Os Sete Anjos
Capítulo 22
O Sexto Anjo
O sexto anjo, que se segue ao quinto, é
apresentado em Apocalipse 14:17.
“E saiu do
templo, que está no céu, outro anjo, o qual também tinha uma foice aguda.”
Do mesmo modo como cada um os cinco anjos
anteriores representam um movimento de pessoas fazendo a vontade de Deus sob a
Sua protecção, bênção e direcção, assim fará o sexto anjo. Este corpo de
pessoas fará a sua obra quando o quinto anjo tiver completado a sua no fim da
angústia de Jacó.
A ausência de qualquer dificuldade em
reconhecer o povo que constitui os primeiros cinco movimentos, leva à conclusão
que não será difícil identificar os que constituirão o movimento do sexto anjo.
Será visto que este é o caso.
Reunamos então os factos disponíveis
acerca deste anjo e do movimento que ele representa. No primeiro caso, diz-se
que ele sai “... do templo, que está no céu,...” Apocalipse 14:17. Isto também é verdade
acerca do quinto anjo no sentido em que o povo de Deus, as virgens prudentes,
doutro modo chamados os 144,000, entram
e saem do lugar santíssimo no Céu, como já foi demonstrado. É no sentido
espiritual e não no físico que isto é realizado, porque os 144,000 não fazem
uma entrada literal no templo celestial até à sua trasladação. Foi quando, em
resposta à mensagem dada no clamor da meia-noite, as virgens compreenderam a
posição e obra de Cristo no lugar santíssimo do Céu e O seguiram pela fé
enquanto Ele ia perante Deus, mesmo apesar de ainda estarem fisicamente na
Terra.
Desde essa altura, cada crente em Jesus
que compreende o ministério de Cristo no santuário celestial e entra nas
bênçãos que esse ministério proporciona, está com o seu glorioso Sumo Sacerdote
no templo de Deus no Céu. Enquanto Cristo ali permanecer, também eles pela fé,
mas quando Ele sai, eles saem com Ele, porque os 144,000 “... seguem o Cordeiro
para onde quer que vá....” Apocalipse
14:4. Portanto, quando o ministério de Cristo no lugar santíssimo estiver
finalizado e Cristo despir as Suas vestes sacerdotais trocando-as pelas vestes
reais e pela coroa e deixa em seguida o templo a fim de viajar para esta Terra,
os crentes em Jesus saem com o seu imaculado Sumo Sacerdote continuando a
segui-l’O na sua caminhada espiritual da fé. É por esta razão que se diz que o
quinto e o sexto anjo saem do templo que está no Céu.
Isto indicaria que os membros dos
movimentos do quinto e do sexto anjo são os mesmos. É de esperar isto e é de
facto o caso. Deus planeou que assim devia ser com todos os movimentos
anteriores. Não foi por Sua vontade que uma grande parte das pessoas que saíram
para formar o movimento do primeiro anjo falharam em seguir com o segundo anjo
quando a sua obra começou e se desenvolveu. Se Deus pudesse ter conseguido
isto, todas as pessoas que tinham respondido à mensagem e ministério do
primeiro anjo teriam semelhantemente proclamado as verdades do segundo,
terceiro e quarto anjos e teriam continuado participando no testemunho final
dado pelo quinto, sexto e sétimo anjos. Se isto tivesse sido alcançado, não
teria havido necessidade de enviar o quarto por causa do povo do advento ter
perdido as verdades dos primeiros três anjos.
A obra de Deus através dos
Seus mensageiros angélicos foi consecutivamente adiada por causa da imperfeição
e
fracasso humano, mas, uma vez acabada a provação, não haverá mais adiamento e
nem uma única pessoa cairá em apostasia. Nem mais alguém será chamado a depor a
sua vida depois do selo final ter sido afixado. Portanto, todas as pessoas
membros do movimento do quinto anjo avançarão participando do movimento do
sexto anjo.
