Introdução
A questão dos
cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de
Israel (Apoc. 7:4), é um tema que hà muito tempo desperta o interesse dos
cientes da Palavra de Deus.
Dentro da fé
Adventista há, no que diz respeito à este tema, desde sempre, três grupos com
interpretações distintas:
1. Os que têm o
conceito correcto, baseado tanto na Bíblia Sagrada, como nos testemunhos de EG.
White.
2. Os que têm
opiniões próprias, as quais proclamam dentro da igreja, exigindo dos demais
membros uma aceitação incondicional.
3. Os que pensam
que um conhecimento definido deste tema seria sem importância, e que os
testemunhos de EG. White, portanto, não se especificam com clareza.
As três interpretações principais de hoje são as
seguintes:
1. Todos os
santos que morreram na fé da tríplice mensagem angélica em conjunto com aqueles
que na vinda de Jesus Cristo estiverem vivos, sem jamais terem sofrido a morte,
serão na sua totalidade os cento e quarenta e quatro mil.
2. Somente os
santos que passam vivos o tempo da angústia de Jacó, e que nunca morreram,
farão parte deste grupo.
3. Os cento e
quarenta e quatro mil serão aqueles que permanecem fielmente na igreja dos ADS
até depois da grande sacudidura; depois disto sairão para se juntarem à “Grande
Multidão“, descrita em Apoc. 7.
Em vista destes grupos com interpretações opostas
perguntamos o seguinte:
Será oportuno
discutirmos sobre este tema?
Haverá uma
verdade única, ou dão os testemunhos liberdade para demais interpretações?
Caso haja uma
interpretação única, qual então a verdadeira?
“Não é Sua (de Deus) vontade que eles se metam
em discussões acerca de questões que os não ajudam espiritualmente, tais como:
Que pessoas vão constituir os cento e quarenta e quatro mil? Isto, aqueles que
forem os eleitos de Deus hão-de sem dúvida, saber em breve“. Mensagens Escolhidas I, 174
Apesar deste
testemunho dizer que não deveriamos entrar em discussões acerca de questões que
nos não ajudam espiritualmente, está claramente exprimido, que “aqueles que
forem os eleitos de Deus hão de sem dúvida, saber em breve“, por quem es cento
e quarenta e quatro mil serão compostos.
Por isso, assim
como há só uma verdade, pode háver somente urma interpretação da mesma.
Perguntamo-nos então se já terá vindo o tempo “breve“ do testemunho acima citado? Caso sim, o
povo de Deus seria capaz de interpretar correctamente este tema. Com outras
palavras: Somente os que podem explicar este tema em termos claros e distintos,
podem, evidentemente, pertencer aos “eleitos de Deus“.
0 propósito do
primeiro capítulo deste estudo é juntar testemunhos respectivos a este tema e
de os deixar falar por si próprios.
No segundo
capítulo citamos alguns dos argumentos correntes, daqueles que diferem da
interpretção verdadeira. Tambem mostramos no mesmo capítulo como chegaram às
suas conclusões erradas.
1 Capitulo
Quem são os cento e quarenta e quatro mil?
No livro O Conflito dos Séculos, de E.G.White,
capítulo O livramento do Povo de Deus, pág. 476-477,
estão descritas várias características sobre os cento e quarenta e quatro mil.
No estudo presente examinaremos sete destas
características, perguntando:
Podem os que
morreram e que se levantarão na ressureição parcial curmprir estas
características? Sim ou não?
Podem os que
nunca morreram cumprir estas características? Sim ou não?
Uma lista simples e clara surgirá deste exame.
Lemos então em O Conflito dos Séculos, pag. 476-477, o
seguinte parágrafo:
“No mar
cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado com fogo tão resplendente é e1e pela glória de Deus - está reunida a multidõo dos que
saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, do número do seu
nome. Apoc. 15:2. Com o Cordeiro, saobre o monte Sião, “tendo harpas de Deus“,
estão os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e
ouve-se, como o som de muitas águas, e de grande trovão, “uma voz de harpistas,
que tacavam com as suas harpas“. é cantavam um “cântico novo“ diante do trono -
cântico que ninguem podia aprender senão os cente e quarenta e quatro mil. É o
hino de Moisés e do cordeiro - hino de livramento. Ninguem, a não ser os cento
e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o da sua
experiência - e nunca ninguem teve experiência semelhante. “Estes são es que
seguem o cordeiro para onde quer que vai“ Estes, tendo sido trasladados da
terra, dentro os vivos, são tidos com as “primícias para Deus e para o
Cordeiro”. Apoc. 14:1-4; 15:3. “Estes são os que vieram da grande tribulação“
(Apoc. 7:14); passaram pelo tempo da angústia tal como nunca houve desde que
houve nação; suportaram a afliçáo do tempo da angústia de Jacob, permaneceram
sem intercessor durante o derramamento final dos juizos de Deus. Mas foram
livres, pois “lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro“. “Na sua boca não
se achou engano; porque são irrepreensiveis“ diante de Deus. “Por isso estão
diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele
que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra“. Apoc.7:15. Viram
a terra devastada pela fome e pestilência, o sol com poder para abrasar
es homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome
e a sede“.
Após ter citado esta passagem, aprofundemos estas sete
características, segunde a sua ordern certa.
1. Eles “saíram
vitoriosos da beste, e da sua imagem, e do seu sinal, do número do seu nome“.
2. Eles passaram
por uma experiência que “nunca ninguem teve experiência semelhante“.
3. Eles foram
“trasladados da terra, dentre os vivos‘,
4. Eles “vieram
da grande tribulação“.
