Translate

quarta-feira, 31 de março de 2021

O PÃO DA VIDA

 

O PÃO DA VIDA

 

A palavra de Deus é o pão quotidiano do coração humano. Moisés assim o disse e Jesus o repetiu:

“Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”.Mat. 4:4.

Todos puderam fazer experiência do que acontece quando absortos num trabalho urgente, labutam um dia inteiro sem pensar em comer; uma sensação de fraqueza nos adverte subitamente que uma lei física foi violada. O corpo reclama o alimento sem o qual lhe é impossível prosseguir na sua tarefa. A nossa vida espiritual está submetida à mesma lei: ela deve ser alimentada pela Palavra de Deus.

Não acontece ao cristão sentir diminuir, algumas vezes, a sua energia moral? Que terá acontecido? Preocupado com as canseiras da vida, negligenciara simplesmente comer o pão espiritual. A vida santa está submetida em nós às mesmas condições da vida física.  Assim como esta depende do pão quotidiano, aquela depende da meditação diária da Palavra de Deus. Alimentai-vos dessa Palavra vivificadora! Quanto mais receberdes dela tanto mais saborosa e suculenta se tornará.

“Toda a Palavra que sai da boca de Deus é viva”. O salmista encontrava os testemunhos do Senhor “Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos.” Salmos 19:10

O rei David dá-nos nesta imagem, a ideia de um favo inclinado, derramando num vaso o seu líquido precioso.


 Cada uma das palavras de Deus são um mel saboroso e alimentício para o que delas comer

A FONTE DA VERDADEIRA DOUTRINA

 

A fonte da verdadeira doutrina



A Bíblia é a nossa regra em todos os assuntos de fé e doutrina. Esta regra é perfeita e completa. Nenhum dogma necessário à salvação falta nela. Isto mesmo nos é asseverado pelo o apóstolo Paulo nas palavras que dirigiu a Timóteo:

“E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;

Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” 2 Tim. 3:15-17.

A Escritura deve ser estudada. Ela contém, para cada época, uma mensagem especial, respondendo às suas necessidades, quer se trate de consolação ou advertência, quer de reforma nos costumes. “Este livro”, disse alguém “não é um conjunto de teses formulando a verdade, mas, pelo contrário, é a história da acção de Deus procurando arrancar o homem ao pecado”.

Pelo Seu Espírito, manifestando-se na Sua Palavra. Deus governa o mundo. A história do passado aí está para o provar para nos instruir.

“Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.” Rom. 15:4.

“Vamos todos beber com fervor a essa fonte espiritual”, dizia Erasmo em 1549, “…beijemos com pura afeição essas suaves palavras de Cristo. Deixemo-nos transformar por elas e a nossa conduta servirá de testemunho”.

A PALAVRA QUE MUDA OS CORAÇÕES

 

A PALAVRA QUE MUDA OS CORAÇÕES



A Palavra de Deus não se limita a fazer do crente um novo homem, perdoando-lhe os seus pecados e dando-lhe um novo coração; fica nele em estado de milagre latente que se manifesta por uma vida nova. Aos cristãos de Tessalonica, que abandonaram os ídolos para servir ao Deus vivo e verdadeiro, o Apóstolo Paulo escreve:

“Por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas ( segundo é, na verdade ), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes.” I Tess. 2:13.

É a própria Palavra que “actua em nós” ou, segundo uma outra tradução, que “desdobra a sua eficácia.” Nada há nisto de mágico ou de mecânico. “A letra para nada aproveita”, como disse Jesus. O livro de Deus sobre a mesa da sala não exerce nenhum poder, É no coração do que escuta a sua voz e que treme diante da sua Palavra, que nos revela o Poder da sua Palavra no coração do crente:

Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. “ João 14:23

Naquele que crê e recebe a palavra divina, brotará um poder vivificador que transforma o carácter, liberta do mal e torna possível a obediência a todos os mandamentos de Deus.

O simples facto de se crer na Palavra de Deus estabelece um contacto com o Poder que rege O Universo, exactamente como um trolley do carro eléctrico faz descer a corrente do fio condutor. A fé que se apodera da Palavra viva faz descer ao coração uma energia divina que acciona todo o mecanismo espiritual.

 

domingo, 28 de março de 2021

PALAVRA DE DEUS - SALVAGUARDA E UMA ALMA

 

 



PALAVRA DE DEUS
SALVAGUARDA E UMA ARMA

Quando o Filho de Deus desceu à terra, para dar a sua vida em sacríficio pelos pecados do mundo, renunciou à sua divindade e revestiu-se de uma carne humana, tornando-se semelhante a nós em todas as coisas. “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma”, dizia Jesus  João 5:30. Quando era tentado, encontrava as suas armas na Escritura Sagrada. Ao ser atacado por Satanás respondeu: “Está escrito”. Abrigado por esta muralha inexpugnável, repetia a cada assalto do tentador: “Está escrito”Mateus 4:1 a 11.

Jesus encontrava o seu refúgio nas Escrituras Sagradas. Estudava-as, meditava-as e guardava no Seu coração as suas preciosas lições, que se transformavam, no momento da tentação, num baluarte inabalável. A Bíblia, é um livro divino é um escudo do cristão na sua luta contra o inimigo. Se quisermos resistir vitoriosamente às tentações, que muitas vezes nos assaltam com rapidez do relâmpago, devemos também fazer dos oráculos de Deus o assunto das nossas meditações contínuas.

“A tua palavra tenho escondida no meu coração, para não pecar contra Ti.” Salmos 119:11.

Vemos, por estas palavras, o conhecimento que O salmista tinha das Escrituras. Que a Palavra de Deus seja também o nosso talismã.

terça-feira, 23 de março de 2021

O EVANGELHO DO REINO - WOLFGANG MAYER

 




O EVANGELHO DO REINO

POR

WOLFGANG MAYER

“Este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.” Mateus 24:14.

Todos estamos esperando que venha o fim. Muitos de nós têm esperado durante anos, até décadas, desejando saber porque tem levado tanto tempo para que se cumpra esta profecia. Alguns desencorajaram-se e deixaram completamente o caminho da verdade.

Ao olhar para o texto acima, vimos que há uma condição para a vinda do fim, isto é que “este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes.”  Enquanto este específico evangelho não for pregado a todas as nações o fim não pode vir. Mas não tem sido este evangelho pregado durante anos? Obviamente que não. Tem sido pregada uma mensagem, mas ela não pode ser “este evangelho do reino.” Quão importante é então, investigar e ver exactamente o que é este evangelho do reino.

Como já atrás mencionadas, as palavras de Cristo “este evangelho do reino, será pregado….”  Devem referir-se a um evangelho específico, diferente de todos os outros falsos evangelhos ensinados por outras religiões.

