Translate

domingo, 22 de setembro de 2019

A OBRA QUE EXIGE O NOSSO PENSAMENTO

 

A OBRA QUE EXIGE NOSSO PENSAMENTO


Não se podem endireitar os erros, nem operar reformas na conduta mediante alguns fracos e intermitentes esforços. A formação do caráter não é obra de um dia, nem de um ano, mas de uma existência. A luta pela conquista do eu, pela santidade e o Céu, é uma luta que se prolonga por toda a vida. Sem contínuo esforço e atividade constante, não pode haver progresso nem ganho da coroa da vitória. 

A mais vigorosa prova da queda do homem de uma mais elevada condição é o quanto lhe custa retroceder. O caminho de volta só pode ser conquistado por meio de renhida luta, palmo a palmo, hora a hora. Num momento, por uma ação precipitada, desprecavida, podemos lançar-nos sob o poder do mal; requer, porém, mais que um momento o quebrar as cadeias e atingir a uma vida mais santa. Pode-se formar o desígnio, começar a obra; sua realização, porém, requererá fadiga, tempo, perseverança, paciência e sacrifício. 

Não nos podemos permitir o agir por impulso. Não podemos estar despercebidos nem por um momento. Assaltados por inúmeras tentações, devemos resistir firmes, ou seremos vencidos. Se chegássemos ao fim da vida com nossa obra por fazer, isso importaria em perda eterna. 

A vida do apóstolo Paulo foi um constante conflito com o próprio eu. Ele disse: "Cada dia morro." I Cor. 15:31. Sua vontade e seus desejos lutavam cada dia com o dever e a vontade de Deus. Em vez de seguir a inclinação, ele fazia a vontade de Deus, embora crucificando a própria natureza. 

Ao fim de sua vida de conflito, olhando para trás, às lutas e triunfos da mesma, pôde dizer: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia." II Tim. 4:7 e 8. 

A vida cristã é uma batalha e uma marcha. Nesta guerra não há trégua; o esforço deve ser contínuo e perseverante. É assim fazendo que mantemos a vitória sobre as tentações de Satanás. A integridade cristã deve ser buscada com irresistível energia, e mantida com resoluta fixidez de propósito. 

Ninguém será levado para o alto sem árduo e perseverante esforço em prol de si mesmo. Todos têm de se empenhar por si nessa luta; nenhuma outra pessoa pode combater os nossos combates. Somos individualmente responsáveis pelos resultados do conflito; ainda que Noé, Jó e Daniel estivessem na Terra, não poderiam, por sua justiça, livrar nem filho nem filha. 

 

 A Ciência a Ser Dominada 

Há uma ciência do cristianismo a ser dominada - ciência tão mais profunda, vasta e alta que qualquer ciência humana, como os céus são mais elevados do que a Terra. A mente deve ser disciplinada, educada, exercitada; pois nos cumpre fazer serviço para Deus por maneiras que não se acham em harmonia com nossa inclinação inata. As tendências hereditárias e cultivadas para o mal devem ser vencidas. Muitas vezes, a educação e as práticas de toda uma existência devem ser rejeitadas para que a pessoa se possa tornar um aprendiz na escola de Cristo. Nosso coração deve ser educado em se firmar em Deus. Cumpre-nos formar hábitos de pensamento que nos habilitem a resistir à tentação. Devemos aprender a olhar para cima. Os princípios da Palavra de Deus - princípios tão elevados como o céu e que abrangem a eternidade - cumpre-nos compreendê-los em sua relação para com a nossa vida diária. Cada ato, cada palavra, cada pensamento deve estar de acordo com esses princípios. Tudo deve ser posto em harmonia com Cristo, e a Ele sujeito. 

As preciosas graças do Espírito Santo não se desenvolvem num momento. Ânimo, fortaleza, mansidão, fé e inabalável confiança no poder de Deus para salvar são adquiridos mediante a experiência de anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego ao direito, devem os filhos de Deus selar seu destino. 

 

Não Há Tempo a Perder 

Não temos tempo a perder. Não sabemos quão presto nosso tempo de graça pode se encerrar. Quando muito, não teremos senão o curto espaço de uma existência aqui, e não sabemos quão breve a seta da morte pode nos ferir o coração. Não sabemos quão pronto seremos chamados a abandonar o mundo e todos os seus interesses. Estende-se diante de nós a eternidade. A cortina está a ponto de se erguer. Uns poucos anos apenas, e para todos os que ora são contados entre os vivos, sairá o decreto: "Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda." Apoc. 22:11. 

Estamos nós preparados? Conhecemos a Deus, o Governador do Céu, o Legislador, e a Jesus Cristo a quem Ele enviou ao mundo como Seu representante? Quando a obra de nossa vida terminar, estaremos aptos a dizer, como Cristo, nosso exemplo: "Eu glorifiquei-Te na Terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer. Manifestei o Teu nome"? João 17:4 e 6. 

Os anjos de Deus nos estão procurando atrair de nós mesmos e das coisas terrenas. Não os façais trabalhar em vão. As mentes que têm liberado as rédeas do pensamento precisam mudar. "Cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo, como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo." I Ped. 1:13-16. 

Os pensamentos devem se concentrar em Deus. Devemos exercer diligente esforço para vencer as más tendências do coração natural. Nossos esforços, nossa abnegação e perseverança devem ser proporcionais ao infinito valor do objetivo que perseguimos. Unicamente vencendo como Cristo venceu, havemos de alcançar a coroa da vida. 

Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar. I Cor. 10:13.

Está o homem disposto a se apoderar do divino poder, e com determinação e perseverança resistir a Satanás, conforme o exemplo que Cristo lhe deu em Seu conflito com o inimigo no deserto da tentação? Deus não pode salvar o homem contra a verdade deste, do poder dos ardis de Satanás. O homem precisa trabalhar com o seu poder humano, ajudado pelo divino de Cristo, a fim de resistir e vencer, a qualquer custo para si mesmo. Em suma, o homem precisa vencer como Cristo venceu. E então, pela vitória que é seu privilégio alcançar no todo-poderoso nome de Jesus, ele pode tornar-se herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo. Este não seria o caso, se Cristo fizesse tudo sozinho para a vitória. O homem precisa fazer a sua parte; precisa ser vitorioso por sua própria conta, mediante a força e graça que Cristo lhe dá. Ele precisa ser coobreiro de Cristo na tarefa de vencer, e então será participante com Cristo em Sua glória. Testimonies, vol. 4, págs. 32 e 33.