Não há necessidade de qualquer mudança
de membros para iniciar um novo movimento apesar de, no ponto de transição,
normalmente haver graves abandonos seguidos pela necessidade de substituição
por outros que aceitam a verdade e entram nas fileiras. O novo movimento começa
quando a fase seguinte da mensagem é apresentada. Assim o primeiro anjo
anunciou a chegada da hora do julgamento enquanto, ao mesmo tempo, apresentou o
evangelho como o único meio pelo qual o padrão para passar esse solene
escrutínio pode ser alcançado. Não lhe foi ordenado que fizesse mais do que
isso. Portanto, as grandes mudanças que se desenvolveram como resultado do seu
comportamento não eram responsabilidade sua. Isso devia ser feito por outro
anjo e seu movimento.
Por outro lado, quando a luz do primeiro
anjo brilhava, houve os que responderam à verdade e estavam diariamente a
crescer na graça, mas, por outro, houve milhares de pessoas que foram
inicialmente tocadas pela poderosa pregação destas verdades, mas escolheram
voltar as costas e por isso sofreram uma grave queda espiritual.
Os que haviam respondido e participaram
na proclamação da mensagem do primeiro anjo, precisavam agora de luz adicional
para os ensinar a tratar com estes desenvolvimentos. Tinham que saber como
relacionar-se com os que tinham sido anteriormente seus irmãos mas que eram agora
implacavelmente hostis à mensagem. A separação das igrejas caídas onde tinham
passado tantos anos e para onde estavam dirigidos o seu amor e lealdade, devia agora
ser reclamado deles. Estas tornaram-se as responsabilidades do segundo anjo.
Foi o cumprimento desta obra que fez o seu movimento.
Do mesmo modo, o quinto anjo não
finaliza a obra do Senhor. A Sua missão, como já foi visto, é ser um brilhante
instrumento através de quem o Senhor revelará a luz do Seu carácter com tal
clareza e brilho que mesmo as pessoas mais ímpias na Terra serão levadas a ver
e a reconhecer a beleza, justiça e rectidão do imaculado espírito e vida de
Deus.
Quando esta obra estiver completa, ainda
haverá alguns assuntos por finalizar que surgem como um desenvolvimento natural
da obra do quinto anjo. Isto deverá ser completado antes do caminho estar
totalmente preparado para a segunda vinda de Cristo e é a obra do sétimo anjo
exortar o sexto para acabar a sua missão.
“E saiu do
altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que
tinha a foice aguda, dizendo: ‘Lança a tua foice aguda, e vindima os cachos da
vinha da terra, porque já as suas uvas estão maduras.’” Apocalipse 14:18.
Como há dois seres neste capítulo que levam
foices deve ter-se cuidado para determinar correctamente a quem é que o sétimo
anjo se dirige. As únicas duas possibilidades são, Aquele que se senta na grande
nuvem branca com a foice aguda na mão e o sexto anjo. Destes dois, aquele que responde
ao apelo do sétimo anjo para lançar a sua foice aguda e segar tem que aquele a
quem ele se dirige. Está confirmado que é o sexto anjo.
“E o anjo
lançou a sua foice à terra e vindimou as uvas da vinha da terra, e atirou-as no
grande lagar da ira de Deus. E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue
do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios.” Apocalipse 14:19, 20.
Esta sega é uma colheita, não de almas
para a vida eterna como a ceifa efectuada pelo Rei conquistador, mas uma
colheita de morte em que milhões perecem. De facto, a matança será tão terrível
e extensa que apenas sobreviverão os 144,000. Isto será alcançado pela
combinação de duas coisas — a fúria não restringida dos ímpios que os leva a
atacarem-se uns aos outros com desenfreada ferocidade e o terrível derramamento
das sete pragas.
“Na desvairada contenda de suas próprias
e violentas paixões, e pelo derramamento terrível da ira de Deus sem mistura,
sucumbem os ímpios habitantes da Terra — sacerdotes, governadores e povo, ricos
e pobres, elevados e baixos. ‘E serão os mortos do Senhor, naquele dia, desde
uma extremidade da Terra até à outra extremidade da Terra; não serão pranteados
nem recolhidos, nem sepultados.’ Jer. 25:33.” O Grande Conflito, 657.
