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sábado, 15 de fevereiro de 2014

QUEM SERÃO OS 144000? - F.T. Wrigth




CENTO E QUARENTA E QUATRO MIL

Quem Serão os Membros Desse Ilustre Grupo?






Introdução

A questão dos cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel (Apoc. 7:4), é um tema que hà muito tempo desperta o interesse dos cientes da Palavra de Deus.
Dentro da fé Adventista há, no que diz respeito à este tema, desde sempre, três grupos com interpretações distintas:
1. Os que têm o conceito correcto, baseado tanto na Bíblia Sagrada, como nos testemunhos de EG. White.
2. Os que têm opiniões próprias, as quais proclamam dentro da igreja, exigindo dos demais membros uma aceitação incondicional.
3. Os que pensam que um conhecimento definido deste tema seria sem importância, e que os testemunhos de EG. White, portanto, não se especificam com clareza.

As três interpretações principais de hoje são as seguintes:
1. Todos os santos que morreram na fé da tríplice mensagem angélica em conjunto com aqueles que na vinda de Jesus Cristo estiverem vivos, sem jamais terem sofrido a morte, serão na sua totalidade os cento e quarenta e quatro mil.
2. Somente os santos que passam vivos o tempo da angústia de Jacó, e que nunca morreram, farão parte deste grupo.
3. Os cento e quarenta e quatro mil serão aqueles que permanecem fielmente na igreja dos ADS até depois da grande sacudidura; depois disto sairão para se juntarem à “Grande Multidão“, descrita em Apoc. 7.

Em vista destes grupos com interpretações opostas perguntamos o seguinte:
Será oportuno discutirmos sobre este tema?
Haverá uma verdade única, ou dão os testemunhos liberdade para demais interpretações?
Caso haja uma interpretação única, qual então a verdadeira?
 “Não é Sua (de Deus) vontade que eles se metam em discussões acerca de questões que os não ajudam espiritualmente, tais como: Que pessoas vão constituir os cento e quarenta e quatro mil? Isto, aqueles que forem os eleitos de Deus hão-de sem dúvida, saber em breve“.  Mensagens Escolhidas I, 174
Apesar deste testemunho dizer que não deveriamos entrar em discussões acerca de questões que nos não ajudam espiritualmente, está claramente exprimido, que “aqueles que forem os eleitos de Deus hão de sem dúvida, saber em breve“, por quem es cento e quarenta e quatro mil serão compostos.
Por isso, assim como há só uma verdade, pode háver somente urma interpretação da mesma.
Perguntamo-nos então se já terá vindo o tempo “breve“ do testemunho acima citado? Caso sim, o povo de Deus seria capaz de interpretar correctamente este tema. Com outras palavras: Somente os que podem explicar este tema em termos claros e distintos, podem, evidentemente, pertencer aos “eleitos de Deus“.
0 propósito do primeiro capítulo deste estudo é juntar testemunhos respectivos a este tema e de os deixar falar por si próprios.
No segundo capítulo citamos alguns dos argumentos correntes, daqueles que diferem da interpretção verdadeira. Tambem mostramos no mesmo capítulo como chegaram às suas conclusões erradas.
1 Capitulo
Quem são os cento e quarenta e quatro mil?
No livro O Conflito dos Séculos, de E.G.White, capítulo O livramento do Povo de Deuspág. 476-477, estão descritas várias características sobre os cento e quarenta e quatro mil.
No estudo presente examinaremos sete destas características, perguntando:
Podem os que morreram e que se levantarão na ressureição parcial curmprir estas características? Sim ou não?
Podem os que nunca morreram cumprir estas características? Sim ou não?
Uma lista simples e clara surgirá deste exame.
Lemos então em O Conflito dos Séculos, pag. 476-477, o seguinte parágrafo:
“No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado com fogo tão resplendente é e1e pela glória de Deus - está reunida a multidõo dos que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, do número do seu nome. Apoc. 15:2. Com o Cordeiro, saobre o monte Sião, “tendo harpas de Deus“, estão os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se, como o som de muitas águas, e de grande trovão, “uma voz de harpistas, que tacavam com as suas harpas“. é cantavam um “cântico novo“ diante do trono - cântico que ninguem podia aprender senão os cente e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do cordeiro - hino de livramento. Ninguem, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o da sua experiência - e nunca ninguem teve experiência semelhante. “Estes são es que seguem o cordeiro para onde quer que vai“ Estes, tendo sido trasladados da terra, dentro os vivos, são tidos com as “primícias para Deus e para o Cordeiro”. Apoc. 14:1-4; 15:3. “Estes são os que vieram da grande tribulação“ (Apoc. 7:14); passaram pelo tempo da angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a afliçáo do tempo da angústia de Jacob, permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juizos de Deus. Mas foram livres, pois “lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro“. “Na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensiveis“ diante de Deus. “Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra“. Apoc.7:15. Viram a terra devastada pela fome e pestilência, o sol com poder para abrasar es homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede“.
Após ter citado esta passagem, aprofundemos estas sete características, segunde a sua ordern certa.
