Translate

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

OS SETE ANJOS EM APOCALIPSE - CAPITULO 22 - F T Wright




Os Sete Anjos


Capítulo 22

 


O Sexto Anjo


O sexto anjo, que se segue ao quinto, é apresentado em Apocalipse 14:17.
“E saiu do templo, que está no céu, outro anjo, o qual também tinha uma foice aguda.”
Do mesmo modo como cada um os cinco anjos anteriores representam um movimento de pessoas fazendo a vontade de Deus sob a Sua protecção, bênção e direcção, assim fará o sexto anjo. Este corpo de pessoas fará a sua obra quando o quinto anjo tiver completado a sua no fim da angústia de Jacó.
A ausência de qualquer dificuldade em reconhecer o povo que constitui os primeiros cinco movimentos, leva à conclusão que não será difícil identificar os que constituirão o movimento do sexto anjo. Será visto que este é o caso.
Reunamos então os factos disponíveis acerca deste anjo e do movimento que ele representa. No primeiro caso, diz-se que ele sai “... do templo, que está no céu,...” Apocalipse 14:17. Isto também é verdade acerca do quinto anjo no sentido em que o povo de Deus, as virgens prudentes, doutro  modo chamados os 144,000, entram e saem do lugar santíssimo no Céu, como já foi demonstrado. É no sentido espiritual e não no físico que isto é realizado, porque os 144,000 não fazem uma entrada literal no templo celestial até à sua trasladação. Foi quando, em resposta à mensagem dada no clamor da meia-noite, as virgens compreenderam a posição e obra de Cristo no lugar santíssimo do Céu e O seguiram pela fé enquanto Ele ia perante Deus, mesmo apesar de ainda estarem fisicamente na Terra.
Desde essa altura, cada crente em Jesus que compreende o ministério de Cristo no santuário celestial e entra nas bênçãos que esse ministério proporciona, está com o seu glorioso Sumo Sacerdote no templo de Deus no Céu. Enquanto Cristo ali permanecer, também eles pela fé, mas quando Ele sai, eles saem com Ele, porque os 144,000 “... seguem o Cordeiro para onde quer que vá....” Apocalipse 14:4. Portanto, quando o ministério de Cristo no lugar santíssimo estiver finalizado e Cristo despir as Suas vestes sacerdotais trocando-as pelas vestes reais e pela coroa e deixa em seguida o templo a fim de viajar para esta Terra, os crentes em Jesus saem com o seu imaculado Sumo Sacerdote continuando a segui-l’O na sua caminhada espiritual da fé. É por esta razão que se diz que o quinto e o sexto anjo saem do templo que está no Céu.
Isto indicaria que os membros dos movimentos do quinto e do sexto anjo são os mesmos. É de esperar isto e é de facto o caso. Deus planeou que assim devia ser com todos os movimentos anteriores. Não foi por Sua vontade que uma grande parte das pessoas que saíram para formar o movimento do primeiro anjo falharam em seguir com o segundo anjo quando a sua obra começou e se desenvolveu. Se Deus pudesse ter conseguido isto, todas as pessoas que tinham respondido à mensagem e ministério do primeiro anjo teriam semelhantemente proclamado as verdades do segundo, terceiro e quarto anjos e teriam continuado participando no testemunho final dado pelo quinto, sexto e sétimo anjos. Se isto tivesse sido alcançado, não teria havido necessidade de enviar o quarto por causa do povo do advento ter perdido as verdades dos primeiros três anjos.
A obra de Deus através dos Seus mensageiros angélicos foi consecutivamente adiada por causa da imperfeição e fracasso humano, mas, uma vez acabada a provação, não haverá mais adiamento e nem uma única pessoa cairá em apostasia. Nem mais alguém será chamado a depor a sua vida depois do selo final ter sido afixado. Portanto, todas as pessoas membros do movimento do quinto anjo avançarão participando do movimento do sexto anjo.
