Os Sete Anjos
Por F.T.Wright
Capítulo 1
Uma Nova e distinta Elocução
A 13 de Outubro de
1904, apareceu um parágrafo em The Review
and Herald, o surpreendente significado do qual parece ter escapado inteiramente
aos leitores daquele tempo. O testemunho lia-se:
“O capítulo catorze de Apocalipse é um capítulo do mais profundo interesse. Esta Escritura
em breve será compreendida em toda a sua relevância, e as mensagens dadas a
João o revelador serão repetidas com distinta elocução.”[ADF1] The S.D.A. Bible Commentary, 7:978.
A inevitável conclusão contida nestas palavras é que as
mensagens de Apocalipse 14 não
estavam verdadeiramente compreendidas em 1904 e que a compreensão delas em todos
os seus sentidos estava ainda no futuro.
O que torna este
testemunho ainda mais significativo é que foi escrito a um povo que pregou as
mensagens dos três anjos durante os sessenta anos anteriores. De facto,
faltavam apenas nove dias para os sessenta anos desde o grande desapontamento
de 22 de Outubro de 1844, quando estas palavras apareceram publicadas. Durante
esse tempo, os adventistas tinham repetido o seu conhecimento destas verdades vitais
aos incontáveis milhares e tinham com sucesso defendido a sua posição contra os
ataques violentos de seus numerosos críticos e inimigos. Depois de tudo isto, estavam muito confiantes de que
sabiam tudo quanto havia para saber acerca desta Escritura. Parece que estavam
tão seguros de si mesmos que nem sequer deram pelo testemunho em The Review and Herald. Ele era demasiado
contrário às suas convicções para ser crível.[ADF2]
A promessa dada por Deus através do Seu mensageiro em
1904, era que a compreensão viria em “breve”, mas isto estava, como sempre,
dependente dos crentes adventistas preencherem as únicas condições pelas quais
a luz podia ser derramada sobre eles. As profundezas da compreensão que devia
ter vindo em breve, foi adiada por
causa da contínua incredulidade da igreja.[ADF3] Qualquer exame das apresentações
adventistas de Apocalipse 14 desde
1904, não mostrará sinal em qualquer extensão que maior profundidade tenha
aparecido em adição ao que era pregado antes desse tempo.
A razão para isto é que o Senhor não pode dar luz
adicional até que a que já foi enviada seja aceite e transferida para a
experiência pessoal. A luz que durante tanto tempo espera ser aceite pelo povo adventista é a
mensagem que o Senhor enviou através de Seus mensageiros pessoalmente apontados
entre 1888 e 1893. Foi então que “Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor
preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos pastores Waggoner e Jones.” Testemunhos para Ministros, 91.
Esta mensagem foi
descrita como sendo “a terceira mensagem angélica que deve ser proclamada com
alto clamor e regada com o derramamento de Seu Espírito em grande medida.” Testemunhos para Ministros, 92.
Ainda em termos
mais fortes, foi chamada “a terceira mensagem angélica em verdade.” The Review and Herald, 1 de Abril de
1890.
Qualquer luz adicional à terceira mensagem angélica é um alargamento
da compreensão de Apocalipse 14, o
capítulo no qual estas mensagens são apresentadas. Portanto, qualquer que não
esteja preparado para aceitar a luz enviada através de Waggoner e Jones não
poderá possivelmente experimentar a promessa feita no testemunho de 1904. Por
outro lado, deve esperar-se confiantemente que aqueles que receberam as
verdades já dadas venham a compreender Apocalipse
14 em toda a sua extensão.
Chegou agora o tempo para esta promessa ser cumprida,
pois há um crescente número de crentes à volta do mundo que, de facto,
aceitaram os ensinos comunicados por Deus na terceira mensagem em verdade
através dos Seus servos. Estes, tendo preenchido as condições, estão certos das
bênçãos divinas. Quando esses nesta classe de dedicados recebedores lerem todo
este livro, ficarão convencidos de que a promessa de facto começou a ser
realizada.[ADF4]
Ao estudar a promessa[ADF5] contida no testemunho de 1904 deve ter-se cuidado para
assegurar que não se lê mal. Em resposta à pergunta: “De acordo com este testemunho,
que Escritura — notificando capítulo e versículos — está para ser compreendida
brevemente em toda a sua extensão?” quase invariavelmente a resposta será dada:
“Apocalipse 14:6-12.”
