Jesus e a verdade, são poderes que exercem, sobre o homem que deseja luz, uma atracção.
É o
próprio Jesus que exerce a atracção, pois Jesus é a verdade, “Eu sou a verdade
e a vida” diz Ele.
“E
conhecereis a verdade e ela vos salvará.” Conhecer a verdade pressupõe
conhecimento e esse conhecimento salvar-nos-á.
Salvar-nos
significa termos vida e a vida só se encontra em Jesus porque Jesus é a vida.
A vida
de Jesus não é esta vida passageira que nos é dada por Deus para podermos
guardar a lei, “Nós não obtemos vida observando os mandamentos, mas Deus
dá-nos vida para que os possamos guardar.” Epístola aos Gálatas, por E.J. Waggoner, cap. 4.
Portanto,
uma das coisas que Satanás nos tenta roubar é o conhecimento. Ele faz com que
lutemos para obter conhecimento fora de Cristo e isto adquire muitas formas.
As
igrejas tentam proibir os seus membros de ler outras literaturas como imposição,
na procura de evitar que essas almas obtenham outro conhecimento que não o da
Bíblia e daquilo que elas acham ser importante para a vida espiritual de cada
um.
A sede
de conhecimento é algo bom. Assim também o apetite é algo bom, porque sem
apetite certamente não teríamos apetência pela comida que comemos. Mas como em
tudo existe o lado bom e o lado mau. O apetite pervertido é mau e não é
santificado.
Não
adianta alguém tentar proibir outro que goste de chocolate, pois o desejo de
comer chocolate não nasce na proibição que é feita mas sim no interior que essa
proibição tenta dominar.
Portanto,
o desejo da procura do conhecimento desnecessário tem de partir do interior de
forma voluntária e espontânea e não assente em qualquer proibição externa que
exerce sobre a mente uma pressão constante lembrando quanto é mau esse
conhecimento.
Esta é
a função da lei.
Contudo,
este controlo não é mau e tem as suas virtudes. A intenção dele é conduzir a
Cristo, por isso a lei é um aio que conduz a Cristo e deu-nos dá-nos
oportunidade para ir a Cristo dando-nos vida para guardar a lei, pois também
não poderíamos viver sem lei e ao dar-nos vida para guardar a lei está a
dar-nos a oportunidade para ir a Cristo.
Deus,
dá-nos essa oportunidade não numa forma imposta. Ele apresenta o caminho a
verdade e a vida – Jesus e cabe-nos a nós decidir aceitá-l’O ou não.
Nós
aproveitamos muitas vezes a liberdade que Deus nos dá para fazer a nossa
vontade com a desculpa de que um dia inverteremos o caminho e vamos finalmente
seguir apenas aquilo que Deus nos ordena.
Ora,
isso não obtém o resultado desejado porque os nossos sentidos a nossa maneira de
estar, a nossa vida diária, por falta de exercício na prática da Palavra de
Deus, faz com que a nossa acção seja de algum modo automatizada e por isso no
momento da resposta à tentação falhamos por causa da falta de exercício.
Estas
quedas fazem com que nos arrependamos de seguida e peçamos perdão pelos actos
cometidos, mas será sempre assim porque os nossos hábitos estão treinados nesse
sentido.
Isto é
estar debaixo da lei e nós desejamos estar debaixo da lei pois nada fazemos de
concreto que nos crie o hábito de responder à tentação com uma resistência
tenaz.
“‘Dizei-me,
os que quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei?’ Depois do que
tivemos, não pode haver alguém que tenha dúvida que estar debaixo da lei é uma
condição deplorável, mais ainda os gálatas não teriam desejado estar debaixo
dela. ‘Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos
da morte.’ Provérbios 16:25. Quantos há, que amam caminhos
que só eles podem ver que estão a levá-los directamente para a morte; sim, há
muitos que, com os seus olhos bem abertos para as consequências do seu caminho,
persistem nele, deliberadamente escolhendo ‘os prazeres do pecado durante
algum tempo’ em vez da justiça e do comprimento de dias. Estar ‘debaixo
da lei’ de Deus é estar condenado por ela como pecador e condenado à morte,
apesar disso milhões além dos gálatas amaram essa condição e ainda a amam. Ah,
se eles apenas ouvissem o que ela diz! Não há razão para eles não a ouvirem,
pois ela fala com voz de trovão. ‘Quem tem ouvidos, ouça.?’’’ Epístola aos Gálatas, cap. 4, por E.J.
Waggoner. Nós temos de ouvir estes conselhos de Deus não como uma imposição,
pois a liberdade de escolha que Deus nos dá é real e total.
A boca
fala daquilo que está no coração por isso se a nossa alma estiver cheia
unicamente com o verdadeiro conhecimento então apenas falaremos da verdade e
aquilo que dizemos é vida, pois não somos nós que o dizemos, mas Cristo que
está em nós.
