Translate

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

OS SETE ANJOS EM APOCALIPSE - CAPITULO 6 - F T Wright

Os Sete Anjos


Capítulo 6


O Segundo Anjo


Objectivo deste estudo é mostrar a necessidade de um segundo anjo e a relação que ele tem com o primeiro. É importante que isto seja compreendido, porque, em vista do facto que o primeiro anjo vem possuindo e pregando o evangelho, aparte do qual nenhuma outra mensagem deve ser pregada, pareceria que nenhum outro anjo, mensagem ou movimento podia seguir-se ao primeiro.
O primeiro anjo recebeu a missão de pregar o evangelho eterno como o poder vivo de um Deus criador para libertar completamente o seu povo do pecado e assim prepará-lo para passar o juízo investigativo e entrar no reino. A norma do julgamento é a perfeição sem pecado dentro do próprio crente.[CMRS1]  Ele, não outra pessoa no seu lugar deve ser julgado pela lei da liberdade e se for verificado que tem as vestes nupciais[CMRS2]  da imaculada justiça de Cristo, ser-lhe-á permitido permanecer para a ceia das bodas do Cordeiro. Caso contrário será lançado nas trevas exteriores para sempre. Não há necessidade de desenvolver este ponto aqui porque ele está bem explicado em O Caminho de Deus no Santuário e Enfrentando o Julgamento. Estas duas publicações podem ser encontradas na Publicadora da Igreja do Advento do Repouso do Sábado.
O primeiro anjo(1831) coloca grande ênfase no facto que a hora do julgamento chegou. Nunca antes teve a verdade presente uma proclamação tão brilhante. Paulo disse aos gregos no Monte Mars que o Senhor tinha designado um dia futuro em que Ele julgaria o mundo e tinha advertido Felix do “… julgamento vindouro…” Actos 17:31; Actos 24:25. Nenhum dos apóstolos, mensageiros, ou reformadores que o Senhor chamou nos séculos seguintes proclamou qualquer mensagem da chegada de um julgamento. Lutero estimou que ele sucederia cerca trezentos anos a partir do seu tempo.
Com certeza, o Senhor teria ficado satisfeito em efectuar um julgamento e terminar o grande conflito muito antes, mas Ele não o podia fazer antes do tempo chegar à plenitude. Sem que viesse o dia em que o santuário nunca mais pudesse ser deitado por terra nem os santos serem pisados estaria o caminho aberto para o Senhor iniciar o julgamento. Essa exigência tinha que ser satisfeita por altura do fim da profecia dos 2300 anos em 22 de Outubro de 1844. Nessa altura a hora do julgamento tinha chegado e o anjo podia proclamar esse facto. Vede O Caminho de Deus no Santuário, capítulo 26.
Estas deviam ser as novas mais alegres para a igreja de Deus depois de terem esperado tanto tempo para darem as boas vindas ao seu Rei e regressar com Ele para os seus lares celestiais. No início a mensagem recebeu de facto uma recepção calorosa. As igrejas abriram os seus púlpitos aos pregadores do advento e, como os membros aumentavam claramente, os dirigentes no início ficaram contentes. Todavia, não demorou muito tempo até que o vivo poder da mensagem começou a fazê-los sentir decididamente pouco à vontade, e, como o seu desconforto aumentava, fecharam as portas das suas igrejas aos pregadores adventistas e começaram a perseguir todos os que estavam a desenvolver a lealdade à mensagem do primeiro anjo. Demonstraram a mesma hostilidade que foi manifestada pelos judeus quando o gracioso Salvador andou entre eles como um terno Redentor.
Foi este antagonismo que tornou necessária a vinda do segundo anjo para declarar: “‘Caiu, caiu Babilónia, aquela grande cidade, porque deu a beber a todas as nações do vinho da sua ira e da sua fornicação.’” Apocalipse 14:8.
É importante que ninguém cometa o erro de assumir que o segundo anjo traz algo adicional ao que o primeiro anjo trouxe embora pudesse parecer que sim. O primeiro anjo traz toda a mensagem que é o evangelho, o poder de Deus para salvar do pecado. A isso nada pode ser acrescentado e nada pode ser tirado.
Há apenas uma mensagem para o verdadeiro filho de Deus pregar — o evangelho. Isto não significa que a profecia, a lei e a doutrina são rejeitadas, mas têm que ser pregadas como apresentações do evangelho. Toda a palavra das Escrituras quando correctamente compreendida, é a revelação da capacidade de Deus para voltar a criar o homem à Sua própria imagem pelo Seu maravilhoso poder, o evangelho, e devia ser pregado nessa luz.
Paulo compreendeu este princípio e declarou a verdade que ele tinha sido chamado para nenhum outro ofício senão pregar o evangelho de Jesus Cristo. Ele declarou:
“Porque Cristo enviou-me, não para baptizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã;
“E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria.
“Porque nada me propus saber, entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.” 1Coríntios 1:17; 2:1,2.
“Cristo enviou-o a pregar o evangelho, e ele fez isso, não usando as palavras do homem, para que a sua pregação não pudesse ser anulada. Ele diz, ‘para que a cruz de Cristo se não faça vã’. Então quando Paulo pregou entre os coríntios, pregou apenas Cristo e Este crucificado e isso era o evangelho. Esse evangelho, — a cruz de Cristo — é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.
“Agora levanta-se a questão. Era esta pregação de Paulo qualquer coisa parecida com a mensagem do terceiro anjo, ou a tríplice mensagem que nos foi entregue? Diferia a sua pregação daquela que nós pregamos? Se ela difere, estamos nós a pregar aquilo que devíamos pregar? Por outras palavras, devia a nossa pregação conter algo mais do que aquilo que Paulo tinha? Se não, então o que possa ter, é melhor que nos livremos disso tão cedo quanto possível. Agora vejamos porquê.
“‘Mas, ainda que nós mesmos, ou um anjo do céu, vos anuncie outro evangelho, além do que vos tenho anunciado, seja anátema.’ Esta é uma declaração forte, mas ele apenas a repete e lhe dá ênfase, ‘Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo, também, vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho, além do que já recebestes, seja anátema.[ADF3] ’ Gálatas 1:8, 9.