É quando a obra do quinto anjo levar os
culpados habitantes da Terra a uma verdadeira compreensão do carácter de Deus e
da sua própria rejeição da luz e verdade divina que esta pavorosa destruição da
vida humana realmente se iniciará. Tão grande, espalhada, feroz e climática,
será esta aniquilação da humanidade, que há o perigo de falhar em ver o facto
que não será mais do que a culminação da crescente obra de morte e destruição
que foi ocorrendo durante as primeiras quatro pragas, sendo cada uma tão
terrível que se fossem universais a humanidade ser extinta antes do quinto anjo
ser capaz de realizar a sua obra.
Referindo-se às primeiras pragas está
escrito: “Estas pragas não são universais, ao contrário os habitantes da Terra
seriam inteiramente exterminados. Contudo serão os mais terríveis flagelos que
já foram conhecidos por mortais. Todos os juízos sobre os homens, antes do
final do tempo da graça, foram misturados com misericórdia. O sangue
propiciatório de Cristo tem livrado o pecador de os receber na medida completa
de sua culpa; mas no juízo final a ira é derramada sem mistura de
misericórdia.” O Grande Conflito,
628, 629.
Durante o período destas primeiras quatro
pragas, “‘Os cânticos do templo serão gritos de dor naquele dia, diz o Senhor
Jeová; muitos serão os cadáveres; em todos os lugares serão lançados fora em
silêncio.’ ...Enquanto os ímpios estão a morrer de fome e pestilências....” O Grande Conflito, 628, 629.
O flagelo também atingirá o reino animal
com perda terrível de vidas entre os animais domésticos. Quando a terrível
intensificação do calor do sol durante a quarta praga secar a erva dos campos,
os animais morrerão aos milhões. “‘Ainda que a figueira não floresça, nem haja
fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam
mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja
vacas.’” O Grande Conflito, 629.
Aqueles que sobrevivem a estas
devastações são os que estarão envolvidos na grande mortandade universal que
abrangerá todo o mundo depois do quinto anjo — os 144,000 — terem feito a sua
obra. Sob o seu ministério, como já vimos, os ímpios experimentarão um terrível
despertamento pelo qual verão por si mesmos o verdadeiro carácter das santas e
justas leis de Deus e do Soberano do Universo que os criou. A primeira reacção
será cair aos pés dos santos num sentido reconhecimento da correcta posição que
eles mantiveram, ao passo que confessam numa angústia quebrantadora do coração
e destruidora da alma por causa dos seus próprios caminhos o mal dos seus
próprios caminhos. Será um terrível momento de verdade em que será horrível
contemplar e ainda pior experimentar.
Isto também trará aos perdidos um
sentido indescritivelmente devastador, torturador da alma a respeito daquilo
que abandonaram em troca do lado popular fácil no grande conflito entre Cristo
e Satanás. Estarão ao lado uns dos outros com ilimitado e incontrolável ódio e
desejo de vingança sobre aqueles que os influenciaram a tomarem a decisão
errada.
Todos verão os outros como a causa da
sua perda, mas todos estarão unidos lançando o maior peso de responsabilidade
pela sua incrivelmente desesperada situação sobre os ministros apostatados.
“O povo vê que foi iludido. Um acusa ao
outro de o ter levado à destruição; todos, porém, se unem em acumular suas mais
amargas condenações contra os ministros. Pastores infiéis profetizaram coisas
agradáveis, levaram os ouvintes a anular a lei de Deus e a perseguir os que a
queriam santificar. Agora, em seu desespero, esses ensinadores confessam
perante o mundo sua obra de engano.” O
Grande Conflito, 655, 656.
Uma vez alcançado este estado de coisas,
estão lançadas as condições para o acto seguinte no drama — a libertação dessa
incontrolada paixão e fúria humana pela qual os ímpios se destruirão
mutuamente.
“As multidões estão cheias de furor.
‘Estamos perdidos!’ exclamam; ‘e vós sois a causa de nossa ruína’; e voltam-se
contra os falsos pastores. Aqueles mesmos que mais os admiravam, pronunciarão
as mais terríveis maldições sobre eles. As mesmas mãos que os coroavam de
lauréis, levantar-se-ão para destruí-los. As espadas que deveriam matar o povo
de Deus, são agora empregadas para exterminar os seus inimigos. Por toda parte
há contenda e morticínio.