Nós não somos deixados sós a descobrir o que isto é. A bíblia é a sua própria intérprete. A inspiração diz-nos o que é o evangelho do reino. Isto é muito confortante e consolador para nós no tempo em que todo o vento de doutrina está soprando. Tudo o que temos a fazer é compreender e teremos encontrado a última mensagem a ser proclamada. Que certeza tão abençoada! “Então virá o fim.”

João Baptista pregou o evangelho do reino: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” Mateus 3:2 Os doze apóstolos pregaram-no “é chegado o reino dos céus.” Mateus 10:7, e o próprio Cristo pregou o mesmo. “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho! “ DTN 210.

O evangelho do Reino de Cristo era a mensagem mais maravilhosa, uma mensagem tão poderosa que poderia ter operado uma grande reforma entre os Judeus, de tal modo que o mundo nunca havia testemunhado antes, se os sacerdotes e rabis se não tivessem interposto e impedido. (DTN 184). Como é que eles impediram o evangelho do reino que era pregado por Cristo? Quando nós compreendermos os argumentos dos sacerdotes no tempo de Cristo, estaremos muito mais aptos para compreender os argumentos dos falsos ensinadores do nosso tempo.

A fim de impedir o completo reavivamento e reforma que a mensagem do reino de Cristo teria trazido, Satanás inspirou os chefes judeus a pregar também uma mensagem do reino. Contudo, a sua mensagem do reino nunca poderia ser “este evangelho do reino”. Era “outro evangelho” cujos princípios eram distintamente opostos ao verdadeiro evangelho. Nós lemos: “Que contraste entre, Seu reino a respeito do novo reino e o que tinham ouvido dos anciãos!” A próxima frase mostra-nos “Jesus nada dissera quanto ao libertá-los dos Romanos.” DTN 215 e 216.  Como podia Ele ter estabelecido um reino sem lutar com o Império Romano? Os romanos nunca teriam tolerado outro reino independente enquanto o deles existisse. A única maneira óbvia teria sido guiá-los pela força. Mas no Sermão da Montanha, Jesus proibiu o uso da força.

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;”

“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;”

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;”

“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;”

“Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;”

“E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.”
    “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem;”

“Para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.” Mateus 5: 3, 5, 9,10, 38, 39, 41, 44, 45.

O povo judeu na realidade gostava da ideia do reino vindouro de Deus. Cristo teria sido alegremente aceite como rei se Ele concordasse com as condições de força deles. Esta falsa concepção foi tornada plausível pela manipulação de um grande número de versículos do Velho Testamento para satisfazer o âmago natural. “No serviço regular diário, o ancião lia dos profectas, e exortava o povo a esperar ainda por Aquele que havia de vir, o qual introduziria um glorioso reino e banira toda a opressão. Ele buscava animar os ouvintes pela repetição dos testemunhos de que o Advento do Messias estava próximo. Descrevia a glória de Sua vinda, salientando sempre o pensamento de que aparecia à testa de exércitos para libertar Israel.” DNT, 214.

O contraste entre os ensinos de Cristo acerca do reino e a concepção humana a respeito de reinos, está correctamente descrita nas visões dos profetas, onde os reinos do mundo são representados por bestas de destruição violentas e cruéis, ao passo que o reino de Cristo é representado por um cordeiro que nunca destrói os seus inimigos. “A Daniel foi dada uma visão de bestas violentas, representando os poderes da terra. Mas a insígnia do reino do Messias é um cordeiro. Enquanto que os reinos terrestres governam pela ascendência do poder físico. Cristo está a banir toda a arma carnal, todo instrumento de violência. O seu reino devia ser estabelecido para levantar e exaltar a humanidade caída.” S.D.A. Bible Commentary 4:1171.

O falso evangelho exposto pelos contemporâneos de Cristo, que o reino de Deus era estabelecido pelo fogo e pela força, foi o grande argumento que persuadiu as massas a voltarem-se contra a verdade e contra o verdadeiro Messias. Por causa das suas más interpretações do Velho Testamento, eles acreditavam que Deus usava de facto seus inimigos como escabelo (uma prática usada pelos conquistadores da antiguidade)., e que o Messias e rei deles faria o mesmo. Isto certamente, refletia os seus sentimentos para com os seus inimigos. Para os orgulhosos corações humanos, esta mensagem fazia sentido. Eles consideram que um reino que não use armas nem a força será extremamente fraco e não duraria muito. Tais são os pensamentos daqueles que esquecem que a loucura e a fraqueza de Deus são mais fortes do que as armas carnais de Seus inimigos. (1 Coríntios 1:23-27).

Não se deve supor que os antagonistas de Cristo não tinham textos bíblicos para apoiar os seus ensinos. A profecia predizia que o Messias se sentaria no trono de David. “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro; Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz.”

“Do incremento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de David e no seu reino, para o firmar e o fortificar em Juízo e em justiça, desde agora para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.” Isaías 9: 6, 7.

O reinos de Davi e Salomão sobressaiam como a experiência máxima da história dos judeus. Eles foram os tempos gloriosos de uma nação agora oprimida e menosprezada. As profecias como ensinavam diariamente na sinagoga apontavam para um tempo da sua geração em que Israel seria restaurado para uma glória ainda maior, eram aceites como uma expectativa cheia de contentamento.

  David foi grande, mas o novo Messias seria ainda maior. Seus inimigos seriam totalmente destruídos e o seu reino duraria para sempre. O tempo tinha chegado! Quando os discípulos pregavam nas cidades e aldeias que o reino de Deus estava próximo, os espíritos exaltavam-se.

 A princípio, Cristo atraiu completamente uma entusiástica multidão de seguidores.  O povo e os rabis também, estavam certos de que o novo reino seria estabelecido ao fio da espada. Até os mais próximos seguidores de Cristo, sinceros como eram, não podiam compreender de outra forma.  Entre os seguidores de Cristo e aqueles que O odiavam havia uma diferença. Os primeiros acreditavam que Ele apenas faria guerra contra os seus inimigos. Nunca toleraria a fraude ou o suborno. Daria aos que estavam sobre privilégio uma justa oportunidade. Sua justa espada garantiria a paz a todo Israel e outorgaria terrível temor sobre os seus ímpios inimigos.  Esta era a honesta crença e expectativa dos pobres e oprimidos de Israel. Este Rabi de Nazaré cheio de poder e operador milagres, era justamente o homem que lhes convinha. Não eram demasiado orgulhosos para aceitar este humilde filho de carpinteiro, de origem e nascimento humilde, como seu guia. Davi tinha sido um rapaz pastor.  Se as bênçãos e a aprovação de Jeová repousassem sobre este homem, o que evidentemente aconteceu, podia ser o Rei predestinado.