“O
período do ministério pessoal de Cristo entre os homens foi o tempo de maior atividade
das forças do reino das trevas. Durante séculos, Satanás e seus anjos haviam
estado procurando controlar o corpo e a alma dos homens, para trazer sobre eles
pecados e sofrimentos; depois, acusara a Deus de toda essa miséria. Jesus estava
revelando aos homens o caráter de Deus. Estava a despedaçar o poder de Satanás,
libertando-lhe os cativos. Nova vida e amor do Céu moviam o coração dos homens,
e o príncipe do mal despertou para contender pela supremacia de seu reino.
Satanás convocou todas as suas forças, e a cada passo combatia a obra de
Cristo.
Assim
será na grande batalha final do conflito entre a justiça e o pecado. Ao passo
que nova vida e luz e poder descem do alto sobre os discípulos de Cristo, uma
vida nova está brotando de baixo, e revigorando os instrumentos de Satanás. A
intensidade se está apoderando de todo elemento terrestre. Com uma sutileza
adquirida através de séculos de conflito, o príncipe do mal opera
disfarçadamente. Aparece vestido como anjo de luz, e multidões estão ‘dando
ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios’. I Tim. 4:1.
Nos
dias de Cristo os guias e mestres de Israel eram impotentes para resistir a
Satanás. Negligenciavam o único meio pelo qual se podiam opor aos maus
espíritos. Foi pela Palavra de Deus que Cristo venceu o maligno. Os guias de
Israel professavam ser expositores da Palavra de Deus, mas haviam-na estudado
apenas para apoiar suas tradições, e impor suas observâncias de origem humana.
Haviam, por suas interpretações, feito com que ela exprimisse sentimentos que
Deus nunca tivera em mente. Suas místicas apresentações tornavam indistinto
aquilo que Ele fizera claro. Disputavam sobre insignificantes questões de
técnica, e negavam por assim dizer as verdades essenciais. Assim, difundia-se
amplamente a infidelidade. Roubavam à Palavra de Deus a sua força, e os
espíritos maus operavam à vontade.
A
história se está repetindo. Tendo a Bíblia aberta diante de si, e professando
respeitar-lhe os ensinos, muitos dos guias religiosos de nossa época estão
destruindo a fé nela como Palavra de Deus. Ocupam-se em dissecar a Palavra, e
estabelecer as próprias opiniões acima de suas declarações positivas. A Palavra
de Deus perde, em suas mãos, o poder regenerador. É por isso que a
incredulidade campeia, e reina a iniquidade.
Depois de minar a fé na Bíblia,
Satanás encaminha os homens a outras fontes em busca de luz e poder. Assim se
insinua ele. Os que se desviam dos claros ensinos da Escritura, e do poder
convincente do Espírito Santo de Deus, estão convidando o domínio dos demônios.
A crítica e as especulações concernentes às Escrituras, têm aberto o caminho ao
espiritismo e à teosofia - essas formas modernas do antigo paganismo - para
conseguir firmar-se mesmo nas professas igrejas de nosso Senhor Jesus Cristo.
Lado a
lado com a pregação do evangelho, acham-se a operar forças que não são senão
médiuns de espíritos de mentira. Muito homem se intromete com elas por mera
curiosidade, mas vendo demonstrações de forças sobre-humanas, é fascinado a ir
sempre mais adiante, até que fica dominado por uma vontade mais forte que a sua
própria. Não lhe pode escapar ao misterioso poder.
São
derribadas as defesas da alma. Não tem barreira contra o pecado. Uma vez que as
restrições da Palavra de Deus e de Seu Espírito são rejeitadas, homem algum pode saber a que
profundezas de degradação é capaz de imergir. Um pecado secreto ou
paixão dominadora o pode reter cativo tão impotente como era o endemoninhado de
Cafarnaum. Todavia, seu estado não é desesperador.
O meio
por que podemos vencer o maligno, é aquele pelo qual Cristo venceu - o poder da
Palavra. Deus não nos rege a
mente sem nosso consentimento; mas se desejamos conhecer e fazer Sua vontade,
pertence-nos a promessa: ‘Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.’
João 8:32. ‘Se alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma
doutrina conhecerá.’ João 7:17. Mediante a fé nessas promessas, todo homem
poderá ser libertado dos ardis do erro e do domínio do pecado.
Todo
homem é livre para escolher que poder o regerá. Ninguém caiu tão fundo, ninguém
é tão vil, que não possa encontrar libertação em Cristo. O endemoninhado, em
lugar de uma oração, só pôde proferir as palavras de Satanás; todavia, foi
ouvido o mudo apelo do coração. Nenhum grito de uma alma em necessidade, embora
deixe de ser expresso em palavras, ficará desatendido. Os que consentirem em
entrar com o Deus do Céu num concerto, não serão deixados entregues ao poder de
Satanás, ou às fraquezas de sua própria natureza. São convidados pelo Salvador:
‘Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.’
Isa. 27:5. Os espíritos das trevas hão de combater pela alma que uma vez
lhes caiu sob o domínio, mas anjos de Deus hão de contender por aquela alma com
predominante poder. Diz o Senhor: ‘Tirar-se-ia a presa ao valente? Ou os
presos justamente escapariam? ... Assim diz o Senhor: Por certo que os presos
se tirarão ao valente, e a presa do tirano escapará; porque Eu contenderei com
os que contendem contigo, e os teus filhos Eu remirei.’ Isa. 49:24 e 25.