1. Eles “saíram vitoriosos da beste, e da sua imagem, e do seu sinal, do número do seu nome“.
2. Eles passaram por uma experiência que “nunca ninguem teve experiência semelhante“.
3. Eles foram “trasladados da terra, dentre os vivos‘,
4. Eles “vieram da grande tribulação“.
5. Eles “suportaram a aflção do tempo da angústia do Jacob“.
6. Eles permaneceram sem intercessor durante o derramamento, final dos juízes de Deus“. 
7. Eles “viram a terra devastada pela fome e pestilência, o sol com peoder para abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportaram e sofrimento, a fome e a sede“.

Examinemos então cada uma destas características:
1.  A vitória sobre a besta
Os cento e quarenta e quatro mil serão aqueles que terão saido “vitoriosos da besta, e da sua imagern, e do seu sinal, do número do seu nome“.
A pergunta é então: Podem os que morreram na fé da triplice mensagem angélica cumprir estas especificacões? Sim ou não?
É evidente que a resposta é não, porque como se pode alcançair a vitória sobre a imagem da besta, se a mesma nem no presente existir? Os próprios pioneiros adventistas olharam, a respeito destes acontecimentos, para o futuro; para um dia quando a imagem da besta estiver erguida. Sabemos bem que eles esperavam isto no seu tempo ainda; todos, portém, morreram com esta esperança, sem jamais terem visto o cumprimento da sua fé e da sua esperança. Deles nunca pode ser dito que alcançaram a vitória, porque nos seus dias a imagem nem sequer entrou no campo da batalha. Esta vitória ficou para uma outra geração.
Pode-se argumentar que na ressureição parcial os que morreram na fé da triplice mensagem angélica levantar-se- ão do pó da terra, para se juntarem nas cenas finais da batalha aos vivos, participando assim na vitória sobre a “besta, e da sua imagem, e do seu sinal, do número do seu nome“.
Ao estudarmos cuidadosamente o capítulo O Livramento do Povo de Deus, no livro de O Conflito dos Seculos, páginas 467-468, vimos claramente os acontecimentos daquele tempo. Os ímpios correm para os justos com o propósito de os destruir. No momento crítico, porém, cai um dense negro, mais intenso do que as trevas da noite sobre a cena. Os impios estão parados. A seguir cobre a luz do Céu cada grupo orador, e a voz de Deus liberta-os para sempre do poder da besta e da sua imagem.
Comparemos agora este parágrafo com aquele do capítulo Desolação da Terra, páginas 480-482.
A nossa mente está sende dirigida alí mais uma vez aos mesmos acontecimentos. Enquanto que a primeira referéncia, páginas 467-468, descreve a experiência do povo de Deus, mostra este parágrafo a experiência dos ímpios. Aqui é-nos dito que “quando a voz de Deus põe fim ao cativeiro do ‘Seu povo, há um terrivel despertar daqueles que tudo perderam no grande conflito da vida“.
Os parágrafos seguintes relatam a maneira como o povo vé que foi iludido e que foram es do ministério que es desviaram. O próprio ministério confessa a sua obra de decepção perante todo o povo que enganou. Quando os homens compreendem que estão perdidos enchem-se de fúria, voltando-se a seguir contra os falsos ensinadores. Um grande morticínio é o resultado.
É bem aparente que, quando a voz de Deus fala do Céu, abrem-se es olhos de todos os santos; a batalha estará terminada. A vitória alcançada será semelhante àquela do rei Jeosafá, quando este guiou es filhos de Judá e Benjamim à batalha com cantores à frente. Por causa da fé do povo de Deus, o Senhor naquele tempo era capaz de actuar maravilhosamente. Numa confusão tremenda cairam os inimigos uns sobre os outros, destruindo-se assim a si próprios, antes do povo de Deus entrar em acção. Foi a fé dos filhos de Deus que naquele dia ganhou vitória. A luta decisiva do povo de Deus no final dos tempos será semelhante. Apesar de pressões incríveis, da parte da besta e da sua imagem, recusará deixar a sua fé. O Senhor será, então, capaz de actuar a favor deles, afastando ao mesmo tempo por completo os filhos da escuridão. Estes, Como no passado, voltar-se-ão uns contra os outros.
É muito importante compreendermos como no último grande conflito a vitória será alcançada. De outra maneira não compreendemos quem será que alcançará a vitória. Ela será alcançada por aqueie grupo de crentes que pela fé se entregou completamente nas mãos do Senhor. A batalha está assim entregue nas suas mãos. É só desta maneira que Ele pode actuar por eles, levando tudo que prometeu à conclusão.
Deus tem o poder e sabedoria para terminar este batalha hoje. Mas o Seu povo tem que chegar a um ponto, onde Ele possa fazer esta obra. Esta verdade está claramente testificada na Bibla. Deve-se somente estudar a profecia das bodas, em Mat. 22:1-14, para ver que o Senhor da Sua parte tem tudo preparado. É por isso que os chama para virern sem demora às bodas. Mas como rejeitam em ir, passa o tempo sem e Senhor poder actuar por eles.
Mas no fim haverá um povo que terminará e propósito de Deus. É no momento em que e povo de Deus ouve a voz de Deus do Céu, indicando a sua libertação, que a batalha está terminada, a vitória alcançada. É este grupo - os que recusaram deixar o braço do Senhor e de se render às pressões de Satanás -, que no tempo da angústia de Jacó está ligado pela fé ao Senhor, e que ganha a vitória.
