ACEITAR CRISTO CRUCIFICADO
Como podemos fazer isto?
Devemos seguir o
Salvador até a cruz. Subir o monte do calvário. Sentir a terra tremer sob os
pés. Ver o Sol escurecer. Ouvir o brado: “Deus
meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Mat. 27:46. Ao acompanharmos
os passos de Jesus de Nazaré desde a Galileia até Jerusalém, eles nos conduzem
inevitavelmente ao Calvário, lugar de rejeição, vergonha, sofrimento e morte,
mas lugar de nossa vitória, esperança e vida eterna. O comprimento, a largura,
a altura e a profundidade de tão assombroso amor, não podemos sondar. A
contemplação das incomparáveis profundidades do amor do Salvador, deve encher a
mente, tocar e enternecer a alma, refinar e enobrecer as afeições,
transformando inteiramente todo o caráter.
Cristo não cedeu no
mínimo ao torturante inimigo, nem mesmo em Sua mais cruel agonia. Legiões de
anjos maus estavam ao redor do Filho de Deus, todavia não foi ordenado aos
santos anjos que rompessem as fileiras e se empenhassem em conflito com o
insultante, injurioso inimigo. Os anjos celestes não tiveram permissão de
ministrar ao angustiado espírito do Filho de Deus. Foi nessa terrível hora de
treva, oculta a face de Seu Pai, legiões de anjos maus a circundá-Lo, pesando
sobre Ele os pecados do mundo, que Lhe foram arrancadas dos lábios as palavras:
“Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?”
Mat. 27:46.
Devemos ouvir a exclamação de triunfo: “Está consumado!” Seu braço trouxe
salvação. Foi pago o preço para comprar a redenção do homem, quando, no
derradeiro conflito de alma, foram proferidas as benditas palavras que
pareceram ressoar através da criação: “Está
consumado
Devemos ter visões mais
amplas e profundas da vida, sofrimentos e morte do querido Filho de Deus. Ao
ser a expiação devidamente considerada, a salvação de almas será reconhecida de
infinito valor. Em comparação com os empreendimentos da vida eterna, todos os
outros imergem na insignificância. Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 230-234.
Devemos ser pessoas que vêem o Senhor sair
do sepulcro, na manhã da ressurreição e crer que Ele é a ressurreição e a vida (João 11:25).
Lentamente passara a noite do primeiro dia
da semana. Havia soado a hora mais escura, exatamente antes do raiar da aurora.
Cristo continuava prisioneiro em Seu estreito sepulcro. A grande pedra estava
em seu lugar; intato, o selo romano; a guarda, de sentinela. Vigias invisíveis
ali estavam também. Hostes de anjos maus se achavam reunidas em torno daquele
lugar. Houvesse sido possível, e o príncipe das trevas, com seu exército de
apóstatas, teria mantido para sempre fechado o túmulo que guardava o Filho de
Deus. Uma hoste celeste, porém, circundava o sepulcro. Anjos magníficos em
poder o guardavam, esperando o momento de saudar o Príncipe da Vida.
“E
eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do Céu,
chegou”. Mateus 28:2. Vestido com a armadura de Deus, deixou este anjo as
cortes celestiais. Os brilhantes raios da glória divina o precediam,
iluminando-lhe o caminho. “E o seu
aspecto era como um relâmpago, e o seu vestido branco como a neve. E os guardas,
com medo dele, ficaram muito assombrados, e como mortos”. Mateus 28:3, 4.
Onde está, sacerdotes e príncipes, o poder
de vossa guarda? — Bravos soldados que nunca se atemorizaram diante do poder
humano, são agora como cativos aprisionados sem espada nem lança. O rosto que
contemplam não é o de um guerreiro mortal; é a face do mais poderoso das hostes
do Senhor. Este mensageiro é o que ocupa a posição da qual caiu Satanás. Fora
aquele que nas colinas de Belém proclamara o nascimento de Cristo. A terra
treme à sua aproximação, fogem as hostes das trevas, e enquanto ele rola a
pedra, dir-se-ia que o Céu baixara à Terra. Os soldados o vêem removendo a
pedra como se fora um seixo, e ouvem-no exclamar: Filho de Deus, ressurge! Teu
Pai Te chama. Vêem Jesus sair do sepulcro, e ouvem-nO proclamar sobre o túmulo
aberto: “Eu sou a ressurreição e a vida.”