As vítimas de maus hábitos devem ser despertadas para a necessidade de fazer esforços por si mesmos. Outros podem desenvolver os mais fervorosos empenhos para erguê-los, a graça de Deus pode-lhes ser abundantemente oferecida, Cristo pode rogar, Seus anjos ministrar; tudo, porém, será em vão, a menos que eles próprios despertem para pelejar o combate em seu favor. ...

Os que põem em Cristo a confiança não devem ficar escravizados por nenhuma tendência ou hábito hereditário, ou cultivado. Em lugar de ficar subjugados em servidão à natureza inferior, devem reger todo apetite e paixão. Deus não nos deixou lutar com o mal em nossa própria, limitada força. Sejam quais forem nossas tendências herdadas ou cultivadas para o erro, podemos vencer, mediante o poder que Ele nos está disposto a comunicar. A Ciência do Bom Viver, págs. 174-176.

A tentação mais forte não pode desculpar o pecado. Por maior que seja a pressão exercida sobre a alma, a transgressão é o nosso próprio ato. Não está no poder da Terra nem do inferno compelir alguém a fazer o mal. Satanás ataca-nos em nossos pontos fracos, mas não é o caso de sermos vencidos. Por mais severo ou inesperado que seja o ataque, Deus nos proveu auxílio e em Sua força podemos vencer. Patriarcas e Profetas, pág. 421.

"A capacidade de discernir entre o que é reto e o que não o é, podemos possuí-la unicamente pela confiança individual em Deus. Cada um deve aprender por si, com auxílio dEle, mediante a Sua Palavra. A nossa capacidade de raciocinar foi-nos dada para que a usássemos, e Deus quer que seja exercitada." (E. G. White, Educação, p. 231).

 “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”  Filipenses 4:8  

segunda-feira, 3 de junho de 2019

O COMPORTAMENTO NA CASA DE DEUS -

 


 

Para a alma crente e humilde, a casa de Deus na Terra é como que a porta do Céu. Os cânticos de louvor, a oração, a palavra ministrada pelos embaixadores do Senhor são os meios que Deus proveu para preparar um povo para a assembleia lá do alto, para aquela reunião sublime à qual coisa nenhuma que contamine poderá ser admitida.

Da santidade atribuída ao santuário terrestre, os cristãos devem aprender como considerar o lugar onde o Senhor deseja encontrar-Se com Seu povo. Houve uma grande mudança, não para melhor, mas para pior, nos hábitos e costumes do povo com relação ao culto religioso. As coisas sagradas e preciosas, destinadas a ligar-nos a Deus, estão quase perdendo sua influência sobre nossa mente e coração, sendo rebaixadas ao nível das coisas comuns. A reverência que o povo antigamente revelava para com o santuário onde se encontrava com Deus, em santa adoração, quase deixou de existir. Entretanto, Deus mesmo deu as instruções para Seu culto, elevando-o acima de tudo quanto é terreno.

A casa é o santuário da família; e o aposento particular ou o bosque o lugar mais recôndito para o culto individual; mas a igreja é o santuário da congregação. Devem existir aí regulamentos quanto ao tempo, lugar e maneira de adorar. Nada do que é sagrado, nada do que está ligado à adoração a Deus, deve ser tratado com negligência ou indiferença. Para que os homens possam verdadeiramente glorificar a Deus, importa que em suas relações pessoais façam distinção entre o que é sagrado e o que é profano. Os que têm ideias amplas, nobres pensamentos e aspirações, são os que têm relações que fortalecem todos os pensamentos sobre as coisas divinas. Felizes os que possuem um santuário, seja ele luxuoso ou modesto, no meio de uma cidade ou entre as cavernas das montanhas, no humilde aposento particular ou em algum deserto.

Se for esse o melhor lugar que lhes é dado arranjar para esse fim, Deus o santificará pela Sua presença e será santo ao Senhor dos exércitos.

Quando os adoradores entram na igreja devem guardar a devida compostura e tomar silenciosamente seu lugar. Se houver no recinto um aquecedor, não convém agrupar-se em torno dele em atitude indolente e preguiçosa. Conversas vulgares, cochichos e risos não devem ser permitidos na igreja, nem antes nem depois das reuniões. Ardente e profunda piedade deve caracterizar os adoradores.

Se faltam alguns minutos para o começo do culto, devem eles entregar-se à devoção e meditação silenciosa, elevando a alma em oração a Deus a fim de que a adoração se torne para eles uma bênção especial e produza convicção e conversões de outras pessoas. Devem lembrar-se de que estão presentes ali mensageiros do Céu. Perdemos geralmente muito da suave comunhão com Deus pela nossa inquietação, por não promovermos momentos de reflexão e oração. O estado espiritual da alma necessita muitas vezes ser passado em revista, e a mente e o coração serem elevados ao Sol da Justiça. Se ao entrarem na casa de adoração, o povo o fizesse com a devida reverência, lembrando-se de que se acha ali na presença do Senhor, seu silêncio redundaria em testemunho eloquente. Os cochichos, risos e conversas, que se poderiam admitir em qualquer outro lugar, não devem ser permitidos na casa em que Deus é adorado. A mente deve estar preparada para ouvir a Palavra de Deus, a fim de que esta possa exercer a devida influência e impressionar adequadamente o coração.

O pastor deve entrar na casa de oração com uma compostura digna e solene. Chegado ao púlpito, deve inclinar-se em silenciosa oração e pedir fervorosamente o auxílio de Deus. Que impressão fará isso! Uma profunda solenidade se apodera de todos, e os anjos de Deus são trazidos para bem perto. Cada um dos congregados deve também, de cabeça inclinada, unir-se ao pregador em silenciosa oração, e suplicar a Deus que abençoe a reunião com Sua presença, imprimindo poder à palavra ministrada por lábios humanos. Ao ser aberta a reunião com oração, todos devem ajoelhar-se na presença do Altíssimo e elevar o coração a Deus em silenciosa devoção. As orações dos fiéis adoradores serão ouvidas e o ministério da palavra provar-se-á eficaz. A atitude sem vida dos adoradores na casa de Deus é uma das grandes razões por que o ministério não produz maior bem. Todo o culto deve ser efetuado com solenidade e reverência, como se fora feito na visível presença do próprio Deus.

