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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

SETE ANJOS EM APOCALISE - CAPITULO 13 - FT WRIGHT



Os Sete Anjos

Capítulo 13


O Regresso do Quarto Anjo

A rejeição do quarto anjo em Minneapolis, foi a segunda frustração da tentativa de Deus para finalizar a obra através da mensagem do terceiro anjo. A primeira vez tinha sido imediatamente após 1844, antes do laodiceanismo ter tomado o lugar da verdadeira religião.[JR1] 
Isto deixou Deus sem alternativa senão enviar o quarto anjo outra vez, porque a mensagem do terceiro anjo em verdade é a única pela qual a obra pode ser finalizada. Não há outra alternativa. Isto significa que todas as vezes que o quarto anjo é rejeitado, ele tem que vir outra vez até que por fim seja encontrado um povo que aceite e ponha em prática a mensagem de acordo com a vontade e propósito divinos. Então virá o fim.
Este factos tendem a encher uma pessoa com o sentimento desanimador que este ciclo de repetidos aparecimentos e rejeições possa continuar para sempre, mas, tende bom ânimo em Deus, porque o testemunho da profecia indica que o quarto anjo apenas precisará de voltar uma vez depois da trágica rejeição que sofreu em 1888. Quando o fizer, será aceite de todo o coração por um povo em todo o mundo e a obra será finalizada.
Nenhuma falta se encontra nos meios dados na mensagem e obra do quarto anjo, porque a falha está unicamente no povo de Deus por ter fracassado em fazer a obra de acordo com os caminhos d’Ele. Escolheram, como fizeram todos os movimentos no passado, substituir as orientações e poder de Deus pelas teorias e procedimentos humanos. Essa é a causa do fracasso, não qualquer falta na mensagem. A única esperança está numa geração de pessoas que se entregue totalmente à verdade de Deus como Ele a envia e em fazer a obra de Jeová à Sua maneira. A mensagem é mais do que adequada para a sua missão.[JR2] 
Mas, quanto tempo deve o anjo esperar depois de 1888-1893 para voltar? Com certeza, ele não podia vir de novo à geração que o rejeitou a menos que ela tivesse visto e completamente se tivesse arrependido do terrível pecado cometido em Minneapolis. Eles não demonstraram a mínima disposição de fazer isto, assim o anjo não veio para eles outra vez.
Depois de ser claro que não se arrependeriam, a oportunidade que desprezaram tinha que ser dada a outra geração, que recebesse o chamamento e do mesmo modo enfrentasse o teste que os seus antecessores falharam. Esta geração que se seguiu seria convidada a compreender que a obra nunca podia ser finalizada a menos que houvesse uma verdadeira renovação da vida espiritual, seguida por uma completa reforma do pensamento humano em favor das orientações divinas. Uma vez estabelecidas estas convicções, tinha chegado o tempo em que o quarto anjo encontraria um povo receptivo que poderia ser ensinado e portanto a possibilidade de ver a obra finalizada. Nem todos no movimento aceitariam, porque as virgens loucas estarão na igreja até serem separadas das prudentes no fim da provação. Todavia, o Senhor encontrará um povo que será leal e verdadeiro e será através dele que Ele realizará o Seu divino propósito.[JR3] 
Deus prometeu que: “Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o Seu segredo aos Seus servos, os profetas.”
Portanto, o que teve lugar em Minneapolis e o que se desenvolveu depois, foi escrito na palavra profética antes dos acontecimentos em si mesmos ocorrerem no devido tempo.
