OS QUATRO ANJOS
POR
F. T. WRIGHT
*****
(As mensagens que Waggoner e Jones trouxeram em 1888, eram as mensagens de a revelação do mistério de Cristo, “Cristo em nós a esperança da glória”. Esta mensagem é muito importante para a nossa salvação porque nela contém a solução para a libertação dos nossos pecados e da vida de escravidão.)
Nos nossos corações está o
desejo de ver o fim do pecado, ocupar o lugar no plano de Deus preparado para
nós e ver Aquele a quem adoramos. Há nos nossos corações um conhecimento muito
real da obra que deve ser feita e a importância de obter uma experiência
pessoal de nós mesmos. Eu estou muito mais profundamente impressionado do que
anteriormente com o facto que não é suficiente para nós compreender uma série
de doutrinas, ser capaz de dar respostas, respostas oportunas em muitos casos,
a perguntas e objecções contra a verdade. Nós temos que ter neste tempo uma
viva experiência pessoal no poder de Deus. Temos que conhecer o que significa
deixar o pecado e ter a tendência para o mal substituída pela doce presença do
Espírito. Como nunca antes o mundo está caminhando irremediavelmente para a
beira da ruína eterna, uma ruína que virá com o dinheiro do mundo, o apoio
deste mundo e o poder do mundo. Somente os que nestes últimos dias tem outra
espécie de poder poderão resistir aos poderes que por pouco tempo serão postos
em liberdade contra uma humanidade confiante. Esse poder é o poder vivo que nos
vem da Palavra de Deus, que nos é trazido pelo ministério do Espírito de Deus,
que por outro lado vem por causa do sacerdócio de Cristo no Santuário
Celestial. Assim como o mundo de hoje, guiado por Satanás, está desenvolvendo
os seus recursos para o grande conflito final, o Senhor não está dormindo mas
provendo para nós neste tempo, mais do que nunca anteriormente, a plenitude do
Seu grandioso poder com o qual podemos ser equipados para encarar e
vitoriosamente defrontar as forças de Satanás nestes últimos dias.
Volvamos as nossas mentes
outra vez para algumas maravilhosas Escrituras nas quais espero que descubramos
algumas coisas que sejam novas e ao mesmo tempo velhas também, por isso leiamos
Apocalipse 14:6-20, porque aqui nestes versículo temos a mensagem que é o
equipamento com o qual o povo de Deus deverá lutar com sucesso na última grande
batalha, a firme plataforma imutável.
Não espero apresentar cada
um dos gloriosos aspectos desta bela e maravilhosa Escritura, mas pretendo
definir certos pontos que necessitam ser realçados.
Apocalipse 14:6 e 7, “E vi
outro anjo voar pelo meio do céu, e tem o Evangelho eterno, para o proclamar
aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua e povo,
dizendo com grande voz; Temei a Deus e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do
Seu Juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes.”
Sem dúvida que o primeiro
anjo era na verdade um poderoso anjo que trazia o Evangelho eterno que o
primeiro capítulo de Romanos, versículo 16 claramente nos diz que é o poder de
Deus para livrar do pecado. Esta mensagem tinha que ser pregada a ‘toda a nação
e língua, e povos mas poderoso como foi esse anjo, gloriosa como foi a verdade
que trouxe e a extensão mundial que teve no mundo, a pregação da sua mensagem
não finalizou a obra de Deus na terra. O versículo seguinte diz que ele foi
seguido por outro anjo dizendo, “caiu, caiu Babilónia aquela grande cidade, que
a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição.” Assim o
primeiro anjo é seguido por outro que se junta a ele na sua obra e estes dois
anjos continuam então o seu rápido progresso através do tempo. Estes dois anjos
não começaram a sua obra juntamente, o segundo seguiu o primeiro. O primeiro
anjo começou a soar aproximadamente em 1833. O segundo na Primavera de 1844.