Para encontrarmos a resposta certa, devemos somente continuar a ler em O Conflito dos Séculos, página 467. Mais acima descrevemos a seguinte ordem dos acontecimentos: Os impios avançam contra os filhos de Deus para os matar, quando, pelo denso negror, são obrigados a parar. Depois em torna um arco iris cada grupo orador. A multidão furiosa é impedida na sua obra de morticínio. Depois disto está o céu aberto e a voz de Deus com sinais e milagres liberta e Seu povo.
Sem dúvida, neste ponto a batalha está terminada, e a vitoria alcançada. A batalha é alcançada por aquele grupo que neste momento está vivo sobre a terra. Neste grupo não estão incluidos os que morreram desde 1844, porque estes naquele tempo ainda estão nos seus sepulcros poeirentes.
Isto está demonstrado mais adiante. Porque é depois de Deus ter libertado os santos, que fala mais uma vez, dizendo: “Está feito“. Esta voz provoca o grande tremor de terra da settima praga, no qual os sepulcros são abertos e crentes que morreram na fé da tríplice mensagem angélica se levantam para se juntarem àqueles que acabaram de ganhar a vitória final. É óbvio que eles chegam demasiado tarde para participarem nesta ultima batalha. Nela, enquanto eles descançaram, participaram outros, que neste momento ainda estão vivos sobre a terra.
Está, por conseguinte, demonstrado que aqueles que morreram na fé da tríplice mensagem angélica nem antes da sua morte, nem depois da sua ressureição podem participar na batalha com a “besta“ e da “sua imagem“. E pela mesma razão não podem ser destes que ganharam a vitória. Mas como eles o deveriam fazer, para poderem ser dos cento e quarenta e quatro mil, é evidente que aqueles que se levantam na ressureição parcial não podem cumprir esta primeira característica, enquanto que aqueles que estão vivos, sem jamais ter visto a morte, certamente a cumprem.
2. Uma experiência que “nunca ninguém teve”. 
Os cento e quarenta e quatro mil terão passado por uma experiência que, no que diz respeito à de outros grupos, não tem um paralelo na história humana. Salienta-se ainda que o testemunho não fala em indivíduos; porque há realmente dois homens na história que já passaram por uma experiêcia semelhante : Jacó, cuja experiênca é um simbolo da experiência dos cento e quarenta e quatro mil, e o Senhor Jesus, com a sua experiência no Jardim de Gethsemane. Mas além destes dois, os cento e quarenta e quatro mil terão uma experiência que nunca ninguem teve.
Como se pode argumentar que aqueles que morreram na fé da tríplice mensagem angélica e que se levantam na ressureição parcial podem ter tido uma experiência tal como nunca um grupo de homens teve?
Sabemos que a maioria destes homens viveu num periodo de historia, livre de problemas e cheio de prosperidade. É evidente que alguns sofreram dureza e persiguição; mas nada disto é comparável à experiência do povo de Deus que na Idade Escura, por exemplo. De que sentido foi a sua experiência tanto singular ou especial? A resposta tem de ser que não tinham uma tal experiência.
Alguns podem argumentar que eles têm algo de especial na sua ressureição anticipada. Mas também isto não é um argumente convincente, porque todos os santos que morreram, também terão a experiência da ressureião. A única diferença que o resto se levantará um pouco mais tarde; mas mesmo assim vêm a mesma vitória sobre os poderes da escuridão.
Que experiência singular e incomparável, em contrapartida, terão tido aqueles que passam vivos o periodo das sete últimas pragas e da angústia de Jacó? Eles lutam na batalha mais extaordinária de todos es tempos. Eles vivem este tempo todo sem intercessor, permanecendo, porém mesmo assim, numa perfeição de carácter sem mácula.
Depois de terem sido apresentados todos os outros pontos o facto será ainda mais aparente; mas mesmo agora já temos conhecimentos suficientes, para respondermos à seguinte pergunta: “Que outro grupo de toda a história terá tido uma experiência igual ou pelo menos uma que se possa aproximar desta?“ A resposta pode ser somente:
“Ninguem“. Aqueles que morreram desde 1844 não podem certamente cumprir esta especificação, enquanto que aqueles que nunca morreram, e somente estes, certamente a cumprirão.
3. Trasladados da terra “dentre os vivos” 
No somente que o dicionário IngIês explica que ser trasladado significa ser removido da terra para o céu, sem passar pelo sepulcro; mas também a Bíblia diz isto claramente: “Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o transladara; visto como antes da sua trasladação alcanou testemunho de que agradara a Deus“ Hebr. 11:5.
Deve ser dificilmente possível que um outro texto da Bíblia possa ser mais claro do que o citado. Se “Enoque foi trasladado para não ver a morte“, não diz isto claramente que uma pessoa trasladada é uma que passa da terra para o Céu, sem passar pela morte? Ou com o outras palavras, se uma pessoa morre e tem de ser ressuscitada para poder ir ao Céu, então não se pode dizer que esta pessoa tenha sido traslada.
Alguns que acreditam, que os que morreram na fé da tríplice mensagem angélica e que se levantarão antes da segunda vinda de Cristo, querem explicar a trasladação da maneira seguinte: Eles, os ressuscitados, estarão vivos na terra entre o resto dos vivos, e serão levados, isto é trasladados, para e céu, directamente deste estado. Isto mostra que eles fazem uma distinção entre aqueles que tinham ressuscitado antes da segunda vinda de Cristo, que vivem um periodo curto sobre esta terra, antes de serem levados para o Céu, e aqueles que se levantarão para irem directamente para o céu. Todos eles‚ dizem, serão trasladados. Os primeiros, dizem, so trasladados, os outros não.