“Estas palavras não são em vão, porque tem havido homens que têm pregado outros evangelhos, ou outras coisas para o evangelho; e mais do que isso, tem havido anjos que têm pregado outros evangelhos e outras coisas para o evangelho. Temos ainda que ver aqueles anjos caídos vindo e pregando aquilo a que chamam o evangelho, que terão um poder com ele e que serão acompanhados luz deslumbrante. Mas as coisas que nos dirão, temos que anunciar como falsas e aquele que no-las pregam, anátemas; porque ele diferirá nalgum particular daquilo que Paulo pregava.
“Deixando este ponto, voltaremos a Apocalipse 14:6, onde lemos: ‘E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra… dizendo, com grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, porque é vinda a hora do seu juízo.’ Esta é uma obra que prepara os homens para o último julgamento e consequentemente uma obra que tem tudo o que o homem precisa para ser perfeito, tal como vimos no décimo segundo versículo. Mas essa mensagem é nada mais do que o evangelho eterno. O segundo anjo saiu com o primeiro e o primeiro [terceiro] acompanhou-os a ambos e os três juntos soaram num só clamor.
“levanta-se a pergunta, se o terceiro anjo veio e juntou a sua voz ao clamor do primeiro e do segundo, não temos nós algo a dizer ao mundo aparte daqueles que trabalharam sob a primeira mensagem? Bem, não podemos ter mais do que a pregação do evangelho eterno. O segundo anjo anuncia um facto, que Babilónia caiu por causa da sua apostasia do evangelho. Notai, o segundo anjo não tem uma nova verdade para dizer; meramente um facto, que algo tinha acontecido. O terceiro anjo meramente anuncia a punição que cairá sobre os homens que agem de modo diferente da verdade anunciada pelo primeiro anjo. Mas o primeiro anjo continua a soar e os três vão juntamente e uma vez que os três soam juntos e o primeiro fala do evangelho eterno, — que é aquilo que prepara os homens para estarem sem mácula perante Deus, — e o terceiro anjo anuncia a punição que se abaterá sobre eles se não receberem o evangelho eterno, conclui-se necessariamente que a tríplice mensagem é o evangelho eterno.
“Diz um, isto é adoptar uma visão extrema; estamos a deitar fora todas as doutrinas que pregamos, — o estado dos mortos, o sábado e a lei e a punição dos ímpios? Deitamo-las fora? — Não, de modo nenhum, pregai-as em tempo e fora de tempo; mas, apesar disso, pregai apenas Cristo Jesus e Ele crucificado. Porque se pregardes aquelas coisas sem pregar Cristo e Ele crucificado, ficam desprovidas do seu poder, porque Paulo diz que Cristo o enviou a pregar o evangelho, não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã. A pregação da cruz, e isso somente, é o poder de Deus. Digo outra vez, o evangelho é o poder de Deus, e a cruz é o centro do evangelho.[ADF5]  ‘Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.’ Gálatas 6:14. Para Paulo nada mais havia digno de glória a não ser a cruz de Jesus Cristo seu Senhor.” Biblie Studies on the Book of Romans, 95-97, por E.J. Waggoner.
Assim a mensagem do primeiro anjo é a mensagem completa aparte da qual nada mais deve ser pregado. O segundo anjo foi enviado para explicar àqueles que tinham aceite a luz do primeiro anjo, porque é que um povo aparentemente sincero e bem intencionado voltou as costas à verdade. Esta instrução é necessária porque o verdadeiro povo de Deus que recebeu a mensagem com alegria, tendia a ficar confuso quanto ao que devia fazer. Por outro lado sentiam a necessidade de se separarem daqueles que eram hostis à verdade de Deus, enquanto por outro receavam deixar aquilo que por tanto tempo lhes tinha sido ensinado ser a igreja de Deus. O segundo anjo resolveu este dilema. Ele aplica o evangelho à situação e assim remove o receio de se separarem daqueles que estão cheio com o poder e verdade de Deus.[ADF6] 
Quando a verdade do primeiro anjo chamou a atenção dos professos seguidores de Cristo em 1831, eles estavam num estado espiritual muito triste. Deles foi profetizado:
E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.
“Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.
“Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.” Apocalipse 3:1-3.[ADF7] 
Houve uma altura em que, como resultado do poderoso testemunho dado pelos reformadores protestantes, os membros das igrejas tinham gozado uma experiência no poder salvador do evangelho, mas, com o passar do tempo, isto tinha morrido e foi substituído pelo frio, legalista, formalismo sem vida. Os membros literalmente se tornaram babilónios. Homens eram cabeça da igreja, uns dos outros e de si próprios no lugar de Cristo. Apesar deste grave afastamento, os professos seguidores de Cristo não tinham alcançado ainda o ponto sem retorno e portanto não eram classificados como babilónicos ainda.[ADF8] 
Aqueles que verdadeiramente o aceitam verificam que, com a erradicação da mente carnal, o reinante eu é substituído por Cristo como Cabeça divina. O crente alegra-se na maravilhosa libertação que lhe foi dada. De dentro dele Babilónia foi destronada de modo que o segundo anjo pode verdadeiramente dizer: “Caiu, caiu, Babilónia.” Assim, à medida que o novo filho de Deus é elevado à família celestial, a mensagem do segundo anjo torna-se o verdadeiro testemunho daquilo que o primeiro fez por ele.[ADF10]  Esta é uma preciosa e verdadeiramente valiosa iluminação que o torna capaz de reconhecer com grande certeza o que são verdadeiras e falsas igrejas, tanto no princípio como de facto.
Mas o que acontece aos que recusam permitir que o vivo poder criador de Deus destrone Babilónia de si? A resposta é que eles caem com Babilónia, porque, quando o evangelho entra em luta contra Babilónia, ela tem que cair. Se ela não for expulsa do interior da pessoa, então na sua queda consigo arrasta essa pessoa. Dessa pessoa o segundo anjo também dá testemunho: “caiu, caiu, Babilónia”.
“A mensagem do segundo anjo de Apocalipse, capítulo 14, foi primeiramente pregada no Verão de 1844, e teve naquele tempo uma aplicação mais directa às igrejas dos Estados Unidos, onde a advertência do juízo tinha sido mais amplamente proclamada e em geral rejeitada, e onde a decadência das igrejas mais rápida havia sido. A mensagem do segundo anjo, porém, não alcançou o completo cumprimento em 1844. As igrejas experimentaram então uma queda moral, em consequência de recusarem a luz da mensagem do advento; mas essa queda não foi completa. Continuando a rejeitar as verdades especiais para este tempo, têm elas caído cada vez mais.[ADF11] O Grande Conflito, 389.