Mas isto não é o que o testemunho diz. Ele estipula que “O capítulo
catorze de Apocalipse é um capítulo do mais profundo interesse. Esta Escritura em breve será
compreendida em toda a sua relevância....”
O campo de estudo aqui indicado não deve estar limitado
aos sete versículos. Deve compreender todo o capítulo. Uma cuidadosa leitura do extracto não
admite outra conclusão. Contudo, quando os compiladores de The S.D.A Bible Commentary compilaram o Espírito de Profecia para
falarem acerca destes versículos reveladores, localizaram esta referência em
relação aos versículos 6-12, em vez de a colocarem onde pertencia como um
comentário de todo o capítulo.
Porque aconteceu
isto?
Por causa da prévia compreensão de Apocalipse 14 ter sido tão limitada que nenhuma relação das partes
relacionadas foi discernida. A atenção foi tão focada nesses sete versículos
que tudo o mais foi olhado como sendo extra e sem importância. Para a mente
adventista Apocalipse 14:6-12 tem
sido Apocalipse 14.[ADF6] Admita-se, que alguma atenção
tem sido dada aos primeiros cinco versículos que tratam dos 144.000, mas a
última parte, versículos 13-20, tem sido tão totalmente ignorada que tenho sido
incapaz de encontrar um único adventista que se lembre de já ter ouvido um
estudo desta parte do capítulo.
O facto é que há
uma íntima relação entre todas as partes deste capítulo; de tal modo que não se
pode compreender as mensagens de Apocalipse
14 a não ser que sejam vistas “em toda a sua extensão.” Apenas quando uma parte
derrama a sua luz sobre todas as outras partes começa realmente toda a glória
da verdade a brilhar. O dedicado estudante da Bíblia que chega a este estudo
depois de aceitar experimentar a luz já dada na terceira mensagem angélica,
será inspirado com ampla compreensão da luz enviada do céu.
Nesta publicação
não se tenta esgotar a luz contida em Apocalipse
14, pois isso requereria muitos volumes. O nosso propósito é explorar uma linha
particular do pensamento — o facto que são necessários não três mas sete anjos
e os movimentos que eles representam, para finalizar a obra e preparar o
caminho para a segunda vinda do Senhor. Isto constitui uma exposição
verdadeiramente arrebatadora, inspiradora, solene e muito clara daquilo que o
povo de Deus deve tornar-se e fazer antes que Satanás e os seus seguidores possam
ser colocados de joelhos e o caminho ser preparado para o glorioso regresso do
Senhor. Também corrigirá alguns erros perigosos. É correcto dizer que esta luz
deve ser compreendida e aceite antes da obra poder ser finalizada.
A informação que o
Senhor deu em Apocalipse 14, é
essencial para todos aqueles que com sucesso desempenharão uma parte
divinamente designada na última grande batalha. Sem este conhecimento, eles
estarão caminhando na direcção errada, fazendo inadequadas e incorrectas
preparações e achara-se-ão na posição errada quando for demasiado tarde para
corrigir os seus erros. Não é possível alguém dar ênfase excessivo à
necessidade da apropriada compreensão das mensagens e movimentos dos sete
anjos.
Este capítulo
vital, Apocalipse 14, tem três
divisões naturais. Os primeiros cinco versículos tratam do carácter e obra dos
144.000. Os sete versículos seguintes, a parte mais familiar do capítulo,
introduz os primeiros três anjos, enquanto os últimos oito versículos revelam a
obra dos últimos três dos sete, o quarto encontra-se em Apocalipse 18:1-4.
Comecemos então o
estudo certificando que há de facto sete anjos envolvidos. Isto devia ser
esperado, porque o Apocalipse é o
livro dos setes, havendo sete igrejas, sete selos, sete trombetas e sete pragas.
O primeiro anjo é
referido em Apocalipse 14:6, 7.