Em primeiro lugar, olharemos as profecias escritas depois de 1888 que predizem o regresso da mensagem e da sua rejeição pela maioria. A primeira a ser citada foi escrita em 1890, a seguir à tragédia de Minneapolis:
“Haverá nas igrejas uma maravilhosa manifestação do poder de Deus, mas não surtirá efeito naqueles que se não humilharam perante o Senhor e abriram a porta do coração pela confissão e arrependimento. Na manifestação desse poder que ilumina o coração com a glória de Deus, verão apenas algo que na sua cegueira pensam ser perigoso, algo que despertará os seus receios e fortalecê-los-á a resistirem. Porque o Senhor não opera segundo as ideias e expectativas deles, opor-se-ão à obra. ‘Porquê’, dizem, ‘não devíamos nós conhecer o Espírito de Deus, quando temos estado a trabalhar há tantos anos?’ — porque não responderam às advertências, às súplicas da mensagem de Deus, mas persistentemente disseram, ‘rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta.’ Talento, longa experiência, não tornarão os homens canais de luz a menos que se coloquem sob os raios do Sol da Justiça.” The Review and Herald Extra, 23 de Dezembro de 1890.[JR4] 
Esta não pode ser uma profecia da vinda da mensagem em Minneapolis, porque quando este testemunho foi escrito essa já estava no passado e a rejeição da luz já se tinha tornado certa. Foi uma predição que se cumpriria mais tarde quando a mensagem viesse pela segunda vez. Houve apenas uma restrita manifestação do maravilhoso poder de Deus entre 1888 e 1893, mas virá o tempo em que haverá uma “... maravilhosa manifestação do poder de Deus ...” Mas, estai certos, que uma vez mais, o ministério será o principal opositor da proclamação da verdade e fará tudo o que estiver ao seu alcance para assegurar que ela não seja recebida e avance. Porém, apesar desta firme oposição, a mensagem será aceite pelos sinceros de coração e terá sucesso onde falhou no passado.[JR5]  Um segundo testemunho confirmando a verdade que a mensagem não será compreendida nem recebida por muitos, é o seguinte:
“A mensagem do terceiro anjo não será compreendida, a luz que iluminará a terra com a sua glória será chamada de luz falsa por aqueles que recusam caminhar no avanço da sua glória. A obra que podia ter sido feita, será deixada por fazer pelos que rejeitam a verdade, por causa da sua incredulidade. Apelamos aqueles que se opõem à luz da verdade, que saiam do caminho do povo de Deus. Deixai que a luz enviada pelo Céu brilhe sobre ele em claros e firmes raios. Deus considera aqueles a quem esta luz vem, responsáveis pelo uso que fazem dela. Aqueles que não ouvirem serão tomados como responsáveis; porque a verdade foi colocada ao seu alcance, mas desprezaram as suas oportunidades e privilégios. Mensagens com credenciais divinas têm sido enviadas ao povo de Deus; a glória, a majestade, a justiça de Cristo, cheia de bondade e verdade foram apresentadas; a plenitude da Divindade em Jesus Cristo foi apresentada entre nós com beleza e afecto, para atrair todos cujos corações não estejam fechados com preconceito. Sabemos que Deus tem operado entre nós. Temos visto almas voltarem do pecado para a justiça. Temos visto a fé reviver nos corações dos contritos. Seremos nós como os leprosos que foram limpos que seguiram o seu caminho e só um voltou para dar glória a Deus? Falemos antes da Sua bondade e louvemos Deus com o coração, a pena e com a voz.” The Review and Herald, 27 de Maio de 1890.
Este testemunho tem de facto uma aplicação ao que estava a acontecer quando foi escrito, mas não pode ser confinado apenas a essa situação, porque, se essa tivesse que ser apenas a única aplicação, então teria sido escrito: “A mensagem do terceiro anjo [está a ser] compreendida, a luz que iluminará a Terra com a sua glória [está a ser chamada] luz falsa, por aqueles que [estão a recusar] caminhar no avanço da sua glória.” [JR6] 
Deus com certeza não foi apanhado de surpresa por aquilo que teve lugar em Minneapolis. Ele revelou o Seu conhecimento prévio já desde o tempo do Antigo Testamento quando descreveu pela profecia de Oseias, a sequência de acontecimentos que conduziriam ao derramamento da chuva serôdia. É uma verdade bem estabelecida que a chuva serôdia cai apenas no final da história deste mundo. Portanto, qualquer profecia que trate com o derramamento desta poderosa bênção, deve ser aplicada aos acontecimentos finais antes do fim da provação. Com esse princípio estabelecido e um conhecimento daquilo que ocorreu em 1888, é uma questão simples ver como a profecia de Oseias 5:15; 6:1-3 deve ser aplicada. Ela lê-se do seguinte modo:
“‘Irei e voltarei ao meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a minha face; estando eles angustiados, de madrugada me buscarão.’
“Vinde, e tornemos ao Senhor, porque Ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida.
“Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante d’Ele.
“Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a Sua saída, como a alva, é certa; e Ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.”
Foi quando rejeitado entre 1888 e 1893, que o poderoso quarto anjo declarou que voltaria ao seu lugar, até que, depois de muitos cansativos e infrutíferos anos o povo de Deus se convencesse da sua necessidade deste poderoso anjo e seu ministério, ele regressaria.[JR7] 
Assim, por volta de 1950, veio por fim o tempo em que o povo de Deus tinha visto o resultado dos seus próprios caminhos, compreenderam que não estavam a fazer um verdadeiro progresso em direcção ao reino e que portanto, tinham que examinar as suas crenças e procedimentos para verem onde se tinham afastado. A sua destituição espiritual tinha-se tornado tão desesperada que estavam prontos a ouvir outra coisa diferente do adventismo laodicense. Assim se desenvolveram as condições necessárias para limpar o caminho para o regresso do anjo. Começaram a ouvir-se clamores pedindo um regresso ao Senhor, Sua verdade e Seus caminhos.
O Senhor estava disposto a responder a esse movimento. A promessa é que “Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele.”
No que respeita ao quarto anjo, este primeiro dia aconteceu quando ele tentou derramar a luz e poder da chuva serôdia sobre o povo adventista entre 1888 e 1893. Portanto, seguir-se-ia que o segundo dia seria a tentativa seguinte para trazer a mesma bênção à igreja, mesmo assim, dentro da própria organização, o esforço encontraria ainda menos sucesso do que em Minneapolis. Isto levaria uma pessoa a perguntar como podia desta vez o anjo vir para ficar se a sua recepção era ainda pior? A resposta está no facto que o Senhor nunca aceitará uma separação do Seu povo até que não haja qualquer esperança do regresso para Ele. Então e somente então prossegue Ele com a construção de um novo movimento fora do corpo, a avaliação de Deus da verdade conforme dada através do Espírito de Profecia e as consequências visíveis para a igreja com falta de poder espiritual, vitória pessoal sobre o pecado e um sério apostatado, os membros dos quais estão inconscientes que a glória do Senhor partiu deles.
Quando, em 1888, o anjo partiu pela primeira vez, a rejeição não foi final e havia ainda a possibilidade de se arrependerem. Todavia, quando a mensagem viesse de novo, a situação seria muito diferente. Os membros da igreja e os seus dirigentes teriam a vantagem da sua história passada, a avaliação de Deus da verdade dada através do Espírito de Profecia e as consequências visíveis para a igreja que tinha falta de poder espiritual, vitória pessoal sobre o pecado e um sério atraso na finalização da obra. Com esta compreensão, qualquer decisão que fizessem seria de longe mais responsável, crítica e definitiva. É claro para nós que a linha entre os que aceitaram e os que rejeitaram seria claramente traçada, de modo que os dois se separariam para sempre. Isto teria lugar no segundo dia.[JR8] 
Depois deste segundo dia, viria o terceiro durante o qual o Senhor se levantaria num movimento distinto e separado que viveria “... à Sua vista”, aqueles que tinham aceite a mensagem do terceiro anjo e agiriam em íntima comunhão com Ele. Durante este período de consolidação, o povo do Senhor não devia esperar o reconhecimento das igrejas caídas nem do mundo. É apenas à vista do Altíssimo que ele será reconhecido como um povo vivo. Todo o resto, será contado demasiado insignificante para merecer atenção.
Uma vez que o movimento tenha sido iniciado pelo Senhor e viva à Sua vista,[JR9]  há uma obra posterior de avanço no conhecimento de Deus que, uma vez efectuado, trará o derramamento da chuva serôdia. Na versão original da Bíblia King James, Oseias 6:3 lê-se assim: “Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a Sua saída, como a alva, está preparada; e Ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.”
Esta profecia está a ser cumprida com a mesma exactidão que tem marcado todas as predições divinas. Até ao final da década de 1940, parece que o povo adventista tinha fé implícita nos dirigentes da igreja. Não era segredo que havia problemas na igreja mas ninguém os atribuía aos homens que estavam na direcção e havia o sentimento geral de confiança que os irmãos da Conferência Geral e do ministério sob a sua direcção certamente resolveriam todo o problema que se levantasse.[JR10]  Mas à medida que essa fatídica década se aproximava do fim, o adventismo entrou noutra fase.