Assim aqueles que recebem o evangelho dão grandes passos para o alto, enquanto os que o rejeitam, sofrem terrível queda. Quando isto é compreendido, não há problema em compreender o facto que um grande abismo de separação sempre crescente se tem estabelecido entre as duas classes de pessoas sobre quem a luz do evangelho tem brilhado. Já não é possível os dois grupos caminharem juntos. De acordo com a segura palavra da profecia, Babilónia nunca recuperará da sua apostasia mas apenas descerá de mal a pior. Portanto, nunca mais, desde que o povo de Deus não comece a retirada de Babilónia como tantas vezes acontece, entrarão em comunhão entre si. À medida que o leal e verdadeiro se eleva cada vez mais alto, ao passo que outros mergulham mais e mais, o abismo da separação aumentará e aprofundará. Em vista da irrevogável escolha feita por Babilónia, este é o único caminho a seguir. Portanto, os que professam crer na mensagem do segundo anjo deviam ver com o maior alarme qualquer estreitamento ou ligação da separação entre eles e as igrejas caídas. Qualquer desenvolvimento desta natureza nunca significará que as igrejas caídas estão a aproximar-se de Deus, mas apenas que os crentes do advento estão a afastar-se d’Ele.
A mensagem do primeiro anjo separa o verdadeiro crente daqueles que recusam colocar-se sob a santificadora influência do Espírito Santo. As duas partes nunca podem caminhar juntas. A bênção do Senhor nunca pode estar sobre esta união e Ele opera para assegurar que o Seu povo seja chamado a sair de Babilónia a fim de caminhar com Ele numa comunhão cada vez mais próxima, uma comunhão que só é possível quando eles não mais habitam com os que rejeitam a Sua luz e amor.
“Chamou Deus Sua igreja hoje, como chamara o antigo Israel, a fim de erguer-se como luz na Terra. Pela poderosa espada da verdade, as mensagens do primeiro, segundo e terceiro anjos, separou-os das igrejas e do mundo para trazê-los a uma santa proximidade dele.” Testemunhos Selectos 2:156.
O testemunho confirma uma verdade que deveria ser cuidadosamente e permanentemente notada por todo aquele que está à procura de um lugar no reino de Deus. O ponto crítico é que Deus separa os Seus filhos das igrejas caídas de modo a poder trazê-los a uma sagrada proximidade com Ele mesmo. É então um caso de separação das igrejas que se tornaram Babilónia ou separação de Deus. A escolha pertence a cada pessoa. A verdade do resultado desta opção foi experimentada pelos crentes em 1844, como declara o testemunho que se segue a respeito daqueles que aceitaram a mensagem da hora do julgamento.
“‘Há uma coisa, a respeito destes convertidos que deveria ser notada. A maioria deles não se uniu a nenhuma das seitas existentes: mantêm-se independentes. Quase todos são prósperos cristãos e fortes na convicção do rápido advento. Mas em muitos dos que se ligaram a quaisquer das seitas, a religião está a morrer e estão a deixar a doutrina da rápida vinda de Cristo. Eles têm asma espiritual; é difícil para eles respirar.’” Carta de Silas Hawley, 15 de Agosto de 1843, no jornal, Midnignt Cry, 24 de Agosto de 1843, página 7. Citado por F.D. Nichol neste livro The Midnight Cry, 159.
Este desenvolvimento não começou a manifestar-se em qualquer grau notório até 1843, doze anos depois de William Miller começar a sua obra com entusiasmo. A última coisa que ele tinha em mente era formar um novo movimento. Estava confiante quando começou o seu trabalho que a mensagem seria bem aceite nas igrejas, quebraria as divisões sectárias e os preconceitos e uniria os professos seguidores de Cristo num único corpo. Assim não haveria nenhuma necessidade de separação e formação de um novo movimento. Esta era uma visão que reflectia o triunfo do optimismo sobre as lições da história.
"Nos primeiros anos do ministério público, Miller tinha tomado como certo que a igreja em geral daria boas-vindas às negligenciadas boas novas da breve vinda de Cristo, que se havia tornado tão precioso à sua própria alma. Ele supôs que quando isto fosse trazido à sua atenção, este glorioso acontecimento seria saudado com alegria e que os pregadores o proclamariam com satisfação em todo o lado. Milhões durante os séculos tinham desejado e orado pelo regresso de Cristo para estabelecer o Seu reino. Esta era claramente a esperança de todos. Agora ele parecia estar à beira da consumação – e que gloriosa perspectiva apresentou! Além disso, como as igrejas vizinhas mais pequenas lhe abriram as portas e como os ministros um a um se tinham unido em apoio, esta primeira convicção da última aceitação da verdade do advento aprofundou-se.
“Sob essas circunstâncias Miller não tinha o mais remoto pensamento de formar uma seita separada. Todavia, ele e os seus associados foram crescentemente acusados de serem dissidentes, transgressores do concerto e desorganizadores. Eles negaram isto com firmeza. A alegria da segunda vinda gloriosa tinha quebrado o sectarismo e a dissenção dentro dos próprios corações e todo o grupo adventista estava unido por este laço comum. Consequentemente defenderam que a acusação não podia ser verdade.” The Prophetic Faith of Our Fathers, 4:761, por LeRoy Edwin Froom.
Tão fortemente William Miller se apegou a estas convicções, que foi muito lento a proclamar a mensagem do segundo anjo chamando o povo a sair de Babilónia. Ele apegou-se à ideia e à esperança que as igrejas aceitariam a verdade e se preparariam para o regresso do Salvador. Nem os mileritas em geral se apressaram a fazer esta proclamação.
"No princípio os dirigentes mileritas consideraram esta questão como um assunto pessoal e aconselharam os seus seguidores a não se retirarem a menos que fosse necessário. Somente a perseguição deveria dissolver a comunhão da pessoa com a sua própria igreja. Porém, em 1843 a declaração começou a ser feita por Fitch e depois por outros, que aquelas igrejas adversárias se tinham tornado ‘Babilónia.’ A igreja católica ‘mãe’, recordou-lhes ele, tinha ‘filhas’ protestantes, e estas tinham retido muitas das doutrinas contaminadas dela.