As classes mais elevadas, os orgulhosos fariseus e os aristocráticos saduceus, também acreditavam que o Messias iria usar a força para estabelecer o Seu reino, mas Ele tinha que ter o espírito e a educação deles. Ele tinha que aclamar e as obras deles, aprovar as suas posições, e autorizar os seus métodos de suborno e intriga. Jesus não se ajusta a esta ilustração, e ainda antes que fossem bem claro para eles nunca usaria a força, rejeitaram-n’O. Apenas alguns dos grandes homens O aceitaram.

A multidão seguia-O entusiasticamente ainda que parecesse sempre tão lento em tomar a Sua justa posição à cabeça do movimento de revolta. Mas fá-lo-ia, as profecias assim o diziam, e elas em breve seriam cumpridas. O tempo estava pronto.

Três anos passaram e nada aconteceu. Nenhuma vez Cristo tinha usado Seu poder miraculoso para destruir até o menor dos seus inimigos ou para forcá-los à sujeição. O povo estava desapontado, e muitos deixaram-n’O. Até os Seus discípulos foram individualmente provados. Finalmente o dia chegou, em que Cristo entrou vitoriosamente em Jerusalém num jumento. Vozes gritavam “Hossana ao filho de David”. A profecia estava cumprida. “Alegra-te muito ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta.”  Zacarias 9:9.

Sabemos bem o resto da história. O povo estava certamente desapontado porque Cristo não exerceu o Seu poder nem asseverou o Seu direito como Rei. Em vez disto Ele foi levado em cativeiro e retirado do Seu caminho sem oferecer a menor resistência. Seus mais fiéis seguidores escaparam-se por suas vidas. Era demasiado para eles. Os fariseus tomaram tudo isto como prova de que Cristo não era o verdadeiro Messias. Eles queriam um Rei que lutasse por eles. Como se explicavam então muitos textos bíblicos que diziam que o Messias reinaria como David? Leiamos Isaías 9: 2-7. “O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.

“Tu multiplicaste a nação, a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa, e como exultam quando se repartem os despojos.

“Porque tu quebraste o jugo da sua carga, e o bordão do seu ombro, e a vara do seu opressor, como no dia dos midianitas.

“Porque todo calçado que levava o guerreiro no tumulto da batalha, e todo o manto revolvido em sangue, serão queimados, servindo de combustível ao fogo.

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

“Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.

Onde é que Jesus de Nazaré quebrou o cetro do seu opressor, governo Romano? Onde é que estavam as armaduras daqueles que pelejavam, o ruído, sangue, etc.?

Vamos tomar outra profecia no que diz respeito à primeira vinda de Cristo e tentar compreender os judeus. Eles foram educados e ensinados a compreender estas profecias duma falsa maneira. É fácil condená-los por terem interpretado estes textos duma maneira humana, mas teríamos nós feito algo melhor nesse tempo?

“E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” Miqueias 5:2. Sem dúvida este texto é uma profecia do estabelecimento do reino do Messias. As próximas frases do contexto dizem: “Portanto os entregará até ao tempo em que a que está de parto tiver dado à luz; então o restante de seus irmãos voltará aos filhos de Israel.

“E ele permanecerá, e apascentará ao povo na força do Senhor, na excelência do nome do Senhor seu Deus; e eles permanecerão, porque agora será engrandecido até aos fins da terra.

“E este será a nossa paz; quando a Assíria vier à nossa terra, e quando pisar em nossos palácios, levantaremos contra ela sete pastores e oito príncipes dentre os homens.

“Esses consumirão a terra da Assíria à espada, e a terra de Ninrode nas suas entradas. Assim nos livrará da Assíria, quando vier à nossa terra, e quando calcar os nossos termos.”

“E o remanescente de Jacó estará no meio de muitos povos, como orvalho da parte do Senhor, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem aguarda a filhos de homens.

 “E o restante de Jacó estará entre os gentios, no meio de muitos povos, como um leão entre os animais do bosque, como um leãozinho entre os rebanhos de ovelhas, o qual, quando passar, pisará e despedaçará, sem que haja quem as livre.

“A tua mão se exaltará sobre os teus adversários; e todos os teus inimigos serão exterminados.” Miqueias 5: 3-9.

Imaginem se tivessem vivido no tempo da primeira vinda de Cristo e ouvido o Seu sermão da montanha e outras ilustrações que deu, dizendo como Seus servos não lutariam, mas seriam perseguidos, e através da perseguição se tornariam maiores no Seu reino. O que teríeis pensado? Não teria parecido que Cristo está distorcendo as Escrituras? Quando Ele mencionou o trono de David, e Ele queria dizer algo diferente daquilo que nos teriam ensinado. “Um Rei” é um rei de justiça.  “Uma batalha” é a batalha contra as tentações de Satanás. “Derramamento de sangue”, é o Seu sacrifício. “Lutar com a espada” é a espada da verdade. “Libertação da opressão” é a libertação do pecado. “Destruir os inimigos” é destruí-los com Sua humildade e morte. Ver Hebreus 2:14).

Alguns dizem, Ele é um homem bom. Outros clamam que enganou o povo! Distorceu as Escrituras, não seguiu a Palavra escrita. Ele tem uma maneira enganadora de interpretar todas as Palavras do Reino do Messias. Se Ele está certo, então tudo o que temos aprendido está errado.

Quando Cristo interpretou as profecias relacionando-as com o reino do Messias, nada disse acerca de punir os Romanos, mas de punir o pecado, o verdadeiro opressor, na cruz.

Eles, israelitas, filhos de Abraão, haviam sido representados como em servidão. Tinha-se-lhes dirigido como presos a serem libertados do poder do mal; como em trevas e necessitados da luz da verdade. Seu orgulho ficou ofendido, despertaram-se-lhes os temores. As palavras de Jesus indicavam que Sua obra por eles havia de ser de todo diversa do que desejavam.

“…. Que contraste entre Seu ensino a respeito do novo reino e o que tinham ouvido dos anciãos! Jesus nada dissera quanto a libertá-los dos Romanos.” DTN 215,216.

“E fala-lhe, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do Senhor.”

“Ele mesmo edificará o templo do Senhor, e ele levará a glória; assentar-se-á no seu trono e dominará, e será sacerdote no seu trono, e conselho de paz haverá entre ambos os ofícios.” Zacarias: 12,13

“E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; Porque de ti sairá o Guia Que há de apascentar o meu povo de Israel.” Mateus 2:6 Cristo não era um enganador e deturpador das Escrituras. As interpretações do povo eram lógicas para eles porque não conheciam quaisquer outros reinos baseados a não ser na força.