Não há necessidade de qualquer mudança de membros para iniciar um novo movimento apesar de, no ponto de transição, normalmente haver graves abandonos seguidos pela necessidade de substituição por outros que aceitam a verdade e entram nas fileiras. O novo movimento começa quando a fase seguinte da mensagem é apresentada. Assim o primeiro anjo anunciou a chegada da hora do julgamento enquanto, ao mesmo tempo, apresentou o evangelho como o único meio pelo qual o padrão para passar esse solene escrutínio pode ser alcançado. Não lhe foi ordenado que fizesse mais do que isso. Portanto, as grandes mudanças que se desenvolveram como resultado do seu comportamento não eram responsabilidade sua. Isso devia ser feito por outro anjo e seu movimento.
Por outro lado, quando a luz do primeiro anjo brilhava, houve os que responderam à verdade e estavam diariamente a crescer na graça, mas, por outro, houve milhares de pessoas que foram inicialmente tocadas pela poderosa pregação destas verdades, mas escolheram voltar as costas e por isso sofreram uma grave queda espiritual.
Os que haviam respondido e participaram na proclamação da mensagem do primeiro anjo, precisavam agora de luz adicional para os ensinar a tratar com estes desenvolvimentos. Tinham que saber como relacionar-se com os que tinham sido anteriormente seus irmãos mas que eram agora implacavelmente hostis à mensagem. A separação das igrejas caídas onde tinham passado tantos anos e para onde estavam dirigidos o seu amor e lealdade, devia agora ser reclamado deles. Estas tornaram-se as responsabilidades do segundo anjo. Foi o cumprimento desta obra que fez o seu movimento.
Do mesmo modo, o quinto anjo não finaliza a obra do Senhor. A Sua missão, como já foi visto, é ser um brilhante instrumento através de quem o Senhor revelará a luz do Seu carácter com tal clareza e brilho que mesmo as pessoas mais ímpias na Terra serão levadas a ver e a reconhecer a beleza, justiça e rectidão do imaculado espírito e vida de Deus.
Quando esta obra estiver completa, ainda haverá alguns assuntos por finalizar que surgem como um desenvolvimento natural da obra do quinto anjo. Isto deverá ser completado antes do caminho estar totalmente preparado para a segunda vinda de Cristo e é a obra do sétimo anjo exortar o sexto para acabar a sua missão.
“E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice aguda, dizendo: ‘Lança a tua foice aguda, e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as suas uvas estão maduras.’” Apocalipse 14:18.
Como há dois seres neste capítulo que levam foices deve ter-se cuidado para determinar correctamente a quem é que o sétimo anjo se dirige. As únicas duas possibilidades são, Aquele que se senta na grande nuvem branca com a foice aguda na mão e o sexto anjo. Destes dois, aquele que responde ao apelo do sétimo anjo para lançar a sua foice aguda e segar tem que aquele a quem ele se dirige. Está confirmado que é o sexto anjo.
“E o anjo lançou a sua foice à terra e vindimou as uvas da vinha da terra, e atirou-as no grande lagar da ira de Deus. E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios.” Apocalipse 14:19, 20.
Esta sega é uma colheita, não de almas para a vida eterna como a ceifa efectuada pelo Rei conquistador, mas uma colheita de morte em que milhões perecem. De facto, a matança será tão terrível e extensa que apenas sobreviverão os 144,000. Isto será alcançado pela combinação de duas coisas — a fúria não restringida dos ímpios que os leva a atacarem-se uns aos outros com desenfreada ferocidade e o terrível derramamento das sete pragas.
“Na desvairada contenda de suas próprias e violentas paixões, e pelo derramamento terrível da ira de Deus sem mistura, sucumbem os ímpios habitantes da Terra — sacerdotes, governadores e povo, ricos e pobres, elevados e baixos. ‘E serão os mortos do Senhor, naquele dia, desde uma extremidade da Terra até à outra extremidade da Terra; não serão pranteados nem recolhidos, nem sepultados.’ Jer. 25:33.” O Grande Conflito, 657.
É quando a obra do quinto anjo levar os culpados habitantes da Terra a uma verdadeira compreensão do carácter de Deus e da sua própria rejeição da luz e verdade divina que esta pavorosa destruição da vida humana realmente se iniciará. Tão grande, espalhada, feroz e climática, será esta aniquilação da humanidade, que há o perigo de falhar em ver o facto que não será mais do que a culminação da crescente obra de morte e destruição que foi ocorrendo durante as primeiras quatro pragas, sendo cada uma tão terrível que se fossem universais a humanidade ser extinta antes do quinto anjo ser capaz de realizar a sua obra.