“E vi outro anjo
voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que
habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo,
“Dizendo com grande
voz: ‘Temei a Deus, e
dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o
céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.’”[ADF7]
Porque é que este
anjo é chamado o primeiro quando as Escrituras se referem a ele como outro anjo? É porque ele é outro anjo em
relação aqueles anjos que já apareceram em capítulos anteriores. Ele é o
primeiro em relação a uma nova série encontrada em Apocalipse 14. Isto é confirmado pelo facto que o anjo que segue
aquele que vem antes dele, é chamado o “terceiro anjo”. Versículo 9.
Foi perto do meio
do século anterior que o primeiro anjo começou a soar através de vários pregadores
no Mundo Antigo e mais particularmente através de Guilherme Miller e seus
colaboradores no Novo Mundo. Em
1831 Guilherme Miller, em resposta ao chamamento pessoal de Deus, começou
primeiro a apresentar as verdades revelando um Salvador que viria em breve,
baseado em Daniel 8:14 e Apocalipse 14:6, 7. As suas
primeiras apresentações despertaram o povo como este nunca havia sido despertado
anteriormente e muitos em breve se colocaram ao seu lado. Assim nasceu o
movimento do primeiro anjo exactamente como e quando predito na profecia.
“E outro anjo
seguiu, dizendo: ‘Caiu,
caiu Babilónia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do
vinho da ira da sua prostituição.’”[ADF8] Apocalipse 14:8.
“A mensagem do segundo anjo de Apocalipse, capítulo 14,
foi primeiramente pregada no verão de 1844, e teve naquele tempo uma aplicação
mais directa às igrejas dos Estados Unidos, onde a advertência do juízo tinha
sido mais amplamente proclamada e em geral rejeitada, e onde a decadência das
igrejas mais rápida havia sido.” O Grande Conflito,
389.
Por testemunhos
como estes, o tempo exacto e o local para a vinda de cada anjo estão
estabelecidos para além de qualquer dúvida. Em consequência da mensagem do
segundo anjo, o grande segundo movimento do advento tornou-se ainda mais claramente
definido, à medida que todos os que amavam a verdade se retiravam das igrejas e
formavam um movimento separado.
Assim estava
preparado o caminho para o terceiro anjo aparecer, uma vez que a sua luz podia
ser recebida apenas por aqueles que verdadeiramente tinham aceite os dois
primeiros e só podia ser completada por aqueles que se tinham separado das
organizações de igrejas apostatadas.
“E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: ‘Se
alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na
sua mão,
“Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se
deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e
enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
“E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e
não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e
aquele que receber o sinal do seu nome.’ Aqui está a paciência dos santos; aqui
estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.”[ADF9] Apocalipse 14:9-12.
Este terceiro anjo começou a sua obra imediatamente a
seguir ao desapontamento que teve lugar em 22 de Outubro de 1844. Nas primeiras
horas da manhã, Hiram Edson e O.R.L. Crosier caminhavam meditando num campo de
milho quando o Espírito Santo iluminou a mente de Edson com a verdade que, não
o terrestre, mas o santuário celestial era o assunto da profecia de Daniel 8:14. Esta luz explicava
perfeitamente o seu desapontamento e revelava aqueles novos deveres que deviam
ser atendidos antes da obra poder ser finalizada. “Encerrando-se o ministério
de Jesus no lugar santo, e passando Ele para o lugar santíssimo, e ficando em
pé diante da arca, a qual contém a lei de Deus, enviou um outro anjo poderoso
com uma terceira mensagem ao mundo.” Primeiros Escritos,
254.
Assim o primeiro
anjo veio em 1831, o segundo no Verão de 1844 e o terceiro no Outono do mesmo
ano. Estes factos são tão bem conhecidos da mente adventista e tão prontamente
confirmados, que nenhum esforço maior será feito aqui para os estabelecer.
O quarto anjo seguiu o terceiro, mas ele não está
referido senão em Apocalipse 18:1-4.