Deve ser reconhecido que um tal argumento é uma tentativa desesperada para pôr os factos existentes dentro de uma teoria predeterminada. Ser trasladado significa viver sobre esta terra e passar pelo céu sem ver a morte. Caso algém morra e seja levantado para viver cem anos ou mais, antes de ir para o céu, não se pode, mesmo assim, dizer que tenha sido trasladado.
Por conseguinte, nenhum de todos que morreram na fé da tríplice mensagem angélica e que serão ressuscitados antes da segunda vinda de Jesus pode ser considerado como sendo trasladado, enquanto que aqueles que passam vivos pela angústia de Jacó o serão.
4. “Vieram da grande tribulação.” 
No texto original, em inglês, está escrito: “..they have passed through the time of trouble...“ A palavra chave nesta especificão é a palavra “through“. A tradução correcta desta palavra, segundo o Dicionário de  Inglês-Português, da Porto Editora Ltda é: “do princípio ao fim“. Tendo esta tradução, fica-nos somente uma interpretaço: Alguém tem que entrar ne princípio e passar a extensão toda do acontecimento. Isto significa que passa não somente uma parte do acontecimento, tão comprido que este possa ser, mas o inteiro.
Portanto, os que cumpriram esta característica estarão vivos e presentes, quando o tempo da angústia iniciar. Eles participarão nas quedas sucessivas das pragas e estarão lá, quando, na vinda de Jesus, este tempo de tribulação terminar, com a destruição dos ímpios e a transferência dos justos da terra para o céu. Quem pode somente cumprir esta característica? Certamente não aqueles que morreram na fé da tríplice mensagem angélica. Estes, quando a grande tribulação final começar, estarão ainda nos seus sepulcros. Eles continuarão no seu repouso, enquanto que as sete pragas caem, saindo de lá somente depois da sétima praga. Eles, como está escrito, não passarão o tempo da grande tribulação “do princípio ao fim”serão testemunhas das cenas finais. Ninguém pode honestamente argumentar de outra  maneira.
Mas come é com aqueles que nunca morreram? A resposta é que eles passarão o tempo da grande tribulação “do princípio ao fim“. Eles estarão vivos, quando este tempo se iniciar, vivendo o tempo todo até ao final. Somente estes, e mais ninguém, de toda a história poderá cumprir esta especificação.
5. “ O tempo da angústia de Jacó.” 
Para compreendermos o sentido verdadeiro desta característica é necessário conhecermos a distinção entre a grande tribulação e o tempo da angústia de Jacó: A primeira é sofrida sobretudo pelos ímpios; porque enquanto os justos terão de suportar “cansaço, e demora, e a fome“, (O Conflito dos Séculos, cap. “Tempo de Angústia“, pág. 457), não sofrerão eles as pragas. Esta - esperiência está reservada somente para os ímpios, porque as pragas caiem sobre a Babilónla, da qual o Alto Clamor há de chamar o verdadeiro povo de Deus, para que este não participe nos seus flagelos. (Apoc 18:4).
O tempo da angústia de Jacó, porém, é exactamente aquela experiência pela qual os justos devam passar, e não os da Babilônia. Esta angústia é caracterizada por un assalto feroz contra os filhos de Deus, organizado por Satanás, com o apoio e a cooperação inteira de todos os homens maus. Esta é uma experiência que causa as maiores agonias, tante mentais como espirituais, nos fieis à causa de Deus, pelo medo de que possa haver neles algum algum pecado não confessado, e por isso não perdoado. Os ímpios naquele tempo certamente não participam nestes sofrimentos e provações, visto estarem muito convictos que a Babliônia tenha razões justas para destruir os santos, os quais, como os ímpios pensam que são a causa de todas as suas desgraças e tribulações. Estas diferenças devem ser bem claras para todos. Mas o ponto principal que nos interessa neste estudo é o facto da angústia deles não durar o mesmo tempo. É verdade que eles têm um início comum, porque as pragas comecerão a cair no momento quando a obra de Jesus no Lugar Santíssimo do santuário celeste estiver terminado. Isto está relatado no testemunho seguinte: “Quando Cristo cessar de interceder no santuário, será derramada a ira que, sem mistura, se ameaçara fazer cair sobre os que adoram a besta e a sua imagem, e recebem o seu sinal. (Apoc.14:9-10). “O Conflito dos Séculos, cap. O Tempo da Angústia“.
O tempo da angústia de Jacó começa igualmente naquela altura, como está demonstrado no testemunho seguinte: “A experiência de Jacó durante aquela noite de luta e angústia, representa a prova pela qual o povo de Deus deverá passar precisamente antes da segunda vinda de Cristo. O profeta Jeremias, em santa visão, olhando para este tempo, disse: ‘Ouvimos uma voz de tremor, de temor mas não de paz. Porque se têm tornado macilentos todos os rostos? Ah, porque aquele dia tão grande que não houve outro semelhante! e é tempo de angústia para Jacó: ele porém será livrado dela‘. Jer. 30:5-7. Quando Cristo cessar a Sua obra como mediador em prol do homem, este tempo de angustia centão começará“ Patriarcas e Profetas, cap. A Noite de Luta, pág. 20.