Porém, mesmo assim o primeiro e o segundo juntos não finalizaram a obra,
porque, “segui-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz, se alguém adorar a
besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na mão. Também o tal
beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou não misturado, no cálice da sua
ira; e será atormentado com o fogo e enxofre diante dos santos anjos, e diante
do Cordeiro. E o fumo do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm
repouso nem de noite nem de dia os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele
que receber o sinal do seu nome. Aqui está a paciência dos santos; aqui estão
os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.” Apocalipse 14:9-12. O
terceiro juntou-se ao primeiro e ao segundo, e voaram juntamente provocando no
seu caminho um tremendo e poderoso impacto sobre o mundo, mas nem eles
colectivamente finalizaram a obra. O terceiro anjo começou a
soar em 23 de Outubro de 1844. Eu torno esta data tão específica por causa dos
seguintes factos da história. Devíamos estar maravilhados pela precisão da
profecia inspirada. O senhor disse a Daniel “até duas mil e trezentas tardes e
manhãs; e o Santuário será purificado,” ou como diz a versão estandardizada
revista “e o santuário será restaurado ao seu legítimo estado.” (Daniel 8:14).
Ora durante toda a pregação na Idade Média e Reforma, o santuário era na terra
no que dizia respeito à compreensão deles. Durante todo o período de pregação
da mensagem do primeiro e segundo anjos, todos acreditavam que o santuário era
aqui na terra. Precisamente na noite de 22 de Outubro de 1844, a qual lhes
trouxe as últimas horas dos 2300 dias, eles continuavam a acreditar que o
santuário era nesta terra. Mas as primeiras horas de 23 de Outubro, quando
Hiram Edson e Crozier passeavam num campo de milho, na manhã cedo desse dia, o
primeiro após o final do período dos 2300 dias, Deus abriu perante as suas
mentes o facto que não era sobre a terra, mas no céu que o santuário estava
localizado. Portanto no tempo exacto, no próprio dia, descobrimos que o
santuário foi restaurado ao seu legítimo lugar pela compreensão do povo do
advento colocando-o de novo onde ele pertencia — no Céu. Isto mostra quão
precisa a profecia da Bíblia é, exactamente ao próprio dia. O que é uma
evidência do fim dos 2300 dias em 22 de Outubro de 1844!
Um ponto muito importante
que muitas pessoas não vêem no Apocalipse é o facto que o terceiro anjo não
finaliza a obra. Ele desempenha um papel fundamental mas que tem de ser seguido
ainda por outro anjo com a sua mensagem antes do fim chegar. Por causa deste
lapso, tem havido uma falha em discernir a real profundidade da mensagem do
terceiro anjo. Ela tem sido vista apenas como uma advertência contra as acções
visíveis da besta e da sua imagem mais do que uma exposição de princípios
ocultos pelos quais a besta tem actuado. Assim a apresentação da mensagem do
terceiro anjo no passado tem sido largamente dirigida contra as evidências
visíveis.
Para pregar o que a marca, a
imagem e o número da besta são, não é suficiente trazer a besta a claro para
lhe dar o golpe de morte que porá fim ao seu poder e dará a vitória ao terceiro
anjo. Alguma coisa mais do que aquilo que tem sido pregado no passado é
necessário para fazer isto. O que falta, está contido na mensagem do quarto
anjo, a luz do qual penetra o próprio coração e a raiz da natureza da
gigantesca apostasia. Ela afasta toda a camuflagem do mistério de iniquidade
pondo a descoberto o seu carácter para que todos vejam. À luz desta mensagem a
total significação do terceiro anjo é por fim compreendida.
Então bem se podia
perguntar, “qual é o propósito da mensagem do primeiro do segundo e do terceiro
anjo?”
A pergunta é respondida pelo
seguinte testemunho: “…estamos fazendo soar a primeira, segunda e terceira
mensagens angélicas, e assim, sendo preparados para a vinda do outro anjo
celeste que com sua glória iluminará a Terra.” Testemunhos selectos, 3:13.
Apocalipse 18:1-3 revela
este outro anjo que tem uma mensagem. Ele vem com “grande poder e a terra foi
iluminada com a sua glória.”