Ora em lado algum no Espírito de Profecia este anjo é designado como o “quarto”,
mas referido como “o anjo cuja a glória encherá toda
a terra” (The S.D.A
Bible Commentary 7:984); “outro anjo poderoso comissionado para descer à
terra, a fim de unir sua voz com o terceiro anjo, e dar poder e força à sua
mensagem” (Primeiros Escritos, 277); “o
alto clamor do terceiro anjo” (Testimonies
1:183; Primeiros Escritos, 271); e
enquanto “o poderoso anjo” que “descerá do céu e une a sua voz ao terceiro anjo
finalizando a obra por este mundo” (The S.D.A
Bible Commentary 7:984).
Assim, embora o anjo de Apocalipse 18 não seja especificamente designado como o quarto, na
base do facto que ele segue o terceiro e junta o seu poder, mensagem e obra a
esse anjo, está correcto identificá-lo como o quarto anjo.[ADF10]
Há ampla evidência
para confirmar quando este anjo apareceu pela primeira vez. Foi em 1888 quando
Deus enviou os Seus mensageiros pessoalmente apontados, os pastores E. J.
Waggoner e A. T. Jones, para
proclamar os méritos e poder de um Remidor perdoador dos pecados à igreja
adventista laodicense.[ADF11] Foi um esforço dedicado da parte de Deus para os curar da sua mornidão e
consequente legalismo e para reavivar dentro deles a viva presença de Cristo, a
única esperança de glória. O Altíssimo procurava anular os maus efeitos dos
seus anos de apostasia e iniciar o derramamento do Espírito Santo no poder da
chuva serôdia de modo que o pecado pudesse ser acabado e a eterna justiça
estabelecida. Esta foi a luz do anjo cuja glória encherá toda a Terra, como
está confirmado no seguinte testemunho:
“O tempo de prova está sobre nós, pois o alto clamor do
terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo, o Remidor perdoador
do pecado. Este é o início da luz do anjo cuja glória encherá toda a terra.” The S.D.A. Bible Commentary 7:984.[ADF12]
Neste testemunho,
não é feita directa referência ao ministério dos pastores Waggoner e Jones, mas
é óbvio que é acerca da sua mensagem e obra que estas palavras são escritas. As
especificações que alguns podem sentir que falta nesse extracto são encontradas
neste:
“A indisposição de
ceder a opiniões preconcebidas, e de aceitar esta verdade, estava à base de
grande parte da oposição manifestada em Minneapolis contra a mensagem do Senhor
através dos irmãos [E. J.] Waggoner e [A. T.] Jones. Promovendo aquela
oposição, Satanás teve êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder
especial do Espírito Santo que Deus anelava comunicar-lhes. O inimigo
impediu-os de obter a eficiência que poderiam ter tido em levar a verdade ao
mundo, como os apóstolos a proclamaram depois do dia de Pentecostes. Sofreu
resistência a luz que deve iluminar toda a Terra com a sua glória, e pela acção
de nossos próprios irmãos tem sido, em grande medida, conservada afastada do
mundo.” Mensagens Escolhidas, 1:234,
235.
Este testemunho confirma positivamente que a mensagem
trazida por Deus através de Waggoner e Jones era a luz do anjo cuja glória
encherá toda a terra — o anjo de Apocalipse
18, o alto clamor do terceiro anjo.
Infelizmente, o ministério deste poderoso mensageiro do Céu
não foi compreendido, apreciado ou aceite quando veio. Há muitos que futilmente
tentam argumentar que foi, mas isto não pode ser, pois, se tivesse sido aceite,
a chuva serôdia teria caído e a obra teria sido finalizada muito antes disto. O
anjo relutantemente “voltou de novo para” o seu “lugar” (Oséias 5:15), até à altura em que seu profundo arrependimento
levaria um povo a aceitar alegremente o que os seus pais tinham recusado.