5. Eles
“suportaram a aflção do tempo da angústia do Jacob“.
6. Eles
permaneceram sem intercessor durante o derramamento, final dos juízes de Deus“.
7. Eles “viram a
terra devastada pela fome e pestilência, o sol com peoder para abrasar os
homens com grandes calores, e eles próprios suportaram e sofrimento, a fome e a
sede“.
Examinemos então cada uma destas características:
1. A vitória sobre a besta
Os cento e
quarenta e quatro mil serão aqueles que terão saido “vitoriosos da besta, e da
sua imagern, e do seu sinal, do número do seu nome“.
A pergunta é
então: Podem os que morreram na fé da triplice mensagem angélica cumprir estas
especificacões? Sim ou não?
É evidente que a
resposta é não, porque como se pode alcançair a vitória sobre a imagem da
besta, se a mesma nem no presente existir? Os próprios pioneiros adventistas
olharam, a respeito destes acontecimentos, para o futuro; para um dia quando a
imagem da besta estiver erguida. Sabemos bem que eles esperavam isto no seu
tempo ainda; todos, portém, morreram com esta esperança, sem jamais terem
visto o cumprimento da sua fé e da sua esperança. Deles nunca pode ser dito que
alcançaram a vitória, porque nos seus dias a imagem nem sequer entrou no campo
da batalha. Esta vitória ficou para uma outra geração.
Pode-se
argumentar que na ressureição parcial os que morreram na fé da triplice
mensagem angélica levantar-se- ão do pó da terra, para se juntarem nas cenas
finais da batalha aos vivos, participando assim na vitória sobre a “besta, e da
sua imagem, e do seu sinal, do número do seu nome“.
Ao estudarmos
cuidadosamente o capítulo O Livramento do
Povo de Deus, no livro de O Conflito
dos Seculos, páginas 467-468, vimos claramente os acontecimentos daquele
tempo. Os ímpios correm para os justos com o propósito de os destruir. No
momento crítico, porém, cai um dense negro, mais intenso do que as trevas da
noite sobre a cena. Os impios estão parados. A seguir cobre a luz do Céu cada
grupo orador, e a voz de Deus liberta-os para sempre do poder da besta e da sua
imagem.
Comparemos agora
este parágrafo com aquele do capítulo Desolação
da Terra, páginas 480-482.
A nossa mente
está sende dirigida alí mais uma vez aos mesmos acontecimentos. Enquanto que a
primeira referéncia, páginas 467-468, descreve a experiência do povo de Deus,
mostra este parágrafo a experiência dos ímpios. Aqui é-nos dito que “quando a
voz de Deus põe fim ao cativeiro do ‘Seu povo, há um terrivel despertar
daqueles que tudo perderam no grande conflito da vida“.
Os parágrafos
seguintes relatam a maneira como o povo vé que foi iludido e que foram es do
ministério que es desviaram. O próprio ministério confessa a sua obra de
decepção perante todo o povo que enganou. Quando os homens compreendem que
estão perdidos enchem-se de fúria, voltando-se a seguir contra os falsos
ensinadores. Um grande morticínio é o resultado.
É bem aparente
que, quando a voz de Deus fala do Céu, abrem-se es olhos de todos os santos; a
batalha estará terminada. A vitória alcançada será semelhante àquela do rei
Jeosafá, quando este guiou es filhos de Judá e Benjamim à batalha com cantores
à frente. Por causa da fé do povo de Deus, o Senhor naquele tempo era capaz de
actuar maravilhosamente. Numa confusão tremenda cairam os inimigos uns sobre os
outros, destruindo-se assim a si próprios, antes do povo de Deus entrar em acção. Foi a fé dos filhos de Deus que naquele dia ganhou vitória. A luta
decisiva do povo de Deus no final dos tempos será semelhante. Apesar de
pressões incríveis, da parte da besta e da sua imagem, recusará deixar a sua
fé. O Senhor será, então, capaz de actuar a favor deles, afastando ao mesmo
tempo por completo os filhos da escuridão. Estes, Como no passado, voltar-se-ão
uns contra os outros.
É muito
importante compreendermos como no último grande conflito a vitória será
alcançada. De outra maneira não compreendemos quem será que alcançará a
vitória. Ela será alcançada por aqueie grupo de crentes que pela fé se entregou
completamente nas mãos do Senhor. A batalha está assim entregue nas suas mãos.
É só desta maneira que Ele pode actuar por eles, levando tudo que prometeu à
conclusão.
Deus tem o poder
e sabedoria para terminar este batalha hoje. Mas o Seu povo tem que chegar a um
ponto, onde Ele possa fazer esta obra. Esta verdade está claramente testificada
na Bibla. Deve-se somente estudar a profecia das bodas, em Mat. 22:1-14, para
ver que o Senhor da Sua parte tem tudo preparado. É por isso que os chama para
virern sem demora às bodas. Mas como rejeitam em ir, passa o tempo sem e Senhor
poder actuar por eles.
Mas no fim haverá
um povo que terminará e propósito de Deus. É no momento em que e povo de Deus
ouve a voz de Deus do Céu, indicando a sua libertação, que a batalha está
terminada, a vitória alcançada. É este grupo - os que recusaram deixar o braço
do Senhor e de se render às pressões de Satanás -, que no tempo da angústia de
Jacó está ligado pela fé ao Senhor, e que ganha a vitória.
Para encontrarmos
a resposta certa, devemos somente continuar a ler em O Conflito dos Séculos, página 467. Mais acima descrevemos a
seguinte ordem dos acontecimentos: Os impios avançam contra os filhos de Deus
para os matar, quando, pelo denso negror, são obrigados a parar. Depois em torna
um arco iris cada grupo orador. A multidão furiosa é impedida na sua obra de
morticínio. Depois disto está o céu aberto e a voz de Deus com sinais e
milagres liberta e Seu povo.