As interpretações de Cristo não tinham nada a ver com estes modos tradicionais. A interpretação de “assim está escrito” é clara e bela, quando estudada sistematicamente. Só a Palavra deve permanecer, os nossos sentidos tradicionais acerca daquilo que as coisas querem dizer devem acabar. Sim, Cristo julgaria na terra de Israel, sem repousar na autoridade de um grande exército, mas “julgará com justiça”. Ele feriria os Seus inimigos, não de acordo com a compreensão do modo pervertido tradicional, mas “com vara da sua boca”. Mataria os ímpios, “com o sopro dos seus lábios.” (Isaías 11:14). Certamente carne e sangue não podiam herdar um Reino construído sob princípios que afoguentam as armas carnais

Os Judeus deviam ter compreendido os princípios da interpretação bíblica. Ela abunda por toda a parte e é fácil de alcançar. “Olha, ponho-te neste dia sobre as nações, e sobre os reinos, para arrancares, e para derrubares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares.” Jeremias 1:10 Apesar disso por decreto do próprio Deus “…nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão”. Daniel 12. 10 A bíblia é compreendida apenas por aqueles que desejam sinceramente ser participantes do reino de Deus. Antes da morte de Cristo as profecias concernentes ao Seu Reino eram apenas imperfeitamente compreendidas, mas após a Sua morte os Seus seguidores viram as palavras proféticas completamente numa nova luz. Realizando-se o tempo, o significado, e cumprimento destas profecias, eles tornaram-se finalmente grandes pregadores do evangelho do Reino. Com confiança proclamaram “Encontramos o Messias”! Para compreendermos a nossa presente, situação na pregação do carácter de Deus como princípio do evangelho do Reino. É importante compreender que Cristo e os apóstolos apareceram, aos olhos dos Judeus, como deturpadores das Escrituras, porque eles interpretaram a Bíblia dum modo inteiramente novo. Hoje estamos na mesma situação. Nossa opinião a cerca do carácter de Deus é diferente de qualquer pregação que antes tinha sido feita. Nós somos acusados de deturpar a Bíblia, porque nós não acreditamos que o Reino de Deus use a força para destruir os seus inimigos. É suficientemente verdade que, tradicional e humanamente interpretados, quaisquer textos da primeira vinda de Cristo Sua segunda vinda e ao estabelecimento do reino da glória. O evangelho do Reino obtém seus princípios de interpretação na própria palavra escrita, e não nas escolas de aprendizagem e tradição- As interpretações de Cristo e dos apóstolos depois de compreenderem toda a profecia, são a maravilhosa evidência que a nossa presente compreensão do evangelho do Reino está correcta.

Um exemplo muito interessante relacionado com este problema é a relação do reino com a vida de João Baptista. Os homens de Deus da antiguidade viram o reino de Cristo numa visão profética. João foi o primeiro a vê-lo na realidade.

Oito dias depois de ter nascido, “E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo, e profetizou” acerca do trabalho de João. “

“E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, Porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos;”

“Para dar ao seu povo conhecimento da salvação, Na remissão dos seus pecados;”

“Pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, Com que o oriente do alto nos visitou;”

“Para iluminar aos que estão assentados em trevas e na sombra da morte; A fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz.” Lucas 1: 67, 76-79.

Pela pregação do conhecimento do pecado e salvação, João era o preparador directo do caminho para Cristo. O termo “prepara os seus caminhos” tem origem num costume antigo de preparação para a visita de um rei terrestre. As estradas sobre as quais ele iria viajar eram preparadas de modo que ele pudesse prosseguir sem obstáculos.

Isto mostra-nos quão perto João está relacionado com as boas novas do novo reino e seu Rei vindouro. Foi por isso que ele pregou a mensagem “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” Mateus 3:2 Naquele tempo o seu ensino era a verdade presente. “Com novo e estranho poder sacudia o povo. Os profetas haviam predito a vinda de Cristo como um acontecimento que se achava às portas.” DTN 91. Com perspicácia profética João reconheceu Jesus na multidão como Rei do Reino predito, e a pedido de Cristo, ele baptizou-O. “João ficara profundamente comovido ao ver Jesus curvado como suplicante, rogando com lágrimas a aprovação do Pai. Ao ser Ele envolto na glória de Deus, e ouvir-se a voz do Céu, reconheceu o Baptista o sinal que lhe fora prometido por Deus. Sabia ter baptizado o Redentor do mundo. O Espírito Santo repousou sobre Ele, e, estendendo a mão, apontou Jesus e exclamou: ‘Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” DTN 98.

João foi a primeira pessoa a reconhecer a missão de Cristo e a anunciá-la. Foi por isso que Cristo avaliou tão altamente o seu trabalho. “E, partindo eles, começou Jesus a dizer às turbas, a respeito de João: Que fostes ver no deserto? uma cana agitada pelo vento?”

“Sim, que fostes ver? um homem ricamente vestido? Os que trajam ricamente estão nas casas dos reis.”

“Mas, então que fostes ver? um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta;”

“Porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho.”

“Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.” Mateus 11: 7-11.

Todavia Jesus disse algo estranho acerca de João. “….mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.” O significado destas palavras pode ser claramente compreendido na luz dos princípios do reino.

Ainda que João tenha sido o pregador mais chegado ao verdadeiro Reino de Deus – mais chegado que quaisquer outros antes dele – não compreendeu totalmente os seus princípios. “Esperava que Israel fosse libertado de seus inimigos nacionais; mas a vinda de um Rei em justiça, e o estabelecimento de Israel como nação santa, era grande objectivo de sua esperança. Assim acreditava se viesse a cumprir a profecia dada em seu nascimento, -

‘Para lembrar-se do Seu Santo concerto;…..

Que libertados da mão dos nossos inimigos.

O serviríamos sem temor, em santidade e justiça perante Ele todos os dias da nossa vida.” DTN 90

A profecia de Zacarias pai de João, foi erradamente compreendida por João. Os judeus tinham certo entendimento de restauração do reino, e João partilhava deste entendimento. Compreensivelmente, era difícil entender as palavras de Zacarias doutra maneira. Para sermos salvos dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam significava para os Judeus e para a libertação dos Romanos por um rei que usa a força e a opressão. O tempo para a libertação tinha chegado. Pela vida e morte do seu rei, veriam com Ele conquistaria todos os Seus inimigos, mas João não viveria para ver isto.