Ao ressurgir Ele em majestade e glória, a hoste angélica se prostra perante o
Redentor, em adoração, saudando-O com hinos de louvor.
Um terremoto assinalara a hora em que Jesus
depusera a vida; outro terremoto indicou o momento em que a retomou em triunfo.
Aquele que vencera a morte, e a sepultura, saiu do túmulo com o passo do
vencedor, por entre o cambalear da terra, o fuzilar dos relâmpagos e o ribombar
dos trovões. Quando vier novamente à Terra, comoverá “não só a Terra, senão também o céu”. Hebreus 12:26. “De todo vacilará
a Terra como o bêbado, e será movida e removida como a choça”. Isaías 24:20. “E
os céus se enrolarão como um livro” (Isaías 34:4); “os elementos, ardendo, se
desfarão, e a Terra, e as obras que nela há se queimarão”. 2 Pedro 3:10. “Mas o
Senhor será o refúgio do Seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel”. Joel
3:16. DTN; 512,513.
A primeira obra de
Cristo na Terra, depois de Sua ressurreição, foi convencer os discípulos de Seu
inalterável amor e terna solicitude para com eles. Para lhes dar testemunho de
que era seu Salvador vivo, de que quebrara as cadeias do túmulo, e não mais
podia ser retido pelo inimigo, a morte; para revelar que tinha o mesmo coração
de amor de quando andava com eles como seu amado Mestre, apareceu-lhes por
várias vezes. Queria estreitar ainda mais em torno deles os laços de amor. Ide,
dizei a Meus irmãos, disse Ele, que Me encontrem na Galileia.
Ao ouvirem essa
combinação, feita de maneira tão positiva, os discípulos começaram a pensar nas
palavras de Cristo, predizendo-lhes Sua ressurreição. Mesmo então, no entanto,
não se regozijaram. Não podiam expulsar de si as dúvidas e perplexidades. Mesmo
quando as mulheres declararam haver visto o Senhor, os discípulos não queriam
crer. Julgavam-nas sob a influência de uma ilusão.
Parecia que se
acumulava aflição sobre aflição. No sexto dia da semana tinham presenciado a
morte do Mestre; no primeiro dia da semana seguinte, viram-se privados de Seu
corpo, e eram acusados de O haver roubado para enganar o povo. Desesperavam de
poder desfazer as falsas impressões que ganhavam terreno contra eles. Temiam a
inimizade dos sacerdotes e a ira do povo. Anelavam a presença de Jesus, que os
ajudara em toda perplexidade.
Repetiam muitas vezes
as palavras: “E nós esperávamos que fosse
Ele o que remisse Israel”. Lucas 24:21. Sentindo-se tão sós e tão
repassados de dor, lembraram as Suas palavras: “Se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco?” Lucas 23:31.
Reuniram-se no cenáculo e fecharam bem as portas, sabendo que a sorte de seu
amado Mestre poderia a qualquer momento ser a deles mesmos.
E todo esse tempo se
poderiam estar regozijando no conhecimento de um Salvador ressuscitado! No
horto, Maria estivera chorando, quando Jesus Se achava mesmo junto dela. Tão
cegados tinha os olhos pelas lágrimas, que O não distinguira. E o coração dos
discípulos estava tão cheio de pesar, que não creram na mensagem do anjo, nem
nas palavras do próprio Cristo.
Quantos estão a fazer
ainda o que fizeram esses discípulos! Quantos se fazem eco do desalentado
lamento de Maria: “Levaram o Senhor,
[...] e não sabemos onde O puseram!” A quantos se poderiam dirigir as
palavras do Senhor: “Por que choras? Quem
buscas?” João 20:13, 15. Ele lhes está tão próximo, mas seus olhos
cegos pelo pranto O não distinguem. Fala-lhes, mas não compreendem.