“Vi então outro poderoso
anjo comissionado para descer à terra, a fim de unir sua voz com o terceiro
anjo, e dar poder e força à sua mensagem. Grande poder e glória foram
comunicados ao anjo, e, descendo ele, a Terra foi iluminada com sua glória…. A
obra deste anjo vem, no tempo devido, unir-se à última grande obra da mensagem
do terceiro anjo, ao tomar esta o volume de um alto clamor. E o povo de Deus
assim se prepara para estar em pé na hora da tentação que em breve deve
enfrentar. Vi uma grande luz repousando sobre eles e uniram-se destemidamente
para proclamar a mensagem do terceiro anjo.” Primeiros Escritos, 277.
Este anjo de Apocalipse 18
também é referido por muitos como o ‘quarto anjo’ ou ‘anjo de Apocalipse 18’. A
irmã White no Espírito de Profecia tem feito claras declarações acerca de
quando começou a mensagem do primeiro anjo, quando O terceiro anjo começou a
soar em 23 de Outubro de 1844. Eu torno esta data tão específica por causa dos
seguintes factos da história. Devíamos estar maravilhados pela precisão da
profecia inspirada. O senhor disse a Daniel “até duas mil e trezentas tardes e
manhãs; e o Santuário será purificado,” ou como diz a versão estandardizada
revista “e o santuário será restaurado ao seu legítimo estado.” (Daniel 8:14).
Ora durante toda a pregação na Idade Média e Reforma, o santuário era na terra
no que dizia respeito à compreensão deles. Durante todo o período de pregação
da mensagem do primeiro e segundo anjos, todos acreditavam que o santuário era
aqui na terra. Precisamente na noite de 22 de Outubro de 1844, a qual lhes
trouxe as últimas horas dos 2300 dias, eles continuavam a acreditar que o
santuário era nesta terra. Mas as primeiras horas de 23 de Outubro, quando
Hiram Edson e Crozier passeavam num campo de começou o segundo e o terceiro.
Portanto não podemos nós igualmente esperar encontrar claras declarações acerca
do quarto anjo?
Volvemos ao The S.D.A. Bible
Commentary 7:984. Esta mensagem foi escrita no Review and Herald em 22 de
Novembro de 1892, quatro anos depois da pregação de Waggoner e Jones em
Minneapolis. “o tempo de prova está justamente perante nós, porque o alto
clamor do terceiro anjo já começou na revelação da Justiça de Cristo o Redentor
do pecado. Isto é o começo da luz do anjo cuja glória há de encher toda a
terra.” Ela não diz a luz do anjo de Apocalipse 18 ou o quarto anjo, mas cuja
glória encherá toda a terra. Ora encontramos nós anteriormente em Apocalipse 14
que o primeiro anjo tem uma glória que enche toda a terra? O segundo? Ou
terceiro? Não. De que anjo se diz que vem com grande poder e glória de maneira
que toda a terra se encherá com essa glória? O anjo de Apocalipse 18. Por isso
em 1892, e a referência é feita muito claramente à mensagem de Waggoner e
Jones, a irmã White diz que o alto clamor do terceiro anjo já começou, que este
é o começo da luz do anjo que iluminará toda a terra com a sua glória. Na mesma
página está esta maravilhosa declaração. “As profecias de Apocalipse 18
brevemente serão cumpridas. Durante a proclamação da mensagem do terceiro anjo,
‘outro anjo’ está para ‘vir do céu tendo grande poder e a terra há de ser
‘iluminada’ com sua glória’.” Na página seguinte temos, “Satanás e os seus
anjos estão grandemente despertos e intensamente activos, trabalhando com
energia e perseverança através dos instrumentos humanas para provocar o seu
propósito de apagar das mentes dos homens o conhecimento de Deus. Mas enquanto
Satanás opera com os seus falsos prodígios, o tempo predito em Apocalipse será
cumprido, e o poderoso anjo que iluminará a terra com a sua glória proclamará a
queda de Babilónia, e chamará o povo de Deus para sair dela.”
Façamos uma pausa por um
momento. Nestas declarações, temos claras referências a um certo anjo. Que
anjo? Aquele cuja glória encherá toda a terra. Reconhecereis que estas palavras
são uma clara referência à escritura de Apocalipse 18:1. Portanto a irmã White
diz então abertamente que a mensagem trazida naquele período, 1888 1893, foi o
começo da luz do anjo cuja glória havia de encher toda a terra.