"Assim foi dado por fim o clamor, ‘sai dela povo meu’ – sai da confusão e da divisão, das seitas e partidos, da mundanidade, orgulho, e sede de cristianismo nominal. Os ministros, disseram eles, tinham-se tornado assalariados do sistema. Muitos ainda estavam em comunhão com os vendedores de rum. E o povo de Deus devia separar-se dos grupos anti-cristãos organizados e das influências. Logo o grito foi aceite pelos pregadores adventistas que ‘Babilónia’ tinha ‘caído’! Os pregadores publicaram nas várias publicações da igreja a sua retirada das igrejas. Multidões sobre multidões de leigos principais retiraram-se. O novo desenvolvimento estava a avançar em força.” The Prophetic Faith of Our Fathers, 4:772, por LeRoy Edwin Froom.
As pessoas do Advento e em particular os seus dirigentes deveriam ter esperado este desenvolvimento, porque ele seguiu o padrão standard que tinha sido repetido século após século com regularidade previsível. Ele começa de cada vez que a igreja que previamente tinha entrado nos caminhos de Deus, cai em profunda apostasia. No Seu grande amor e misericórdia, o Senhor envia-lhes uma poderosa mensagem de graça salvadora destinada a libertá-los do domínio cruel do pecado e a estabelecê-los como um povo santo e feliz. É luz e vida tão preciosos, belos e radiante com promessa, que se esperaria que as igrejas saudassem a sua vinda com alegria e gratidão. Os mensageiros cujas próprias almas estão inflamadas com a beleza e poder da verdade, certamente estão confiantes que os seus esforços encontrarão fé e aceitação. Mas nunca foi desse modo. Só uma pequena proporção responde aos convites de misericórdia e até mesmo a maioria destes provam ser virgens loucas que abandonam a sua fé quando o teste vem.
Logo a perseguição levanta a sua cabeça má e os crentes são expulsos das igrejas. No princípio, aqueles que aceitam a mensagem são lentos a reconhecer que aquela separação tem que acontecer, mas por fim percebem que não há alternativa. Contudo, estão de algum modo confusos entre esta necessidade óbvia de separação e as advertências escriturísticas que parecem condenar tão fortemente o deixar as igrejas estabelecidas. É neste ponto que o Senhor envia a mensagem do segundo anjo para esclarecer qualquer confusão e dar um “assim diz o Senhor" para os guiar confiantemente em comunhão com Ele e com os verdadeiros crentes.
Precisamos estar familiarizados com este padrão e não há lugar algum melhor para fazer isso do que no ministério de Cristo. Bastante cedo no Seu ministério, verificou que era rejeitado na Judeia de onde se separou então. Nós somos informados que esta retirada foi apenas uma de muitas que aconteceram na igreja de Deus durante os séculos.#
“Houvessem os guias de Israel recebido a Cristo, e Ele os teria honrado como mensageiros Seus para levar o evangelho ao mundo. Foi-lhes dada, primeiramente a eles, a oportunidade de se tornarem arautos do reino e da graça de Deus. Mas Israel não conheceu o tempo de sua visitação. Os ciúmes e desconfianças dos chefes judaicos maturaram em ódio aberto, e o coração do povo se desviou de Jesus.
“O Sinédrio rejeitara a mensagem de Cristo, e intentava matá-Lo; portanto, Jesus partiu de Jerusalém, afastou-Se dos sacerdotes, do templo, dos guias religiosos, do povo que fora instruído na lei, e voltou-Se para outra classe, para proclamar Sua mensagem, e remir os que haviam de levar o evangelho a todas as nações.
“Como a luz e a vida dos homens foi rejeitada pelas autoridades eclesiásticas nos dias de Cristo, assim tem sido rejeitada em todas as subseqüentes gerações. Freqüentemente se tem repetido a história da retirada de Cristo da Judéia. Quando os reformadores pregavam a Palavra de Deus, não tinham idéia alguma de se separar da igreja estabelecida; os guias religiosos, porém, não toleravam a luz, e os que a conduziam eram forçados a buscar outra classe, a qual estava ansiosa da verdade. Em nossos dias, poucos dos professos seguidores da Reforma são atuados pelo espírito da mesma. Poucos estão à escuta da voz de Deus, e prontos a aceitar a verdade, seja qual for a maneira por que se apresente. Muitas vezes os que seguem os passos dos reformadores são forçados a retirar-se da igreja que amam, a fim de declarar o positivo ensino da Palavra de Deus. E muitas vezes os que estão à procura da luz são, pelos mesmos ensinos, obrigados a deixar a igreja de seus pais, a fim de prestar obediência.” O Desejado de Todas as Nações, 231, 232.
O que aconteceu quando Cristo Se retirou de Judeia foi repetido quando a mensagem do primeiro anjo foi rejeitada no tempo de William Miller. Este facto é confirmado na experiência de Ellen Harmon e sua família. Mais tarde, quando ela se tornou Ellen White, a mensageira do Senhor, recordou a experiência difícil quando ela e o irmão deixaram a igreja metodista para sempre.
“A família de meu pai, de quando em quando, freqüentava a igreja metodista, e também as reuniões para estudos, realizadas em casas particulares.
“Uma noite, meu irmão Roberto e eu fomos à reunião de estudos. O pastor, que a devia presidir, estava presente. Ao chegar a vez de meu irmão dar testemunho, ele falou com grande humildade, se bem que com clareza, acerca da necessidade de um completo preparo para encontrar o Salvador, quando vier nas nuvens do céu com poder e grande glória. Enquanto meu irmão falava, uma luz celeste lhe abrasou o rosto, usualmente pálido. Pareceu ser levado em espírito acima do ambiente em que se achava, e falou como se estivesse na presença de Jesus.
“Quando fui convidada para falar, levantei-me, com o espírito livre, com o coração cheio de amor e paz. Contei a história do meu grande sofrimento sob a convicção do pecado, e como finalmente recebera a bênção que havia tanto procurava – completa conformidade com a vontade de Deus – e exprimi minha alegria nas boas-novas da próxima vinda de meu Redentor para levar Seus filhos consigo.