Quando a Palavra é exposta, vocês devem lembrar-se de que é a voz de Deus que lhes está falando por meio de Seu servo. Escutem com atenção. Não dormitem nessa hora; porque assim fazendo é possível que lhes escapem nesse momento justamente as palavras de que mais necessitam ouvir — palavras que, atendidas, os livrariam de enveredar por algum caminho errado. Satanás e seus anjos estão ativos, criando uma espécie de paralisia dos sentidos, de modo a não serem ouvidas as admoestações, advertências e repreensões; ou, se ouvidas, não terem efeito sobre o coração, transformando a vida. Às vezes é uma criança que desvia de tal modo a atenção dos ouvintes, que a semente preciosa não cai em terreno fértil para produzir fruto. Outras, são moços e moças que revelam tão pouco respeito pela adoração e pela casa de Deus, que se entretêm a conversar durante a pregação. Se pudessem perceber os anjos que os estão observando e anotando seu procedimento, corariam de vergonha com aversão de si mesmos. Deus quer ouvintes atentos. Foi enquanto os homens dormiam que Satanás aproveitou para semear o joio.

Ao ser pronunciada a bênção final, todos devem conservar-se quietos, como temendo ficar privados da paz de Cristo. Saiam então todos sem se atropelar e evitando falar em voz alta, sentindo que estão na presença de Deus, Seus olhos repousam sobre todos e que devem agir como se estivessem em Sua visível presença. Ninguém deve deter-se nos corredores para encontros e tagarelice, impedindo a passagem aos outros que buscam a saída. Os arredores imediatos da igreja devem caracterizar-se por uma sagrada reverência, evitando os crentes fazer deles lugar de encontro com os amigos, a fim de trocarem frases banais ou tratarem de negócios. Tais coisas não convêm na igreja. Deus e os anjos têm sido desonrados em algumas igrejas pelas risadas barulhentas e irreverentes e o ruído de pés.

Pais, exaltem o padrão do cristianismo na mente de seus filhos, ajudando-os a entretecer a pessoa de Jesus em sua experiência, ensinando-os a ter o maior respeito pela casa de Deus e a compreender que quando entram ali devem fazê-lo com o coração comovido, ocupando-se com pensamentos como estes: “Deus está aqui; esta é a Sua casa. Devo alimentar pensamentos puros e guiar-me pelos mais santos propósitos. Não devo conservar em meu coração orgulho, inveja, ciúme, suspeitas, ódio ou engano, porque estou na presença de Deus. Este é o lugar onde Deus vem encontrar-Se com Seu povo e o abençoa. O Altíssimo e Santo, que habita na eternidade, me vê, esquadrinha meu coração, e lê meus mais secretos pensamentos e atos de minha vida.”

Irmãos, não seria bom meditarem um pouco sobre esse assunto, reparando na maneira como se conduzem na casa de Deus e nos esforços que estão fazendo por preceito e exemplo, a fim de cultivar em seus filhos a reverência? Vocês atribuem vastas obrigações ao pregador, responsabilizando-o pela salvação de seus filhos, mas vocês mesmos estão esquecidos do próprio dever como pais e instrutores de, como Abraão, ordenar sua casa, após si, para que guardem o caminho do Senhor. Seus filhos e filhas se corrompem pelo seu próprio exemplo e sua frouxa disciplina, e, apesar dessa grave falha na educação doméstica, entendem que o pastor deve poder combater sua influência e realizar o prodígio de educar o coração de seus filhos na piedade e virtude. Depois de o pastor haver feito pela igreja tudo quanto pôde, admoestando-a fielmente e com bondade, procurando encaminhá-la com paciência e fazendo ardentes preces pelo resgate e salvação de cada um, e não terem seus esforços alcançado o desejado êxito, os pais não raro o censuram por não verem convertidos os filhos, quando a causa está na sua própria negligência. A responsabilidade pesa sobre os pais; quererão eles aceitar a missão de que Deus os incumbiu e desempenhar-se dela com fidelidade? Quererão ir adiante e esforçar-se num espírito humilde, paciente e perseverante, para atingir o elevado padrão, levando consigo os filhos? Não admira que nossas igrejas estejam fracas e não reine nelas a reverência profunda que as deveria caracterizar. Nossos atuais hábitos e costumes, que desonram a Deus e tornam banais as coisas divinas, nos são contrários. Somos depositários de uma verdade sagrada, difícil e santificadora; e se nossos hábitos e práticas não corresponderem a essa verdade, pecamos contra uma grande luz e nossa culpa será correspondente. Mais tolerável do que para nós há de ser para os gentios a justiça retributiva de Deus no dia do juízo.

Muito mais do que estamos atualmente fazendo, poderia ser feito a fim de irradiar a luz da verdade. Deus espera que demos muito fruto. Deseja ver maior zelo e fidelidade, e esforços mais diligentes e caritativos da parte dos membros da igreja a favor dos vizinhos e dos que estão sem Cristo. Os pais devem começar seu trabalho de acordo com um plano elevado. Todos os que mencionam o nome de Cristo devem vestir-se da armadura de Deus e admoestar e advertir, esforçando-se por salvar almas do pecado. Levem todos os que puderem a ouvir a verdade na casa de Deus. Devemos desenvolver maior diligência no que fazemos, a fim de arrancar pessoas do fogo.

É um fato deplorável que a reverência pela casa de Deus esteja quase extinta. As coisas e lugares sagrados quase já não são discernidos; o que é santo e elevado não é apreciado. Não haverá uma causa para essa falta de legítima piedade nas famílias? Não será por que a elevada norma da religião esteja abatida até ao pó? Deus deu a Seu povo na antiguidade procedimentos precisos e exatos. Porventura Seu caráter foi mudado? Não é mais o Altíssimo e Todo-poderoso que domina sobre o Universo? Não conviria lermos com frequência as instruções que Deus mesmo Se dignou dar aos antigos hebreus para que nós, que temos a verdade gloriosa irradiando sobre nós, os imitemos em sua reverência para com a casa de Deus? Temos motivos de sobra para alimentar espírito de fervor e devoção na adoração a Deus. Temos até motivos para ser mais ponderados e reverentes em nosso culto do que os judeus. Mas um inimigo tem estado a trabalhar, a fim de destruir nossa fé na santidade da adoração cristã.

A casa dedicada a Deus não deveria servir também para negócios. Se as crianças se reúnem para o culto numa sala em que durante a semana funciona uma escola ou loja, é natural que sua atenção seja desviada por lembranças dos estudos ou de fatos ocorridos nessa mesma sala em dias precedentes. Os jovens devem ser educados a elevar em seu conceito o caráter do que é sagrado e a praticar a verdadeira devoção na casa de Deus. Muitos dos que professam ser filhos do celeste Rei não apreciam devidamente a santidade das coisas eternas. Quase todos precisam ser ensinados como se portar na casa de Deus. Os pais devem não só ensinar, como exortar os filhos a entrarem no santuário divino com seriedade e reverência.