“E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos,”

“A dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?” Mateus 11: 2,3. Aqui temos o tão bem conhecido incidente de João pelos seus discípulos, perguntando a Jesus se Ele era realmente o Messias. Porque é que ele perguntou depois de o haver pregado tão convincentemente?

 João tinha sido aprisionado por algum tempo. Ele tinha esperado, como as profecias declaravam, por Cristo para o libertar. O Messias iria apregoar liberdade aos cativos a pôr em liberdade os oprimidos. Cristo tinha cumprido a Sua missão durante quase dois anos, e ainda assim não havia sinal de que Ele destronaria os poderes que haviam e iniciar o Seu próprio reino. Desalento e dúvida moviam-se nele. “Como os discípulos do Salvador, João Batista não compreendia a natureza do reino de Cristo. Esperava que Jesus tomasse o trono de Davi; e, ao passar o tempo, e o Salvador não reclamar nenhuma autoridade real, João ficou perplexo e turbado. Declarara ao povo que, a fim de o caminho ser preparado diante do Senhor, a profecia de Isaías devia ser cumprida, os montes e os outeiros se deviam abaixar, endireitar os caminhos tortuosos, e os lugares ásperos ser aplainados. Esperava que as elevações do orgulho e do poder humanos fossem derribadas. Apresentara o Messias como Aquele cuja pá estava em Sua mão, e que limparia inteiramente Sua eira, ajuntaria o trigo no celeiro, e queimaria a palha com fogo que não se apagaria. Como o profeta Elias, em cujo espírito e poder ele próprio viera a Israel, esperava que o Senhor Se revelasse como um Deus que responde por fogo. O Batista fora, em sua missão, um destemido reprovador da iniquidade, tanto nos lugares elevados como nos humildes. Ousara enfrentar o rei Herodes com a positiva repreensão do pecado. Não tivera a vida por preciosa, contanto que cumprisse a missão que lhe fora designada. E agora, de sua prisão, aguardava que o Leão da tribo de Judá abatesse o orgulho do opressor, e libertasse o pobre e o que clamava. Mas Jesus parecia contentar-Se com reunir discípulos em volta de Si, curar e ensinar o povo. Comia à mesa dos publicanos, ao passo que dia a dia mais pesado se tornava o jugo romano sobre Israel, o rei Herodes e a vil amante faziam sua vontade, e o clamor do pobre e sofredor subia ao Céu. Ao profeta do deserto tudo isso se afigurava um mistério além de sua penetração. Havia horas em que os cochichos dos demônios lhe torturavam o espírito, e a sombra de um terrível temor, dele se apoderava. Poder-se-ia dar que o longamente esperado Libertador ainda não houvesse aparecido?” DTN 173

A tentação que João enfrentou não foi que ele hesitasse perante o pensamento de sacrificar a sua vida. Ele era um bom soldado do Reino, não era uma cana abanando ao vento das circunstâncias. Ele daria alegremente a sua vida pelo seu Rei. A razão para as suas dúvidas e dos seus discípulos era a sua má compreensão da natureza do reino.

Era Cristo Aquele por quem eles tinham esperado? Ele não usava a força, Ele não lutava. Para responder a esta questão, Cristo deixou os dois mensageiros de João testemunhar a Sua obra de libertação do povo de suas doenças e demónios. Depois de observar estas coisas eles tiveram uma melhor compreensão da natureza do Seu reino e estavam convencidos de que Ele era o Messias.

“Todavia Jesus disse: ‘Aquele que é o menor no reino dos Céus é maior do que ele.’ O princípio da própria vida do Baptista, a abnegação, era o princípio do Reino do Messias,” DTN 200,198.  Porque devia o menor no reino do céu ser maior do que ele?

Jesus explica: “E, desde os dias de João Baptista até agora se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele.” Mateus 11: 12. Quase três anos tinham passado desde que João, os discípulos e seguidores acreditavam que o reino seria estabelecido pela força. Todos que testemunharam as humilhações de Cristo, provação e morte viram mais do verdadeiro reino do que João ou qualquer dos profetas tinham visto. Naquela altura eles não compreenderam isto.  Pelo contrário, a morte de Cristo pareceu destruir para sempre qualquer esperança. Mas quando Ele ressuscitou do túmulo, a grande verdade acorreu a todos eles. Providencialmente uma nova época de interpretação profética começou. As Escrituras pareciam novas. A vida de Cristo, provações e morte tinham estabelecido o Reino! Tinha sido cumprido. Que tropeço para os Judeus. Que loucura para os gregos. Mas que poder para aqueles que acreditavam. Portanto aqueles que vieram depois da morte de João e acreditaram na morte e ressurreição de Cristo, são maiores no reino do que ele, simplesmente porque compreenderam mais do reino do que Ele. No reino de Deus a posição não é destruída pelo favoritismo ou suborno como nos reinos mundanos. Em vez disso cada pessoa serve alegremente na posição para a qual serve melhor. A nossa capacidade para servir aumenta com a nossa compreensão do carácter. De Deus e natureza do Seu Reino. Antes da cruz do Calvário o reino de Deus sofreu de força. Daí em diante todos os que Vêm e aceitam a luz irão compreendê-la diferentemente. Deste modo eles irão ser “maiores do que ele”. Um paralelo extraordinário pode ser visto no nosso tempo. Não há muito tempo nós, como os apóstolos e João Baptista, tínhamos sérias más interpretações acerca do reino e carácter de Deus. Nosso ponto de vista, como o dos apóstolos, foi corrigido através da cruz. A cruz mostra-nos a única ira, a única cólera, o único julgamento a única punição contra os pecadores que é bíblica – pressionando sobre o substituto dos pecadores, Jesus Cristo. Todas estas coisas que nos são mostradas à luz da cruz, são largamente diferentes de qualquer coisa que dantes tenhamos aprendido em relações ao carácter de Deus. Deus na realidade tem ira, julgamentos e punições, mas Ele não destruiu Cristo nem destrói os pecadores. Afasta-se deles.

Qual será o próximo acontecimento nos acontecimentos dos últimos dias? Depois dos apóstolos compreenderem o Reino de Deus a chuva temporã veio. Quando nós compreendermos correctamente o carácter de Deus a chuva serôdia virá. Como podiam os apóstolos ter pregado a mensagem com más interpretações tão sérias?  E como podemos nós, enquanto ainda acreditarmos como os Babilonianos que Deus destrói, pregar o evangelho?