Diferenças de doutrina

“Em minha simplicidade esperei que os meus irmãos e irmãs metodistas compreenderiam os meus sentimentos e se alegrassem comigo, mas fiquei desapontada; várias irmãs sussurraram e mexeram-se nas cadeiras ruidosamente, voltando-me as costas. Não podia imaginar o que podia ter dito que as ofendesse e falei muito resumidamente, sentindo a influência gelada da sua desaprovação.
“Quando acabei de falar, o pastor dirigente perguntou-me se não seria mais agradável viver uma longa vida de utilidade, fazendo bem aos outros, do que vir Jesus imediatamente e destruir os pobres pecadores. Repliquei que anelava a vinda de Jesus. Então o pecado teria fim e desfrutaríamos para sempre a santificação, sem que houvesse o diabo para nos tentar e transviar.
“Depois de encerrada a reunião, percebi que era tratada com visível frieza por aqueles que anteriormente tinham sido benévolos e amáveis comigo. Meu irmão e eu voltamos para casa, sentindo-nos tristes por ser tão mal compreendidos pelos crentes, e por o assunto da próxima volta de Jesus despertar-lhes tão severa oposição.

A Bem-Aventurada Esperança

“Em caminho para casa, conversamos seriamente a respeito das evidências de nossa nova fé e esperança. ‘Ellen’, disse Roberto, ‘estaremos enganados? É esta esperança do próximo aparecimento de Cristo sobre a Terra uma heresia, para que pastores e ensinadores religiosos a ela se oponham tão veementemente? Eles dizem que Jesus não virá senão daqui a milhares e milhares de anos. Se tão-somente se aproximam da verdade, então o mundo não poderá acabar em nosso tempo.’
“Eu não ousava favorecer a incredulidade um momento que fosse, e repliquei prontamente: ‘Não tenho dúvida de que a doutrina pregada pelo Sr. Miller é a verdade. Que poder lhe acompanha as palavras! Que levam convicção ao coração do pecador!’
“Conversamos sobre o assunto com toda a lealdade enquanto caminhávamos, e concluímos ser nosso dever e privilégio esperar a vinda de nosso Salvador, e que mais seguro seria preparar-nos para o Seu aparecimento e estarmos prontos para encontrá-Lo com alegria. Se Ele viesse, o que não seria daqueles que então diziam: ‘O meu Senhor tarde virá’, e que não tinham desejo de vê-Lo? Admirava-nos como havia ministros que ousassem acalmar os temores de pecadores e crentes relapsos, dizendo: ‘Paz, paz!’ enquanto a mensagem do aviso estava sendo proclamada em todo o país. A ocasião parecia-nos muito solene; compreendíamos não ter tempo a perder.
“’Cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto’ – observou Roberto. ‘O que tem feito por nós esta crença? Convenceu-nos de que não estávamos preparados para a vinda do Senhor; de que devemos tornar-nos puros de coração, do contrário não poderemos encontrar em paz o nosso Salvador. Despertou-nos para procurar nova força e graça divinas.
“’O que fez ela por ti, Ellen? Serias o que agora és, se não tivesses ouvido a doutrina da próxima vinda de Cristo? Que esperança te inspirou ao coração? Que paz, alegria e amor te proporcionou? Para mim, fez tudo. Amo a Jesus e a todos os cristãos. Aprecio a reunião de oração. Tenho grande alegria na leitura da Bíblia e na oração.’
“Nós ambos nos sentimos fortalecidos com essa conversa, e resolvemos não nos afastar de nossas honestas convicções da verdade, e da bem-aventurada esperança da próxima vinda de Cristo nas nuvens do céu. Sentíamo-nos gratos por poder discernir a preciosa luz e alegrar-nos na expectativa da vinda do Senhor.