O sentimento moral dos que adoram a Deus no Seu santuário tem de ser elevado, apurado e santificado. Esse assunto tem sido deploravelmente negligenciado. Sua importância tem sido passada por alto e como resultado, desordem e irreverência passaram a imperar e Deus é desonrado. Se os líderes das igrejas, pastores e povo, pais e mães, não têm idéias elevadas a esse respeito, que poderão esperar de crianças inexperientes? Estas são muitas vezes encontradas em grupos, afastadas dos pais que deviam tomar conta delas; e embora se encontrem na presença de Deus, cujos olhos sobre elas repousam, são levianas e frívolas, põem-se a cochichar e a rir, portando-se inconvenientemente, e mostrando-se desrespeitosas e desatentas. Raras vezes são instruídas que os pastores são embaixadores de Deus, que a mensagem que pregam é o meio por Ele determinado para a salvação e que para todos os que têm o privilégio de ouvir constitui um cheiro de vida para vida ou de morte para morte.

A delicada e impressionável mente dos jovens avalia o trabalho dos servos de Deus pela maneira como seus pais tratam o assunto. Muitos chefes de família têm por costume criticar em casa o culto, aprovando urnas poucas coisas e condenando outras. Desse modo a mensagem de Deus aos homens é criticada, posta em dúvida e tratada levianamente. Só os livros do Céu poderão revelar que impressões são produzidas por essas observações imponderadas e irreverentes. Os filhos vêem e compreendem essas coisas muito mais facilmente do que imaginam os pais. Ao seu senso moral é assim dada uma orientação errada que o tempo nunca conseguirá retificar de todo. Os pais muitas vezes se queixam da dureza de coração dos filhos e da dificuldade que têm em convencê-los de seu dever de atender às exigências divinas. Os livros do Céu registram, entretanto, com toda a precisão a legítima causa. Os pais não estavam convertidos. Não estavam em harmonia com o Céu nem com a obra do Céu. Suas ideias estreitas e mesquinhas acerca da santidade do ministério e do santuário de Deus foram entretecidas na educação dos filhos. É de duvidar que alguém que viveu sob a atmosfera corrupta de tal educação, consiga desenvolver a verdadeira reverência e respeito pelo ministério de Deus e pelos agentes por Ele destinados para a salvação de pecadores. Acerca dessas coisas se deve falar com respeito, em linguagem conveniente e com muito escrúpulo, a fim de mostrar às pessoas que nos ouvem que consideramos a mensagem dos servos do Senhor como a nós enviada pelo próprio Deus.

Pais, vejam que exemplo e ideias dão a seus filhos! Sua mente é plástica e as impressões ali são gravadas com a maior facilidade. Se, durante o culto de adoração no santuário, o pregador comete algum erro, evitem referir-se a ele. Falem apenas das coisas boas que fez, das excelentes ideias que apresentou, e que devem aceitar como vindas de um servo de Deus. Pode-se compreender facilmente por que as crianças são tão pouco impressionadas pelo ministério da palavra e por que manifestam tão pouca reverência pela casa de Deus. Sua educação a esse respeito tem sido defeituosa. Os pais carecem da comunhão diária com Deus. Suas próprias ideias necessitam ser elevadas e enobrecidas; seus lábios precisam ser tocados com a brasa viva do altar; então seus hábitos e práticas em casa hão de produzir boa impressão sobre o espírito e caráter dos filhos. A norma religiosa será grandemente elevada. Nestas condições, os pais farão uma grande obra para Deus. Verão desaparecer cada vez mais de seu lar o mundanismo e a sensualidade, e a pureza e a fidelidade aumentarão. Sua vida se revestirá de uma solenidade que mal poderão conceber. Nada do que se refere à adoração a Deus será considerado comum.

Sinto-me muitas vezes penalizada quando entro na casa em que Deus é adorado e noto ali homens e mulheres em trajes desordenados. Se o coração e o caráter se revelassem pelo exterior, nada de divino deveria haver nessas pessoas. Não têm exata compreensão da ordem, da decência e do decoro que Deus exige dos que se chegam à Sua presença a fim de adorá-Lo. Que impressões isso há de fazer sobre os incrédulos e os jovens que têm discernimento perspicaz e estão prontos a tirar suas conclusões?

No entender de muitos não há maior santidade na casa de Deus do que em qualquer outro local dos mais comuns. Muitos penetram na casa de Deus sem tirar o chapéu, e com a roupa suja e em desalinho. Essas pessoas não reconhecem que aí vão encontrar-se com Deus e os santos Anjos. Uma reforma radical a esse respeito é necessária em todas as nossas igrejas. Os próprios pastores precisam ter ideias mais elevadas e revelar maior sensibilidade nesse sentido. É um aspecto da obra que tem sido muito negligenciado. Por causa de sua irreverência na atitude, no traje, postura, e sua falta de verdadeiro espírito de adoração, Deus muitas vezes tem afastado Seu rosto dos que se acham reunidos para adorar.

Todos devem ser ensinados a trajar-se com asseio e decência, sem, porém, se esmerarem no adorno exterior que é impróprio para o santuário. Não deve haver ostentação de vestuário, pois isso provoca irreverência. Não raro a atenção das pessoas é dirigida sobre uma ou outra peça de roupa e desse modo são sugeridos pensamentos que não deveriam ocorrer na mente dos adoradores. Deus deve ser a razão exclusiva de nossos pensamentos e de nossa adoração; qualquer coisa tendente a desviar a mente de Seu culto solene e sagrado constitui uma ofensa a Ele. A exibição de enfeites, como laços, fitas e penachos, bem como ouro ou prata, é uma espécie de idolatria que não deve estar associada ao culto sagrado de Deus, onde os olhos de cada adorador só devem ter em vista a Sua glória. Deve-se cuidar estritamente de toda a questão do vestuário, seguindo à risca as prescrições bíblicas; a moda é uma deusa que impera no mundo, e não raro se insinua também na igreja. A igreja deve também a este respeito fazer da Bíblia sua norma de vida, e os pais fariam bem em meditar seriamente neste assunto. Se virem os filhos inclinando-se para a moda, devem, como Abraão, ordenar resolutamente a sua casa de acordo com seus princípios. Em vez de vincular os filhos ao mundo, devem uni-los a Deus. Que ninguém desonre a casa de Deus com enfeites ostensivos. Deus e os anjos estão ali presentes. O Santo de Israel assim Se manifestou por meio de Seu apóstolo: “O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.” 1 Pedro 3:3, 4.