Enquanto
todos na sinagoga ainda se achavam sob o domínio do espanto, Jesus retirou-Se
para a casa de Pedro, a fim de repousar um pouco. Mas também ali baixara uma
sombra. A mãe da esposa de Pedro jazia enferma, presa de muita febre. Jesus repreendeu
a moléstia, e a doente ergueu-se, e atendeu às necessidades do Mestre e dos
discípulos.
Por
toda Cafarnaum, logo se espalharam as novas da obra de Cristo. O povo, por
temor dos rabis, não ousou ir em busca de cura durante o sábado; mas assim que
o Sol se ocultou no horizonte, notou-se grande agitação. Das casas de famílias,
das lojas, das praças, afluíam os habitantes para a humilde morada em que Jesus
Se abrigara. Os enfermos eram levados em leitos, ou apoiados em bordões, ou
ajudados por amigos arrastavam-se debilmente à presença do Salvador.
Durante
horas a fio vinham e voltavam; pois ninguém sabia se o dia seguinte ainda
encontraria o Médico entre eles. Nunca dantes fora Cafarnaum espetáculo de um
dia como esse. O espaço enchia-se de vozes de triunfo e aclamações pela
libertação. O Salvador regozijava-Se no regozijo que produzira. Ao testemunhar
os sofrimentos dos que tinham ido ter com Ele, o coração movera-se-Lhe de
simpatia e alegrou-Se em Seu poder de restaurá-los à saúde e felicidade.
Enquanto
o último enfermo não foi curado, Jesus não cessou de trabalhar. Ia alta a noite
quando a multidão partiu e o silêncio baixou sobre o lar de Simão. Passara o
longo dia, cheio de atividades, e Jesus procurou repouso. Mas, estando a cidade
ainda imersa no sono, o Salvador ‘levantando-Se de manhã muito cedo, fazendo
ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava’.
Assim
se passavam os dias na vida terrestre de Jesus. Muitas vezes despedia os
discípulos, a fim de visitarem o lar e repousar; mas resistia-lhes brandamente
aos esforços para O afastar de Seus
labores. O dia todo
labutava Ele, ensinando o ignorante, curando o enfermo, dando vista ao cego,
alimentando a multidão; e na vigília da noite, ou cedo de manhã, saía para o
santuário das montanhas, em busca de comunhão com Seu Pai. Passava por vezes a
noite inteira a orar e meditar, voltando ao raiar do dia ao Seu trabalho entre
o povo.” DTN, 258-260.
“Advertência
Contra o Falso Conhecimento”
“Vendo
a mulher que a árvore era... agradável aos olhos e árvore desejável para dar
entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”
Gên. 3:6.
Há um
conhecimento espúrio, o conhecimento do mal e do pecado, o qual foi trazido ao
mundo pela astúcia de Satanás. A busca desse conhecimento é instigada por
desejos e objetivos não santificados. Suas lições são adquiridas com grande
empenho, mas muitos não se convencerão de que lhes seria melhor permanecer na
ignorância. ...
Nas
atividades educacionais, assim como em todas as outras, as metas terrenas são
perigosas para a alma. No âmbito educacional, são propostas muitas ideias que
não procedem do Alto e Santo que habita a eternidade, mas daqueles que tornam
os estudos acadêmicos um ídolo e cultuam a ciência que divorcia Deus da educação.
Por virem esses erros revestidos de atraente roupagem, entretanto, são
amplamente aceitos. ...
É correto obter o conhecimento das ciências. Mas a
aquisição desse conhecimento é a ambição de uma numerosa classe de pessoas não
consagradas, que não têm ideia do que farão com suas realizações. O mundo está
cheio de homens e mulheres que não manifestam nenhum senso de obrigação para
com Deus pelos dons que lhes foram confiados. ... Sentem-se ansiosos por obter
reconhecimento. É o objetivo de sua vida obter a colocação mais elevada. ...
Há
pessoas a quem Deus qualificou com capacidades mais do que comuns. São
pensadores profundos, vigorosos e meticulosos. Mas muitos deles se inclinam a
atingir seus próprios fins egoístas, sem consideração para com a honra e glória
de Deus. Alguns deles têm visto a luz da verdade, mas porque honraram a si
próprios e não fizeram de Deus o primeiro, último e melhor em tudo,
afastaram-se da verdade bíblica para o ceticismo e a infidelidade.
Quando
são detidos pelos castigos de Deus, e pela aflição levados a inquirir pelas
antigas veredas, é varrida de sua mente a névoa do ceticismo. Alguns deles se
arrependem, retornam ao primeiro amor e colocam os pés no caminho preparado
para os resgatados do Senhor. ... Quando se opera essa admirável mudança, os
pensamentos são dirigidos pelo Espírito de Deus rumo a novos canais, o caráter
é transformado e as aspirações da alma voltam-se para as coisas celestes. ... A
graça que Cristo concede... os conduzirá à cruz de Jesus como obreiros ativos,
dedicados e leais, para o avanço da verdade celestial. Manuscrito 51, 1900 (Manuscript Releases, vol. 20, págs.
40 e 41).
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