Referindo-se às primeiras pragas está escrito: “Estas pragas não são universais, ao contrário os habitantes da Terra seriam inteiramente exterminados. Contudo serão os mais terríveis flagelos que já foram conhecidos por mortais. Todos os juízos sobre os homens, antes do final do tempo da graça, foram misturados com misericórdia. O sangue propiciatório de Cristo tem livrado o pecador de os receber na medida completa de sua culpa; mas no juízo final a ira é derramada sem mistura de misericórdia.” O Grande Conflito, 628, 629.
Durante o período destas primeiras quatro pragas, “‘Os cânticos do templo serão gritos de dor naquele dia, diz o Senhor Jeová; muitos serão os cadáveres; em todos os lugares serão lançados fora em silêncio.’ ...Enquanto os ímpios estão a morrer de fome e pestilências....” O Grande Conflito, 628, 629.
O flagelo também atingirá o reino animal com perda terrível de vidas entre os animais domésticos. Quando a terrível intensificação do calor do sol durante a quarta praga secar a erva dos campos, os animais morrerão aos milhões. “‘Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas.’” O Grande Conflito, 629. 
Aqueles que sobrevivem a estas devastações são os que estarão envolvidos na grande mortandade universal que abrangerá todo o mundo depois do quinto anjo — os 144,000 — terem feito a sua obra. Sob o seu ministério, como já vimos, os ímpios experimentarão um terrível despertamento pelo qual verão por si mesmos o verdadeiro carácter das santas e justas leis de Deus e do Soberano do Universo que os criou. A primeira reacção será cair aos pés dos santos num sentido reconhecimento da correcta posição que eles mantiveram, ao passo que confessam numa angústia quebrantadora do coração e destruidora da alma por causa dos seus próprios caminhos o mal dos seus próprios caminhos. Será um terrível momento de verdade em que será horrível contemplar e ainda pior experimentar.
Isto também trará aos perdidos um sentido indescritivelmente devastador, torturador da alma a respeito daquilo que abandonaram em troca do lado popular fácil no grande conflito entre Cristo e Satanás. Estarão ao lado uns dos outros com ilimitado e incontrolável ódio e desejo de vingança sobre aqueles que os influenciaram a tomarem a decisão errada.
Todos verão os outros como a causa da sua perda, mas todos estarão unidos lançando o maior peso de responsabilidade pela sua incrivelmente desesperada situação sobre os ministros apostatados.
“O povo vê que foi iludido. Um acusa ao outro de o ter levado à destruição; todos, porém, se unem em acumular suas mais amargas condenações contra os ministros. Pastores infiéis profetizaram coisas agradáveis, levaram os ouvintes a anular a lei de Deus e a perseguir os que a queriam santificar. Agora, em seu desespero, esses ensinadores confessam perante o mundo sua obra de engano.” O Grande Conflito, 655, 656.
Uma vez alcançado este estado de coisas, estão lançadas as condições para o acto seguinte no drama — a libertação dessa incontrolada paixão e fúria humana pela qual os ímpios se destruirão mutuamente.
“As multidões estão cheias de furor. ‘Estamos perdidos!’ exclamam; ‘e vós sois a causa de nossa ruína’; e voltam-se contra os falsos pastores. Aqueles mesmos que mais os admiravam, pronunciarão as mais terríveis maldições sobre eles. As mesmas mãos que os coroavam de lauréis, levantar-se-ão para destruí-los. As espadas que deveriam matar o povo de Deus, são agora empregadas para exterminar os seus inimigos. Por toda parte há contenda e morticínio.