Quando for edificada uma igreja e deixada na ignorância acerca desses pontos, o pastor negligenciou seu dever, e terá de prestar contas a Deus pelas impressões que deixou prevalecer. A menos que aos crentes sejam inculcadas ideias precisas acerca da verdadeira adoração e da verdadeira reverência, prevalecerá entre eles uma crescente tendência para nivelar o que é sagrado e eterno ao que é comum. E os que professam a verdade serão uma ofensa a Deus e uma lástima para a religião. Com suas ideias destituídas de cultivo jamais poderão apreciar um Céu puro e santo, e estar preparados para se associarem aos adoradores de Deus nas cortes celestiais, onde tudo é pureza e perfeição, e onde toda criatura demonstra absoluta reverência a Deus e Sua santidade.

O apóstolo Paulo descreve a obra dos embaixadores de Deus como tendo a finalidade de apresentar todo homem perfeito em Cristo Jesus. Os que abraçam a verdade de origem divina devem ser educados, enobrecidos e santificados por meio dela. Um escrupuloso esforço será requerido a fim de atingir a estatura de pessoas perfeitas em Cristo. As pedras rudes, crivadas de arestas que se tiram das pedreiras, têm de ser cinzeladas e polidas a fim de fazer desaparecer-lhes as asperezas. Estamos numa época que se distingue pela superficialidade do trabalho, facilidade dos métodos, ostentação de uma santidade diversa daquela que se afere pelo padrão de caráter que Deus estabeleceu. Todos os atalhos, todo encurtamento do caminho, toda doutrina que não estabelecer a lei divina como padrão de caráter cristão, é falsa. O aperfeiçoamento do caráter requer trabalho vitalício, sendo inatingível por parte dos que não estiverem dispostos a prosseguir para ele a passos lentos e penosos, da maneira determinada por Deus. Não devemos permitir-nos nenhum passo errado nesse sentido, mas temos de crescer dia a dia n’Aquele que é nossa cabeça — Cristo.