Muitos despertaram para a terrível compreensão que os homens no topo eram impotentes para travar o aprofundamento da apostasia e tomou posse o sentimento que algo tinha que ser feito.[JR11]  Se os irmãos no centro de operações não o fizessem, então muitos pensaram que deviam tomar a obra nas suas próprias mãos. Assim surgiu um número de pequenos movimentos independentes, cada um com um ênfase específico mas todos com o mesmo chamamento à estrita obediência à lei de Deus.
Infelizmente, a sua aproximação foi legalista, o antigo concerto de obedecer e viver. Todos fracassaram em ver o ponto que o espírito de obediência tem que estar implantado no interior antes de se poder produzir a obediência aceitável no exterior.[JR12]  Nenhum destes movimentos perdurou. Muitos sobreviveram alguns anos antes de se desintegrarem e foram substituídos por novos movimentos que por sua vez desapareceram ainda em favor de outros. Eles representaram sinceras mas mal dirigidas tentativas de alcançar a justiça aceitável, mas não puderam ser considerados como sendo a luz e obra do quarto anjo. Contudo, até certo ponto, pelo menos alguns deles cumpriram a profecia, naquilo a que chamaram a um regresso ao Senhor.
Entretanto, acontecimentos verdadeiramente significativos estavam a desenvolver-se. Dois missionários, R.J. Wieland e D.K. Short, tinham regressado de África para assistirem às reuniões ministeriais e à sessão da Conferência Geral que se realizou em 1950. Eles tinham feito um profundo estudo daquilo que se tornou público na sessão da Conferência Geral de 1888 e ficaram cheios de um profundo desejo de ver as momentosas verdades do quarto anjo se espalharem por toda a igreja adventista. Ao mesmo tempo, ficaram profundamente inquietos quando viram os ensinos das igrejas babilónicas serem adoptados mais e mais por ministros adventistas e suas congregações.
Estes homens conheciam bem a história do que acontecera em Minneapolis, Minnesota, e compreenderam que a chuva serôdia não podia cair enquanto a igreja não deixasse de recuar para a teologia babilónica e regressasse à mensagem do terceiro anjo em verdade. Eles estavam bem cientes de que não havia desculpa para conhecerem aquilo que a mensagem era, porque em 1888 ela foi proclamada pelos mensageiros de Deus e completamente sancionada pelo próprio Senhor.
Com genuína, terna preocupação pela igreja e seu futuro destino, estes dois irmãos aproximaram-se dos dirigentes da Conferência Geral e expuseram os seus casos perante eles. Ambos se juntaram fazendo soar uma advertência contra o aprofundamento da apostasia e apelaram a uma aceitação e promoção das mensagens que o Senhor tinha enviado através dos pastores Waggoner e Jones. Recomendaram que os livros escritos por estes dois mensageiros fossem impressos e distribuídos por todo o mundo.
Deve ser creditado aos dirigentes que estas sugestões não foram de ânimos leve postas de lado nem directamente recusadas. Pelo contrário, foi mostrado um considerável interesse nas suas propostas e foi sugerido que pusessem os seus argumentos por escrito. Encorajados por esta animadora e aparente abertura, os dois missionários lançaram-se ao trabalho e, em algumas semanas apenas, produziram um manuscrito dactilografado de 244 páginas com o título, 1888 Re-Examined. Isto foi submetido aos oficiais da Conferência Geral no Outono de 1950. O regresso do quarto anjo estava a dar os seus primeiros passos na re-introdução da sua mensagem, mas todos os envolvidos nessa altura não tinham um conceito real do que se desenvolveria desses primeiros movimentos.
Alguém pode perguntar porque não reconhecemos nós o esforço feito em 1924 para apresentar de novo a mensagem à igreja como a segunda tentativa do quarto anjo para estabelecer a sua mensagem e obra. Um cuidadoso exame do que aconteceu nessa altura dará a resposta. Em 22 de Outubro desse ano, o Conselho Consultivo da Associação Ministerial reuniu-se em Des Moines, Iowa, e votou que o pastor A.G. Daniells fosse encarregado de preparar uma compilação de escritos da pena da inspiração acerca da justificação pela fé.
