duas grandes luzes nos céus e também fez as estrelas, e quando Ele pronunciou a palavra "assim se fez". Ele declarou: "Povoem-se as águas de enxames de seres viven­tes; e voem as aves sobre a Terra, sob o firmamento dos céus", e assim se deu. Quando Deus declarou: "Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie", tal se deu. Quando Ele falou, sempre assim foi. Isso é criação.

    Pode-se ver, pois, que é perfeitamente lógico e suficientemente razoável também para o evolucionista pôr de lado a Palavra de Deus e nela não depositar fé, pois a própria evolução é antagônica à criação. Quando a evo­lução é antagonística à criação e a criação é mediante a Palavra de Deus, então a evolução é antagonística à Pala­vra de Deus. Logicamente o evolucionista não tinha qualquer lugar para essa Palavra, nem para os meio - evoluci­onistas - aqueles que mesclam a criação e a Palavra de Deus para começar as coisas. Leva um tão longo tempo, eras tão indeterminadas e indefinidas para a evolução realizar seja o que for que termina por eliminar a criação.

    O evolucionista genuíno reconhece que a criação deve ser imediata, mas ele não crê em ação imediata, e, portanto, não crê na criação. Não se esqueçam que a criação é imediata, do contrário não é criação, mas evolu­ção. Remontando novamente ao início da criação, quando Deus fala, há em Sua palavra energia criativa para pro­duzir a coisa que essa palavra pronuncia. Isso é criação, e essa Palavra de Deus é a mesma ontem, hoje e para sempre; ela vive e perdura para sempre; tem em si vida eterna. A Palavra de Deus é uma coisa viva. A vida que há nela é a vida de Deus - vida eterna. Portanto, é a Palavra de vida eterna, como declarou o Senhor Jesus, e na natureza das coisas ela perdura para sempre. Eternamente é a Palavra de Deus; para sempre tem energia criativa em si.

    Assim, quando Jesus aqui esteve, Ele declarou: "As palavras que vos digo são espírito e vida". As pala­vras que Jesus falou eram as palavras de Deus. Elas estão imbuídas com a vida de Deus. Elas são vida eterna, e permanecem para sempre, e nelas existe energia criativa para produzir a coisa falada.

    Isso é ilustrado por muitos incidentes na vida de Cristo, como narrada no Novo Testamento. Não preciso citá-los todos, mas referir-me-ei a um ou dois, de modo que possam assimilar este princípio. Lembram-se que após o sermão da montanha, Jesus desceu, e foi ao Seu encontro um centurião dizendo: "Não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado". Jesus volveu-Se àqueles que estavam ao redor e disse: "Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta".

    Israel possuía a Bíblia, conhecia a Palavra de Deus. Gabavam-se os judeus de serem o povo do Livro, o povo de Deus. Eles a liam; pregavam em suas sinagogas: "Minha palavra . . . cumprirá o que Me apraz". Dizi­am, quando liam essa palavra: Tudo bem, a coisa deve ser feita. Vemos a necessidade dela e a cumpriremos tal como diz. E então realizavam o seu melhor para cumpri-la. Levou bastante tempo, tanto tempo de fato, que ja­mais a cumpriram. O verdadeiro cumprimento da Palavra por eles estava tão distante que o maior dentre eles foi levado a exclamar: "Se somente uma pessoa pudesse por um dia apenas guardar toda a lei e não quebrantá-la em um único ponto, sim, se somente uma pessoa pudesse observar esse ponto da lei que afeta a devida observância do sábado - então as angústias de Israel findariam, e o Messias finalmente viria". Desse modo, conquanto começas­sem a realizar o que a Palavra declarava, requereu-lhes tanto tempo que nunca o alcançaram. O que eram eles?

    Havia a Palavra de Deus que dizia: "Ela cumprirá o que Me apraz". Foi falado assim do poder criador. E conquanto professassem reconhecer a energia criativa da Palavra de Deus, contudo em suas próprias vidas dei­xaram tudo isso fora, e declararam: "Nós o faremos". Olhavam para si próprios em busca do processo que os tra­ria ao ponto em que aquela Palavra e eles concordariam. O que eram eles? Temem dizê-lo com medo de terem estado lá vocês próprios? Não temam dizer que eles eram evolucionistas, pois era o que realmente os caracterizava, e é isso o que muitos de vocês são. O curso deles era antagónico à criação; não havia criação a respeito deles. Eles não foram feitos novas criaturas; nenhuma nova vida foi formada em seu interior; a coisa não foi realizada pelo poder de Deus; tudo procedia deles mesmos; e tão distanciados estavam de crer na criação que rejeitaram o Criador e crucificaram-No fora do mundo. É isso o que a evolução sempre faz, pois não se esqueçam que a "evolução é di­retamente antagônica à criação".