Oh! Se a pendida cabeça
se erguesse, se os olhos se abrissem para vê-Lo, se os ouvidos Lhe escutassem a
voz! “Ide pois, imediatamente, e dizei aos Seus discípulos que já
ressuscitou”. Mateus 28:7. Convidai-os a olhar, não ao sepulcro novo
de José, fechado com uma grande pedra, e selado com o selo romano. Cristo não
está ali. Não olheis ao sepulcro vazio. Não vos lamenteis como os que se acham
sem esperança e desamparados. Jesus vive, e porque Ele vive, nós também
viveremos. De corações agradecidos, de lábios tocados com o fogo sagrado,
ressoe o alegre cântico: Cristo ressurgiu! Ele vive para fazer intercessão por
nós. Apegai-vos a essa esperança, e ela vos firmará a alma qual âncora segura e
provada. Crede, e vereis a glória de Deus. DTN, 560, 561.
Como podemos ver e sentir tudo isso? Através do estudo e meditação do evangelho.
Apenas as pessoas que
estudam e crêem em Cristo crucificado, em Cristo que morreu pelos pecados do
mundo, podem aceitar e compreender esta declaração. O Evangelho de Cristo é um
evangelho de carne e sangue. É uma mensagem carregada de paixão e que decreta a
morte do pecador. O Evangelho deixa bem claro, que a única sentença para o
pecador é a morte de cruz. Todos nós sabemos que o ser humano é pecador. Que o
salário do pecado é a morte (Romanos
6:23). Todos nós temos uma
sentença de morte. De si mesmo o homem nada pode fazer para se livrar dela –
não pode se lavar dos pecados já cometidos, não pode se tornar santo. Não pode
se livrar do pecado e da condenação até que Alguém por ele morra, tomando o seu
lugar; até ver, pela fé, o Cristo por ele crucificado. A essência da mensagem
do Evangelho de Cristo é: que Cristo morreu pelos nossos pecados. Segundo as Escrituras,
foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras. 1 Coríntios 15.3-4. O Evangelho também
afronta o pecador, pois denuncia a sua transgressão e pronuncia a sua sentença.
O Evangelho também é a única mensagem de vida e poder.
Deus não quer que
morramos, mas sim que vivamos. Ele não tem “prazer
na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho, e viva”
(Ezequiel 33:11).
O apóstolo Paulo dizia: “A mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos é o poder de Deus”. 1 Coríntios 1.18.
A cruz apresenta três
grandes verdades do evangelho:
1- Em primeiro lugar,
ela nos diz que o pecado é uma realidade – uma realidade espiritual
grave. O apóstolo Tiago escreveu que “o
pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1:5). A cruz do
calvário, onde o Filho de Deus derramou Sua vida na morte, por haver assumido
os pecados do mundo, foi a suprema demonstração disto. ( Porque não havia outro
solução para este problema.)
2- Em segundo lugar, a cruz proclama que a morte de Cristo
providenciou expiação do pecado, plena e definitiva. A nossa dívida foi
cancelada. “Nessa vontade”, diz o
autor sagrado, “é que temos sido
santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas.
Ora, todo sacerdote se apresenta dia após dia a exercer o serviço sagrado e a
oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover
pecados. Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos
pecados, assentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os
seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. Porque com uma única
oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” (Hebreus
10:10-14).
3- Em terceiro lugar, a cruz revela o amor de Deus pelo
pecador. Paulo escreveu que “Deus prova o
Seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo
nós ainda pecadores” (Romanos 5:8). O amor de Deus, demonstrado na
cruz, está acima das dúvidas e sustenta a fé nas horas escuras da vida. Hoje,
Jesus está perguntando: Sabes que estás em pecado? Lembra-te que eu morri por ti.
Estás oprimido, perseguido e aflito por minha causa e por causa do evangelho?
Lembra-te do meu amor ao dar a minha vida por ti. Quando os deveres parecem
duros e severos, lembra-te que por amor suportei a cruz, desprezando a
vergonha.” Infelizmente este tipo de mensagem tem se tornado rara nos nossos
dias. A preferência é pela mensagem que trata das necessidades dos homens e
como Deus pode satisfazê-las. Uma mensagem enfocada no homem e não em Deus.