Ele começou o trabalho e produziu um livro, Cristo Nossa Justiça. Neste pequeno volume, ele fez referências específicas a 1888 como o tempo em que o Senhor apresentou a justificação pela fé à igreja, não hesitou em declarar que a luz havia sido rejeitada e tornou muito claro que a chuva serôdia não cairia enquanto não fosse dado à mensagem o lugar que Deus lhe designou.
Mas este livro não provocou reacção, levou uns poucos se alguns ao ponto de decisão e por isso não se compara com o impacto que se esperaria de uma visita de um poderoso anjo cuja glória encheria toda a Terra. Consequentemente, não classificamos a obra do pastor Daniells como sendo o regresso do anjo de Apocalipse 18.
Nas propostas feitas pelos pastores Wieland e Short, foi fortemente feito o ponto que: “Todo o fracasso do povo de Deus em seguir a luz que brilhou no seu caminho durante o século passado devia ser corrigido pela presente geração antes de poder ser concedida à igreja remanescente qualquer evidência divina perante o mundo.”
“... Está perante a igreja remanescente uma pesada prestação de contas. E quanto mais cedo a questão for aberta e candidamente enfrentada melhor.”
“Uma tal visão da questão exigirá que esta geração reconheça os factos do caso, e completamente rectifique o trágico erro.” 1888 Re-Examined, 2, 3, 46.
Os dirigentes da Conferência Geral que leram este manuscrito não ignoraram a veracidade deste argumento com se pode ver ao referirem-se a ele na sua resposta intitulada, First General Conference Report, 8. A sua declaração também se encontra em A Warning and its Reception, 252.
“Em todo o vosso manuscrito é evidente que sentis que a denominação devia rectificar certas coisas a propósito de 1888, e depois fazer o devido reconhecimento e confissão do mesmo. Isto é realmente mais do que uma sugestão; vós insistis que este procedimento deve ser seguido. São citados os seguintes extractos do vosso manuscrito:”
Seguem-se então os três pequenos parágrafos citados atrás.
Mas embora vejam o ponto que os pastores Wieland e Short estão a apresentar, não o aceitaram. Pelo contrário, recusaram-se a tomar a acção que este apelo sugere. A sua defesa foi:
“Não acreditamos que esteja de acordo com o plano e propósito de Deus que a presente Direcção do movimento reconheça e confesse, quer em privado quer em público, a respeito de quaisquer erros cometidos pelos dirigentes de uma geração passada. Em muitas ocasiões houve períodos de apostasia nos dias de Israel e por vezes estes afastamentos de Deus foram na verdade muito graves, mas não encontramos que o Senhor requeira da geração seguinte que confesse os erros e transgressões da geração anterior, como uma condição para o derramamento da Sua bênção sobre o Seu povo. Deus na verdade chamou os Seus filhos ao arrependimento dos seus pecados, e quando regressaram a Ele de todo o coração, os recebeu graciosamente e lhes deu as mais ricas bênçãos divinas....
“Não temos necessidade de ir atrás a 1888; esses dias estão no passado, décadas no passado e em muitos casos para além do tempo de vida de alguns que agora trabalham para Deus.” First General Conference Report, 9. A Warning and its Reception, 253.
Esta decisão era tanto incrível como trágica. Por alguma razão estes homens não se aperceberam que o Senhor exigia que o Seu povo confessasse os pecados das gerações anteriores como condição para Ele os aceitar:
“Então confessarão a sua iniquidade, e a iniquidade de seus pais, com as suas transgressões, com que transgrediram contra Mim; como também eles andaram contrariamente para comigo. Eu também andei para com eles contrariamente, e os fiz entrar na terra dos seus inimigos; se então o seu coração incircunciso se humilhar, e então tomarem por bem o castigo da sua iniquidade, também Eu Me lembrarei da Minha aliança com Jacob, e também da Minha aliança com Isaque, e também da Minha aliança com Abraão Me lembrarei, e da terra Me lembrarei.” Levítico 26:40-42.