Sem dúvida, neste
ponto a batalha está terminada, e a vitoria alcançada. A batalha é alcançada
por aquele grupo que neste momento está vivo sobre a terra. Neste grupo não
estão incluidos os que morreram desde 1844, porque estes naquele tempo ainda
estão nos seus sepulcros poeirentes.
Isto está
demonstrado mais adiante. Porque é depois de Deus ter libertado os santos, que
fala mais uma vez, dizendo: “Está feito“. Esta voz provoca o grande tremor de terra
da settima praga, no qual os sepulcros são abertos e crentes que morreram na fé
da tríplice mensagem angélica se levantam para se juntarem àqueles que acabaram
de ganhar a vitória final. É óbvio que eles chegam demasiado tarde para
participarem nesta ultima batalha. Nela, enquanto eles descançaram,
participaram outros, que neste momento ainda estão vivos sobre a terra.
Está, por
conseguinte, demonstrado que aqueles que morreram na fé da tríplice mensagem
angélica nem antes da sua morte, nem depois da sua ressureição podem participar
na batalha com a “besta“ e da “sua imagem“. E pela mesma razão não podem ser
destes que ganharam a vitória. Mas como eles o deveriam fazer, para poderem
ser dos cento e quarenta e quatro mil, é evidente que aqueles que se levantam
na ressureição parcial não podem cumprir esta primeira característica, enquanto
que aqueles que estão vivos, sem jamais ter visto a morte, certamente a
cumprem.
2. Uma experiência que “nunca ninguém teve”.
Os cento e
quarenta e quatro mil terão passado por uma experiência que, no que diz
respeito à de outros grupos, não tem um paralelo na história humana.
Salienta-se ainda que o testemunho não fala em indivíduos; porque há realmente
dois homens na história que já passaram por uma experiêcia semelhante : Jacó,
cuja experiênca é um simbolo da experiência dos cento e quarenta e quatro mil,
e o Senhor Jesus, com a sua experiência no Jardim de Gethsemane. Mas além destes
dois, os cento e quarenta e quatro mil terão uma experiência que nunca ninguem
teve.
Como se pode
argumentar que aqueles que morreram na fé da tríplice mensagem angélica e que
se levantam na ressureição parcial podem ter tido uma experiência tal como
nunca um grupo de homens teve?
Sabemos que a
maioria destes homens viveu num periodo de historia, livre de problemas e cheio
de prosperidade. É evidente que alguns sofreram dureza e persiguição; mas nada
disto é comparável à experiência do povo de Deus que na Idade Escura, por
exemplo. De que sentido foi a sua experiência tanto singular ou especial? A
resposta tem de ser que não tinham uma tal experiência.
Alguns podem argumentar
que eles têm algo de especial na sua ressureição anticipada. Mas também isto
não é um argumente convincente, porque todos os santos que morreram, também
terão a experiência da ressureião. A única diferença que o resto se levantará
um pouco mais tarde; mas mesmo assim vêm a mesma vitória sobre os poderes da
escuridão.
Que experiência
singular e incomparável, em contrapartida, terão tido aqueles que passam vivos o
periodo das sete últimas pragas e da angústia de Jacó? Eles lutam na batalha
mais extaordinária de todos es tempos. Eles vivem este tempo todo sem
intercessor, permanecendo, porém mesmo assim, numa perfeição de carácter sem mácula.
Depois de terem
sido apresentados todos os outros pontos o facto será ainda mais aparente; mas
mesmo agora já temos conhecimentos suficientes, para respondermos à seguinte
pergunta: “Que outro grupo de toda a história terá tido uma experiência igual
ou pelo menos uma que se possa aproximar desta?“ A resposta pode ser somente:
“Ninguem“.
Aqueles que morreram desde 1844 não podem certamente cumprir esta
especificação, enquanto que aqueles que nunca morreram, e somente estes,
certamente a cumprirão.
3. Trasladados da terra “dentre os vivos”
No somente que o
dicionário IngIês explica que ser trasladado significa ser removido da terra
para o céu, sem passar pelo sepulcro; mas também a Bíblia diz isto claramente:
“Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque
Deus o transladara; visto como antes da sua trasladação alcanou testemunho de
que agradara a Deus“ Hebr. 11:5.
Deve ser dificilmente
possível que um outro texto da Bíblia possa ser mais claro do que o citado. Se
“Enoque foi trasladado para não ver a morte“, não diz isto claramente que uma
pessoa trasladada é uma que passa da terra para o Céu, sem passar pela morte?
Ou com o outras palavras, se uma pessoa morre e tem de ser ressuscitada para
poder ir ao Céu, então não se pode dizer que esta pessoa tenha sido traslada.
Alguns que
acreditam, que os que morreram na fé da tríplice mensagem angélica e que se
levantarão antes da segunda vinda de Cristo, querem explicar a trasladação da
maneira seguinte: Eles, os ressuscitados, estarão vivos na terra entre o resto
dos vivos, e serão levados, isto é trasladados, para e céu, directamente deste
estado. Isto mostra que eles fazem uma distinção entre aqueles que tinham
ressuscitado antes da segunda vinda de Cristo, que vivem um periodo curto sobre
esta terra, antes de serem levados para o Céu, e aqueles que se levantarão para
irem directamente para o céu. Todos eles‚ dizem, serão trasladados. Os
primeiros, dizem, so trasladados, os outros não.