    Agora, aquelas eram as pessoas sobre as quais Jesus olhava quando fez essa declaração a respeito de fé em Israel. Ali estava um homem que era romano, que havia crescido entre os judeus. Aquele centurião havia es­tado por perto de onde Jesus estava, e viu-O falando, ouviu Suas palavras e tinha visto o efeito delas, até ele pró­prio declarar: Seja o que for que esse homem fale, assim é; quando Ele diz uma coisa, é cumprida. Agora, eu vou tirar vantagem disso. E assim ele dirigiu-se a Jesus e disse o que estava escrito. Jesus sabia perfeitamente bem que o homem tinha sua mente sobre o poder de Sua palavra para fazer aquela coisa, e Ele reagiu: Muito bem, irei e curarei o teu servo. Oh, não, meu senhor, não precisas ir até lá. Como vêem, aquele homem estava fazendo um teste para ver se havia ou não algum poder na Palavra. Portanto, ele disse: "apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado". Jesus respondeu-lhe: "Vai-te e seja feito conforme a tua fé. E naquela mesma hora o ser­vo foi curado". Quando aquela palavra foi proferida, quanto tempo levou até que "foi feito conforme a [sua] fé" e o jovem viu-se curado? Vinte anos? Não. Precisou ele enfrentar muitos altos e baixos antes que fosse  de  fato curado? Não, absolutamente! Quando foi proferida, a Palavra realizou a coisa dita, e a cumpriu de imediato.

    Outro dia Jesus estava caminhando e um leproso a certa distância dEle viu-O e reconheceu-O. Ele tam­bém havia se apropriado da bendita verdade da energia criativa da Palavra de Deus e declarou a Jesus: "Se quise­res, podes purificar-me". Jesus deteve-se e disse: "Quero, fica limpo!" No mesmo instante a lepra desapareceu, e ficou limpo". Marcos 1:41,42. Não nos é permitido colocar um instante de tempo entre o falar da Palavra e dar cumprimento ao fato: "No mesmo instante" o leproso foi purificado.

    Podem, então, ver que a Palavra de Deus no princípio da criação tinha em si a energia criativa para pro­duzir aquilo que era proferido. Podem também ver que quando Jesus veio ao mundo para revelar aos homens o caminho da vida, para salvá-los dos seus pecados, Ele demonstrou, vez após vez, aqui e ali e por toda parte, a todas as pessoas e por todo o tempo, que essa mesma Palavra de Deus tem a mesma energia criativa nela ainda; de modo que quando essa Palavra é proferida, a energia criativa ali está para produzir o fato.

    Agora, vocês são evolucionistas ou criacionistas? Essa Palavra fala a vocês que a leram e que professam nela crer. Vocês crêem na criação, em contraste com os outros evolucionistas; agora vocês creem na criação em con­traste consigo mesmo? Colocar-se-iam vocês nessa plataforma hoje onde nada permitirá que interfira entre vocês e a energia criativa desse mundo - nenhum período de tempo em absoluto?

    Jesus disse a certa pessoa: "estão perdoados os teus pecados". Não houve extensão de tempo alguma en­tre a palavra "perdoados" e o fato. A mesma palavra, "estão perdoados os teus pecados" é-nos pronunciada hoje. Porque deixam passar um tempo entre essa Palavra, pronunciada para vocês, e o cumprimento do fato? Vocês disseram há pouco que qualquer um que permita um minuto, ou que seja um segundo, passar entre a pronunciação da Pala­vra de Deus e a produção do fato é um evolucionista. Muito bem; assim é. Apeguem-se a isso. Agora, eu per­gunto-vos: Porque será que quando Ele lhe pronuncia perdão, vocês permitem que dias inteiros se passem antes que o perdão o alcance, antes que vos seja verdadeiro? Vocês disseram que o outro homem é um evolucionista. O que são vo­cês? Eu quero saber. Vocês irão deixar de serem evolucionistas e tornarem-se criacionistas?

    Este dia será de especial importância para muitos aqui, porque é uma ocasião quando muitos decidirão esta questão de um modo ou de outro. Se vocês deixarem este recinto como evolucionistas, correrão perigo. É para vocês uma questão de vida ou morte exatamente agora. Vocês declararam que evolução é infidelidade e assim se dá; portanto, se vocês sairem deste recinto como evolucionistas, que postura terão? Qual é a vossas escolha? E se você sairem daqui sem o perdão dos pecados, serão evolucionistas, porque permitem que decorra um tempo entre a pronuncia­ção da palavra e o cumprimento do fato.