A menos que haja uma correcta compreensão de quem são os pais referidos nestes versículos, pode resultar uma grave má compreensão. Estes são os pais espirituais da geração anterior. Os seus pecados como se refere aqui são os afastamentos da verdade de Deus numa aprofundante apostasia. Nenhum homem tem que confessar os pecados individuais dos seus pais. Por exemplo, o pai era um ladrão, mas o filho um homem honesto, o mais novo não tinha que fazer confissão dos crimes dos seus antecessores. Mas, quando uma geração se afasta de Deus, os seus membros trazem os seus filhos na mesma apostasia de modo que os pecados dos pais se tornaram nos pecados dos filhos. Neste caso, os filhos têm realmente que confessar os pecados dos pais porque eles se tornaram os seus próprios pecados. Sem isto, nunca podem receber a libertação daqueles pecados e voltarem para o Senhor.
Portanto, quando em 1888, os nossos pais espirituais voltaram as costas à verdade de Deus, sujeitaram os seus filhos à mesma rejeição da luz. Consequentemente, os pecados dessa geração continuaram para a presente, necessitando que a condição fosse enfrentada: “... se confessarem a sua iniquidade e a iniquidade dos seus pais ...”, de modo que a promessa pudesse ser cumprida: “Então lembrar-me-ei do Meu concerto com Jacob, e o Meu concerto com Isaque e o Meu concerto com Abraão Me lembrarei....”
É digno de nota que os grandes homens da Bíblia, quando descobriram a profundidade da apostasia de Israel, confessaram na verdade os seus próprios pecados e a iniquidade dos seus pais. Quando fizeram isto, seguiu-se sempre uma maravilhosa bênção de uma maneira ou de outra. Um exemplo marcante é o rei Ezequias que subiu ao trono num período de grave afastamento do Senhor. Logo no primeiro ano do seu reinado, começou a trabalhar para restaurar a adoração e serviços ao verdadeiro Deus. Havendo reparado as portas do templo, chamou os levitas e confessou os pecados dos seus pais como se relata em 2Crónicas 29:3-10. Então designou um serviço Pascal no qual as bênçãos recebidas ultrapassaram as suas expectativas.
Do mesmo modo, quando Neemias estava a preparar o regresso a Jerusalém para ver a obra de restauração terminada, fez confissão dos pecados dos seus pais e também dos seus. Vede Neemias 1:6.
Mais tarde, quando o povo se reuniu para a festa dos tabernáculos, “fizeram confissão pelos seus pecados e pelas iniquidades de seus pais.” Neemias 9:2.
A mais conhecida de todas é a maravilhosa oração de Daniel quando ele confessou as transgressões das gerações anteriores como se elas fossem propriamente suas. Vede Daniel 9:4-19. Esta oração foi seguida por uma maravilhosa revelação da verdade.
Hoje, somos chamados a confessar os pecados dos nossos pais na rejeição da luz que veio em Minneapolis. Isto é feito pelo franco reconhecimento que a mensagem enviada nessa altura foi de facto rejeitada, entretanto, a verdade tem estado escondida de nós pelos nossos bem intencionados mas mal guiados pais. Mas a confissão deve ir mais fundo. Nós temos que confessar que temos pecado, mesmo que não saibamos, naquilo que, sob educação dos nossos pais, recebemos amplamente e muitas vezes completamente as suas ideias e espírito em relação à verdade que nos tem causado a resistência à obra do Espírito Santo quando Ele tem tentado reviver a verdade em nós. Isto deve ser seguido por um estudo diligente e aplicação pessoal da mensagem que o Senhor enviou através dos Seus mensageiros escolhidos em Minneapolis. Todos os que têm feito estas coisas têm sido maravilhosamente abençoados enquanto aqueles que continuarem a adoptar este procedimento também serão os recipientes dos maravilhosos derramamentos da luz e graça divina. Uma vez satisfeitas estas condições, as promessas serão cumpridas.[JR13] 
Quando os irmãos dirigentes tomaram a sua posição contra o regresso do anjo em 1950, o Senhor operou maravilhosamente para trazer a verdade ao conhecimento em várias lugares da Terra até agora, ela tem-se espalhado a praticamente todas as partes do mundo. A história de todos estes desenvolvimentos é demasiado longa para ser relatada aqui, mas reservaremos outro volume se alguma vez tivermos tempo para o fazer.