Deve ser
reconhecido que um tal argumento é uma tentativa desesperada para pôr os factos
existentes dentro de uma teoria predeterminada. Ser trasladado significa viver
sobre esta terra e passar pelo céu sem ver a morte. Caso algém morra e seja
levantado para viver cem anos ou mais, antes de ir para o céu, não se pode, mesmo
assim, dizer que tenha sido trasladado.
Por conseguinte,
nenhum de todos que morreram na fé da tríplice mensagem angélica e que serão
ressuscitados antes da segunda vinda de Jesus pode ser considerado como sendo
trasladado, enquanto que aqueles que passam vivos pela angústia de Jacó o
serão.
4. “Vieram da grande tribulação.”
No texto
original, em inglês, está escrito: “..they have passed through the time of
trouble...“ A palavra chave nesta especificão é a palavra “through“. A tradução
correcta desta palavra, segundo o Dicionário
de Inglês-Português, da Porto
Editora Ltda é: “do princípio ao fim“. Tendo esta tradução, fica-nos somente
uma interpretaço: Alguém tem que entrar ne princípio e passar a extensão toda
do acontecimento. Isto significa que passa não somente uma parte do
acontecimento, tão comprido que este possa ser, mas o inteiro.
Portanto, os que
cumpriram esta característica estarão vivos e presentes, quando o tempo da
angústia iniciar. Eles participarão nas quedas sucessivas das pragas e estarão
lá, quando, na vinda de Jesus, este tempo de tribulação terminar, com a
destruição dos ímpios e a transferência dos justos da terra para o céu. Quem
pode somente cumprir esta característica? Certamente não aqueles que morreram
na fé da tríplice mensagem angélica. Estes, quando a grande tribulação final
começar, estarão ainda nos seus sepulcros. Eles continuarão no seu repouso,
enquanto que as sete pragas caem, saindo de lá somente depois da sétima praga.
Eles, como está escrito, não passarão o tempo da grande tribulação “do
princípio ao fim”serão testemunhas das cenas finais. Ninguém pode honestamente
argumentar de outra maneira.
Mas come é com
aqueles que nunca morreram? A resposta é que eles passarão o tempo da grande
tribulação “do princípio ao fim“. Eles estarão vivos, quando este tempo se
iniciar, vivendo o tempo todo até ao final. Somente estes, e mais ninguém, de
toda a história poderá cumprir esta especificação.
5. “ O tempo da angústia de Jacó.”
Para
compreendermos o sentido verdadeiro desta característica é necessário
conhecermos a distinção entre a grande tribulação e o tempo da angústia de
Jacó: A primeira é sofrida sobretudo pelos ímpios; porque enquanto os justos
terão de suportar “cansaço, e demora, e a fome“, (O Conflito dos Séculos, cap.
“Tempo de Angústia“, pág. 457), não sofrerão eles as pragas. Esta - esperiência
está reservada somente para os ímpios, porque as pragas caiem sobre a
Babilónla, da qual o Alto Clamor há de chamar o verdadeiro povo de Deus, para
que este não participe nos seus flagelos. (Apoc 18:4).
O tempo da
angústia de Jacó, porém, é exactamente aquela experiência pela qual os justos
devam passar, e não os da Babilônia. Esta angústia é caracterizada por un
assalto feroz contra os filhos de Deus, organizado por Satanás, com o apoio e a
cooperação inteira de todos os homens maus. Esta é uma experiência que causa as
maiores agonias, tante mentais como espirituais, nos fieis à causa de Deus,
pelo medo de que possa haver neles algum algum pecado não confessado, e por isso
não perdoado. Os ímpios naquele tempo certamente não participam nestes
sofrimentos e provações, visto estarem muito convictos que a Babliônia tenha
razões justas para destruir os santos, os quais, como os ímpios pensam que são
a causa de todas as suas desgraças e tribulações. Estas diferenças devem ser
bem claras para todos. Mas o ponto principal que nos interessa neste estudo é o
facto da angústia deles não durar o mesmo tempo. É verdade que eles têm um
início comum, porque as pragas comecerão a cair no momento quando a obra de
Jesus no Lugar Santíssimo do santuário celeste estiver terminado. Isto está
relatado no testemunho seguinte: “Quando Cristo cessar de interceder no
santuário, será derramada a ira que, sem mistura, se ameaçara fazer cair sobre
os que adoram a besta e a sua imagem, e recebem o seu sinal. (Apoc.14:9-10). “O
Conflito dos Séculos, cap. O Tempo da
Angústia“.
O tempo da
angústia de Jacó começa igualmente naquela altura, como está demonstrado no
testemunho seguinte: “A experiência de Jacó durante aquela noite de luta e
angústia, representa a prova pela qual o povo de Deus deverá passar
precisamente antes da segunda vinda de Cristo. O profeta Jeremias, em santa
visão, olhando para este tempo, disse: ‘Ouvimos uma voz de tremor, de temor mas
não de paz. Porque se têm tornado macilentos todos os rostos? Ah, porque aquele
dia tão grande que não houve outro semelhante! e é tempo de angústia para Jacó:
ele porém será livrado dela‘. Jer. 30:5-7. Quando Cristo cessar a Sua obra como
mediador em prol do homem, este tempo de angustia centão começará“ Patriarcas e Profetas, cap. A Noite de
Luta, pág. 20.