    Do que eu li, vocês vêem que quem quer que permita a passagem de tempo entre a palavra pronunciada e o fato realizado é um evolucionista. A Palavra de Deus para vocês é - Homem, "estão perdoados os teus pecados"; Mulher, "estão perdoados os teus pecados". [Pastor Corliss: "Não diz, "Os teus pecados serão perdoados?"] Não, senhor. "estão perdoados os teus pecados" - tempo presente, com uma ênfase. "Estão perdoados os teus pecados". Eu sou grato a Deus que isso assim é, porque a energia criativa está naquela palavra "perdoados" para remover todo o pecado e tornar o homem uma nova criatura. Eu creio na criação. Vocês crêem? Vocês crêem na energia criativa que está na palavra "perdoados" pronunciada para vocês? Ou vocês são evolucionistas que alegam: eu não posso ver como isso pode ocorrer, porque eu sou tão mau. Tenho tentado fazer o certo, mas cometo minhas falhas. Tenho enfrentado muitos altos e baixos e estado no nível baixo por muito mais tempo do que no nível alto. Se as coisas são como dizem, vocês são evolucionistas, pois isso é evolução.

    Muitas pessoas têm ansiado intensamente por um coração puro. Dizem: "Creio no perdão do pecado e tudo o mais e aceitaria tudo, se tivesse certeza de poder manter isso, mas há tanta malignidade em meu coração e tantas coisas a vencer que não tenho confiança alguma". Mas a Palavra ali permanece: "Cria em mim um coração puro". Um coração puro procede da criação e não de qualquer outro meio; e essa criação é operada pela Palavra de Deus. Pois Ele declara: "Eu vos darei um novo coração e um novo espírito porei dentro em vós". Vocês são criacionistas agora ou são evolucionistas? Sairão vocês deste recinto com um coração ímpio ou com um novo cora­ção, criado pela Palavra de Deus, que possui em si energia criativa para produzir um novo coração? Ele lhe fala sobre um novo coração. Fala a cada um exatamente dessa maneira, e se vocês permitem que um momento passe en­tre a pronunciação da palavra e o novo coração, vocês são evolucionistas. Quando permitem que qualquer tempo passe entre a palavra proferida e o cumprimento do fato em sua experiência, então vocês são evolucionistas.

    Há aqueles neste recinto que têm dito: Sim, eu o desejo. Eu irei obtê-lo. Creio que a Palavra o cumprirá, mas eles têm estendido o tempo até a próxima reunião e mais e mais, passando-se os anos, pelo que são meros evolucionistas. "Enquanto tantos estão se batendo com o mistério da fé e santidade, poderiam ter resolvido a questão por proclamar [falando ao derredor, contando a todos], "sei que Jesus Cristo é minha porção para sem­pre". O poder para produzir isto está na Palavra de Deus, e quando esta é aceite, a energia criativa ali está produ­zindo o fato declarado. Assim vocês podem resolver toda a questão do mistério da fé e santidade proclamando que sabem ser Cristo a vossa porção para sempre.

    Há um mistério em como Deus pode ser manifesto em tal carne pecaminosa como a vossa. Mas, imaginem, a questão agora não é sobre o mistério; a questão é - existe algo tal como criação? Existe algo tal como um Criador, que pode criar em vocês um coração puro? Ou é toda essa coisa simplesmente evolução? Exatamente agora, entre os adventistas do sétimo dia, a questão desde este dia até o fim do mundo deve ser, cremos no Criador? E quan­do cremos no Criador, como é que Ele cria? Logicamente dirão, é pela Palavra de Deus. Muito bem. Agora, Ele cria coisas para vocês por Sua Palavra? São vocês criacionistas para os outros evolucionistas ou então  são evolucio­nistas para os outros criacionistas? Como é isso?

    Outra coisa. A Palavra declara, "fica limpo". Ele dissera antes, "Haja luz, e houve luz". Declarara ao leproso: "fica limpo", e "imediatamente" ele ficou limpo. Agora Ele lhe diz: "fica limpo", e o que se dá? Cada um de vocês - o que diz? [Vozes: "Assim é"]. Então, por misericórdia, apeguem-se a essa palavra criativa. Reco­nheçam a energia criativa na Palavra de Deus que lhes vem na Bíblia, pois essa Palavra na Bíblia é a mesma aqui para vocês hoje como de quando Ele falou no espaço sideral e trouxe luz a partir das trevas e cura para o leproso. A Palavra que lhes é falada hoje, se recebida, cria-os novos em Jesus Cristo. Essa Palavra, proferida na desolação escura e no espaço de seu coração, se recebida, produz ali a luz de Deus; essa Palavra falada hoje a quem se acha afligido pela lepra do pecado, se recebida, imediatamente purifica. Permitam-lhe assim agir.