Capítulo 55 – Testemunhos para a igreja 5 – pág.491

sexta-feira, 12 de abril de 2019

TODA A PALAVRA QUE VEM DA BOCA DE DEUS

TODA PALAVRA QUE PROCEDE DA BOCA DE DEUS





“Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” Mateus 4:4 
Todos nós temos a Palavra de Deus no coração. Ela é viva! Nós cremos naquilo que está escrito na Bíblia. Isso é tão importante que, em João 15:7, Jesus fala sobre a necessidade de estarmos ligados à Palavra. Ele diz: “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.”
Ora, todos nós queremos pedir coisas para que elas nos sejam feitas. Há duas condições:
           1-   Permanecer em Cristo e
      2 -  Permanecer na Palavra.
Sem esta fusão de Cristo com a Palavra, do Espírito com a Palavra, não há resultados na vida.
O que significa permanecer? “Permanecer, no original grego, significa: ter uma relação vital, uma relação profunda, uma dependência total”, com a Palavra e com Jesus.
Nota que Jesus, quando falou da necessidade de permanecermos na Palavra e n’Ele, fez uma analogia para explicar à Sua Igreja, ao Seu povo, o significado dessa dependência Ele diz em João 15:1-5 “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.”
Há videiras falsas, há outros tipos de videira, porém, Jesus Cristo é a Videira Verdadeira. Ou seja, ninguém é salvo por si mesmo, ninguém é chamado por si mesmo. Não somos nós que nos salvamos. Ninguém pode produzir frutos espirituais por si mesmo. Se não permanecer na Videira, se não houver ligação vital, profunda e eterna com Jesus, não adianta buscar em outro deus ou deuses.
As pessoas podem pensar que ir à igreja já significa permanecer em Cristo. Outros pensam que ler a Bíblia ou orar já é estar em Cristo, mas, isso não é verdade. Em João 9:31, o Senhor usa uma expressão que diz assim: “Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende.”
Então, Deus não atende a uma pessoa que não permanece n’Ele. Deus não atende a uma pessoa que anda por um acaso na obra de Deus. É preciso uma união vital, profunda e eterna com a Palavra e com nosso Senhor.
Quando praticamos a vontade de Deus, permanecemos na Palavra e em Cristo.
Alguém pode perguntar: ‘Eu tenho acesso à Palavra, mas como é permanecer em Cristo?’ Permanecer em Cristo exige um nascer de novo, ser reconciliado com Deus, é preciso crer que Jesus morreu pelos nossos pecados e ressuscitou de entre os mortos. É preciso, também, crer com o coração, confessá-Lo com a boca e receber o Santo Espírito da promessa. É preciso não duvidar que Jesus Cristo é o Senhor.
É importante vivermos e praticarmos a Palavra. Deus só atende a quem a pratica. Só pode dar fruto quem pratica a Palavra. Se não crer, se não confessar, se não viver a Palavra, é tempo perdido, não acontece nada na vida. Mas, o que pratica a Palavra, o que permanece na Palavra, o que permanece em Deus, esse dá muito fruto.
Nós, então, precisamos conhecer fatos da Palavra de Deus. Por exemplo, em Romanos 10:17, o Senhor diz assim: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.”
Todas as coisas que acontecem na nossa vida espiritual passam por onde? Qual o início? O início é a Palavra de Cristo. Não é a palavra do Apóstolo, não é a palavra dos homens, mas sim, a Palavra de Cristo. Tudo começa com a Palavra. João 8:31-32 vai adiante. Diz assim: “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
Se amares, se fores diligente, se entesourares a Palavra, se ela for aquilo de que falas constantemente, se for a riqueza da tua alma, então, tu manténs uma relação de intimidade com ela.
Em muitos lugares considerados igreja, não se abre a Bíblia. Há na porta uma placa dizendo: igreja, mas não abrem a Bíblia. Não há uma relação de intimidade profunda com a Palavra, e ela fica relegada sempre em último lugar. Cantam, ofertam, mas a Palavra não tem expressão. Quem não possui ligação como a Palavra, não é discípulo. Se não é discípulo, não pratica. Se não pratica, não é atendido.
Agora, Deus diz que a Palavra é a Verdade. Ou seja, quem permanece na Palavra, quem é diligente com ela, quem a pratica, quem a ama, diz o Senhor que, então, conhece a Verdade. A Verdade é vida dentro de nós, porque é viva e eficaz.
Quando recebemos a Palavra fomos libertos. A única forma de alguém ser livre em todas as áreas da sua vida é conhecendo a Palavra, falando da Palavra, confessando a Palavra, compartilhando a Palavra.
A Palavra liberta dos preconceitos, da religião, das amarras emocionais, dos contextos do mundo, da mentira, da escravidão… olha quantas coisas a Palavra faz.
A Palavra Predestinada de Sabedoria é, também, a Luz para a nossa vida. Em 1 Pedro 1:23, o Senhor fala de uma semente: “pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.”
Regenerada é a pessoa que é reconstruída, refeita. Nós somos restituídos em valores que, muitas vezes, estavam esquecidos. Um dia, a Palavra nos desperta, regenera e começamos a pensar na família, nos filhos, nos valores da alma, nos valores espirituais. Muitos de nós passamos anos e anos sem nos lembrar dos valores espirituais. Por isso quanto sofremos, irmãos ao longo da vida?!
Continua no versículo 24: “Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada.” Olha, a carne é como a flor da erva. A pessoa pode ser muito importante, mas a erva seca, morre, desaparece. Porém, a Palavra do Senhor que ficou em nós é para a eternidade. Ainda que morra, viverá, diz a Bíblia Sagrada. Viverá até quando? Para sempre! Por quê? Porque a Palavra está lá dentro, porque a Palavra libertou.
Um indivíduo pode andar nas drogas, na bebida, na prostituição, pode ter os valores mais execrados dessa vida, mas, uma vez que conheça a Palavra, ela liberta, regenera, é algo que fica eternamente na sua vida.
Se queremos construir uma vida sólida, livre, com sinais de Deus, só com a Palavra do Senhor. Nada acontece por mágica. Se precisamos ver um milagre de Deus, se precisamos ver a restauração da família, se precisamos e desejamos ver a reconstrução das nossas finanças; sabe que tudo começa com a Palavra. A Palavra de Deus provê todas as coisas para todas as áreas da tua vida. A Palavra de Deus tem todas as respostas para todas as necessidades do ser humano. Por isso é que no Salmo 119:9-11 , diz assim. Olha que palavra linda e maravilhosa a do salmista Davi. Ele disse: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra. De todo o coração te busquei; não me deixes fugir aos teus mandamentos. Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.” O salmista tinha uma intimidade com a Palavra. Ele sabia que na Palavra não há mentiras. Nela há verdade e Luz.
Quanto mais tu conheces a Palavra, mais deves guardá-la no coração. A Palavra, uma vez guardada no coração, é a chave para a vida vitoriosa.
Alguém um dia disse: ‘Existem 5 detalhes quanto á Palavra, que correspondem aos dedos da mão. Quando a pessoa ouve a Palavra, somente ouve, mais nada, ela tem um dedo da mão. Ela irá tentar pegar a Bíblia com um dedo e não conseguirá. É muito difícil. Não dá, não dá. Mas, se ela ouve e lê a Palavra, passa a ter 2 dedos pegando a Bíblia. Se, depois, começa a estudar a Palavra, são 3 dedos na Palavra. Se além de ouvir, ler e estudar, começar a memorizar a Palavra, são 4 dedos pegando a Bíblia. Mas, se além de ouvir, ler, estudar e memorizar, essa pessoa passar a meditar de dia e de noite, ela terá os 5 dedos na Palavra. A Palavra estará agarrada à sua vida; não escapará mais da sua vida.
Em Josué 1:8 diz: “Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido.”
Jesus diz que quem ouve e pratica a Palavra de Deus é comparado a um homem prudente que constrói a sua casa sobre a Rocha: vem o vento, cai a chuva, transbordam os rios, mas a sua casa fica de pé. Mas, quem ouve e não pratica a Palavra do Senhor, só é ouvinte, só está pegando na Bíblia com um dedinho, é comparado a uma pessoa insensata: um dia virá a chuva, no outro dia os ventos soprarão, depois os rios transbordarão e a casa cairá e será grande a sua ruína.
Não importa o que a sociedade diga, não importa o que os homens digam, não importam os livros de auto-ajuda. O importante é fazer como a Bíblia diz. Se fizermos como a Bíblia determina, a vida é bem-sucedida. Se não fizermos, não prosperaremos. Tenhamos o cuidado de fazer segundo tudo quanto está escrito. Esta é a grande virtude do cristão. O problema é que, muitas vezes, o ser humano não faz tudo conforme está escrito. Acredita numas coisas, não acredita noutras, duvida de umas, mais ou menos suspeita de outras…; assim, não há resultados.
Não cessar de falar da Bíblia Sagrada, confessar a Palavra dia e noite, pois o nível da nossa confissão será o nível em que vamos viver.
Em Efésios 6:17, o Senhor diz: “Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;”.
Qual é a espada do Espírito? A Palavra de Deus. Quando o inimigo vier com doenças, com enfermidades, com dúvidas, com medo, usa a Palavra! Diz: ‘Está escrito’, e a palavra operará, pois ela é fiel, íntegra, digna de confiança e chama à existência coisas que ainda não existem. Quem fica do lado da Palavra, Deus não deixa de operar na sua vida. Tudo quanto ele pede, é feito. Ele vê milagres na área da saúde, na família, nas finanças; vê Deus operar! Q salmista disse. Vê como o sobrenatural se manifesta pela Palavra. Salmo 33:6: “Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles.”
Como Deus criou os anjos? Com um sopro da boca. Como Deus fez os céus? Pela Sua Palavra. Como Deus ressuscitou Jesus de entre os mortos? Pela Palavra. A mesma Palavra que fez os céus, os anjos e ressuscitou o Senhor está conosco. A grandeza do poder da Palavra está em nós.
Isaías 55:11 diz: “assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.”
A Palavra não volta vazia e faz aquilo que Deus sente prazer em realizar. Em que Deus sente prazer? Em ver o Seu povo curado, próspero, feliz, abençoado, por cabeça e não por cauda, em abrir as janelas dos céus, em derramar sobre nós os Seus tesouros etc.
Depois, diz em Jeremias 1:12: “Disse-me o SENHOR: Viste bem, porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.”
Nós precisamos crer nessas verdades. Precisamos falar da Palavra, porque ela muda todas as situações difíceis e impossíveis dos homens. Deus é o Deus do sobrenatural.
Eu não sei qual é a situação de muitos irmãos, mas eu quero te dizer o seguinte: se a tua vida está de acordo com a Palavra, Deus pode mudar qualquer situação. A Palavra traz mudanças, nos protege, nos dá vitória, nos dá vida, faz com que as finanças e a prosperidade aconteçam.
Eu creio que lares serão transformados, que casamentos serão restaurados, que a saúde será restabelecida, que as finanças serão liberadas.
Agora, nota uma coisa: muitos cristãos, por desconhecerem a Palavra, têm sido enganados quanto à vontade de Deus, especialmente no que tange a vida financeira.