Ela disse que essa luz já
tinha começado, isto é antes de 1892. Então, pelas claras palavras destas declarações
em que ano começou este anjo esta obra 1888. Permiti que junte para futuro
testemunho o que se encontra no livro Mensagens Escolhidas, 1:234, 235.
“A indisposição de ceder a
opiniões preconcebidas, e de aceitar esta verdade, estava à base de grande
parte da oposição manifestada em Mineápolis contra a mensagem do Senhor através
dos irmãos [E. J.] Waggoner e [A. T.] Jones. Excitando aquela oposição, Satanás
teve êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder especial do Espírito
Santo que Deus anelava comunicar lhes. O inimigo impediu os de obter a
eficiência que poderiam ter tido em levar a verdade ao mundo, como os apóstolos
a proclamaram depois do dia de Pentecostes. Sofreu resistência a luz que deve
iluminar toda a Terra com a sua glória, e pela ação de nossos próprios irmãos
tem sido, em grande medida, conservada afastada do mundo.” Reparai as ligações
que nos foram dadas das Escrituras em Mensagens Escolhidas, 1:234, 235, onde a
irmã White antes de tudo se refere à luz enviada por Deus através de E. J.
Waggoner e A. T. Jones. Depois ela fala sobre a oposição a esta particular
mensagem e em seguida diz nos que a luz, obviamente trazida por esses dois
homens em Minneapolis em 1888 e anos subsequentes até 1893, foi o início da luz
que devia iluminar toda a terra com a sua glória. Estas declarações deixam-nos
sem quaisquer dúvidas que em 1888, da mesma maneira como o primeiro anjo veio
em 1833, o segundo na Primavera de 1844, e o terceiro em 23 de Outubro de 1844,
assim o quarto anjo veio em 1888.
O que é que este anjo
trouxe? Aquilo que teria dado a eficiência em levar a verdade ao mundo como os
apóstolos fizeram depois do dia de Pentecostes. “…Satanás teve êxito em afastar
do povo, em grande medida, o poder especial do Espírito Santo que Deus anelava
comunicar lhes. O inimigo impediu os de obter a eficiência que poderiam ter
tido em levar a verdade ao mundo, como os apóstolos a proclamaram depois do dia
de Pentecostes.” Mensagens Escolhidas 1:234,
235. “O anjo que se une na proclamação da mensagem do terceiro anjo, deve
iluminar a Terra toda com a sua glória. Prediz-se com isto uma obra de extensão
mundial e de extraordinário poder. O movimento adventista de 1840 a 1844 foi
uma manifestação gloriosa do poder de Deus; a mensagem do primeiro anjo foi
levada a todos os postos missionários do mundo, e nalguns países houve o maior
interesse religioso que se tem testemunhado em qualquer nação desde a Reforma
do século dezasseis; mas isso deve ser superado pelo poderoso movimento sob a
última advertência do terceiro anjo.
Esta obra será semelhante à
do dia de Pentecostes. Assim como a ‘chuva temporã’ foi dada, no derramamento
do Espírito Santo no início do evangelho, Para efectuar a germinação da
preciosa semente, a ‘chuva serôdia’ será dada em seu final para o
amadurecimento da seara.” O Grande Conflito, 490, 491. Este anjo trouxe então a
chuva serôdia, a revelação da Justiça de Cristo à igreja para que a pudessem
receber e ser preparados para a dar ao mundo sob o alto clamor. “A mensagem da justiça
de Cristo há de soar desde uma até a outra extremidade da Terra, a fim de
preparar o caminho ao Senhor. Esta é a glória de Deus com que será encerrada a
mensagem do terceiro anjo.
Não há obra na Terra tão
importante, tão sagrada e tão gloriosa, que tanto honre a Deus, como a obra do
evangelho. A mensagem apresentada para o presente tempo é a última mensagem de
graça a um mundo decaído. Os que têm o privilégio de ouvir e persistem em
recusar atender à sua advertência, rejeitam a última esperança de salvação. Não
haverá um segundo tempo de graça.” Testemunhos Selectos, 2:374.