    Como serei eu limpo? Pela energia criativa dessa Palavra. "Fica limpo". Portanto, está escrito: "Vós já estais limpos pela Palavra que vos tenho falado". João 15:3. Estão vocês limpos? Serão vocês a partir deste momen­to criacionistas? Ou continuarão sendo evolucionistas?

    Veja que coisa bendita é esta. Quando lêmos a Palavra, recebemos e pensamos a respeito dela, o que representa ela para nós o tempo todo? Oh, é criação! A energia criativa está em vocês produzindo as coisas que a Palavra profere, e estarão vivendo na presença mesma do poder da criação. A criação prossegue em vosso estilo de vida. Deus está cri­ando em vocês a justiça, santidade, verdade, fidelidade - tudo quanto é bom e gracioso.

    E quando isto se dá, vossa observância do sábado representará alguma coisa, porque o sábado é um memo­rial da Criação - o sinal de que aquele que o observa conhece o Criador e está familiarizado com o processo da criação. Mas tão certamente quanto vocês são evolucionistas, a vossa observância do sábado é uma fraude.

    A menos que reconheçam a Palavra de Deus dia após dia como um energia criativa em sua vida, a sua ob­servância do sábado é uma fraude, porque o sábado é um memorial da criação. É um "sinal entre mim e vós, para que saibais que Eu sou o Senhor vosso Deus", o criador de todas as coisas.

    Em Efésios, 2:8 a 10, lemos: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dEle, cria­dos em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas".

    Vocês não devem esperar obter quaisquer boas obras de vocês próprios. Têm estado tentando. O evolucionista tenta e está sempre tentando sem o conseguir realizar. Porque tentar prosseguir realizar boas obras, quando vocês sabem que falharão? Ouçam. Nunca haverá qualquer coisa boa em vocês,  de qualquer tipo, de agora até o fim do mundo, exceto se forem ali criadas pelo próprio Criador, por Sua Palavra, que tem nela energia criativa. Não se esqueçam disso. Vocês desejam fazer boas obras quando deixarem este recinto? Isso somente se realizará se forem criados em Jesus Cristo para aquelas boas obras. Parem de tentar. Olhem para o Criador e recebam a Sua palavra criativa. "Que a Palavra de Deus habite em vós ricamente", então aquelas boas obras aparecerão; vocês serão cristãos. Daí, em diante quem viva com o Criador e  está na presença da sua energia criativa, desfrutará aquela paz agradável e serena, e força genuína e progresso que caracterizam um cristão.

    Quando Ele lhe diz que somos "feitura dEle, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas", então reconhecemos o Criador, reconhecemos somente as boas obras que são criadas em nós, não dando nenhuma atenção a qualquer obra que não seja ali criada, porque nada há bem a não ser o que é criado pelo Senhor.

    Agora vocês são criados em Cristo Jesus. Ele assim o diz. Agradeçam-lhe que assim é. O quê! Vocês serão evolucionistas neste verso? Aqui está no tempo presente, "somos feitura dEle". Somos criados em Cristo Jesus para as boas obras. São vocês? A palavra é pronunciada. É a palavra criativa. Quanto tempo permitirá que se passe entre a Palavra de Deus e sua criação como um novo ser? Da criação, no princípio, vocês disseram que qualquer ho­mem que permite até mesmo que se passe um minuto entre a Palavra e o fato é um evolucionista. O que são vocês agora com respeito a essa Palavra de Deus, que cria homens em Cristo Jesus para as boas obras? Vocês são aqui evolucionistas? Venham, sejamos todos criacionistas.

    Não vêem vocês que desta maneira não requererão um longo e tedioso processo para serem tornados novos a fim de encontrarem o Senhor em glória? Tantas pessoas estão olhando para si próprias. Sabem que, na natureza das coi­sas devem levar tempos extraordinariamente longos para aprontarem-se a fim de encontrá-Lo. Se for realizado por evo­lução, jamais terá cumprimento. Mas quando é feito por criação, será tão certo quanto rapidamente realizado. Essa Palavra a que me referi antes é aquela que todos aqui podem tomar para si próprios. "Enquanto tantos estão especulando sobre o mistério da fé e santidade, poderiam resolver a questão proclamando ao redor [por declarar], 'Jesus Cristo é minha porção para sempre'".