Apesar de estar
claro que o tempo da grande tribulação e o tempo da angústia de Jacó terem um
início comum está bem explícito que tem final diferente. O da angústia de Jacó
termina antes do tempo da tribulação. Porque enquanto o tempo da grande
tribu1ação se estende até que a segunda vinda de Cristo destrua os ímpios na
sua glória, está o povo de Deus a ser libertado antes daquele tempo. Como temos
visto mais acima, a voz de Deus liberta-os da sua angústia e opressão antes da sétima
praga o grande e terrível tremor de terra e as pedras de granizo - A sua
angústia e a sua luta está mudada “e os pálidos, trêmulos lábios dos que
mantiveram firme a fé, proferem um brado de vitória.“ O Conflito dos Séculos, pag. 468. A partir deste tempo não haverá
mais algo como a angústia de Jacó. Esta provação está realmente e
definitivamente passada. Tudo o que fica para os justos é de observarem o fim
dos ímpios, na reverção fantástica da situação que prevaleceu pouco antes.
O nosso estudo da
ordem certa dos acontecimentos dos últomos tempos, acima referido, mostrou
claramente que o fim do tempo da angústia de Jacó é antes da sétima praga na
qual os sepúlcros daqueles que morreram desde 1844 serão abertos, havendo a
seguir a ressureição parcial. Por esta razão, o tempo da angústia de Jacó é
terminado antes que eles se levantem dos seus sepulcros, e sendo assim, näo
podem tomar parte nela.
Eles, de facto,
ressuscitam para “ouvir o concerto de paz que Deus deveria fazer com os que
tinham guardado a sua lei. Primeiros
Escritos, pág. o Livramento dos Santos, pág. 285. O concêrto de paz
pronunciado imediatamente após a sua ressureição. Os seus rostos estã
iluminados com a glória do Senhor, de maneira que os ímpios não podem olhar
para eles. “E, quando a interminável benção foi pronunciada sobre os que haviam
honrado a Deus, santificando o Seu sábado, houve uma grande aclamação de
vitória sobre a besta e a sua imagem.” idem 286.
Dão eles este
brado de vitória porque estgão na expectativa de ganhar a vitória ou um brado
sobre algo já alcançado? A resposta é óbvia: Estes santos todos entraram nos
seus sepulcros na esperança de presenciarem a batalha com a besta e a sua imagem.
As suas esperanças, porém, eram em vão. Agora que se levantam das suas camas
poeirentas vêm que a vitória já foi alcançada e que a besta e a sua imagem
foram completamente vencidos. Quão grande é a sua alegria ao ver isto, dos seus
lábios vem o brado de louvor e de vitória sobre o seu grande inimigo.
Assim, sem
qualquer outra interpretação deve-se dizer que aqueles que se levantam na
ressureição parcial, não podem passar pelo tempo da angústia de Jacó. Antes da
sua ressureição está tudo passado e terminado. Há, porém, um outro grupo de
homens que passa “do princípio ao fim“ este tempo de prova. São de facto estes
que nunca morreram. Eles, e ninguem outro além deles, são os únicos que
conhecem pela expceriência própria o tempo da angústia de Jacó. É por isto que
eles são os cento e quarenta e quatro mil.
6. “Sem intercessor”
A penúltima
característica do nosso estudo é que eles terão permanecido “sem intercessor
durante o derramamento final dos juizos de Deus“. Como na
quarta temos nesta frase também uma palavra chave. E esta palavra é
“durante“. Ne texto original em inglês está escrito “through“, o que significa
“do princípio ao fim“.
Enquanto aqueles
que se levantam do pó da terra na ressureição parcial, vivem durante algum
tempo sem um intercessor, participam os centro e quarenta e quatro mil
certamente, no que diz respeito ao derramamento final dos juizos de Deus, “do
princípio ao fim“. Todas as sete pragas terão sido derramadas antes da sua
ressureição, porque depois do tremor da terra da sétima praga que as suas
sepulturas serão abertas. Sendo isto assim não podem ter vivido durante
(through = do princípio ao fim) as sete pragas.
Mais uma vez são
aqueles que nunca morrem e somente estes - que podem cumprir esta especificação.
7. A terra devastada pela fome e pestilencia, o sol com poder para abrasar
os homens com grandes calores,e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e
a sede.
A sétima e última
característica contida no parágrafo sob o estude, de “O Conflito dos Séulos“, cap.
O Livramento do Povo de Deus, pág. 477, exige que eles terão visto “a terra
devastada pela fome e pestilência, o sol com poder a abrasar os homens com
grandes calores, e eles próprios suportarem o sofrimento, a fome e a sede“.
Aqueles que na ressurreição
parcial se levantam do pó da terra, vêm uma terra que foi devastada pelas sete
últimas pragas. Eles, certamente, não viram o processo devastador; não viram
como a terra foi reduzida duma condição de produtividade razoavel a um deserto
infrutífero e desolado. Portanto, pelo facto de todas as pragas terem caido
antes da sua ressureição - como já foi citado mais acima -‚ não podem de modo
algum ser participantes desta característica.
Conclusão
Fazendo um
retrospecto verificamos que para cada característica está encontrada a mesma
resposta, isto é‚ que somente os que vivem até ao fim dos tempos e que nunca
morreram, podem pertencer aos cento e quarenta e quatro mil. Não há, realmente,
outro grupo à parte deste que possa cumprir todas estas características.
Mais ainda,
devemos confirmar que não ha nada de complicado ou misterioso a respeito deste
assunto, ele é simples, direto e facil de compreender, e não deixa espaço algum
para suposição ou interpretação errónea.
2. Demais considerações
As
características dos cento e quarenta e quatro mil, representados no primeiro
capítulo, mostram claramente que só os que passam o tempo da angústia de Jacó
todo, sem jamais terem morrido, podem realmente pertencer à este grupo de remidos.
Porém, mesmo
assim, são apresentados frequentemente em discussões sobre o tema presente,
testemunhos e versículos bíblicos que parecem exprimir a idea de que os cento e
quarenta e quatro mil sejam compostos não somente pelos que nunca viram a morte,
mas também por todos os que morreram, na fé da triplíce mensagem angélica.