O período presente é um período em que o anjo cuja glória encherá toda a Terra está activamente implantando a mensagem nos corações e vidas do estabelecido povo de Deus. Quando esta educação e preparação estiverem completa, a segunda fase da obra será iniciada — a proclamação desta luz a todas as nações na face da Terra. Quando chegar a hora para este próximo desenvolvimento ocorrer, a obra será assistida por um derramamento do Espírito Santo com tal poder que será maior do que o visto no Pentecostes.[JR14]  Quando vier este tempo, a profecia de Joel será cumprida segunda vez, embora com maior poder, manifestações da presença de Deus mais remarcáveis e a todas as pessoas na face da Terra.
“há de ser que, depois derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o Meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar.” Joel 2:28-32.
Quando, no dia de Pentecostes, aconteceu um poderoso derramamento do Espírito Santo, Pedro, sob inspiração, declarou que o acontecimento era o cumprimento desta profecia. Foi, mas essa foi a chuva temporã e a chuva serôdia será muito mais abundante.
A missão do quarto anjo é iluminar todo o mundo com a glória do carácter de Deus e levar a missão do evangelho ao seu termo. Uma vez começado o seu ministério pelo mundo exterior, haverá rápido desenvolvimento. Os crentes que forem comissionados para levarem a última mensagem de advertência “... serão antes qualificados pela unção de Seu Espírito do que pelo preparo das instituições de ensino.” O Grande Conflito, 606.
Enviados para falar, não as suas próprias palavras, mas as palavras que o Senhor lhes der, apresentarão o evangelho na pureza e poder.
A restauração do dom da profecia através do qual a comunicação directa será restabelecida entre a igreja na Terra e a sua Cabeça divina, Jesus Cristo, abrirá visões ainda mais amplas da verdade do que as recebidas anteriormente. A glória de Deus brilhará como nunca antes e os pecados de Babilónia na procura de construir o reino de Deus pelos planos humanos serão expostos com incrível clareza.[JR15]  Milhares vezes milhares serão despertos enquanto ouvem as verdades que têm sido escondidas deles e serão convencidos que o caminho seguido pelo mundo está a conduzir a um desastre certo em vez da solução para os crescentes problemas da Terra.
Os doentes serão curados, a vista será dada aos cegos, os coxos andarão e muitos outros milagres serão realizados. Nada disto, contudo, será a irrefutável prova da presença do Espírito, porque o inimigo das almas estará a usar todo o seu poder para contrafazer a obra de Deus. Ele enganará os que “... habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta ...”[JR16]  Apocalipse 13:14.
“Não se acham aqui preditas meras imposturas. Os homens são enganados por sinais que os agentes de Satanás têm poder para fazer, e não pelo que pretendam realizar.” O Grande Conflito, 553.
Tão poderosos serão os testemunhos do Espírito de Deus através do Seu povo, tão crítica a contenção, tão poderosos os acontecimentos, que a atenção de todos os homens, mulheres e crianças na Terra será atraída. Será impossível uma pessoa, velha ou jovem, rica ou pobre, alta ou baixa, escapar aos requisitos de tomar uma decisão a favor ou contra a verdade. Multidões inicialmente decidir-se-ão a favor, mas quando a tempestade se desenvolver e virem que estão ameaçados com multas, prisão e perseguição, a maioria negará a sua experiência anterior e denunciará aqueles que os levaram ao Senhor da sua salvação. Tão extensa será esta queda que no final parecerá que ninguém ficará do lado da verdade. Forçados a fugir para salvar as vidas, o fiel remanescente encontrará refúgio nas cavernas e montanhas.
Satanás e os seus agentes serão incansáveis na sua determinação para esmagar a verdade a menos que ela seja recebida por aqueles que têm mantido durante muito tempo em cativeiro. Por todos os meios ao seu alcance opor-se-ão a Deus e ao Seu povo. Do seu lado estarão os terríveis poderes do estado e seus exércitos, armamento e equipamento de busca e vigilância, forças policiais e unidades de serviços especiais. Os últimos existem hoje para enfrentar a ameaça do terrorismo e a experiência obtida no tratamento com este povo cruel e desesperado, será usado na guerra contra os membros do movimento do quarto anjo e suas verdades.