O Último Testemunho na Reunião de Estudos

“Não muito tempo depois disso, de novo assistimos à reunião de estudos. Precisávamos de oportunidade para falar do precioso amor de Deus que nos animava a alma. Eu, especialmente, desejava falar da bondade e misericórdia do Senhor para comigo. Operava-se em mim uma tão grande mudança que parecia ser meu dever aproveitar toda oportunidade para testificar do amor de meu Salvador.
“Ao chegar a minha vez de falar, relatei as evidências que provavam que eu fruía o amor de Jesus e olhava para a frente com alegre expectação de logo encontrar o meu Redentor. A crença de que a vinda de Cristo estava próxima me havia estimulado a alma a buscar mais fervorosamente a santificação do Espírito de Deus.
“Neste ponto, o dirigente da classe interrompeu-me, dizendo: ‘Recebeste a santificação pelo Metodismo, pelo Metodismo, irmã, não por uma teoria errónea.’
“Fui compelida a confessar a verdade de que não era pelo Metodismo que meu coração havia recebido nova bênção, mas pelas verdades estimuladoras relativas ao aparecimento pessoal de Jesus. Por meio delas eu encontrara paz, alegria e perfeito amor. Assim terminou o meu testemunho, o último que eu daria na reunião de estudos com meus irmãos metodistas.
“Roberto então falou com mansidão, conforme era o seu modo, mas de maneira clara e tocante que alguns choraram e ficaram muito comovidos; outros, porém, tossiam em sinal de desagrado e pareciam muito a contragosto.” Life Sketches of Ellen G. White, 43-47.
Esta é uma típica experiência que aconteceu aos crentes do grande Segundo Movimento do Advento pela qual muitos milhares foram levados a testar todas as ligações com as igrejas caídas. “Amavam suas igrejas, e repugnava-lhes o separar-se delas; mas como vissem suprimido o testemunho da Palavra de Deus e negado o direito de pesquisar as profecias, compreenderam que a lealdade para com o Senhor lhes vedava a submissão. Não poderiam considerar os que procuravam excluir o testemunho da Palavra de Deus como constituindo a igreja de Cristo, "coluna e base da verdade". Daí o se sentirem justificados em desligar-se dessas congregações. No verão de 1844 aproximadamente cinqüenta mil se retiraram das igrejas.” O Grande Conflito, 376.
Foi Charles Fitch que conduziu a denúncia das igrejas caídas como Babilónia e começou o chamamento para sair de Babilónia. Este desenvolvimento teve lugar em 1843 e avançou firmemente para 1844, quando o clamor da meia-noite, iniciado por Deus através de Samuel Snow, deu o poder e ímpeto à mensagem do segundo anjo.
“Próximo do final da mensagem do segundo anjo, vi uma grande luz do Céu resplandecendo sobre o povo de Deus. Os raios desta luz pareciam brilhantes como o Sol. Ouvi as vozes dos anjos, clamando: ‘Aí vem o Esposo! Saí-Lhe ao encontro!’ Mat. 25:6.
“Este foi o clamor da meia-noite, que deveria dar poder à mensagem do segundo anjo. Foram enviados anjos do Céu a fim de estimular os santos desanimados, e prepará-los para a grande obra que diante deles estava. Os homens mais talentosos não foram os primeiros a receber esta mensagem. Foram enviados anjos aos humildes, dedicados, e os constrangeram a levantar o clamor: ‘Aí vem o Esposo! Saí-Lhe ao encontro!’ Mat. 25:6. Os que estavam encarregados deste clamor apressaram-se, e no poder do Espírito Santo fizeram soar a mensagem, e despertaram seus desanimados irmãos. Esta obra não se mantinha pela sabedoria e erudição de homens, mas pelo poder de Deus, e Seus santos que ouviam o clamor não podiam resistir a ele. Os mais espirituais recebiam esta mensagem em primeiro lugar, e os que tinham anteriormente tomado parte na chefia do trabalho eram os últimos a receber e ajudar a avolumar o clamor: ‘Aí vem o Esposo! Saí-Lhe ao encontro!’ Mat. 25:6.
“Em toda a parte do país, foi proporcionada luz acerca da mensagem do segundo anjo, e o clamor amoleceu o coração de milhares. Foi de cidade em cidade, e de vila em vila, até que o povo expectante de Deus ficasse completamente desperto. Em muitas igrejas não foi permitido dar-se a mensagem, e uma grande multidão que tinha o vívido testemunho deixou essas igrejas decaídas. Uma poderosa obra foi realizada pelo clamor da meia-noite. A mensagem era de natureza a promover o exame do coração, levando os crentes a buscar por si mesmos uma vívida experiência. Sabiam que não poderiam buscar apoio uns nos outros.” Primeiros Escritos, 238.
O Clamor da meia noite começou em Agosto de 1844. Um estado de incerteza prevalecia entre os crentes a seguir ao primeiro desapontamento que tinha vindo sobre os crentes expectantes quando o Salvador não veio durante o período, Primavera de 1843 à Primavera de 1844, para o qual tinham olhado primeiramente para o Seu aparecimento. Durante meses depois da triste conclusão que Cristo não tinha vindo quando eles pensavam, o povo do advento estava no tempo de espera da parábola de Mateus 25:1-13. Nova luz era necessária para lhes dar nova fé e direcção. Embora muitas das virgens caíssem nesta altura, milhares de outras recusaram-se a abandonar a sua fé. Elas esperaram pacientemente até luz mais clara ser dada.
Com a esperança que o tempo tinha vindo para isto, entre três e quatro mil reuniram-se em Exeter no Maine para um acampamento de cinco dias que começou em 12 de Agosto de 1844. Mas os resultados iniciais foram desapontadores. Os oradores, apesar de experientes, dedicados, conhecedores e hábeis, não tiveram nova luz para apresentar. Eles só podiam apresentar as evidências já familiares aos ouvintes. Por conseguinte, pequena impressão foi deixada e o grupo tornou-se impaciente.
A pessoa bem conhecida de Joseph Bates era o orador numa ensolarada tarde quente alguns dias depois do acampamento abrir. “Ele estava a repetir, de um modo elaborado, as bens conhecidas evidências sobre a demora como sendo um teste à fé deles que Cristo seguramente viria, que não deveriam perder a confiança nas promessas d’Ele, etc. Mas ele estava a fazer pouco progresso." The Prophetic Faith of our Fathers, 4:811, por LeRoy Edwin Froom.