Eis, portanto,
alguns dos testemunhos e as suas interpretações
à luz da verdade bíblica.
“Com” ou “Uma dos”
Um dos
testemunhos mais citados para apoiar o ponto de vista que os que morrem na mensagem do terceiro anjo farão parte do cento e quarento e quatro mil é o seguinte: “Deves voltar e, se fores fiel,
juntamente com os 144.000 terás o privilégio de visitar todos os mundos e ver a
obra das mãos de Deus” Primeiros Escritos,
pág. 40.
Para
compreendermos bem e interpretarmos correctamente o que este testemunho - ou qualquer outro nos quer dizer, devemos,
e isto deve ser a base de qualquer estudo bíblico, tomá-lo tal e qual como se
lê, e não querer ler algo que não está escrito.
Há, por exemplo
crentes que interpretam as palavras deste anjo, como se E.G. White pertencesse
a esta classe especial, e que, portanto, todos os outros, que como ela na fé da
triplice mensagem angélica morreram, deveriam pertencer a este mesmo grupo.
Mas é isto
realmente o que o anjo diz? Ou será que esta interpretação vai além do
verdadeiro sentido deste testemunho?
Se estivesse
escrito, “como uma dos 144.000“, então a interpretação acima referida estaria
certa. Mas,honestamente, não é isto que lemos. Há uma diferença muito grande
entre o que está realmente escrito, e
que muitos lêem como se estivesse escrito.
Contudo, um olhar mais demorado ao testemunho revelará algo diferente. O anjo disse," ...tu, juntamente com os cento e quarenta e quatro mil..." Ele não disse que tu, sendo um dos cento e quarenta e quatro mil. Isto estabelece toda a diferença na compreensão correcta daquilo que o anjo disse.
Para ilustrarmos melhor o caso presente, citamos o seguinte exemplo: Duas pessoas, digamos, visitaram o Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro. Nesse museu, como sabemos, estäo coleccionadas muitas telas valiosas de pintores célebres, tanto brasileiros como estrangeiros.
Para ilustrarmos melhor o caso presente, citamos o seguinte exemplo: Duas pessoas, digamos, visitaram o Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro. Nesse museu, como sabemos, estäo coleccionadas muitas telas valiosas de pintores célebres, tanto brasileiros como estrangeiros.
Estes dois amigos
foram, então, a este museu, para a admirarem e estudarem as obras de arte nele
contido.
Mas como o
visitaram pele primeira vez, não sabiam por onde iniciar o seu roteiro, de modo
que permaneceram por alguns momentos indecisos no grande hall de entrada.
Aconteceu que
nesse preciso momento um grupo de estudantes de Belas Artes, acompanhado do seu
professor, como guia, entrou também para visitar este museu.
Assim como estes
iniciaram o seu percurso, os dois amigos, sem hesitarem, e em virtude de
ninguém se importar da sua companhia, juntaram-se a este grupo e com ele
aproveitaram as explicações do professor.
Mais tarde ao
relatarem a sua experiência a amigos, certamente disseram, “... e ao visitarmos
este museu tivemos a sorte de que um grupo de estudantes de Belas Artes tanmbém
foi, de modo que nos juntámos a ele...“.
É desnecessário
dizer, que ninguém, dentre os seus amigos ouvintes, compreendeu, que eles
faziam parte deste grupo. Realmente, não é difícil ver, que visitaram este museu, junto com os estudantes, sem - segundo todo o sentido da palavra - serem
deles.
Tudo indica
então, que há um certo lugar onde somente os cento e quarenta e quatro mil, e
mais ninguem, entrarão, ou seja, no “templo“ que está no monte de Siáo, fora da
“cidade”
Nos Primeiros Escritos, pág. 19, depois da
descrião do passeio pela cidade, pelo campo e por uma floresta gloriosa, esta
escrito que EG. White ao chegar ao “Monte de Siäo“, e vendo lá o ‘”templo“,
quando lá quiz entrar, lhe foi dito que: “somente os 144.000 entram neste
lugar.“
Agora se no
testemunho em consideração estivesse escrito que ela, entre os cento e quarenta
e quatro mil, teria o privilégio de entrar no templo que está no “Monte de
Sião“, deveriamos concluir que ela, de facto, estaria entre os cento e quarenta
e quatro mil, e que com ela todos os outros, que como ela morreram na fé da
tríplice mensagem angélica, pertenceriam também a este grupo.
Mas o testemunho
em consideração não diz de modo algum isto; antes mostra-nos que os cento e
quarenta e quatro mil visitarão todos “os outros mundos“. Mas este privilégio,
também todos os outros remidos terão, como está escrito em O Conflito do Séculos, pág. 498 (última página): “Todos os tesouros
do universo estarão abertos ao estudo dos remidos de Deus. Livres da
mortalidade, alcançarão vôo incansavel para os mundos distantes que fremiram de
tristeza ante o spectáculo da desgraça humana, e ressoaram com cânticos de
alegria ao ouvir as novas de uma alma resgatada“.
Certamente não é
demais se dizemos que Jesus, uma vez o conflito acabado levará todos os
remidos, inclusive os cento e quarenta e quatro mil, para uma grande viagem
pelo Universo. Portanto, a qualquer um, em qualquer tempo da história deste
mundo, o Senhor podia ter dito, e de facto disse “Deves voltar e, se fores
fiel, juntamente com os 144.000 terás o privilégio de visitar todos os mundos e
ver a obra das mãos de Deus.“ Estas promessas serão cumpridas, tanto para
Daniel ou Abraão, como para EG. White.
