Os Sete Anjos
Capítulo 13
O Regresso do
Quarto Anjo
A rejeição do
quarto anjo em Minneapolis, foi a segunda frustração da tentativa de Deus para
finalizar a obra através da mensagem do terceiro anjo. A primeira vez tinha
sido imediatamente após 1844, antes do laodiceanismo ter tomado o lugar da
verdadeira religião.[JR1]
Isto deixou
Deus sem alternativa senão enviar o quarto anjo outra vez, porque a mensagem do
terceiro anjo em verdade é a única pela qual a obra pode ser finalizada. Não há
outra alternativa. Isto significa que todas as vezes que o quarto anjo é
rejeitado, ele tem que vir outra vez até que por fim seja encontrado um povo
que aceite e ponha em prática a mensagem de acordo com a vontade e propósito
divinos. Então virá o fim.
Este factos
tendem a encher uma pessoa com o sentimento desanimador que este ciclo de
repetidos aparecimentos e rejeições possa continuar para sempre, mas, tende bom
ânimo em Deus, porque o testemunho da profecia indica que o quarto anjo apenas
precisará de voltar uma vez depois da trágica rejeição que sofreu em 1888.
Quando o fizer, será aceite de todo o coração por um povo em todo o mundo e a
obra será finalizada.
Nenhuma falta
se encontra nos meios dados na mensagem e obra do quarto anjo, porque a falha
está unicamente no povo de Deus por ter fracassado em fazer a obra de acordo
com os caminhos d’Ele. Escolheram, como fizeram todos os movimentos no passado,
substituir as orientações e poder de Deus pelas teorias e procedimentos
humanos. Essa é a causa do fracasso, não qualquer falta na mensagem. A única
esperança está numa geração de pessoas que se entregue totalmente à verdade de
Deus como Ele a envia e em fazer a obra de Jeová à Sua maneira. A mensagem é
mais do que adequada para a sua missão.[JR2]
Mas, quanto
tempo deve o anjo esperar depois de 1888-1893 para voltar? Com certeza, ele não
podia vir de novo à geração que o rejeitou a menos que ela tivesse visto e
completamente se tivesse arrependido do terrível pecado cometido em
Minneapolis. Eles não demonstraram a mínima disposição de fazer isto, assim o
anjo não veio para eles outra vez.
Depois de ser
claro que não se arrependeriam, a oportunidade que desprezaram tinha que ser
dada a outra geração, que recebesse o chamamento e do mesmo modo enfrentasse o
teste que os seus antecessores falharam. Esta geração que se seguiu seria
convidada a compreender que a obra nunca podia ser finalizada a menos que
houvesse uma verdadeira renovação da vida espiritual, seguida por uma completa
reforma do pensamento humano em favor das orientações divinas. Uma vez
estabelecidas estas convicções, tinha chegado o tempo em que o quarto anjo
encontraria um povo receptivo que poderia ser ensinado e portanto a
possibilidade de ver a obra finalizada. Nem todos no movimento aceitariam,
porque as virgens loucas estarão na igreja até serem separadas das prudentes no
fim da provação. Todavia, o Senhor encontrará um povo que será leal e
verdadeiro e será através dele que Ele realizará o Seu divino propósito.[JR3]
Deus prometeu
que: “Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o Seu
segredo aos Seus servos, os profetas.”
Portanto, o
que teve lugar em Minneapolis e o que se desenvolveu depois, foi escrito na
palavra profética antes dos acontecimentos em si mesmos ocorrerem no devido
tempo.
Em primeiro
lugar, olharemos as profecias escritas depois de 1888 que predizem o regresso
da mensagem e da sua rejeição pela maioria. A primeira a ser citada foi escrita
em 1890, a seguir à tragédia de Minneapolis:
“Haverá nas
igrejas uma maravilhosa manifestação do poder de Deus, mas não surtirá efeito
naqueles que se não humilharam perante o Senhor e abriram a porta do coração
pela confissão e arrependimento. Na manifestação desse poder que ilumina o
coração com a glória de Deus, verão apenas algo que na sua cegueira pensam ser
perigoso, algo que despertará os seus receios e fortalecê-los-á a resistirem.