“‘Chegará o estrondo até à extremidade da Terra, porque o Senhor tem contenda com as nações, entrará em juízo com toda a carne; os ímpios entregará à espada.’ Jer. 25:31. Seis mil anos esteve em andamento o grande conflito; o Filho de Deus e Seus mensageiros celestiais estavam em conflito com o poder do maligno, a fim de advertir, esclarecer e salvar os filhos dos homens. Agora todos fizeram sua decisão; os ímpios uniram-se completamente a Satanás em sua luta contra Deus. Chegado é o tempo para Deus reivindicar a autoridade de Sua lei que fora desprezada. Agora a controvérsia não é somente com Satanás, mas também com os homens. ‘O Senhor tem contenda com as nações’; ‘os ímpios entregará à espada’.
“O sinal de livramento foi posto sobre aqueles ‘que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem’. Agora sai o anjo da morte, representado na visão de Ezequiel pelos homens com as armas destruidoras, aos quais é dada a ordem: ‘Matai velhos, mancebos, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário.’ Diz o profeta: ‘E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa.’ Ezeq. 9:1-6. A obra de destruição se inicia entre os que professaram ser os guardas espirituais do povo. Os falsos vigias são os primeiros a cair. Ninguém há de quem se compadecer ou a quem poupar. Homens, mulheres, donzelas e criancinhas perecem juntamente.
“‘O Senhor sairá do Seu lugar, para castigar os moradores da Terra, por causa da sua iniqüidade, e a Terra descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais aqueles que foram mortos.’ Isa. 26:21. ‘E esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearem contra Jerusalém: a sua carne será consumida, estando eles de pé, e lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na sua boca. Naquele dia também acontecerá que haverá uma grande perturbação do Senhor entre eles; porque pegará cada um na mão do seu companheiro, e alçar-se-á a mão de cada um contra a mão de seu companheiro.’ Zac. 14:12 e 13. Na desvairada contenda de suas próprias e violentas paixões, e pelo derramamento terrível da ira de Deus sem mistura, sucumbem os ímpios habitantes da Terra — sacerdotes, governadores e povo, ricos e pobres, elevados e baixos. ‘E serão os mortos do Senhor, naquele dia, desde uma extremidade da Terra até à outra extremidade da Terra; não serão pranteados nem recolhidos, nem sepultados.’ Jer. 25:33.
“Por ocasião da vinda de Cristo os ímpios são eliminados da face de toda a Terra: consumidos pelo espírito de Sua boca, e destruídos pelo resplendor de Sua glória. Cristo leva o Seu povo para a cidade de Deus, e a Terra é esvaziada de seus moradores. ‘Eis que o Senhor esvazia a Terra, e a desola, e transtorna a sua superfície, e dispersa os seus moradores.’ ‘De todo se esvaziará a Terra, e de todo será saqueada, porque o Senhor pronunciou esta palavra.’ ‘Porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram a aliança eterna. Por isso a maldição consome a Terra, e os que habitam nela serão desolados; por isso serão queimados os moradores da Terra.’ Isa. 24:1, 3, 4 e 6.
“A Terra inteira se parece com um deserto assolado. As ruínas das cidades e vilas destruídas pelo terremoto, árvores desarraigadas, pedras escabrosas arrojadas pelo mar ou arrancadas da própria Terra, espalham-se pela sua superfície, enquanto vastas cavernas assinalam o lugar em que as montanhas foram separadas da sua base.” O Grande Conflito, 656, 657.
Esta é a colheita de morte reunida pelo sexto anjo que é ilustrado como tendo um foice de segar na sua mão. Nenhum ímpio que rejeite o amor e misericórdia de Deus escapará a essa colheita sangrenta apesar do facto de chegarem a ver e reconhecerem que estiveram errados e Deus certo. O seu arrependimento vem demasiado tarde como fizeram Balaão e Judas. Enquanto nas suas mentes reconhecem e os seus lábios confessam a verdade de Deus, os corações permanecem inalterados. Se lhes fosse dada outra oportunidade, simplesmente reverteriam aos seus caminhos rebeldes outra vez.
“Os ímpios estão cheios de pesar, não por causa de sua pecaminosa negligência para com Deus e seus semelhantes, mas porque Deus venceu. Lamentam que o resultado seja o que é; mas não se arrependem de sua impiedade. Se pudessem, não deixariam de experimentar todo e qualquer meio para vencer.” O Grande Conflito, 654.