Uma irmã selada
Um testemunho
muito semelhante ao que acabámos de examinar, encontra-se em Mensagens Escolhidas, Vol. 2, pág. 263. “Vi
que ela estava selada, e a voz de Deus ressurgiria e se ergueria sobre a terra,
e estaria com os 144.000. Vi que não precisamos chorar sobre ela; ela repousará
durante o tempo da angústia, e tudo que pudessemos lamentar seria nossa perda
de ficar privados de sua companhia.“
Este testemunho
em vez de provar, que os que morreram na terceira mensagem angélica, serão
entre os cento e quarenta e quatro mil, na realidade, prova o contrário, pois
está claramente escrito que, ela descansará durante o tempo da angústia,
enquanto que como sabemos; os cento e quarenta e quatro mil passam todo este
tempo, do princípio até ao fim.
No nosso estudo
sobre a obra do selamento do último povo de Deus sobre esta terra, mostramos
ponto por ponto, todas, as evidências bíblicas no que diz respeito aos dois
selos de Deus. Queremos, portanto, aqui somente dizer que os cento e quarenta e
quatro mil não recebem um selo diferente dos que não pertencem a este grupo.
Como podemos ver naquele estudo, há dois selos; e mais ainda; cada pessoa que
alguma vez entrar no reino de Deus, tem que ter ambos os selos. A única
diferença entre os cento e quarenta e quatro mil e o resto des remidos é‚ que o
do primeiro grupo recebem o segundo selo enquanto estão vivos, enquanto que os
outros receberão esta proteção enquanto estão descansando nos sepulcros. Este é
o caso da irmã aqui citada. Nesta terra ela vivia segundo toda a luz que teve
oportunidade de receber; e assim tinha tanto quanto possível a plenitude do
primeiro selo. Quando morreu, em virtude de ter sido durante o tempo do
julgamento dos mortos, seu caso foi imediatamente levado perante a corte
celestial, tendo sido aprovada. Jesus aspergiu por ela o Seu sangue sobre o
trono da graça, e assim recebeu ela o segundo selo - o selo final‚ através do
qual tem agora a garantia de se levantar na ressureição dos santos. Como ela
morreu na fé da tríplice mensagem angélica, levantar-se-á na resurreição
parcial; e assim estará com os cento e quarenta e quatro mil, apesar de não ser
deles.
Santos vivos
Em Primeiros
Escritos, pag. 15, encontramos o seguinte testemunho: “Logo ouvimos a voz de
Deus, semelhante à muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de
Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz,
ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto”
A questão a ser
estudada é: Quem são os santos vivos daquele tempo? São somente os que passaram
pelo tempo da angústia, ou foram eles naquele tempo, através da ressurreição parcial, juntos àqueles que nunca viram a morte?
É claro que, se
eles fossem, através da ressureição juntos àqueles que nunca morreram,
haveria um forte argumento de que os cento de quarenta e quatro cento mil
seriam compostos tanto por aqueles que nunca morreram, como pelos os que se
levantaram na ressureição parcial.
E realmente, não se pode negar que naquele tempo há uma ressureição parcial, e que, portanto, haverá
crentes vivos sobre a terra, tanto dos que nunca morreram como dos que se
levantaram na ressureição parcial. Isto está mostrado em Primeiros Escritos, pág. 16 e 285, e em O Conflito dos Séculos, (O
Livramento do Povo de Deus) pág. 468-471.
A ordem dos
acontecimentos dos últimos dias, naquele tempo, é como se segue: Há o grande
terremoto da sétima praga, que abre os sepúlcros dos que morreram na fé da
tríplice mensagem angélica. Estes são ressuscitados, e estão portanto vivos,
quando o concerto eterno, destinado ao povo de Deus que guardou a Sua Lei, for
pronunciado. Depois segue o anúncio do dia e da hora da vinda de Jesus. É neste
momento que as palavras, “os santos vivos, em número de 144.000“, so aplicadas.
Temos aqui um testemunho
que, aparentemente, nega tudo da Palavra de Deus, no que diz respeito a este
grupo especial. Mas, as provas são tão grandes, que não podemos
negligenciar-las, nem podemos admitir que a Palavra de Deus em si, seja
contraditória. Portanto, devemos cavar mais fundo, a fim de encontrarmos a
verdade.
Ao estudarmos
este tema, verificamos que mais uma vez devemos em primeiro lugar determinar o
que o texto realmente significa, quando usa uma certa palavra, e que não
devemos dar à esta palavra o sentido que habitualmente lhe damos. Isto não
significa que estamos deixando na escuridão, no que diz respeito à
compreensão deste texto, porque o Senhor, prevendo que a Palavra está escrita
para levar uma mensagem a um povo num tempo prolongado, durante o qual o
significado das palavras certamente muda, sempre nos dá uma ajuda, a fim de
compreendermos o que quer dizer quando nas Escrituras usa uma certa palavra.
Quando lemos as
palavras “santos vivos“, pensamos que elas indicam para qualquer um que foi um
santo e que está vivo naquele tempo. Interpretando desta maneira, estariamos
forçados a concluir que os santos vivos, no tempo em que a voz de Deus anunciar
o dia e a hora da vinda de Jesus, seriam tanto dos que morreram na fé da
tríplice mensagem angélica, que pouco antes foram ressuscitados para a vida,
como dos que nunca morreram.