“‘Chegará o estrondo até à extremidade
da Terra, porque o Senhor tem contenda com as nações, entrará em juízo com toda
a carne; os ímpios entregará à espada.’ Jer. 25:31. Seis mil anos esteve em
andamento o grande conflito; o Filho de Deus e Seus mensageiros celestiais estavam
em conflito com o poder do maligno, a fim de advertir, esclarecer e salvar os
filhos dos homens. Agora todos fizeram sua decisão; os ímpios uniram-se
completamente a Satanás em sua luta contra Deus. Chegado é o tempo para Deus
reivindicar a autoridade de Sua lei que fora desprezada. Agora a controvérsia
não é somente com Satanás, mas também com os homens. ‘O Senhor tem contenda com
as nações’; ‘os ímpios entregará à espada’.
“O sinal de livramento foi posto sobre
aqueles ‘que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se
cometem’. Agora sai o anjo da morte, representado na visão de Ezequiel pelos
homens com as armas destruidoras, aos quais é dada a ordem: ‘Matai velhos,
mancebos, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem
que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário.’ Diz o
profeta: ‘E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa.’
Ezeq. 9:1-6. A obra de destruição se inicia entre os que professaram ser os
guardas espirituais do povo. Os falsos vigias são os primeiros a cair. Ninguém
há de quem se compadecer ou a quem poupar. Homens, mulheres, donzelas e
criancinhas perecem juntamente.
“‘O Senhor sairá do Seu lugar, para
castigar os moradores da Terra, por causa da sua iniqüidade, e a Terra
descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais aqueles que foram mortos.’ Isa.
26:21. ‘E esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que
guerrearem contra Jerusalém: a sua carne será consumida, estando eles de pé, e
lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na sua
boca. Naquele dia também acontecerá que haverá uma grande perturbação do Senhor
entre eles; porque pegará cada um na mão do seu companheiro, e alçar-se-á a mão
de cada um contra a mão de seu companheiro.’ Zac. 14:12 e 13. Na desvairada
contenda de suas próprias e violentas paixões, e pelo derramamento terrível da
ira de Deus sem mistura, sucumbem os ímpios habitantes da Terra — sacerdotes,
governadores e povo, ricos e pobres, elevados e baixos. ‘E serão os mortos do
Senhor, naquele dia, desde uma extremidade da Terra até à outra extremidade da
Terra; não serão pranteados nem recolhidos, nem sepultados.’ Jer. 25:33.
“Por ocasião da vinda de Cristo os
ímpios são eliminados da face de toda a Terra: consumidos pelo espírito de Sua
boca, e destruídos pelo resplendor de Sua glória. Cristo leva o Seu povo para a
cidade de Deus, e a Terra é esvaziada de seus moradores. ‘Eis que o Senhor
esvazia a Terra, e a desola, e transtorna a sua superfície, e dispersa os seus
moradores.’ ‘De todo se esvaziará a Terra, e de todo será saqueada, porque o
Senhor pronunciou esta palavra.’ ‘Porquanto transgridem as leis, mudam os
estatutos, e quebram a aliança eterna. Por isso a maldição consome a Terra, e
os que habitam nela serão desolados; por isso serão queimados os moradores da
Terra.’ Isa. 24:1, 3, 4 e 6.
“A Terra inteira se parece com um
deserto assolado. As ruínas das cidades e vilas destruídas pelo terremoto,
árvores desarraigadas, pedras escabrosas arrojadas pelo mar ou arrancadas da
própria Terra, espalham-se pela sua superfície, enquanto vastas cavernas
assinalam o lugar em que as montanhas foram separadas da sua base.” O Grande Conflito, 656, 657.
Esta é a colheita de morte reunida pelo
sexto anjo que é ilustrado como tendo um foice de segar na sua mão. Nenhum
ímpio que rejeite o amor e misericórdia de Deus escapará a essa colheita
sangrenta apesar do facto de chegarem a ver e reconhecerem que estiveram
errados e Deus certo. O seu arrependimento vem demasiado tarde como fizeram
Balaão e Judas. Enquanto nas suas mentes reconhecem e os seus lábios confessam
a verdade de Deus, os corações permanecem inalterados. Se lhes fosse dada outra
oportunidade, simplesmente reverteriam aos seus caminhos rebeldes outra vez.