Não iremos aqui entrar nos
factos da sua rejeição pela maioria mesmo até hoje. Indicamos ao leitor, A
Vinda de Cristo Retardada — Porquê?; Cristo Justiça Nossa por A.G. Daniells; e
Os Sermões da Conferência Geral de 1893 por A.T. Jones Págs. 183, 243 e 494,
“Devemos desfazer nos dos nossos planos acanhados, egoístas, lembrando que
temos um trabalho da maior magnitude e da mais elevada importância. Ao fazermos
esse trabalho estamos fazendo soar a primeira, segunda e terceira mensagens
angélicas, e assim, sendo preparados para a vinda do outro anjo celeste que com
sua glória iluminará a terra.” Testemunhos Selectos, 3:13.
Há três fases na obra do
alto clamor, a primeira é a revelação da mensagem ao povo que a transmitirá. A
igreja de Deus nesta terra, a Igreja Adventista do Sétimo-Dia desse tempo, era
a igreja da mensagem do terceiro anjo e era essa igreja que devia em primeiro
lugar receber aquela grande revelação da Justiça de Cristo antes que pudesse em
seguida dar essa mensagem a outros. Quando o primeiro anjo veio em 1833,
salientou ele apenas a luz do passado? Não, ele não fez apenas isso. O que fez
ele? Trouxe nova luz que nunca tinha sido ensinada anteriormente. Nem o segundo
anjo apenas realçou a verdade do primeiro, mas acrescentou nova verdade. O
mesmo aconteceu com o terceiro anjo. E não será assim também com o anjo de
Apocalipse 18? É verdade que é uma repetição da mensagem do segundo, mas é
Babilónia a grande desta vez, com a menção adicional das corrupções que têm
estado a introduzir se nas várias organizações que constituem Babilónia. (Ver O
Grande Conflito, 483). Este anjo deve iluminar a terra com a sua glória e
unindo se à mensagem do terceiro anjo, constitui a última mensagem de
advertência ao mundo. Ele não fez em qualquer sentido da palavra, um mero
recomeço daquilo que o primeiro, segundo e terceiro ensinaram. Ele realçou
estas verdades, mas não somente isto. Trouxe algo mais vasto do que isso,
trouxe o que nunca tinha sido ensinado pelo primeiro, pelo segundo, ou terceiro
anjo.
Qualquer que no espírito de
um humilde estudante da doutrina da verdade toma a mensagem de Waggoner e Jones
e a lê, depressa reconhecerá que a maravilhosa apresentação dada ali acerca da
divindade e da humanidade de Jesus Cristo, do Seu poder, Sua morte e ministério
no Céu, foi uma luz tal que nunca tinha sido ensinada antes na Igreja
Adventista do Sétimo-Dia. E por isso antes que o povo de Deus, o povo da Igreja
Adventista do Sétimo Dia, pudesse sair e dar a luz do quarto anjo, tinha que
acima de tudo recebê la. Deus enviou os Seus mensageiros, Waggoner e Jones,
para lhes ensinar a mensagem que eles por sua vez deviam dar aos outros. E
assim começou o alto clamor com uma fase de revelação da justiça de Cristo, o
Redentor perdoador do pecado. Ora qual seria o segundo passo? A aceitação nas
suas próprias vidas, não como uma teoria, mas como a verdade. Isto tem que ser
levado para dentro da cidadela do coração e tornar-se a fonte da nossa acção,
Cristo em vós esperança da glória.