Ainda que alguns sejam apologistas de que Deus nos criou para sofrer, isso é uma mentira. A Palavra nos ensina a não nos conformarmos com uma vida de escassez, de privações e necessidades. O conhecimento da Palavra de Deus nos tira da escassez e da necessidade.
Ninguém é o mesmo depois de ouvir a Verdade. E eu sei que viver fora da pobreza, da escassez e da necessidade era o conhecimento que tu estavas buscando. Então, vamos conhecer as leis básicas que o Senhor estabeleceu para quem quer ter resultados práticos na sua vida. São fundamentos sólidos. O que é sólido, são coisas que não podem falhar. Hebreus 1:13 explica isso. Olha só: “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder…,”.
Quando Jesus veio em busca da ovelha perdida, Ele também veio solucionar todos os problemas dos Seus eleitos, sejam esses problemas espirituais, físicos, familiares, profissionais ou financeiros. Jesus tem a solução correta para todas as áreas da nossa vida. Vamos ver como.
Vamos começar com Lucas 4:18. Aqui estão as credenciais de Jesus, diz o que Ele veio fazer na Terra. Ele disse: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,”.
E essa credencial é o resultado de quê? De uma profecia de Isaías 61:1-3: “O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a sua glória.”
Isaías disse que Jesus veio para pregar boas novas aos quebrantados. Mas, quando Jesus se referiu a essa profecia, Ele disse que veio para evangelizar os pobres.
Por que Jesus mudou a expressão da profecia? Porque uma coisa é uma pessoa viver quebrantada, conforme disse o profeta, outra é ser pobre.
Então, eu peguei essa palavra e percebi que havia uma revelação aí. O Senhor estava me mostrando que o que mais quebranta uma pessoa, o que mais quebra um ser humano, o que mais humilha um homem, o que mais envergonha uma mulher, é a necessidade, a pobreza e a escassez. Por isso é que Isaías disse quebrantados, e Jesus, pobres.
Naturalmente, a pessoa que não tem recursos financeiros está quebrada, quebrantada. A pobreza, a necessidade e a escassez destroem famílias, vidas, nações. Hoje, existem nações na África que, por causa da pobreza, estão dizimadas.
O que a Bíblia diz? Que a mensagem da prosperidade é, sem dúvida, o cumprimento das profecias em Jesus Cristo. Jesus pregou às pessoas abatidas pela pobreza, para quê? Para que elas continuassem pobres? Não! Isso é uma contrariedade tremenda, é um contra-senso as pessoas pensarem dessa forma.
O que Jesus está dizendo? Ele veio para pregar e evangelizar os pobres, para que eles deixem de ser pobres, para arrancá-los daquele estado de carência.
Diz em Lucas 7:22: “Então, Jesus lhes respondeu: Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o evangelho.”
Uma vez o Evangelho anunciado, todos os problemas da pobreza, da escassez e da necessidade são totalmente debelados da nossa vida. A solução de Deus para a maldição da pobreza é o Evangelho da Graça de Deus. A pobreza é igual à doença, à enfermidade, à angústia, à dor, à tristeza e à morte!
Quando tu ouves o Evangelho da Graça de Deus, o único que dá herança e edifica, a maldição é destruída, a pobreza e a necessidade são retiradas da tua vida. A solução para a pobreza é o Evangelho. O Evangelho recondiciona, ressocializa, reconstrói, regenera e coloca na cabeça e na mente do filho de Deus o desejo de viver, de lutar, de ir atrás dos sonhos, de trabalhar. Essa é a Verdade.
O Evangelho faz mudar a condição de vida dos quebrados, dos pobres, dos necessitados. A prática dos ensinamentos bíblicos muda as pessoas. Ninguém é o mesmo depois de ouvir a mensagem da Graça de Deus.
Enquanto no mundo há aqueles que dizem: ‘Senhor, eu quero morrer. Deus, mata-me!’, na igreja, a pessoa que compreende o Evangelho tem os olhos do coração iluminados, e passa a dizer: ‘Senhor, eu quero viver, quero ser um exemplo para o meu marido, quero ser um exemplo para a minha mulher, quero que os meus filhos tenham orgulho de mim, sou re-socializado. Nessa hora acaba a bebida, o álcool, a prostituição, a mentira, a fornicação, e a pessoa passa a viver uma vida de santidade. Depois, como ela passa a praticar a Palavra, Deus a atende. Ela pode pedir o que quiser, dizem as Sagradas Escrituras, que será feito.
Diz a Palavra do Senhor em Atos 20:32: “Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua graça, que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados.”
O Evangelho traz herança, alegria, esperança, forças, faz a pessoa ficar ativa, impede que alguém precise usar drogas para ser feliz, mostra que não há a necessidade de se usar uma guia no pescoço, pois Jesus é o seu guia, ou de acender velas para “santos”, pois a Palavra é a Luz que ilumina o seu caminho. O Evangelho não traz “cara amarrada”, tristeza, angústia, medo do inferno ou do diabo; isso tudo é mentira. O Evangelho são Boas Novas de grande alegria.
Vê o que diz Romanos 1:1 e 16 “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus,”. “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;”.
O Evangelho é o poder de Deus para a salvação. Salvação de que e de quem? Da alma e do Espírito, mas, também, da perda, do colapso, da desintegração de vida, do menosprezo, das finanças quebradas, do homem que não admira mais a sua esposa, da esposa que não quer mais o convívio do marido, dos filhos que estão se degladiando em casa. Quando o poder da Palavra de Deus chega na vida de um predestinado, a cadeira de rodas não o prende mais, não há prisões que o segurem, acaba o julgo, acabam as contendas; ele passa a ter Jesus como a âncora da sua alma.
Agora, quem não está sendo ajudado pelo Evangelho, não está ouvindo e crendo nele. Muita gente ouve o evangelho dos homens. Esse não produz Fé, não produz vitória.
Se o Evangelho de Deus trouxe solução para pecados, enfermidades, doenças e morte, porque não traria solução para a pobreza? Deus resolveu o pior caso da terra, que seria a morte, mas não tem solução para a pobreza?
Deus diz em 2 Coríntios 8:9: “pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.” Jesus nunca foi pobre. O nosso Deus não é mendigo. Ele é o dono da Terra.
O Salmo 24:1 diz assim: “Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam.”
Depois, Ageu 2:8, completa: “Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos Exércitos.”
Deus se fez pobre para nos substituir na maldição da pobreza, para que nós fôssemos ricos. “Rico”, do original grego, é “próspero”, ou seja, ausência de necessidade.
Lucas 12:13-21 fala de alguns segredos que tu deves compreender: “Nesse ponto, um homem que estava no meio da multidão lhe falou: Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós? Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.” A avareza é a grande arma de Satanás contra a prosperidade.
Nós estamos aprendendo a solidez do Evangelho. Deus quer que tenhamos para sermos abençoadores da obra de Deus. O avarento é o destruidor da vida, é a destruição do povo evangélico.
Em Eclesiastes 5:19, o Senhor diz: “Quanto ao homem a quem Deus conferiu riquezas e bens e lhe deu poder para deles comer, e receber a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus.”
Nós estamos aprendendo que, daquilo que Deus nos dá para comer, para beber, para termos gozo nesta vida, há uma parte que é dEle. Nesta parte, não devemos mexer, tocar, porque isso é avareza. Malaquias diz isso. Olha só: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.” (Malaquias 3:10).
O avarento não deixa a semente cair na terra e nunca prosperará. Ele destrói a sua vida pela avareza.
Filipenses 3:19 diz assim: “O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas.” O deus do avarento é o ventre. Ele só se preocupa com as coisas terrenas.
Tiago diz uma coisa interessante, em Tiago 5:3: “o vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes.”
Há pessoas que sentem tanto medo de dizimar e contribuir para o obra de Deus, porque não sabem que esta atitude abre as janelas dos céus, e , assim, deixam-se dominar pela avareza.
A atitude que é mais difícil e que mais custa a um cristão é a primeira vez que ele tem que dizimar ou ofertar. Mas, se ele souber que o dízimo é uma “arma” contra o inimigo das finanças, o qual é o devorador, não haverá ferrugem na sua vida. Por quê? Porque o dízimo está ungido desde a eternidade para abençoar a vida. Quando dizimamos, os 10% oferecidos ao Senhor estão dando vida aos outros 90%. É melhor ter 90% financeiramente com vida, com a bênção de Deus, do que 100% morto. Quando não se dizima, os 100% não têm vida, não prosperam. O dízimo tem a unção para abençoar a ti, a tua família, o teu trabalho e a tua nação. É assim que se vence a pobreza. Ser fiel a esse princípio traz a bênção de Deus, e a bênção de Deus, diz Provérbios 10:22, “… enriquece, e, com ela, ele não traz desgosto.”
Não permitas a avareza na tua vida, não te deixes dominar, porque as janelas dos céus não se abrem com avareza. Elas só se abrem com o dízimo e com a oferta. Não estou inventando nada, não estou criando uma corrente dos sete não sei o que… não! Estou mostrando o que está na Bíblia.
Agora, alguém pode perguntar: ‘Quem pode receber o meu dízimo?’ Paulo diz em Hebreus 7:7-8: “Evidentemente, é fora de qualquer dúvida que o inferior é abençoado pelo superior. Aliás, aqui são homens mortais os que recebem dízimos, porém ali, aquele de quem se testifica que vive.”
Meu irmão, eu vou te dizer uma coisa: por que muitas pessoas dizem que são dizimistas, e não vêem resultados na sua vida? Porque não se pode entregar o dízimo a qualquer pessoa, nem em qualquer lugar. Não é só porque está escrito na porta de um determinado lugar que ali é uma igreja, que a bênção de Deus está lá. Somente a unção ministerial está autorizada, por Deus, a receber os dízimos. Só onde há pão espiritual, vinho e azeite, só onde se cumprem os propósitos de Deus é que está qualificado, na sua liderança, por Deus, para receber os dízimos do povo do Senhor.
O dízimo tem o poder de abrir as janelas dos céus e derramar bênçãos sobre a família e sobre os negócios. O dízimo e a oferta fazem com que o devorador e a ferrugem não tomem parte da nossa vida.
Se tu queres construir uma vida financeira próspera, segue a Palavra, cumpre a Palavra. Não tenhas medo, não te deixes dominar pela avareza.
Se Deus deixasse alguma coisa de fora da tua vida, Ele não seria o Bom Pastor. Ele quer um povo rico, para que ele seja rico com Deus.
Milhões e milhões de pessoas à volta do mundo ouvirão falar da Glória de Deus e tu terás aumento, suprimento e multiplicação, porque Deus só dá semente ao que semeia.
ASSIM SEJA, ASSIM DISSE O SENHOR!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