Apesar de estar claro que o tempo da grande tribulação e o tempo da angústia de Jacó terem um início comum está bem explícito que tem final diferente. O da angústia de Jacó termina antes do tempo da tribulação. Porque enquanto o tempo da grande tribu1ação se estende até que a segunda vinda de Cristo destrua os ímpios na sua glória, está o povo de Deus a ser libertado antes daquele tempo. Como temos visto mais acima, a voz de Deus liberta-os da sua angústia e opressão antes da sétima praga o grande e terrível tremor de terra e as pedras de granizo - A sua angústia e a sua luta está mudada “e os pálidos, trêmulos lábios dos que mantiveram firme a fé, proferem um brado de vitória.“ O Conflito dos Séculos, pag. 468. A partir deste tempo não haverá mais algo como a angústia de Jacó. Esta provação está realmente e definitivamente passada. Tudo o que fica para os justos é de observarem o fim dos ímpios, na reverção fantástica da situação que prevaleceu pouco antes.
O nosso estudo da ordem certa dos acontecimentos dos últomos tempos, acima referido, mostrou claramente que o fim do tempo da angústia de Jacó é antes da sétima praga na qual os sepúlcros daqueles que morreram desde 1844 serão abertos, havendo a seguir a ressureição parcial. Por esta razão, o tempo da angústia de Jacó é terminado antes que eles se levantem dos seus sepulcros, e sendo assim, näo podem tomar parte nela.
Eles, de facto, ressuscitam para “ouvir o concerto de paz que Deus deveria fazer com os que tinham guardado a sua lei. Primeiros Escritos, pág. o Livramento dos Santos, pág. 285. O concêrto de paz pronunciado imediatamente após a sua ressureição. Os seus rostos estã iluminados com a glória do Senhor, de maneira que os ímpios não podem olhar para eles. “E, quando a interminável benção foi pronunciada sobre os que haviam honrado a Deus, santificando o Seu sábado, houve uma grande aclamação de vitória sobre a besta e a sua imagem.” idem 286.
Dão eles este brado de vitória porque estgão na expectativa de ganhar a vitória ou um brado sobre algo já alcançado? A resposta é óbvia: Estes santos todos entraram nos seus sepulcros na esperança de presenciarem a batalha com a besta e a sua imagem. As suas esperanças, porém, eram em vão. Agora que se levantam das suas camas poeirentas vêm que a vitória já foi alcançada e que a besta e a sua imagem foram completamente vencidos. Quão grande é a sua alegria ao ver isto, dos seus lábios vem o brado de louvor e de vitória sobre o seu grande inimigo.
Assim, sem qualquer outra interpretação deve-se dizer que aqueles que se levantam na ressureição parcial, não podem passar pelo tempo da angústia de Jacó. Antes da sua ressureição está tudo passado e terminado. Há, porém, um outro grupo de homens que passa “do princípio ao fim“ este tempo de prova. São de facto estes que nunca morreram. Eles, e ninguem outro além deles, são os únicos que conhecem pela expceriência própria o tempo da angústia de Jacó. É por isto que eles são os cento e quarenta e quatro mil.
6. “Sem intercessor” 
A penúltima característica do nosso estudo é que eles terão permanecido “sem intercessor durante o derramamento final dos juizos de Deus“. Como na quarta temos nesta frase também uma palavra chave. E esta palavra é “durante“. Ne texto original em inglês está escrito “through“, o que significa “do princípio ao fim“.
Enquanto aqueles que se levantam do pó da terra na ressureição parcial, vivem durante algum tempo sem um intercessor, participam os centro e quarenta e quatro mil certamente, no que diz respeito ao derramamento final dos juizos de Deus, “do princípio ao fim“. Todas as sete pragas terão sido derramadas antes da sua ressureição, porque depois do tremor da terra da sétima praga que as suas sepulturas serão abertas. Sendo isto assim não podem ter vivido durante (through = do princípio ao fim) as sete pragas.
Mais uma vez são aqueles que nunca morrem e somente estes - que podem cumprir  esta especificação.
7. A terra devastada pela fome e pestilencia, o sol com poder para abrasar os homens com grandes calores,e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede. 
A sétima e última característica contida no parágrafo sob o estude, de “O Conflito dos Séulos“, cap. O Livramento do Povo de Deus, pág. 477, exige que eles terão visto “a terra devastada pela fome e pestilência, o sol com poder a abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportarem o sofrimento, a fome e a sede“.
Aqueles que na ressurreição parcial se levantam do pó da terra, vêm uma terra que foi devastada pelas sete últimas pragas. Eles, certamente, não viram o processo devastador; não viram como a terra foi reduzida duma condição de produtividade razoavel a um deserto infrutífero e desolado. Portanto, pelo facto de todas as pragas terem caido antes da sua ressureição - como já foi citado mais acima -‚ não podem de modo algum ser participantes desta característica.
Conclusão 
Fazendo um retrospecto verificamos que para cada característica está encontrada a mesma resposta, isto é‚ que somente os que vivem até ao fim dos tempos e que nunca morreram, podem pertencer aos cento e quarenta e quatro mil. Não há, realmente, outro grupo à parte deste que possa cumprir todas estas características.
Mais ainda, devemos confirmar que não ha nada de complicado ou misterioso a respeito deste assunto, ele é simples, direto e facil de compreender, e não deixa espaço algum para suposição ou interpretação errónea.
2. Demais considerações 
As características dos cento e quarenta e quatro mil, representados no primeiro capítulo, mostram claramente que só os que passam o tempo da angústia de Jacó todo, sem jamais terem morrido, podem realmente pertencer à este grupo de remidos.