Enquanto isso, um silencioso cavaleiro penetrou no acampamento, amarrou o seu cavalo ofegante, caminhou em direcção à tenda de reunião onde viu a sua irmã, a Sra. John Couch, esposa de um dos pregadores adventistas, sentada na extremidade exterior com um assento vazio ao lado dela. O nome dele era Samuel Sheffield Snow e levava com ele a firme convicção que a profecia dos 2,300 anos terminaria 22 de Outubro daquele mesmo ano. Não mostrando interesse no orador, em tom sussurrado, esboçou à irmã as evidências para as suas convicções. Ela escutou com absorvente interesse e agitação crescente. Em breve deixou de poder conter-se. De pé, ela gritou em termos tão cortantes e claros que todas as pessoas na audiência a ouviram claramente, “‘É demasiado tarde para tempo nestas verdades, com as quais estamos familiarizados e que no passado têm sido uma bênção para nós e serviram o seu propósito no seu próprio tempo.’
“Em seguida ela disse com sinceridade, ‘Aqui está um homem com uma mensagem de Deus.’” The Prophetic Faith of our Fathers, 4:811.
Os olhos e o interesse de todas as pessoas na assembleia foram focados nela. O pregador parou também.
Ela continuou, “‘é demasiado tarde, irmãos, para gastar tempo precioso como temos feito desde que este acampamento começou. O tempo é curto. O Senhor tem servos aqui que têm alimento no tempo certo para os Seus. Deixai-os falar e deixai o povo ouvi-los. “Eis que vem o esposo, sai-lhe ao encontro.”’” The Prophetic Faith of our Fathers, 4:811.
Sem hesitação, Joseph Bates retomou o seu lugar enquanto Samuel Snow calmamente caminhou para o púlpito e em lógicos tons medidos apresentou as evidências escriturísticas estabelecendo que 22 de Outubro era a data correcta para esperar o aparecimento do Salvador.
Todos os ouvintes foram presos pelo mais profundo interesse à medida que Samuel Snow desvendava as evidências. Os resultados foram incríveis. Incendiados com convicção, confiança e uma determinação para se aprontarem para a chegada do Salvador e para alertar os outros do acontecimento vindouro, os crentes saíram em todas as direcções para proclamar as maravilhosas novas. Joseph Bates que passou por toda a emocionante experiência, descreve a mudança do torpor e adormecimento para a intensa actividade como se segue:
“Houve luz dada e recebida aqui, com toda a certeza; e quando essa reunião terminou, os montes de granito de New Hampshire cantaram com grande clamor, ‘Eis aí vem o Esposo! Saí-Lhe ao encontro!’ À medida que as carruagens e comboios rodavam pelos diferentes Estados, cidades e vilas de Nova Inglaterra, o som do clamor ainda era distintamente ouvido. Eis que vem o Esposo! Cristo está vindo no décimo dia do sétimo mês! O tempo é curto! Preparai-vos! Preparai-vos!! …Quem não se lembra ainda de como esta mensagem voou como se estivesse sobre as asas de homens e mulheres com asas movendo-se em todos os pontos cardeais. Indo com toda a velocidade das locomotivas, barcos a vapor e carruagens, carregados com pacotes de livros e panfletos, onde quer que fossem distribuindo-os quase tão profusamente como as folhas do Outono.” The Midnight Cry, por F.D. Nichol, 229.
A irmã White também viveu durante esse excitante tempo e lê-se a sua descrição:
“Na parábola de Mateus 25, o tempo de espera e sono é seguido pela vinda do Esposo. Isto concordava com os argumentos que acabam de ser apresentados, tanto da profecia como dos símbolos. Produziram profunda convicção quanto à sua veracidade; e o "clamor da meia-noite" foi proclamado por milhares de crentes.
“Semelhante à vaga da maré, o movimento alastrou-se pelo país. Foi de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, e para os lugares distantes, no interior, até que o expectante povo de Deus ficou completamente desperto. Desapareceu o fanatismo ante essa proclamação, como a geada matutina perante o Sol a erguer-se. Viram os crentes suas dúvidas e perplexidades removidas, e a esperança e coragem animaram-lhes o coração. A obra estava livre dos exageros que sempre se manifestam quando há arrebatamento humano sem a influência moderadora da Palavra e do Espírito de Deus. Assemelhava-se, no caráter, aos períodos de humilhação e regresso ao Senhor que, entre o antigo Israel, se seguiam a mensagens de advertência por parte de Seus servos. Teve as características que distinguem a obra de Deus em todas as épocas. Houve pouca alegria arrebatadora, porém mais profundo exame de coração, confissão de pecados e abandono do mundo. O preparo para encontrar o Senhor era a grave preocupação do espírito em agonia. Havia perseverante oração e consagração a Deus, sem reservas.” O Grande Conflito, 400, 401.
Assim o clamor da meia-noite deu “poder à mensagem do segundo anjo”. Primeiros Escritos, 238. À medida que os crentes viam o grande poder contido na mensagem, tinham a emocionante evidência perante si que o poder de Deus estava com a verdade e tinham consequentemente deixado as igrejas caídas que haviam rejeitado a luz. Viram que Babilónia tinha na verdade caído e que eles tinham agora a divina missão de proclamar esse facto. Fizeram-no com grande confiança enquanto sem temor cortavam as suas ligações com as igrejas denominacionais caídas.
A mensagem do segundo anjo era uma declaração daquilo que o evangelho pregado pelo primeiro anjo tinha produzido. Ele declarou que, nos casos daqueles que tinham aceite o poder de Deus para os salvar do pecado, Babilónia tinha sido destronada e por isso tinha caído deles. Livres do cruel domínio, o verdadeiro crente era capaz de avançar de graça em graça em direcção ao reino.
Também declarou o triste estado em que caíram aqueles que recusaram permitir que o Senhor operasse o Seu ministério da graça nos seus corações. A sua determinada resistência ao grande poder protector do evangelho, serviu para exercitar e portanto fortalecer a sua rebelião com o resultado que caíram da graça juntamente com Babilónia da qual não saíram. Por isso, a mensagem do segundo anjo não é outra mensagem aparte do evangelho, mas uma declaração daquilo que o evangelho conseguiu.