Porque o Senhor não opera segundo as ideias e expectativas deles, opor-se-ão à
obra. ‘Porquê’, dizem, ‘não devíamos nós conhecer o Espírito de Deus, quando temos
estado a trabalhar há tantos anos?’ — porque não responderam às advertências,
às súplicas da mensagem de Deus, mas persistentemente disseram, ‘rico sou, e
estou enriquecido, e de nada tenho falta.’ Talento, longa experiência, não
tornarão os homens canais de luz a menos que se coloquem sob os raios do Sol da
Justiça.” The Review and Herald Extra, 23 de Dezembro de 1890.[JR4]
Esta não pode
ser uma profecia da vinda da mensagem em Minneapolis, porque quando este
testemunho foi escrito essa já estava no passado e a rejeição da luz já se
tinha tornado certa. Foi uma predição que se cumpriria mais tarde quando a
mensagem viesse pela segunda vez. Houve apenas uma restrita manifestação do
maravilhoso poder de Deus entre 1888 e 1893, mas virá o tempo em que haverá uma
“... maravilhosa manifestação do poder de Deus ...” Mas, estai certos, que uma vez mais, o ministério será o principal
opositor da proclamação da verdade e fará tudo o que estiver ao seu alcance
para assegurar que ela não seja recebida e avance. Porém, apesar desta
firme oposição, a mensagem será aceite pelos sinceros de coração e terá sucesso
onde falhou no passado.[JR5]
Um segundo testemunho confirmando a verdade que a mensagem não será
compreendida nem recebida por muitos, é o seguinte:
“A mensagem do
terceiro anjo não será compreendida, a luz que iluminará a terra com a sua
glória será chamada de luz falsa por aqueles que recusam caminhar no avanço da
sua glória. A obra que podia ter sido feita, será deixada por fazer pelos que
rejeitam a verdade, por causa da sua incredulidade. Apelamos aqueles que se
opõem à luz da verdade, que saiam do caminho do povo de Deus. Deixai que a luz
enviada pelo Céu brilhe sobre ele em claros e firmes raios. Deus considera
aqueles a quem esta luz vem, responsáveis pelo uso que fazem dela. Aqueles que
não ouvirem serão tomados como responsáveis; porque a verdade foi colocada ao
seu alcance, mas desprezaram as suas oportunidades e privilégios. Mensagens com
credenciais divinas têm sido enviadas ao povo de Deus; a glória, a majestade, a
justiça de Cristo, cheia de bondade e verdade foram apresentadas; a plenitude
da Divindade em Jesus Cristo foi apresentada entre nós com beleza e afecto,
para atrair todos cujos corações não estejam fechados com preconceito. Sabemos
que Deus tem operado entre nós. Temos visto almas voltarem do pecado para a
justiça. Temos visto a fé reviver nos corações dos contritos. Seremos nós como
os leprosos que foram limpos que seguiram o seu caminho e só um voltou para dar
glória a Deus? Falemos antes da Sua bondade e louvemos Deus com o coração, a
pena e com a voz.” The Review and Herald, 27 de Maio de 1890.
Este
testemunho tem de facto uma aplicação ao que estava a acontecer quando foi
escrito, mas não pode ser confinado apenas a essa situação, porque, se essa
tivesse que ser apenas a única aplicação, então teria sido escrito: “A mensagem
do terceiro anjo [está a ser] compreendida, a luz que iluminará a Terra com a
sua glória [está a ser chamada] luz falsa, por aqueles que [estão a recusar]
caminhar no avanço da sua glória.” [JR6]
Deus com
certeza não foi apanhado de surpresa por aquilo que teve lugar em Minneapolis.