Mas foi este o
pensamento que o autor quiz transmitir, quando estas palavras foram escritas? A
resposta é: Não. A continuação do estudo mostra claramente que somente os que
nunca morreram são considerados “os santos vivos“, enquanto que os outros são
considerados “os santos ressuscitados“. Lemos em Primeiros Escritos, pág. 287: “Então os santos vivos e os
ressuscitados erguem suas vozes em uma aclamação de vitória, longa e
arrebatadora“. Lemos também em O Conflito dos Séculos, (O Livramento do Povo de
Deus) pág. 473: “E os vivos justos e os santos ressuscitados unem as vozes em
prolongada e jubilosa aclamação de vitória.
Em ambos os
testemunhos uma distinção clara é feita entre os santos vivos, e os
ressuscitados. Os vivos, obviamente, são os que nunca morreram; enquanto que os
ressuscitados, segundo o sentido literal, são os que morreram e que foram
ressuscitados. Portano, se está escrito, “os santos vivos, em número de
144.000”, refere-se não aos que estavam vivos sobre a terra, depois de terem
ressuscitado cda morte, mas aos que nunca morrerarn. Qualquer outra
interpretação seria portanto, contraria à Palavra de Deus.
O Anjo de Selamento
Em Apocalipse 7,
está escrito dum anjo de selamento. Lemos Apoc. 7:2-4: “E vi outro anjo subir
da banda do sol nascente, e que tinha o
selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o
poder de danificar a terra e o mar, dizendo: Näo danifiqueis a terra, nem o mar,
nem os arvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso
Deus.”
Conforme temos
visto no estudo sobre a obra do selamento, temos aqui um assunto que por muito
tempo tem sido seriamente mal compreendido. Em verdade, não foi por completo
mal compreendido, mas antes duma maneira tão limitada, que fomos levados a
aceitar conceitos errados a este respeito.
A compreensão,
por exemplo, que o Sábado seja o selo de Deus, é verdade; mas por a verdade
disto ter sido vista duma maneira tão limitada, chegou-se à conclusão que o
sétimo dia, como o dia indicado por Deus, seja em si próprio o selo de Deus.
Mas isto, como sabemos, não é assim. O Sábado é o símbolo da presença viva do
poder creativo de Deus, e o verdadeiro Sábado está somente onde este poder
existe. A presença deste mesmo poder na vida do crente, é o selo contra o poder
do pecado, conforme está mostrado no estudo sobre a obra do selamento. É então
neste sentido que o Sábado é o selo. Sem a presença viva deste poder, o Sábado
não é o selo de Deus, mas sim uma forma exterior, sem vida e sem valor.
É devido a este
conceito limitado que muitos concluirarn que o selamento dos cento e quarenta e
quatro mil se tenha iniciado com o guardar do Sábado, pouco depois do grande
desapontamento, em 1844. Mas manter esta posição, seria revelar uma falta na
compreensão da natureza dos dois selos.
O que realmente
aconteceu, quando a verdade do Sábado se tornou conhecida ao povo de Deus, foi
que a obra de selamento em si tomou um passo decisivo. Eles já tinham o selo,
do qual o Sábado é o símbolo, porque tinham o poder vivo de Deus em suas vidas.
De outro modo nunca podiam ter suportado o terrivel teste do grande
desapontamento. Agora, como conheciam o Sábado, simplesmente juntaram o símbolo
do selo ao selo, que em realidade já tinham.
E mais do que
isto, mais uma vez viviam num grande dia de oportunidade, para término rápido
da obra. Foi neste tempo, que o anjo de selamento pôde progredir com a sua
obra e avançar rapidamente até ao cumprimento final da obra. Qual foi o
objective desta obra? Foi para preparar um povo que, enquanto vivo, pudesse
receber não somente a plenitude do primeiro selo, mas também do segundo.
Os pioneiros do
Advento, nos anos pouco depois de 1844, tiveram a oportunidade de serem este
povo. Mas, como es cristãos nos dias de Paulo, não chegaram à plenitude
completa, de modo que tiveram de entrar em seus sepulcros poeirentos, deixando
assim a uma outra geração esta obra que podiam ter realizado.
Por esta razão, o
anjo de selamento teve de clamar aos quatro anjos, para que continuassem
segurando os quatro ventos, até que esta obra de selamento seja cumprida, e que
os cento e quarenta e quatro mil santos vivos, em seguida do primeiro recebam o
segundo selo. Portanto, o Senhor ainda não ajuntou os cento e quarenta e quatro
mil; os quatro ventos ainda estão sendo retidos e continuarão retidos até ao
tempo em que haver um povo que cumpre todos os preceitos de Deus, que não
desista a não ser que chegue à medida completa em Jesus Cristo.
Lembrem-se, que
ninguém de nós pode receber o segundo selo - o selo final -, antes de ter
passado com sucesso o grande teste final, que virá no fim da provação humana.
Este teste está ainda no futuro, e não há ninguém excepto Enoque e Elias, que
tinham uma obra especial a ser feita em seu favor, a fim de poderem ser o tipo
necessário para o povo dos últimos dias, que receberam o segundo selo enquanto
estávam vivos. Em brêve haverá um grupo de crentes que terá este segundo selo
enquanto estão vivos - e então estarão selados os cento e quarenta e quatro
mil, e não antes, nem haverá outro grupo.
Actualmente
estamos vivendo neste tempo, em que o Senhor está selando este grupo. Os quatro
ventos estão sendo retidos até que tudo esteja cumprido. Não deixemos,
portanto, passar o tempo, sem a devida preparação, a fim de que alcancemos a
medida completa de homem e mulher em Cristo Jesus, e que o Senhor possa
terminar a obra, levando todos nós para o seu Reino eterno.
Outros livros e estudos deste autor consultar em
www.jfernandesblog.wordpress.com
Sem comentários:
Enviar um comentário