Essa obra de restabelecimento começou em 1950 quando,
naquilo que se desenvolveu como um despertamento mundial, os escritos dos
pastores Waggoner e Jones foram de novo postos em circulação, muitos
reconheceram o seu papel vital, e, depois de os estudarem cuidadosamente
transportaram as suas mensagens para a experiência pessoal. É inteiramente
verdade dizer que aqueles que aceitaram esta maravilhosa luz estão a viver hoje
sob o ministério do quarto anjo e são membros deste movimento.[ADF13]
Alguns podem
opor-se a isto perguntando: “Se o quarto anjo de facto voltou, onde está então
o derramamento do Espírito Santo no poder da chuva serôdia? Onde estão os
milhares que devem ser convertidos num dia, os milagres de cura, o dom das
línguas?”
Aqueles que levantam estas objecções falham em
compreender que há duas fases para o ministério do anjo cuja glória encherá
toda a Terra. A sua primeira responsabilidade
é ensinar a mensagem aos membros da igreja de Deus, pois eles não podem dar
aquilo que em si mesmos não possuem. Esta é a sua preparação efectiva para a segunda fase
durante a qual, uma vez totalmente preparados pela adequada educação e amplo
desenvolvimento de carácter para suportar esta responsabilidade, serão os
instrumentos de Deus levando ao mundo aquilo que receberam.
Estas poderosas manifestações do Espírito Santo em que
grandes multidões aceitarão a verdade num curto período de tempo, os doentes
serão curados, o dom de profecia restaurado em novos e velhos e os obreiros
falarão línguas estrangeiras, pertence à segunda fase, não à primeira. Em 1888, por causa da sua rejeição da primeira obra, o
povo de Deus nunca se qualificou para entrar na segunda fase e hoje, ainda não
houve suficiente desenvolvimento da parte do Seu povo que os capacite para
entrarem na segunda fase. Toda a indicação nos assegura que a obra da
preparação está a avançar e em breve estará completa. Então veremos o
Pentecostes repetido.[ADF14]
Este quarto anjo
não é o último através de qual o Senhor operará para finalizar a longa, cruel e
sombria noite de pecado. Ainda há outros três; sobre os quais tudo está
revelado nos últimos oito versículos de Apocalipse
14. “E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: ‘Bem-aventurados os mortos
que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos
seus trabalhos, e as suas obras os seguem.’
“E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a
nuvem um semelhante ao Filho do homem, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa
de ouro, e na sua mão uma foice aguda.
“E outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao
que estava assentado sobre a nuvem: ‘Lança a tua foice, e cega; a hora de cegar
te é vinda, porque já a seara da terra está madura.’
“E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a Sua
foice à terra, e a terra foi segada.” Apocalipse
14:13-16.
Este anjo não é o terceiro nem o quarto. Não pode ser o
terceiro porque é outro anjo, nem
pode ser o quarto, porque é o anjo de Apocalipse
18 e não ele que segue o terceiro. Maior evidência para confirmar isto será
dada mais tarde. Essas provas demonstrarão que enquanto o anjo de Apocalipse 18 é o último a fazer uma
obra antes do tempo de provação, o outro anjo de Apocalipse 14:15 aparece e faz a sua obra depois do tempo da porta
da graça ser fechada, durante o tempo em que o povo de Deus está na agonia da
angústia de Jacó. Quando essa evidência for mostrada, será prova convincente de
que este é o quinto anjo.[ADF15]
Mas ele não é o
último, pois, mal acabamos de ler acerca dele outro anjo aparece em cena.
“E saiu do templo, que está no céu, outro anjo, o qual também tinha uma foice aguda.” Versículo 17.
E este é também mais um anjo, não pode ser qualquer dos
anjos previamente mencionados. Portanto, ele é o sexto anjo, mas não o fim da contagem,
pois depois dele vem ainda outro, como está escrito:[ADF16]
“E saiu do altar outro
anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a
foice aguda, dizendo: ‘Lança a tua foice aguda, e vindima os cachos da vinha da
terra, porque já as suas uvas estão maduras.” Versículo 18.
Uma vez mais a referência é feita a outro anjo. Além disso este vem do altar, um lugar do qual de
nenhum dos outros seis se diz que veio. Sendo assim, este anjo deve ser o
sétimo na sequência de anjos através dos quais a obra será finalizada.[ADF17]
Não há dúvida quanto à pessoa a quem o quinto anjo se
dirige — É para Aquele que se senta na grande nuvem branca com a foice aguda na
Sua mão. O sétimo anjo também fala para alguém com uma foice aguda, mas nesta
altura há dois que têm foices agudas, sendo o outro, o sexto anjo.