É agora que, este evangelho do reino será pregado em todo o mundo para testemunho de todas as nações e então virá o fim.

terça-feira, 16 de março de 2021

EIS AQUI O VOSSO DEUS - F. T. WRIGHT

 

APRESENTAÇÃO DO LIVRO "EIS AQUI O VOSSO DEUS"

O estudo do carácter de Deus é um tema de especial importância e deve ser o assunto do nosso estudo diário.
Foi a má compreensão acerca do carácter de Deus que começou o grande conflito e a rebelião não terminará enquanto isto não for corrigido pela declaração e pela demonstração. A REVELAÇÃO COMPLETA DE DEUS PÕE FIM AO GRANDE CONFLITO.

“Tu, ó Sião, que anuncias boas novas, sobe a um monte alto. Tu, ó Jerusalém, que anuncias boas novas, levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus.” Isaías 40:9.
O povo de Deus mostrará uma nova visão de Deus, demonstrando, à semelhança do que Cristo fez quando esteve na Terra, que os princípios de Deus são o oposto dos princípios dos homens. No reino de Deus o princípio que prevalece é o amor que não procura os seus próprios interesses. É o amor que encontra o seu prazer em receber para dar mantendo o fluxo da corrente de bênçãos vindas do Pai celestial.
Deus deu a total liberdade aos seres criados para O servirem ou rejeitarem esse serviço e quando os seres que criou lhe rejeitam a homenagem não os castiga por causa de escolherem o caminho da rebelião.
“O exercício da força é contrário aos princípios do governo de Deus; Ele deseja unicamente o serviço de amor e o amor não se pode impor; não pode ser conquistado pela força ou pela autoridade.” DTN,22.

“Não há constrangimento na obra da redenção. Não se exerce nenhuma força externa sob a influência do Espírito de Deus, o homem é deixado livre para escolher a quem há-de servir. Na mudança que se opera quando a alma se entrega a Cristo, há o mais alto senso de liberdade.” DTN, 466.

O tema publicado neste artigo pretende ajudar o crentes a compreender os princípios do governo de Deus e Deus não mudou, nem fez alterações ao Seu governo depois do aparecimento do pecado.

PARA OBTER O LIVRO GRATIS FAZER DOWNLOAD EM:

https://jasf-blog.blogspot.com

Nesse site poderá encontrar outros livros do mesmo autor:

 

REPOUSO DO SÁBADO DE DEUS - FRED T. WRIGHT


Apresentação do livro Repouso do Sábado de Deus

 Temos vivido com problemas crónicos sem solução durante tanto tempo que chegamos a aceitar a sua indesejada companhia como uma coisa normal em vez de anormal.

Decisões, embora confiantemente tomadas, têm pelo contrário dado resultados desapontadores e frustrantes até que somos lançados na incerteza e dúvida acerca de qual o caminho a seguir. Se alguma coisa correu bem é uma agradável surpresa.

Isto, embora aceite como tal, nunca foi o que Deus desejou para o homem. Ele compreende exactamente a razão pela qual o homem não tem repouso, e a falta não está n’Ele. Ele deu tudo para que nós gozássemos vidas nas quais não conhecêssemos coisa como fracasso, perda, impossibilidade, ou derrota. Na Sua palavra, Ele explicou os simples procedimentos a serem seguidos, mas lamenta uma e outra vez que o Seu povo não tenha conhecido os Seus caminhos, por isso não podiam entrar no Seu repouso.

“Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.” Hebreus 4:9

“Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás.” Hebreus 4:1

O Repouso do Sábado de Deus revela a causa de todos os fracassos por um lado, e o caminho para o perfeito repouso por outro. Quem leia estas páginas e siga os princípios contidos nelas não será jamais a mesma pessoa. Os resultados que se seguirão parecerão demasiado bons para serem verdade quando são consistentemente praticados. Quando Deus por fim tiver um povo que viva pelos princípios do repouso do sábado, muito rapidamente terminará a obra.

Para continuar a ler:  Fazer downloads grátis em: jfernandesblog.wordpress.com


A SALVAÇÃO DAS CRIANÇAS - FRED T. WRIGTH


Isto é uma apresentação deste livro 


“Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” Provérbios 22:6.

“Visto que apenas o serviço por amor pode ser aceito por Deus, a submissão de Suas criaturas deve repousar em uma convicção sobre a Sua justiça e benevolência.” O Grande Conflito, 498.
Em Seu plano de governo não há o emprego da força bruta para compelir a consciência.” Parábolas de Jesus, 77.
“Deus poderia haver destruído Satanás e seus adeptos tão facilmente, como se pode atirar um seixo à terra; assim não fez, porém. A rebelião não seria vencida pela força. Poder compulsor  se encontra sob o governo de Satanás. Os princípios do Senhor não são dessa ordem. Sua autoridade baseia-se na bondade, na misericórdia e no amor; e a apresentação desses princípios é o meio a ser empregado. O governo de Deus é moral, e verdade e amor devem ser o poder predominante.” O Desejado de Todas as Nações, 759
“O exercício da força é contrário aos princípios do governo de Deus; Ele deseja unicamente o serviço de amor; e o amor não se pode impor; não pode ser conquistado pela força ou pela autoridade.” O Desejado de Todas as Nações, 22

Fazer downloads  completo grátis deste livro em:   
https://jfernandesblog.wordpress.com/     

segunda-feira, 15 de março de 2021

JESUS E A VERDADE


JESUS E A VERDADE

Jesus e a verdade, são poderes que exercem, sobre o homem que deseja luz, uma atracção.

É o próprio Jesus que exerce a atracção, pois Jesus é a verdade, “Eu sou a verdade e a vida” diz Ele.

“E conhecereis a verdade e ela vos salvará.” Conhecer a verdade pressupõe conhecimento e esse conhecimento salvar-nos-á.

Salvar-nos significa termos vida e a vida só se encontra em Jesus porque Jesus é a vida.

A vida de Jesus não é esta vida passageira que nos é dada por Deus para podermos guardar a lei, “Nós não obtemos vida observando os mandamentos, mas Deus dá-nos vida para que os possamos guardar.” Epístola aos Gálatas, por E.J. Waggoner, cap. 4.

Portanto, uma das coisas que Satanás nos tenta roubar é o conhecimento. Ele faz com que lutemos para obter conhecimento fora de Cristo e isto adquire muitas formas.

As igrejas tentam proibir os seus membros de ler outras literaturas como imposição, na procura de evitar que essas almas obtenham outro conhecimento que não o da Bíblia e daquilo que elas acham ser importante para a vida espiritual de cada um.

A sede de conhecimento é algo bom. Assim também o apetite é algo bom, porque sem apetite certamente não teríamos apetência pela comida que comemos. Mas como em tudo existe o lado bom e o lado mau. O apetite pervertido é mau e não é santificado.

Não adianta alguém tentar proibir outro que goste de chocolate, pois o desejo de comer chocolate não nasce na proibição que é feita mas sim no interior que essa proibição tenta dominar.