Porém, mesmo assim, são apresentados frequentemente em discussões sobre o tema presente, testemunhos e versículos bíblicos que parecem exprimir a idea de que os cento e quarenta e quatro mil sejam compostos não somente pelos que nunca viram a morte, mas também por todos os que morreram, na fé da triplíce mensagem angélica.
Eis, portanto, alguns dos testemunhos e as suas interpretações  à luz da verdade bíblica.
 “Com” ou “Uma dos” 
Um dos testemunhos mais citados para apoiar o ponto de vista que os que morrem na mensagem do terceiro anjo farão parte do cento e quarento e quatro mil é o seguinte: “Deves voltar e, se fores fiel, juntamente com os 144.000 terás o privilégio de visitar todos os mundos e ver a obra das mãos de Deus” Primeiros Escritos, pág. 40.
Para compreendermos bem e interpretarmos correctamente o que este testemunho - ou qualquer outro  nos quer dizer, devemos, e isto deve ser a base de qualquer estudo bíblico, tomá-lo tal e qual como se lê, e não querer ler algo que não está escrito.
Há, por exemplo crentes que interpretam as palavras deste anjo, como se E.G. White pertencesse a esta classe especial, e que, portanto, todos os outros, que como ela na fé da triplice mensagem angélica morreram, deveriam pertencer a este mesmo grupo.
Mas é isto realmente o que o anjo diz? Ou será que esta interpretação vai além do verdadeiro sentido deste testemunho?
Se estivesse escrito, “como uma dos 144.000“, então a interpretação acima referida estaria certa. Mas,honestamente, não é isto que lemos. Há uma diferença muito grande entre o que está realmente escrito, e  que muitos lêem como se estivesse escrito.
Contudo, um olhar mais demorado ao testemunho revelará algo diferente. O anjo disse," ...tu, juntamente com os cento e quarenta e quatro mil..." Ele não disse que tu, sendo um dos cento e quarenta e quatro mil. Isto estabelece toda a diferença na compreensão correcta daquilo que o anjo disse.
Para ilustrarmos melhor o caso presente, citamos o seguinte exemplo: Duas pessoas, digamos, visitaram o Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro. Nesse museu, como sabemos, estäo coleccionadas muitas telas valiosas de pintores célebres, tanto brasileiros como estrangeiros.
Estes dois amigos foram, então, a este museu, para a admirarem e estudarem as obras de arte nele contido.
Mas como o visitaram pele primeira vez, não sabiam por onde iniciar o seu roteiro, de modo que permaneceram por alguns momentos indecisos no grande hall de entrada.
Aconteceu que nesse preciso momento um grupo de estudantes de Belas Artes, acompanhado do seu professor, como guia, entrou também para visitar este museu.
Assim como estes iniciaram o seu percurso, os dois amigos, sem hesitarem, e em virtude de ninguém se importar da sua companhia, juntaram-se a este grupo e com ele aproveitaram as explicações do professor.
Mais tarde ao relatarem a sua experiência a amigos, certamente disseram, “... e ao visitarmos este museu tivemos a sorte de que um grupo de estudantes de Belas Artes tanmbém foi, de modo que nos juntámos a ele...“.
É desnecessário dizer, que ninguém, dentre os seus amigos ouvintes, compreendeu, que eles faziam parte deste grupo. Realmente, não é difícil ver, que visitaram este museu, junto com os estudantes, sem - segundo todo o sentido da palavra - serem deles.
Tudo indica então, que há um certo lugar onde somente os cento e quarenta e quatro mil, e mais ninguem, entrarão, ou seja, no “templo“ que está no monte de Siáo, fora da “cidade”
Nos Primeiros Escritos, pág. 19, depois da descrião do passeio pela cidade, pelo campo e por uma floresta gloriosa, esta escrito que EG. White ao chegar ao “Monte de Siäo“, e vendo lá o ‘”templo“, quando lá quiz entrar, lhe foi dito que: “somente os 144.000 entram neste lugar.“
Agora se no testemunho em consideração estivesse escrito que ela, entre os cento e quarenta e quatro mil, teria o privilégio de entrar no templo que está no “Monte de Sião“, deveriamos concluir que ela, de facto, estaria entre os cento e quarenta e quatro mil, e que com ela todos os outros, que como ela morreram na fé da tríplice mensagem angélica, pertenceriam também a este grupo.
Mas o testemunho em consideração não diz de modo algum isto; antes mostra-nos que os cento e quarenta e quatro mil visitarão todos “os outros mundos“. Mas este privilégio, também todos os outros remidos terão, como está escrito em O Conflito do Séculos, pág. 498 (última página): “Todos os tesouros do universo estarão abertos ao estudo dos remidos de Deus. Livres da mortalidade, alcançarão vôo incansavel para os mundos distantes que fremiram de tristeza ante o spectáculo da desgraça humana, e ressoaram com cânticos de alegria ao ouvir as novas de uma alma resgatada“.
Certamente não é demais se dizemos que Jesus, uma vez o conflito acabado levará todos os remidos, inclusive os cento e quarenta e quatro mil, para uma grande viagem pelo Universo. Portanto, a qualquer um, em qualquer tempo da história deste mundo, o Senhor podia ter dito, e de facto disse “Deves voltar e, se fores fiel, juntamente com os 144.000 terás o privilégio de visitar todos os mundos e ver a obra das mãos de Deus.“ Estas promessas serão cumpridas, tanto para Daniel ou Abraão, como para EG. White.