Para qual destes dois o sétimo anjo apela? A questão é
respondida procurando a resposta a outra pergunta: Quem responde com acção ao
seu pedido?
A resposta é: O anjo que tem a foice aguda, o sexto anjo,
não o Filho do Homem que também tem uma foice para cegar.
Portanto é o sexto anjo a quem o sétimo fala e responde
como se segue:
“E o anjo lançou a sua foice à terra e vindimou as uvas
da vinha da terra, e atirou-as no grande lagar da ira de Deus.
“E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do
lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios.” Versículos
19, 20.
Assim há sete anjos através dos quais o Senhor acabará a
obra. Os primeiros quatro já chegaram e estão ocupados a fazer a obra que lhes
foi determinada. Os três restantes virão em seu devido tempo. Por tanto tempo a
mente adventista tem sido treinada para ver apenas três que se torna quase
surpreendente que existam sete anjos envolvidos.[ADF18]
Há alguns anos,
numa visita à Suazilândia que é um pequeno país adjacente à República da África
do Sul, dei um estudo sobre os sete anjos a um grupo de pessoas adventistas
numa pequena casa africana. As paredes eram feitas de terra, rebocada sobre uma
estrutura constituída por paus e caules de plantas; o chão era também de terra
e o telhado era de colmo. A sala estava debilmente iluminada com velas e
lâmpadas de parafina, contudo os ouvintes eram inteligentes e estavam atentos e
mostravam um bom conhecimento das doutrinas adventistas.
Em resposta ao
convite para fazerem perguntas uma mãe suazi perguntou: “Esses três últimos
anjos também estão na minha Bíblia zulu?” Dei-lhe a certeza pedindo a um dos
africanos para o lerem na sua tradução zulu. Ela ficou muito surpreendida e
afirmou que nunca antes tinha notado a sua existência.
Um número surpreendente
de adventistas no resto do mundo verificará que isto também é verdade acerca
deles.
O propósito mais importante deste capítulo foi
estabelecer para além de dúvidas o facto que há na verdade sete e não
simplesmente três anjos. As terríveis implicações disto e as maravilhosas mensagens de vital
instrução contidas nesta passagem serão reveladas à medida que o estudo
prossiga.
[ADF1]Este texto no Review and Herald aparece 60 anos
depois da Mensagem do terceiro anjo, ou seja tríplice mensagem angélica com
ênfase na lei. A compreensão deste testemunho estava ainda no futuro. Os
Adventista sé referem a tríplice mensagem angélica esquecendo assim o quarto
anjo por isso este capítulo em toda a sua plenitude e relevância (será
revelado).
[ADF2]Nesta altura os adventista demonstravam a mesma
atitude que as virgens loucas demonstravam e o Espírito de Laodicea “rico sou e
de nada tenho falta mas a palavras de Deus para eles era “mas não sabem que são
pobres, cegos e nus. Eles tinham orgulho e não queriam abdicar daquilo que
achavam afincadamente que estava certo. Maior Discurso de Cristo p101
[ADF3]Como qualquer promessa tem sempre uma condição.
Uma das condições era alterar o seu conceito em relação ás suas convicções.
Outra era a verdadeira disposição para aprender, porque só aquele que tem um
espírito de uma criança não de inquisidor mas sim de investigador.
[ADF4]Estes são aqueles que no testemunho de lemos em o
Maior discurso de Cristo que cumprem todos os “Se”.
[ADF5]Qual é a promessa contida no testemunho? Compreensão
viria em breve. Isto foi uma causa do desapontamento deles mas mesmo assim
tinham o conhecimento de que não precisavam de aprender nada. Para eles só liam
do 6 ao 12, não liam a ceifa nem dos 144 mil. Pegavam no meio e para eles era a
mensagem que precisavam. Esta é a principal diferença entre a Igreja Adventista
e nós.