 [CMRS1]Esta era a preparação para o julgamento, viver sem pecado (Perfeição). Sem esta condição, no julgamento seriamos condenados há morte eterna.


 [CMRS2]Significados para as Vestes Nupciais;
1.       Verdadeira submissão;
2.       Pureza;
3.       Perfeição;
4.       Santificação;
5.       Justiça de Cristo
Condição esta para enfrentar o dia do julgamento e a unica maneira para obter a salvação eterna.


 [ADF3]Anátema alguém que seja amaldiçoado, todo aquele que prega outro evangelho senão o de Cristo não é mais do que filho de Satanás.


 [ADF4]O 2º Anjo relata um facto que aconteceu com o 1º Anjo. Esse facto que foi trazido pela mensagem do primeiro Anjo foi o que originou o contraste entre o carácter de Satanás e o de Deus resultando na queda de Babilónia.


 [ADF5]O evangelho é o poder para a salvação de todo aquele que crê e a cruz é o centro do evangelho. O 1º Anjo prega o evangelho eterno, o 2º prega a queda de todos os que não obedecem o 3º a punição que se seguirá a essa queda.


 [ADF6]Aqui está a solução para aqueles que tem o poder de Deus e esperam pelo chamamento.


 [ADF7]A igreja de Deus só deixa de ser a igreja de Deus quando rejeita a segunda chamada de Deus.


 [ADF8]Ponto sem retorno é o ponto em que a porta da graça ainda não está fechada por isso ainda não eram considerados babilónicos.


 [ADF9]Como lhes foi trazido o colírio ou o contraste é impossível nos ficarmos impotentes ou nos aproximamos ou nos afastamos. Para alguns será tarde demais pois isto só será definido na altura do julgamento devido a terem fechado as portas do coração para a mensagem de Deus.


 [ADF10]Esta mensagem é para os Filhos de Deus porque caiu babilónia dentro deles. Portanto podemos referir que esta mensagem relata um facto que aconteceu no povo que seguiu a mensagem do 1º anjo.


 [ADF11]As igrejas de babilónia ainda não caíram na sua totalidade, pois ainda não está feito o contraste entre os filhos de Deus e Satanás.

Sem comentários:

Enviar um comentário