    Tem notado o quanto temos sido evolucionistas? Desistiremos? Venham agora, sejamos criacionistas e superemos isso. Sejamos observadores do sábado verdadeiramente. Creiamos no Senhor. Ele fala de perdão. Ele fala de um coração limpo. Ele fala de santidade; Ele a cria. Permitam ao Senhor criá-la em vocês. Parem de serem evolucio­nistas e permitam que a Palavra criativa opere por vocês; permitam que a palavra criativa opere em vocês aquilo que a Palavra profere, e antes que deixem este recinto, Deus  pode prepará-los para que O encontrem. Verdadeiramente, nesse mesmo ato vocês O encontram. E quando O tiverem assim encontrado e realmente O encontram cada dia, não esta­rão então prontos para o encontro final? Crêem nisso? Vocês crêem que Ele fez os mundos quando falou, que luz veio mediante Sua palavra quando Ele falou, e que o leproso foi "imediatamente" purificado quando Ele falou, mas no seu próprio íntimo você julga que tempo considerável deve decorrer entre a ocasião em que a Palavra é proferida e o fato tem cumprimento. Oh, por que hão-de ser evolucionistas? Criação, criação, essa é a coisa.

    Vocês e eu temos que convidar pessoas para a ceia; temos de dizer às pessoas: "Vinde, porque tudo está pronto". Como posso dizer a alguém que todas as coisas estão agora prontas, quando eu próprio não estou pronto? É uma falsidade, para início de conversa. Minhas palavras não o alcançarão. Tratam-se de um mero som vazio. Mas, ó, quando há nesse chamado a energia criativa da Palavra que nos fez prontos, que nos purificou do pecado, que nos criou para as boas obras, que nos sustém como o sol é sustentado no percurso que Deus lhe designou - então quando saímos e dizemos para o mundo que jaz na iniqüidade, "Vinde, porque tudo está agora pronto", eles ouvirão. Eles perceberão no chamado a entonação da voz do Bom Pastor, e se alegrarão em vir a Ele em busca de energia criativa para si próprios, a fim de se fazerem novas criaturas e prepararem-se para a ceia a que têm sido chamados.

    É neste ponto que nos achamos na história humana. A marca de Deus está sendo posta sobre as pessoas. Mas, lembrem-se. Ele jamais colocará a Sua marca sobre alguém que não foi purificado de toda contaminação. Deus não colocará o Seu selo sobre algo que não seja genuíno, que não seja bom. Pedir-Lhe-iam vocês que Ele pu­sesse o Seu selo sobre justiça que é inteiramente injustiça? Vocês não teriam a ousadia de fazê-lo. Vocês sabem que Ele é por demais justo para praticar tal coisa. Então Ele deve purificar vocês de modo a que possa pôr o Seu selo sobre a Sua própria obra. Ele não pode colocar o Seu selo sobre a vossa obra. O Seu selo pertence somente a um docu­mento que Ele próprio aprovou. Permitam-Lhe escrever o Seu caráter sobre o vosso coração e então Ele poderá im­primir-lhe o Seu selo ali. Ele pode escrever o Seu selo de aprovação sobre o seu coração, somente quando a Sua palavra criativa cumpriu o Seu propósito em seu coração.

    Vocês podem ver diante de que Presença estão; podem ver em certa medida quanto tempo levaria para esgotar um tema como este. Mas, irmãos, quando paramos, paremos na presença da criação. Não sejamos mais evolucio­nistas. Não permitamos que se passe um instante entre a Palavra de Deus falada a nós e o cumprimento do fato em nós. Assim, vivendo na presença da criação, caminhando com o Criador, sustidos pelo poder criativo, inspi­rados pela energia criativa - porque, com um povo tal como esse, Deus pode mover o mundo num pequeno espaço de tempo.

    Se a princípio julgaram ser isto um assunto estranho para uma ocasião como esta hoje [tratava-se do culto de encerramento da semana de oração] vocês podem agora ver que é uma verdade estritamente presente. Há somente os dois caminhos. Não existe meio termo. Todo homem e mulher no mundo é criacionista ou evolucionista. A evolução representa infidelidade; é morte. A criação é cristianismo; é vida. Escolham a Criação, cristianismo, e Vida, para que possam viver. Sejamos criacionistas somente e criacionistas para sempre. E que o povo todo diga, Amém.