Em face deste tipo de oposição, parecerá impossível a luz do terceiro anjo ser levada a toda a nação, tribo, língua e povo. Mas o que é o poder do homem comparado com o do Altíssimo? Exactamente como as autoridades romanas não puderam de alguma forma impedir Cristo quando esteve na Terra assim será de novo. Apesar dos seus determinados esforços, a glória de Deus será levada a todas as pessoas vivas nessa altura. Ninguém ficará com evidência insuficiente para formar uma inteligente decisão para esse tempo e para a eternidade.
A obra atribuída ao quarto anjo será finalizada até ao último pormenor. Não há objectivos não alcançados, nem assuntos por acabar. O seu encerramento será marcado pela saída de Cristo do lugar santíssimo do santuário celestial, seguindo-se imediatamente o Seu anúncio que quem é justo sê-lo-á para sempre, enquanto os que escolheram rejeitar o precioso dom da salvação nunca mais podem mudar a sua condição.
O quarto anjo finalizará uma certa fase da obra de Deus, a realização do qual prepara o caminho para o ministério dos últimos três anjos cuja obra será feita depois do fim da provação. É somente quando a sua obra estiver por fim finalizada que o grande conflito pode ser levado ao fim com os seus propósitos totalmente alcançados e o caminho preparado para o regresso de Cristo e Seus exércitos.
O quarto anjo não falhará. “A sua mensagem é a última a ser dada ao mundo; e ela realizará a sua obra.” O Grande Conflito, 390. O fecho da porta da graça virá, o grande conflito será finalizado e o nosso Salvador regressará nas nuvens do céu. Mas antes que Ele o faça, o quinto, o sexto e o sétimo anjos deverão cumprir também as suas responsabilidades.




 [JR1]Neste parágrafo importante reter que tinha havido já duas tentativas para finalizar a obra.
 [JR2]Importante realçar que a falha não esta do lado Deus, como os adventistas pensaram em 1844 e depois também em 1888. A falha está do lado do homem que substitui as orientações de Deus pelas teorias e procedimentos humanos. Causas podemos falar do ponto anteriormente estudado, no capitulo 12, que fala da pressão ou da tendência do homem pegar na obra por não ter a fé nem a paciência para esperar.
“Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” Apoc. 14:12. Mensagem do 3º Anjo
 [JR3]O povo que terminará a obra terá que ter estas duas convicções:
1. Uma verdadeira renovação da vida espiritual
2. Uma completa reforma do pensamento humano em favor das orientações divinas.
 [JR4]Efésios 3:14-19
 [JR5]O erros do passado voltam-se a repetir, mais uma vez a história revela aqui a sua importância pois ela serve para nós podermos aprender com os erros do passado e não voltarmos a comete-los pois não há espaço de manobra. O Ministério deve ser o guardador fiel de Jesus Cristo e levar o seu rebanho junto dele.
 [JR6]Portanto este mesmo testemunho pode ser aplicado também nos dias de hoje.
 [JR7]Portanto só quando rejeitado é que o anjo voltaria ao seu lugar e deixaria de fazer o seu ministério e só quando houvesse necessidade dele é que ele regressaria.
 [JR8]Cada vez à menos espaço para pecar e como diz aqui neste parágrafo qualquer que fosse a decisão que eles tomariam seria de longe mais responsável, crítica e definitiva. Assim a linha de separação será traçada.
 [JR9]Um movimento iniciado por Deus e que vive a Sua vista não é certamente um movimento em que tem espaço para ideias, pensamentos e terias erradas onde o homem é a cabeça.
 [JR10]Em vez de confiarem em Deus e na Sua Guia, não confiavam nos homens a direcção da Igreja.
 [JR11]Isto é o resultado da decisão a e confiança nas obras dos homens e não de Deus e depois veios os resultados desta decisão.
 [JR12]A lei tem que estar no coração tem que ser parte de nós, não lei nas tábuas de pedra mas no coração de carne.
 [JR13]Estes são os passos que nos precisamos fazer e seguir para atingirmos então o terceiro dia… depois como as condições estão cumpridas virá então o fim.
 [JR14]Derramamento da Chuva Serôdia.
 [JR15]Contraste aqui estabelecido.
 [JR16]Falsos Mensageiros.

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