[ADF6]Do versículo 6 ao 12 temos os 3 anjos, do 13 ao 20
existem mais três anjos com mensagens. Um está no capítulo 18. Portanto
apresenta-se o 1º, 2º, 3, 5º, 6º e 7º e o quarto vem no cap 18. Os Três Anjos
eram o suficiente para o povo chegar a condição dos 144 mil porque na mensagens
dos três anjos estava contida tudo o que eles necessitavam para salvação.
[ADF7]Mensagem do 1º Anjo. Miller, 1831 baseado em
Daniel 8:14 Apocalipse 14:6-7 Mensagem do anjo é do juízo a lei. Tem a mensagem
do evangelho eterno, que é o poder de Deus para a salavação de todo aquele que
crê.
[ADF8]Primavera, verão veio a Mensagem do 2º Anjo em
1844, Miller. Uma luz adicional e acrescentada os pecados assim são postos à
vista os que são Cristãos sinceros se arrependem os que não caiem como
babilónia.
[ADF9]Mensagem do 3º Anjo foi a seguir ao desapontamento
em Outubro de 1844. Edson e Crosier.
[ADF10]Mensagem do 4º Anjo em 1888 Waggoner e Jones.
Isaías 60 1…
[ADF11]Deus trabalha sempre do mesmo modo com os mesmos métodos.
Mais uma vez Deus se dirige à sua igreja não pelos parâmetros normais que
muitas vezes os homens pensam ou seja ele não trabalha como nós queremos e
pensamos mas sim como Ele pensa. Ler Isaías.
[ADF12]Isto não é um perdão do momento nem num minuto mas
sim um perdão para toda eternidade por isso a razão que levou Daniel a orar
como orou… Justificação pela Fé, preparação para limpar os nossos corações e
que o Shekinah possa habitar e termos assim a justiça de Cristo imputada em
nós.
[ADF13]O 4º Anjo vem novamente.
Mensagem da Justificação pela fé e a mensagem redentora. Wieland e Short a
igreja demonstrou interesse e foi escrito entaum uma tese de 240 páginas que
foi depois colocado sobre a aprovação da conferência geral no Outono de 1950.
[ADF14]A nossa responsabilidade é fazer aquilo que o povo
adventista falhou em 1888 em Minneapolis. Temos que abreviar a vinda do Senhor
e procurar mudar as nossas vidas. Temos que colocar um fim ao pecado e limpar o
santuário porque quanto mais continuamos a pecar o nosso coração vai ficando
mais endurecido. A igreja adventista nunca aceitou pedir perdão pelos pecados
de nossos pais. Este anjo termina toda a obra possível antes da porta da graça
fechar.
[ADF15]5º Anjo sai do templo dirige-se para Cristo. Ele
faz a sua obra depois da porta da graça fechar ou seja quando acabou o tempo de
oportunidade nem confessar os nossos pecados, quem está santo santo seja quem
está sujo sujo fica. Aqui já foi decido os que aceitam e os que rejeitam. A
porta da graça fecha quando acaba o julgamento dos vivos. Para o santuário ser
purificado temos que parar de enviar pecados e para Jesus possa deixar o
santuário e ir para nuvem. Isto de parar
de confessar pecados foi porque o povo instituiu a justiça eterna. Até a porta
fechar o sentido das mensagens é do céu para a terra porque são as mensagens
necessárias para nos purificar. O povo aqui está em sofrimento e pede a Cristo
acabar a obra porque a terra está cheia de pecado, mas a obra não termina
porque ainda há uma obra a fazer nos vivos não uma obra de remição de pecado
mas uma obra em que a natureza terrena tem que ser abandonada completamente.
Este é o anjo da angústia de Jacó.
[ADF16]6º Anjo sai do templo. Com uma foice aguda que tb
tinha Cristo aquele que estava sentado na grande nuvem. Neste anjo os 144.000
sabem que estão salvos.
[ADF17]7º Anjo sai do altar. Porque por debaixo do altar
do sacrifício, da entrega da vida, estão os mortos, os mártires que perderam a
vida pela causa de Cristo que clamam até quando, até quando.
[ADF18]Há na verdade 7 e não 3 Anjos esta ideia que temos
que reter.
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