Portanto, o desejo da procura do conhecimento desnecessário tem de partir do interior de forma voluntária e espontânea e não assente em qualquer proibição externa que exerce sobre a mente uma pressão constante lembrando quanto é mau esse conhecimento.

Esta é a função da lei.

Contudo, este controlo não é mau e tem as suas virtudes. A intenção dele é conduzir a Cristo, por isso a lei é um aio que conduz a Cristo e deu-nos dá-nos oportunidade para ir a Cristo dando-nos vida para guardar a lei, pois também não poderíamos viver sem lei e ao dar-nos vida para guardar a lei está a dar-nos a oportunidade para ir a Cristo.

Deus, dá-nos essa oportunidade não numa forma imposta. Ele apresenta o caminho a verdade e a vida – Jesus e cabe-nos a nós decidir aceitá-l’O ou não.

Nós aproveitamos muitas vezes a liberdade que Deus nos dá para fazer a nossa vontade com a desculpa de que um dia inverteremos o caminho e vamos finalmente seguir apenas aquilo que Deus nos ordena.

Ora, isso não obtém o resultado desejado porque os nossos sentidos a nossa maneira de estar, a nossa vida diária, por falta de exercício na prática da Palavra de Deus, faz com que a nossa acção seja de algum modo automatizada e por isso no momento da resposta à tentação falhamos por causa da falta de exercício.

Estas quedas fazem com que nos arrependamos de seguida e peçamos perdão pelos actos cometidos, mas será sempre assim porque os nossos hábitos estão treinados nesse sentido.

Isto é estar debaixo da lei e nós desejamos estar debaixo da lei pois nada fazemos de concreto que nos crie o hábito de responder à tentação com uma resistência tenaz.

“‘Dizei-me, os que quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei?’ Depois do que tivemos, não pode haver alguém que tenha dúvida que estar debaixo da lei é uma condição deplorável, mais ainda os gálatas não teriam desejado estar debaixo dela. ‘Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte.’ Provérbios 16:25. Quantos há, que amam caminhos que só eles podem ver que estão a levá-los directamente para a morte; sim, há muitos que, com os seus olhos bem abertos para as consequências do seu caminho, persistem nele, deliberadamente escolhendo ‘os prazeres do pecado durante algum tempo’ em vez da justiça e do comprimento de dias. Estar ‘debaixo da lei’ de Deus é estar condenado por ela como pecador e condenado à morte, apesar disso milhões além dos gálatas amaram essa condição e ainda a amam. Ah, se eles apenas ouvissem o que ela diz! Não há razão para eles não a ouvirem, pois ela fala com voz de trovão. ‘Quem tem ouvidos, ouça.?’’’ Epístola aos Gálatas, cap. 4, por E.J. Waggoner. Nós temos de ouvir estes conselhos de Deus não como uma imposição, pois a liberdade de escolha que Deus nos dá é real e total.

A boca fala daquilo que está no coração por isso se a nossa alma estiver cheia unicamente com o verdadeiro conhecimento então apenas falaremos da verdade e aquilo que dizemos é vida, pois não somos nós que o dizemos, mas Cristo que está em nós.

“O período do ministério pessoal de Cristo entre os homens foi o tempo de maior atividade das forças do reino das trevas. Durante séculos, Satanás e seus anjos haviam estado procurando controlar o corpo e a alma dos homens, para trazer sobre eles pecados e sofrimentos; depois, acusara a Deus de toda essa miséria. Jesus estava revelando aos homens o caráter de Deus. Estava a despedaçar o poder de Satanás, libertando-lhe os cativos. Nova vida e amor do Céu moviam o coração dos homens, e o príncipe do mal despertou para contender pela supremacia de seu reino. Satanás convocou todas as suas forças, e a cada passo combatia a obra de Cristo.

Assim será na grande batalha final do conflito entre a justiça e o pecado. Ao passo que nova vida e luz e poder descem do alto sobre os discípulos de Cristo, uma vida nova está brotando de baixo, e revigorando os instrumentos de Satanás. A intensidade se está apoderando de todo elemento terrestre. Com uma sutileza adquirida através de séculos de conflito, o príncipe do mal opera disfarçadamente. Aparece vestido como anjo de luz, e multidões estão ‘dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios’. I Tim. 4:1.

Nos dias de Cristo os guias e mestres de Israel eram impotentes para resistir a Satanás. Negligenciavam o único meio pelo qual se podiam opor aos maus espíritos. Foi pela Palavra de Deus que Cristo venceu o maligno. Os guias de Israel professavam ser expositores da Palavra de Deus, mas haviam-na estudado apenas para apoiar suas tradições, e impor suas observâncias de origem humana. Haviam, por suas interpretações, feito com que ela exprimisse sentimentos que Deus nunca tivera em mente. Suas místicas apresentações tornavam indistinto aquilo que Ele fizera claro. Disputavam sobre insignificantes questões de técnica, e negavam por assim dizer as verdades essenciais. Assim, difundia-se amplamente a infidelidade. Roubavam à Palavra de Deus a sua força, e os espíritos maus operavam à vontade.

A história se está repetindo. Tendo a Bíblia aberta diante de si, e professando respeitar-lhe os ensinos, muitos dos guias religiosos de nossa época estão destruindo a fé nela como Palavra de Deus. Ocupam-se em dissecar a Palavra, e estabelecer as próprias opiniões acima de suas declarações positivas. A Palavra de Deus perde, em suas mãos, o poder regenerador. É por isso que a incredulidade campeia, e reina a iniquidade.

Depois de minar a fé na Bíblia, Satanás encaminha os homens a outras fontes em busca de luz e poder. Assim se insinua ele. Os que se desviam dos claros ensinos da Escritura, e do poder convincente do Espírito Santo de Deus, estão convidando o domínio dos demônios. A crítica e as especulações concernentes às Escrituras, têm aberto o caminho ao espiritismo e à teosofia - essas formas modernas do antigo paganismo - para conseguir firmar-se mesmo nas professas igrejas de nosso Senhor Jesus Cristo.

Lado a lado com a pregação do evangelho, acham-se a operar forças que não são senão médiuns de espíritos de mentira. Muito homem se intromete com elas por mera curiosidade, mas vendo demonstrações de forças sobre-humanas, é fascinado a ir sempre mais adiante, até que fica dominado por uma vontade mais forte que a sua própria. Não lhe pode escapar ao misterioso poder.