“Os ímpios estão cheios de pesar, não
por causa de sua pecaminosa negligência para com Deus e seus semelhantes, mas
porque Deus venceu. Lamentam que o resultado seja o que é; mas não se
arrependem de sua impiedade. Se pudessem, não deixariam de experimentar todo e
qualquer meio para vencer.” O Grande
Conflito, 654.
As Escrituras plenamente mostram que é a
obra do sexto anjo sob a insistência do sétimo que efectua esta tremenda
chacina dos ímpios. Contudo, como as citações aqui apresentadas plenamente
mostram, os membros justos do movimento do sexto anjo nada mais fazem do que
esperar e ver tudo acontecer. Não se vê eles usarem armas de executores
destruindo os seus inimigos. Para eles desta vez será cumprida a promessa:
“Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua
direita, mas não chegará a ti. Somente com os teus olhos contemplarás, e verás
a recompensa dos ímpios.” Salmos 91:7, 8.
Seria quase impossível os justos nesta
altura ocuparem o papel de carrascos, porque isto seria totalmente contrário ao
carácter de Deus precisamente na altura em que a reflexão mais perfeita
possível do carácter é essencial para a sua obra. Por outras palavras, se
fossem eles a matar, desfariam tudo o que havia sido alcançado até esse ponto
de tempo.
Em que sentido então estes crentes nesta
altura lançam as suas foices e segam a colheita da Terra? Como pode uma obra
que é descrita como sendo directa e activa ser simplesmente através de ficarem
passivamente como observadores.
Uma ajuda na compreensão disto pode ser
obtida pelo estudo do papel do segundo anjo que anunciou a queda de Babilónia e
chamou os verdadeiros filhos de Deus a separarem-se dela. Os membros do
movimento do segundo anjo não produziram a destituição espiritual que
correctamente viram e declararam. Foi a apresentação da mensagem do primeiro
anjo que causou o resultado anunciado pelo segundo. Se não tivesse havido
necessidade de proclamar estas consequências, os membros do movimento do
segundo anjo teriam sido meros silenciosos espectadores delas. É assim que será
no caso do movimento do sexto anjo que é a extensão natural do movimento do quinto.
Eles serão observadores silenciosos dos resultados da sua obra quando eram
membros do movimento do quinto anjo. É dito que a mortandade é feita por eles
porque é o resultado natural do seu testemunho.
Há ainda outro sentido em que eles podem
ser descrito como os executores. Por serem abençoados com plenitude do amor e
compaixão divinos, será impossível para eles observarem a destruição dos ímpios
sem a mais profunda tristeza e o mais intenso sofrimento. Eles sentirão um
tremendo impulso para parar a carnificina, mas têm que entender que tudo isto
tem que acontecer e não devem interferir. Quanto maior é o amor por Deus e Suas
criaturas, mais poderoso e terrível será este impulso. Será preciso uma
tremenda força de vontade para lhe resistir. Exactamente como Jesus firmemente
determinou ir a Jerusalém contra as pressões das almas que O rodeavam que eram
beneficiadas pelo Seu ministério salvador, assim o povo de Deus com firmeza se mantém
firme quando tentado a fazer outra coisa. É um bem reconhecido princípio que se
não levantares uma mão para salvar uma pessoa da morte, sois julgados como se a
tivesses morto. Por causa de estarem ali e nada fazerem para acabar com a
matança, pode ser dito, num sentido, que eles fazem realmente a destruição.
Alguém pode perguntar porque é que isto
devia precisar de um novo movimento, especialmente quando há pouco ou nada para
os seus membros realizarem. Isto tem que ser feito assim para identificar a
fase seguinte no desenvolvimento dos acontecimentos. Sob o ministério do
movimento do quarto anjo, a advertência final é levada a todas as pessoas da Terra.
Assim que esta obra estiver acabada, outra começa, designadamente a revelação
do carácter de Deus ao ponto em que o Senhor com sucesso libertará os ímpios
dos conceitos errados a respeito d’Ele. A bem sucedida realização desta obra
será alcançada quando os rebeldes e os seus ministros confessam que estão
errados. Então está desimpedido o caminho para a fase seguinte que será a morte
daqueles que perderam tudo no grande conflito da vida. Para cobrir esta fase é
preciso outro anjo mesmo se os simbolizados por ele não façam mais do que estar
ali e observar.
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