Uma irmã selada
Um testemunho muito semelhante ao que acabámos de examinar, encontra-se em Mensagens Escolhidas, Vol. 2, pág. 263. “Vi que ela estava selada, e a voz de Deus ressurgiria e se ergueria sobre a terra, e estaria com os 144.000. Vi que não precisamos chorar sobre ela; ela repousará durante o tempo da angústia, e tudo que pudessemos lamentar seria nossa perda de ficar privados de sua companhia.“
Este testemunho em vez de provar, que os que morreram na terceira mensagem angélica, serão entre os cento e quarenta e quatro mil, na realidade, prova o contrário, pois está claramente escrito que, ela descansará durante o tempo da angústia, enquanto que como sabemos; os cento e quarenta e quatro mil passam todo este tempo, do princípio até ao fim.
No nosso estudo sobre a obra do selamento do último povo de Deus sobre esta terra, mostramos ponto por ponto, todas, as evidências bíblicas no que diz respeito aos dois selos de Deus. Queremos, portanto, aqui somente dizer que os cento e quarenta e quatro mil não recebem um selo diferente dos que não pertencem a este grupo. Como podemos ver naquele estudo, há dois selos; e mais ainda; cada pessoa que alguma vez entrar no reino de Deus, tem que ter ambos os selos. A única diferença entre os cento e quarenta e quatro mil e o resto des remidos é‚ que o do primeiro grupo recebem o segundo selo enquanto estão vivos, enquanto que os outros receberão esta proteção enquanto estão descansando nos sepulcros. Este é o caso da irmã aqui citada. Nesta terra ela vivia segundo toda a luz que teve oportunidade de receber; e assim tinha tanto quanto possível a plenitude do primeiro selo. Quando morreu, em virtude de ter sido durante o tempo do julgamento dos mortos, seu caso foi imediatamente levado perante a corte celestial, tendo sido aprovada. Jesus aspergiu por ela o Seu sangue sobre o trono da graça, e assim recebeu ela o segundo selo - o selo final‚ através do qual tem agora a garantia de se levantar na ressureição dos santos. Como ela morreu na fé da tríplice mensagem angélica, levantar-se-á na resurreição parcial; e assim estará com os cento e quarenta e quatro mil, apesar de não ser deles.

Santos vivos

Em Primeiros Escritos, pag. 15, encontramos o seguinte testemunho: “Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante à muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto”
A questão a ser estudada é: Quem são os santos vivos daquele tempo? São somente os que passaram pelo tempo da angústia, ou foram eles naquele tempo, através da ressurreição parcial, juntos àqueles que nunca viram a morte?
É claro que, se eles fossem, através da ressureição juntos àqueles que nunca morreram, haveria um forte argumento de que os cento de quarenta e quatro cento mil seriam compostos tanto por aqueles que nunca morreram, como pelos os que se levantaram na ressureição parcial.
E realmente, não se pode negar que naquele tempo há uma ressureição parcial, e que, portanto, haverá crentes vivos sobre a terra, tanto dos que nunca morreram como dos que se levantaram na ressureição parcial. Isto está mostrado em Primeiros Escritos, pág. 16 e 285, e em O Conflito dos Séculos, (O Livramento do Povo de Deus) pág. 468-471.
A ordem dos acontecimentos dos últimos dias, naquele tempo, é como se segue: Há o grande terremoto da sétima praga, que abre os sepúlcros dos que morreram na fé da tríplice mensagem angélica. Estes são ressuscitados, e estão portanto vivos, quando o concerto eterno, destinado ao povo de Deus que guardou a Sua Lei, for pronunciado. Depois segue o anúncio do dia e da hora da vinda de Jesus. É neste momento que as palavras, “os santos vivos, em número de 144.000“, so aplicadas.
Temos aqui um testemunho que, aparentemente, nega tudo da Palavra de Deus, no que diz respeito a este grupo especial. Mas, as provas são tão grandes, que não podemos negligenciar-las, nem podemos admitir que a Palavra de Deus em si, seja contraditória. Portanto, devemos cavar mais fundo, a fim de encontrarmos a verdade.
Ao estudarmos este tema, verificamos que mais uma vez devemos em primeiro lugar determinar o que o texto realmente significa, quando usa uma certa palavra, e que não devemos dar à esta palavra o sentido que habitualmente lhe damos. Isto não significa que estamos deixando na escuridão, no que diz respeito à compreensão deste texto, porque o Senhor, prevendo que a Palavra está escrita para levar uma mensagem a um povo num tempo prolongado, durante o qual o significado das palavras certamente muda, sempre nos dá uma ajuda, a fim de compreendermos o que quer dizer quando nas Escrituras usa uma certa palavra.
Quando lemos as palavras “santos vivos“, pensamos que elas indicam para qualquer um que foi um santo e que está vivo naquele tempo. Interpretando desta maneira, estariamos forçados a concluir que os santos vivos, no tempo em que a voz de Deus anunciar o dia e a hora da vinda de Jesus, seriam tanto dos que morreram na fé da tríplice mensagem angélica, que pouco antes foram ressuscitados para a vida, como dos que nunca morreram.