Porém, o Evangelho trata da vitória de Deus sobre o pecado e da glória do seu
Reino. O Evangelho é a descrição dos fatos realizados por Deus por meio de
Cristo, para que fossemos reconciliados com Ele. Tudo isso provém de Deus, que
nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo... ou seja, que Deus em Cristo
estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos
homens. Coríntios 5.18-19. Se os sermões e as mensagens estão
vazias dos eventos salvíficos, onde mais os ouvintes poderão depositar a sua fé
a não ser em questões referentes aos seus próprios interesses? Por esta razão
cabe aos que tem conhecido o Evangelho da graça de Deus, aprofundarem no
inesgotável significado da nossa crucificação com Cristo.
A vida é curta e incerta. Devemos crer em Jesus como nosso
todo-suficiente Salvador. Não há outro caminho para a verdadeira vida. Não há
outro caminho para o céu.
Na época do Império
Romano, quando alguém era condenado à crucificação significava que havia
perdido o direito de existir. A cruz era um instrumento utilizado pelo Império
Romano para expor à humilhação os seus piores inimigos. Era o símbolo máximo da
vexação. Era um sinal do que aconteceria aos demais que desafiassem o poder de
Roma. Normalmente a pena era imposta aos transgressores mais vis do Estado
Romano: criminosos, rebeldes e estrangeiros. Um homem ao colocar a cruz sobre
os ombros sabia que era o seu fim. Não haveria mais retorno à vida. Foi esta a
forma que Deus encontrou para por fim à vida de Adão. Jesus dizia que se o grão
de trigo cair na terra e não morrer, continuará só. Mas se morrer, dará muito
fruto. João 12.24. Jesus
falava que sem morte do velho homem do pecado não há manifestação do novo homem
em Cristo. Assim vemos dois aspectos, o fim e o começo, ou seja o aspecto
negativo e o aspecto positivo. Estar
crucificado com Cristo implica em experienciar estes dois lados:
1) Morto para o poder do pecado. Significa que o pecado não tem mais
domínio sobre nossa vida. Pois a nossa natureza de pecado foi crucificada e
morta com Cristo. Pois, sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com
ele, para que o corpo do pecado fosse destruído, e não mais sejamos mais
escravos do pecado; pois quem morreu, foi justificado do pecado. Romanos 6.6-7. O corpo do pecado foi
golpeado na cruz. Por causa dos feitos do corpo do pecado, Jesus sofreu com uma
coroa de espinhos, as suas mãos e seu lado esquerdo foram perfurados e os pés
pregados na cruz. O castigo que nos traz a paz estava sobre ele.
2) Morto para a ação da Lei. Somos
aceites por Deus não pelo cumprimento da Lei, mas pela fé no sacrifício
de Cristo, que satisfez toda justiça de Deus. “Assim, meus irmãos, vocês também morreram para a Lei, por meio do corpo
de Cristo, para pertencerem a outro, àquele que ressuscitou dos mortos, a fim
de que venhamos dar fruto para Deus.” Romanos 7.4 A Lei que agia
como um intransigente marido sempre insatisfeito, perdeu o seu cônjuge. Ao
passar pela cruz, um novo companheiro foi dado ao crente, cujo nome é Jesus. As
coisas não são deixadas de lado. Pelo contrário, tudo é feito muito bem, pois a
motivação é o amor.
3) Morto para a influência do mundo. Podemos viver na contra mão da
história. Não temos necessidade de nos adequarmos aos seus valores, pelo
contrário, devemos colocá-los de cabeça para baixo com a pregação do Evangelho.
“Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a
não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi
crucificado para mim, e eu para o mundo.” Gálatas 6.14. Por meio da cruz de
Cristo estamos separados do mundo e dos seus valores anti-Deus. Este já não tem
mais o poder de nos transformar em apenas um número do seu sistema. Quer seja económico, social ou mediático.