Ele revelou o Seu conhecimento prévio já desde o tempo do Antigo Testamento
quando descreveu pela profecia de Oseias, a sequência de acontecimentos que
conduziriam ao derramamento da chuva serôdia. É uma verdade bem estabelecida
que a chuva serôdia cai apenas no final da história deste mundo. Portanto, qualquer
profecia que trate com o derramamento desta poderosa bênção, deve ser aplicada
aos acontecimentos finais antes do fim da provação. Com esse princípio
estabelecido e um conhecimento daquilo que ocorreu em 1888, é uma questão
simples ver como a profecia de Oseias
5:15; 6:1-3 deve ser aplicada. Ela lê-se do seguinte modo:
“‘Irei e
voltarei ao meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a minha face;
estando eles angustiados, de madrugada me buscarão.’
“Vinde, e
tornemos ao Senhor, porque Ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a
ferida.
“Depois de
dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante
d’Ele.
“Então
conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a Sua saída, como a alva, é
certa; e Ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.”
Foi quando rejeitado entre 1888 e 1893, que o
poderoso quarto anjo declarou que voltaria ao seu lugar, até que, depois de
muitos cansativos e infrutíferos anos o povo de Deus se convencesse da sua necessidade deste poderoso anjo e seu
ministério, ele regressaria.[JR7]
Assim, por
volta de 1950, veio por fim o tempo em que o povo de Deus tinha visto o
resultado dos seus próprios caminhos, compreenderam que não estavam a fazer um
verdadeiro progresso em direcção ao reino e que portanto, tinham que examinar
as suas crenças e procedimentos para verem onde se tinham afastado. A sua
destituição espiritual tinha-se tornado tão desesperada que estavam prontos a
ouvir outra coisa diferente do adventismo laodicense. Assim se desenvolveram as
condições necessárias para limpar o caminho para o regresso do anjo. Começaram
a ouvir-se clamores pedindo um regresso ao Senhor, Sua verdade e Seus caminhos.
O Senhor
estava disposto a responder a esse movimento. A promessa é que “Depois de dois
dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante
dele.”
No que
respeita ao quarto anjo, este primeiro dia aconteceu quando ele tentou derramar
a luz e poder da chuva serôdia sobre o povo adventista entre 1888 e 1893.
Portanto, seguir-se-ia que o segundo dia seria a tentativa seguinte para trazer
a mesma bênção à igreja, mesmo assim, dentro da própria organização, o esforço
encontraria ainda menos sucesso do que em Minneapolis. Isto levaria uma pessoa
a perguntar como podia desta vez o anjo vir para ficar se a sua recepção era
ainda pior? A resposta está no facto que o Senhor nunca aceitará uma separação
do Seu povo até que não haja qualquer esperança do regresso para Ele. Então e
somente então prossegue Ele com a construção de um novo movimento fora do
corpo, a avaliação de Deus da verdade conforme dada através do Espírito de
Profecia e as consequências visíveis para a igreja com falta de poder
espiritual, vitória pessoal sobre o pecado e um sério apostatado, os membros
dos quais estão inconscientes que a glória do Senhor partiu deles.
Quando, em
1888, o anjo partiu pela primeira vez, a rejeição não foi final e havia ainda a
possibilidade de se arrependerem. Todavia, quando a mensagem viesse de novo, a
situação seria muito diferente. Os membros da igreja e os seus dirigentes
teriam a vantagem da sua história passada, a avaliação de Deus da verdade dada
através do Espírito de Profecia e as consequências visíveis para a igreja que
tinha falta de poder espiritual, vitória pessoal sobre o pecado e um sério
atraso na finalização da obra. Com esta compreensão, qualquer decisão que
fizessem seria de longe mais responsável, crítica e definitiva. É claro para
nós que a linha entre os que aceitaram e os que rejeitaram seria claramente
traçada, de modo que os dois se separariam para sempre. Isto teria lugar no
segundo dia.[JR8]
Depois deste
segundo dia, viria o terceiro durante o qual o Senhor se levantaria num
movimento distinto e separado que viveria “... à Sua vista”, aqueles que tinham aceite a mensagem do terceiro anjo
e agiriam em íntima comunhão com Ele. Durante este período de consolidação, o
povo do Senhor não devia esperar o reconhecimento das igrejas caídas nem do
mundo. É apenas à vista do Altíssimo que ele será reconhecido como um povo
vivo. Todo o resto, será contado demasiado insignificante para merecer atenção.