Mas foi este o pensamento que o autor quiz transmitir, quando estas palavras foram escritas? A resposta é: Não. A continuação do estudo mostra claramente que somente os que nunca morreram são considerados “os santos vivos“, enquanto que os outros são considerados “os santos ressuscitados“. Lemos em Primeiros Escritos, pág. 287: “Então os santos vivos e os ressuscitados erguem suas vozes em uma aclamação de vitória, longa e arrebatadora“. Lemos também em O Conflito dos Séculos, (O Livramento do Povo de Deus) pág. 473: “E os vivos justos e os santos ressuscitados unem as vozes em prolongada e jubilosa aclamação de vitória.
Em ambos os testemunhos uma distinção clara é feita entre os santos vivos, e os ressuscitados. Os vivos, obviamente, são os que nunca morreram; enquanto que os ressuscitados, segundo o sentido literal, são os que morreram e que foram ressuscitados. Portano, se está escrito, “os santos vivos, em número de 144.000”, refere-se não aos que estavam vivos sobre a terra, depois de terem ressuscitado cda morte, mas aos que nunca morrerarn. Qualquer outra interpretação seria portanto, contraria à Palavra de Deus.

O Anjo de Selamento

Em Apocalipse 7, está escrito dum anjo de selamento. Lemos Apoc. 7:2-4: “E vi outro anjo subir da banda do sol  nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar, dizendo: Näo danifiqueis a terra, nem o mar, nem os arvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus.”
Conforme temos visto no estudo sobre a obra do selamento, temos aqui um assunto que por muito tempo tem sido seriamente mal compreendido. Em verdade, não foi por completo mal compreendido, mas antes duma maneira tão limitada, que fomos levados a aceitar conceitos errados a este respeito.
A compreensão, por exemplo, que o Sábado seja o selo de Deus, é verdade; mas por a verdade disto ter sido vista duma maneira tão limitada, chegou-se à conclusão que o sétimo dia, como o dia indicado por Deus, seja em si próprio o selo de Deus. Mas isto, como sabemos, não é assim. O Sábado é o símbolo da presença viva do poder creativo de Deus, e o verdadeiro Sábado está somente onde este poder existe. A presença deste mesmo poder na vida do crente, é o selo contra o poder do pecado, conforme está mostrado no estudo sobre a obra do selamento. É então neste sentido que o Sábado é o selo. Sem a presença viva deste poder, o Sábado não é o selo de Deus, mas sim uma forma exterior, sem vida e sem valor.
É devido a este conceito limitado que muitos concluirarn que o selamento dos cento e quarenta e quatro mil se tenha iniciado com o guardar do Sábado, pouco depois do grande desapontamento, em 1844. Mas manter esta posição, seria revelar uma falta na compreensão da natureza dos dois selos.
O que realmente aconteceu, quando a verdade do Sábado se tornou conhecida ao povo de Deus, foi que a obra de selamento em si tomou um passo decisivo. Eles já tinham o selo, do qual o Sábado é o símbolo, porque tinham o poder vivo de Deus em suas vidas. De outro modo nunca podiam ter suportado o terrivel teste do grande desapontamento. Agora, como conheciam o Sábado, simplesmente juntaram o símbolo do selo ao selo, que em realidade já tinham.
E mais do que isto, mais uma vez viviam num grande dia de oportunidade, para término rápido da obra. Foi neste tempo, que o anjo de selamento pôde progredir com a sua obra e avançar rapidamente até ao cumprimento final da obra. Qual foi o objective desta obra? Foi para preparar um povo que, enquanto vivo, pudesse receber não somente a plenitude do primeiro selo, mas também do segundo.
Os pioneiros do Advento, nos anos pouco depois de 1844, tiveram a oportunidade de serem este povo. Mas, como es cristãos nos dias de Paulo, não chegaram à plenitude completa, de modo que tiveram de entrar em seus sepulcros poeirentos, deixando assim a uma outra geração esta obra que podiam ter realizado.
Por esta razão, o anjo de selamento teve de clamar aos quatro anjos, para que continuassem segurando os quatro ventos, até que esta obra de selamento seja cumprida, e que os cento e quarenta e quatro mil santos vivos, em seguida do primeiro recebam o segundo selo. Portanto, o Senhor ainda não ajuntou os cento e quarenta e quatro mil; os quatro ventos ainda estão sendo retidos e continuarão retidos até ao tempo em que haver um povo que cumpre todos os preceitos de Deus, que não desista a não ser que chegue à medida completa em Jesus Cristo.
Lembrem-se, que ninguém de nós pode receber o segundo selo - o selo final -, antes de ter passado com sucesso o grande teste final, que virá no fim da provação humana. Este teste está ainda no futuro, e não há ninguém excepto Enoque e Elias, que tinham uma obra especial a ser feita em seu favor, a fim de poderem ser o tipo necessário para o povo dos últimos dias, que receberam o segundo selo enquanto estávam vivos. Em brêve haverá um grupo de crentes que terá este segundo selo enquanto estão vivos - e então estarão selados os cento e quarenta e quatro mil, e não antes, nem haverá outro grupo.
Actualmente estamos vivendo neste tempo, em que o Senhor está selando este grupo. Os quatro ventos estão sendo retidos até que tudo esteja cumprido. Não deixemos, portanto, passar o tempo, sem a devida preparação, a fim de que alcancemos a medida completa de homem e mulher em Cristo Jesus, e que o Senhor possa terminar a obra, levando todos nós para o seu Reino eterno.
Outros livros e estudos deste autor consultar em
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