4) Recriados para uma vida nova. Aqui entra o aspecto positivo da
cruz. “Portanto, fomos sepultados com ele
na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos
mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. Romanos 6.4. A
partir da revelação da nossa morte e ressurreição com Cristo não temos
necessidade de ficarmos presos aos fatores que marcaram a nossa vida sem
Cristo. O passado e suas influências ficaram para trás. Portanto, se alguém
está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram
coisas novas!” 2 Coríntios 5.17. Fazemos parte de uma nova criação!
5) Recriado para a justiça. “A
injustiça é uma das características marcantes de uma natureza não regenerada:
Ele mesmo levou em seu corpo, os nossos pecados sobre a cruz, a fim de que morrêssemos
para os pecados e vivêssemos para a justiça.” 1Pedro 2:24. A energia
que era usada outrora para a prática do pecado é voltada para a prática da
justiça. E libertos do pecado, fostes
feitos escravos da justiça. Romanos 6.18. Agora a justiça pode
ser praticada em todas as dimensões da vida humana. Nas relações com os nossos
irmãos em Cristo, nas relações familiares e pessoais a justiça do Reino
prevalece. Frente as injustiças sociais, minha atitude não precisa ser de
indiferença, pois posso dar minha pequena contribuição. “Todas as relações sociais exigem o exercício do domínio próprio,
paciência e simpatia. Diferimos tanto uns dos outros em disposições, hábitos e
educação, que variam entre si nossas maneiras de ver as coisas. Julgamos
diferentemente. Nossa compreensão da verdade, nossas idéias em relação à
conduta de vida não são idênticas sob todos os pontos de vista. Não há duas
pessoas cuja experiência seja igual em cada particular. As provas de uma não
são as provas de outra. Os deveres que para uma se apresentam como leves são
para outra mais difíceis e inquietantes. Tão fraca, ignorante e sujeita ao erro
é a natureza humana que todos devemos ser cautelosos na maneira de julgar o
próximo. Pouco sabemos da influência de nossos atos sobre a experiência dos
outros. O que fazemos ou dizemos pode parecer-nos de pouca importância, quando,
se nossos olhos se abrissem, veríamos que daí resultam as mais importantes
consequências para o bem ou para o mal.”
(A Ciência do Bom Viver, p. 483)
6) Recriado para viver por fé. A jornada do crente é pelo caminho da
fé, como também todo o seu progresso. “O
justo viverá pela fé”. Romanos 1.17b. Somente pela fé é que o
regenerado se apropria do inesgotáveis tesouros escondidos em Cristo Jesus. N’Ele
encontramos tudo o que precisamos até completarmos a nossa carreira. O círculo
da vida vitoriosa começa com fé: Fé –
Palavra – Cristo - Vida Abundante. E assim sucessivamente. Era por esta
razão que o apóstolo Paulo não se cansava de dizer: “Estou crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas
Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de
Deus, que me amou e se entregou por mim.” Gálatas 2.19-20.
7) Recriado para expressar Cristo. Deus quer fazer-se conhecido ao
mundo através da manifestação da vida de Cristo em nós. “Porque neste mundo somos como ele.” 1 João 4.17. O segredo
para exalarmos o bom perfume de Cristo é simples: “Trazendo sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de
Jesus também seja revelada em nosso corpo.” 2 Coríntios 4.10. Somos
vasos de barro contendo um precioso tesouro. Ao levarmos a nossa crucificação a
sério, a vida do Senhor é vista pelos olhos dos que nos cercam. Isso acontece
porque saímos da jogada e quem entra em cena é o Senhor dos Senhores e Reis dos
Reis. Aquele que é Excelso.
Um cristão não pode
perder a salvação. Nada pode separar um cristão do amor de Deus (Romanos 8:38-39). Nada pode remover um cristão da mão de Deus (João 10:28-29). “Portanto nada se compara ao Evangelho da
Graça de Deus. Visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o
evangelho, assim falamos, não para que agradar aos homens, e sim a Deus, que
prova o nosso coração.” 1Tessalonicenses 2.4
Deus está disposto e é capaz de garantir e
manter a salvação que nos prometeu. “Ora,
àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e para vos apresentar
imaculados e com grande júbilo diante da
sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso,
glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora, e por o sempre. Amém!” Judas 24-25
Estudo feito em
30/11/2013
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