As Escrituras plenamente mostram que é a obra do sexto anjo sob a insistência do sétimo que efectua esta tremenda chacina dos ímpios. Contudo, como as citações aqui apresentadas plenamente mostram, os membros justos do movimento do sexto anjo nada mais fazem do que esperar e ver tudo acontecer. Não se vê eles usarem armas de executores destruindo os seus inimigos. Para eles desta vez será cumprida a promessa:
“Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti. Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.” Salmos 91:7, 8.
Seria quase impossível os justos nesta altura ocuparem o papel de carrascos, porque isto seria totalmente contrário ao carácter de Deus precisamente na altura em que a reflexão mais perfeita possível do carácter é essencial para a sua obra. Por outras palavras, se fossem eles a matar, desfariam tudo o que havia sido alcançado até esse ponto de tempo.
Em que sentido então estes crentes nesta altura lançam as suas foices e segam a colheita da Terra? Como pode uma obra que é descrita como sendo directa e activa ser simplesmente através de ficarem passivamente como observadores.
Uma ajuda na compreensão disto pode ser obtida pelo estudo do papel do segundo anjo que anunciou a queda de Babilónia e chamou os verdadeiros filhos de Deus a separarem-se dela. Os membros do movimento do segundo anjo não produziram a destituição espiritual que correctamente viram e declararam. Foi a apresentação da mensagem do primeiro anjo que causou o resultado anunciado pelo segundo. Se não tivesse havido necessidade de proclamar estas consequências, os membros do movimento do segundo anjo teriam sido meros silenciosos espectadores delas. É assim que será no caso do movimento do sexto anjo que é a extensão natural do movimento do quinto. Eles serão observadores silenciosos dos resultados da sua obra quando eram membros do movimento do quinto anjo. É dito que a mortandade é feita por eles porque é o resultado natural do seu testemunho.
Há ainda outro sentido em que eles podem ser descrito como os executores. Por serem abençoados com plenitude do amor e compaixão divinos, será impossível para eles observarem a destruição dos ímpios sem a mais profunda tristeza e o mais intenso sofrimento. Eles sentirão um tremendo impulso para parar a carnificina, mas têm que entender que tudo isto tem que acontecer e não devem interferir. Quanto maior é o amor por Deus e Suas criaturas, mais poderoso e terrível será este impulso. Será preciso uma tremenda força de vontade para lhe resistir. Exactamente como Jesus firmemente determinou ir a Jerusalém contra as pressões das almas que O rodeavam que eram beneficiadas pelo Seu ministério salvador, assim o povo de Deus com firmeza se mantém firme quando tentado a fazer outra coisa. É um bem reconhecido princípio que se não levantares uma mão para salvar uma pessoa da morte, sois julgados como se a tivesses morto. Por causa de estarem ali e nada fazerem para acabar com a matança, pode ser dito, num sentido, que eles fazem realmente a destruição.
Alguém pode perguntar porque é que isto devia precisar de um novo movimento, especialmente quando há pouco ou nada para os seus membros realizarem. Isto tem que ser feito assim para identificar a fase seguinte no desenvolvimento dos acontecimentos. Sob o ministério do movimento do quarto anjo, a advertência final é levada a todas as pessoas da Terra. Assim que esta obra estiver acabada, outra começa, designadamente a revelação do carácter de Deus ao ponto em que o Senhor com sucesso libertará os ímpios dos conceitos errados a respeito d’Ele. A bem sucedida realização desta obra será alcançada quando os rebeldes e os seus ministros confessam que estão errados. Então está desimpedido o caminho para a fase seguinte que será a morte daqueles que perderam tudo no grande conflito da vida. Para cobrir esta fase é preciso outro anjo mesmo se os simbolizados por ele não façam mais do que estar ali e observar.


Sem comentários:

Enviar um comentário