Há uma enorme diferença
entre concordar e aceitar. Os demónios crêem que Cristo é o Filho de Deus, mas
aceitam eles a própria vida de Cristo nas suas vidas? Certamente que não. O
ódio deles é intensificado porque não podem negar esse facto. “O maior dos
enganos da mente humana, nos dias de Cristo, era que um mero reconhecimento da
verdade constitui justiça. Em toda a experiência humana, o conhecimento teórico
da verdade tem-se demonstrado insuficiente para a salvação da alma. Não produz
os frutos de justiça. …O mesmo perigo existe ainda hoje. Muitos se têm na conta
de cristãos, simplesmente porque concordam com certos dogmas teológicos. Mas
não introduziram a verdade na vida prática. Não creram nela nem a amaram; por
conseguinte, não receberam o poder e a graça que advém mediante a santificação
da verdade. Os homens podem professar a fé na verdade; mas, se ela não os torna
sinceros, amáveis, pacientes, longânimos, tomando prazer nas coisas de cima, é
uma maldição ao seu possuidor e, por meio da sua influência, uma maldição para
o mundo.” O Desejado de Todas as Nações, 328.
O que Waggoner e Jones
trouxeram ao povo adventista no passado não foi simplesmente, o mero conhecimento
da verdade como uma teoria, o que eles trouxeram foi o poder vivo de Deus como
um meio salvador da alma da servidão e do domínio do pecado. “Em Sua grande
misericórdia, enviou o Senhor preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos
pastores Waggoner e Jones. Esta mensagem devia pôr de maneira mais preeminente
diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o
mundo. Apresentava a Justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para
receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os
mandamentos de Deus. ...Todo o poder foi entregue em Suas mãos, para que Ele
pudesse dar ricos dons aos homens, transmitindo o inestimável dom de Sua Justiça
ao impotente ser humano. Esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo. É
a terceira mensagem angélica que deve ser proclamada com alto clamor e regada
com o derramamento de Seu Espírito Santo em grande medida.” Testemunhos para
Ministros, 91, 92. Não apenas uma maravilhosa teoria, mas obediência a todos os
mandamentos de Deus.
O primeiro anjo representa
um movimento tal como o segundo e também o terceiro. Representa também o quarto
anjo, ou anjo de Apocalipse 18, um movimento de pessoas? Vejamos em O Grande
Conflito, 486.
“É esta a razão de ser do
movimento simbolizado pelo anjo descendo do Céu. iluminando a Terra com a sua
glória, e clamando fortemente com grande voz, anunciando os pecados de
Babilónia…. Estes anúncios, unindo-se com a mensagem do terceiro anjo,
constituem a advertência final a ser dada aos habitantes da Terra.” “O
movimento adventista de 1840 a 1844 foi uma manifestação gloriosa do poder de
Deus; … mas isso deve ser superado pelo poderoso movimento sob a última
advertência do terceiro anjo.” O Grande Conflito, 490.
Por outras palavras quando
ledes aqui acerca de um anjo, o que é que pensais acerca disto nesta Terra? Um
movimento de homens e mulheres, e tudo o que é dito que o anjo tem e tudo o que
é dito ao anjo para fazer é para nós uma revelação do que o povo de Deus terá e
o que esse povo fará. O que primeiramente encontramos dito que o anjo tem?
Grande poder. Ora se esta revelação foi a revelação do poder de Deus e a oferta
desse poder ao povo, então o que deve ser a aceitação senão a aceitação desse
poder na sua própria vida e experiência pessoal? Não apenas concordar com isso
mas viver na sua aceitação. Nada menos do que isto.
Ora o que se deve seguir
naturalmente quando o vivo poder de Deus é aceite em sua plenitude na vidas?
Quando cada acto e cada pensamento e cada motivo está sob controlo? Pode uma
cidade que se situa no monte ser escondida? Portanto, quando a mensagem estiver
verdadeiramente aceite, então ela pode brilhar e o alto clamor pode ser dado e
será dado ao mundo. Toda a terra será iluminada com glória — a glória de Deus —
o Seu carácter. Os servos de Deus serão acompanhados pela grandiosa
manifestação do poder do Espírito. O Pentecostes será repetido numa escala,
muito maior. A obra do Evangelho finalizará com o maior derramamento de poder
que este mundo já testemunhou. Todos serão chamados a fazer a sua escolha pela
verdade ou pelo erro. Não tanto pelo argumento, mas pelo poder convincente do
Espírito, pelo poder dos exemplos vivos a obra avançará. Rapidamente a obra
avançará e será abreviada em justiça. O Senhor fará um trabalho rápido na
Terra.