ORAR PELA MANHÃ

 

Orar de Manhã



“Pela manhã ouvirás a minha voz, ó Senhor; pela manhã me apresentarei a Ti, e vigiarei.” Sal. 5:3.

 

A primeira respiração da alma pela manhã deve ser a presença de Jesus. "Sem Mim", diz Ele, "nada podereis fazer." João 15:5. É de Jesus que necessitamos; Sua luz, Sua vida, Seu espírito deve ser nosso continuamente. D’Ele precisamos cada hora. E devemos orar de manhã, para que, assim como o Sol ilumina a Terra e enche o mundo de luz, também o Sol da Justiça brilhe nas câmaras da mente e do coração, tornando-nos luzes no Senhor. Não podemos dispensar Sua presença um momento sequer. O inimigo sabe quando intentamos andar sem o Senhor, e ali está ele, pronto para encher-nos a mente de más sugestões para que decaiamos de nossa firmeza; mas o desejo do Senhor é que de momento a momento permaneçamos n'Ele, e n’Ele sejamos completos. ...

Deus quer que cada um de nós seja perfeito n’Ele, a fim de representarmos perante o mundo a perfeição de Seu carácter. Quer que estejamos isentos de pecado, para não desapontarmos o Céu, nem entristecermos o divino Redentor. Não quer Ele que professemos o cristianismo sem prevalecer-nos da graça que nos pode tornar perfeitos, e nada nos falte.

A oração e a fé farão o que nenhum poder da Terra conseguirá realizar. Raramente somos colocados duas vezes nas mesmas circunstâncias sob todos os pontos de vista. Experimentamos continuamente novas cenas e novas provas, onde a experiência passada não pode ser um guia suficiente. Temos que ter a luz perene que vem de Deus. Cristo envia sempre mensagens aos que estão atentos à Sua voz.

Faz parte do plano de Deus conceder-nos, em resposta à oração da fé, aquilo que Ele não outorgaria se o não pedíssemos assim.