São derribadas as defesas da alma. Não tem barreira contra o pecado. Uma vez que as restrições da Palavra de Deus e de Seu Espírito são rejeitadas, homem algum pode saber a que profundezas de degradação é capaz de imergir. Um pecado secreto ou paixão dominadora o pode reter cativo tão impotente como era o endemoninhado de Cafarnaum. Todavia, seu estado não é desesperador.

O meio por que podemos vencer o maligno, é aquele pelo qual Cristo venceu - o poder da Palavra. Deus não nos rege a mente sem nosso consentimento; mas se desejamos conhecer e fazer Sua vontade, pertence-nos a promessa: ‘Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.’ João 8:32. ‘Se alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma doutrina conhecerá.’ João 7:17. Mediante a fé nessas promessas, todo homem poderá ser libertado dos ardis do erro e do domínio do pecado.

Todo homem é livre para escolher que poder o regerá. Ninguém caiu tão fundo, ninguém é tão vil, que não possa encontrar libertação em Cristo. O endemoninhado, em lugar de uma oração, só pôde proferir as palavras de Satanás; todavia, foi ouvido o mudo apelo do coração. Nenhum grito de uma alma em necessidade, embora deixe de ser expresso em palavras, ficará desatendido. Os que consentirem em entrar com o Deus do Céu num concerto, não serão deixados entregues ao poder de Satanás, ou às fraquezas de sua própria natureza. São convidados pelo Salvador: ‘Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.’ Isa. 27:5. Os espíritos das trevas hão de combater pela alma que uma vez lhes caiu sob o domínio, mas anjos de Deus hão de contender por aquela alma com predominante poder. Diz o Senhor: ‘Tirar-se-ia a presa ao valente? Ou os presos justamente escapariam? ... Assim diz o Senhor: Por certo que os presos se tirarão ao valente, e a presa do tirano escapará; porque Eu contenderei com os que contendem contigo, e os teus filhos Eu remirei.’ Isa. 49:24 e 25.

Enquanto todos na sinagoga ainda se achavam sob o domínio do espanto, Jesus retirou-Se para a casa de Pedro, a fim de repousar um pouco. Mas também ali baixara uma sombra. A mãe da esposa de Pedro jazia enferma, presa de muita febre. Jesus repreendeu a moléstia, e a doente ergueu-se, e atendeu às necessidades do Mestre e dos discípulos.

Por toda Cafarnaum, logo se espalharam as novas da obra de Cristo. O povo, por temor dos rabis, não ousou ir em busca de cura durante o sábado; mas assim que o Sol se ocultou no horizonte, notou-se grande agitação. Das casas de famílias, das lojas, das praças, afluíam os habitantes para a humilde morada em que Jesus Se abrigara. Os enfermos eram levados em leitos, ou apoiados em bordões, ou ajudados por amigos arrastavam-se debilmente à presença do Salvador.

Durante horas a fio vinham e voltavam; pois ninguém sabia se o dia seguinte ainda encontraria o Médico entre eles. Nunca dantes fora Cafarnaum espetáculo de um dia como esse. O espaço enchia-se de vozes de triunfo e aclamações pela libertação. O Salvador regozijava-Se no regozijo que produzira. Ao testemunhar os sofrimentos dos que tinham ido ter com Ele, o coração movera-se-Lhe de simpatia e alegrou-Se em Seu poder de restaurá-los à saúde e felicidade.

Enquanto o último enfermo não foi curado, Jesus não cessou de trabalhar. Ia alta a noite quando a multidão partiu e o silêncio baixou sobre o lar de Simão. Passara o longo dia, cheio de atividades, e Jesus procurou repouso. Mas, estando a cidade ainda imersa no sono, o Salvador ‘levantando-Se de manhã muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava’.

Assim se passavam os dias na vida terrestre de Jesus. Muitas vezes despedia os discípulos, a fim de visitarem o lar e repousar; mas resistia-lhes brandamente aos esforços para O afastar de Seus

labores. O dia todo labutava Ele, ensinando o ignorante, curando o enfermo, dando vista ao cego, alimentando a multidão; e na vigília da noite, ou cedo de manhã, saía para o santuário das montanhas, em busca de comunhão com Seu Pai. Passava por vezes a noite inteira a orar e meditar, voltando ao raiar do dia ao Seu trabalho entre o povo.” DTN, 258-260.

 

“Advertência Contra o Falso Conhecimento”

“Vendo a mulher que a árvore era... agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.” Gên. 3:6.

Há um conhecimento espúrio, o conhecimento do mal e do pecado, o qual foi trazido ao mundo pela astúcia de Satanás. A busca desse conhecimento é instigada por desejos e objetivos não santificados. Suas lições são adquiridas com grande empenho, mas muitos não se convencerão de que lhes seria melhor permanecer na ignorância. ...

Nas atividades educacionais, assim como em todas as outras, as metas terrenas são perigosas para a alma. No âmbito educacional, são propostas muitas ideias que não procedem do Alto e Santo que habita a eternidade, mas daqueles que tornam os estudos acadêmicos um ídolo e cultuam a ciência que divorcia Deus da educação. Por virem esses erros revestidos de atraente roupagem, entretanto, são amplamente aceitos. ...

É correto obter o conhecimento das ciências. Mas a aquisição desse conhecimento é a ambição de uma numerosa classe de pessoas não consagradas, que não têm ideia do que farão com suas realizações. O mundo está cheio de homens e mulheres que não manifestam nenhum senso de obrigação para com Deus pelos dons que lhes foram confiados. ... Sentem-se ansiosos por obter reconhecimento. É o objetivo de sua vida obter a colocação mais elevada. ...

Há pessoas a quem Deus qualificou com capacidades mais do que comuns. São pensadores profundos, vigorosos e meticulosos. Mas muitos deles se inclinam a atingir seus próprios fins egoístas, sem consideração para com a honra e glória de Deus. Alguns deles têm visto a luz da verdade, mas porque honraram a si próprios e não fizeram de Deus o primeiro, último e melhor em tudo, afastaram-se da verdade bíblica para o ceticismo e a infidelidade.

Quando são detidos pelos castigos de Deus, e pela aflição levados a inquirir pelas antigas veredas, é varrida de sua mente a névoa do ceticismo. Alguns deles se arrependem, retornam ao primeiro amor e colocam os pés no caminho preparado para os resgatados do Senhor. ... Quando se opera essa admirável mudança, os pensamentos são dirigidos pelo Espírito de Deus rumo a novos canais, o caráter é transformado e as aspirações da alma voltam-se para as coisas celestes. ... A graça que Cristo concede... os conduzirá à cruz de Jesus como obreiros ativos, dedicados e leais, para o avanço da verdade celestial. Manuscrito 51, 1900 (Manuscript Releases, vol. 20, págs. 40 e 41).