Satanás imitará a mensagem e
as igrejas proclamarão que Deus está com elas operando maravilhosamente por
elas e através delas, porém, isto é a obra de outro espírito. Somente os que
estão firmados apenas na Palavra de Deus poderão distinguir o quase irresistível
engano, porque Satanás imitará Cristo e realizará milagres de maneira que se
fosse possível enganaria os escolhidos. É necessário que conheçamos Deus. Não
conhecer apenas a respeito d’Ele, mas conhecê-Lo pelo que Ele é realmente
porque isto é a vida eterna, tudo o mais é morte. Assim somos colocados perante
o mais importante e na verdade o único estudo, — o carácter de Deus. Irmãos,
irmãs, tendes anelo hoje por conhecer Jesus? Desejais encher vos apenas com a
Sua plenitude? Então olhai para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Aprendei d’Ele e então aceitai o amor que perdoa na vossa vida como realmente
vosso. Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão
fartos. Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre.
“Para Sua igreja, em cada
geração, Deus tem uma verdade peculiar e um serviço especial. A verdade, oculta
aos sábios e entendidos deste mundo, é revelada às criancinhas e aos humildes.
Exige sacrifício próprio. Há combates para se ferirem e vitórias para serem
conquistadas. De início seus adeptos são poucos. Pelos grandes do mundo e por
uma igreja de espírito mundano são repelidos e desprezados. Vede João Batista,
o precursor de Cristo, sozinho censurando o orgulho e formalismo do povo judeu!
Vede os primeiros propugnadores do evangelho na Europa! Obscura e desanimadora
parecia a missão de Paulo e Silas, os dois fazedores de tendas, quando, com os
companheiros, embarcavam em Troas para Filipos! Vede o ‘velho Paulo,’ pregando
a Cristo, acorrentado na cidadela dos Césares. Vede as pequenas comunidades de
escravos e camponeses em conflito com o paganismo de Roma Imperial. Vede
Martinho Lutero, resistindo àquela poderosa igreja que é a obra-prima da
sabedoria deste mundo. Vede-o mantendo a Palavra de Deus contra o imperador e o
papa, declarando: ‘Aqui estou; não posso proceder doutra forma. Deus me
auxilie!’ Vede João Wesley pregando a Cristo e Sua justiça em meio do
formalismo, sensualidade e incredulidade. Vede alguém que, doendo lhe a miséria
do paganismo, roga o privilégio de lhes levar à mensagem do amor de Cristo.
Ouvi a resposta do eclesiasticismo: ‘Sente se, moço. Quando Deus quiser
converter os pagãos, fá lo á sem o meu nem o seu auxílio.’
“Os grandes guias do
pensamento religioso desta geração anunciam os louvores daqueles que plantaram
a semente da verdade há séculos, e eregem lhes monumentos. Não abandonam muitos
esta obra para espezinhar o renovo que hoje em dia desponta da mesma semente?
Repete se o velho clamor: ‘Nós bem sabemos que Deus falou a Moisés, mas este
[Cristo no mensageiro que Ele envia] não sabemos donde é.’ João 9:29. Como em
épocas primitivas, as verdades especiais para este tempo não se acham com as
autoridades eclesiásticas mas com homens e mulheres, que não são demasiado
instruídos nem sábios demais para crer a Palavra de Deus.
“‘Porque, vede, irmãos, a
vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os
poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas
loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas
deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste
mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são.’ ‘Para
que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.’
1Cor. 1:26:28; 2:5.
“Nesta última geração, a parábola do grão de mostarda deve
alcançar notável e triunfante cumprimento. A pequena semente tornar se á uma árvore. A última
mensagem de advertência e misericórdia deve ir ‘a toda a nação, e tribo, e
língua, e povo,’ Apoc. 14:6-14, para ‘tomar deles um povo para Seu nome;’ At.
15:14; Apoc. 18:1, e a Terra será iluminada por Sua glória.” Parábolas de
Jesus, 78, 79.
Para ver outros livros e estudos deste autor consultar https://jfernandesblog.wordpress.com/
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