Uma vez que o
movimento tenha sido iniciado pelo Senhor e viva à Sua vista,[JR9]
há uma obra posterior de avanço no conhecimento de Deus que, uma vez efectuado,
trará o derramamento da chuva serôdia. Na versão original da Bíblia King James, Oseias 6:3 lê-se assim: “Então conheçamos, e prossigamos em
conhecer ao Senhor; a Sua saída, como a alva, está preparada; e Ele a nós virá
como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.”
Esta profecia
está a ser cumprida com a mesma exactidão que tem marcado todas as predições divinas.
Até ao final da década de 1940, parece que o povo adventista tinha fé implícita
nos dirigentes da igreja. Não era segredo que havia problemas na igreja mas
ninguém os atribuía aos homens que estavam na direcção e havia o sentimento
geral de confiança que os irmãos da Conferência Geral e do ministério sob a sua
direcção certamente resolveriam todo o problema que se levantasse.[JR10]
Mas à medida que essa fatídica década se aproximava do fim, o adventismo entrou
noutra fase.
Muitos
despertaram para a terrível compreensão que os homens no topo eram impotentes
para travar o aprofundamento da apostasia e tomou posse o sentimento que algo
tinha que ser feito.[JR11]
Se os irmãos no centro de operações não o fizessem, então muitos pensaram que
deviam tomar a obra nas suas próprias mãos. Assim surgiu um número de pequenos
movimentos independentes, cada um com um ênfase específico mas todos com o
mesmo chamamento à estrita obediência à lei de Deus.
Infelizmente, a
sua aproximação foi legalista, o antigo concerto de obedecer e viver. Todos
fracassaram em ver o ponto que o espírito de obediência tem que estar
implantado no interior antes de se poder produzir a obediência aceitável no
exterior.[JR12]
Nenhum destes movimentos perdurou. Muitos sobreviveram alguns anos antes de se desintegrarem
e foram substituídos por novos movimentos que por sua vez desapareceram ainda
em favor de outros. Eles representaram sinceras mas mal dirigidas tentativas de
alcançar a justiça aceitável, mas não puderam ser considerados como sendo a luz
e obra do quarto anjo. Contudo, até certo ponto, pelo menos alguns deles
cumpriram a profecia, naquilo a que chamaram a um regresso ao Senhor.
Entretanto,
acontecimentos verdadeiramente significativos estavam a desenvolver-se. Dois
missionários, R.J. Wieland e D.K. Short, tinham regressado de África para
assistirem às reuniões ministeriais e à sessão da Conferência Geral que se
realizou em 1950. Eles tinham feito um profundo estudo daquilo que se tornou
público na sessão da Conferência Geral de 1888 e ficaram cheios de um profundo
desejo de ver as momentosas verdades do quarto anjo se espalharem por toda a
igreja adventista. Ao mesmo tempo, ficaram profundamente inquietos quando viram
os ensinos das igrejas babilónicas serem adoptados mais e mais por ministros adventistas
e suas congregações.
Estes homens
conheciam bem a história do que acontecera em Minneapolis, Minnesota, e
compreenderam que a chuva serôdia não podia cair enquanto a igreja não deixasse
de recuar para a teologia babilónica e regressasse à mensagem do terceiro anjo
em verdade. Eles estavam bem cientes de que não havia desculpa para conhecerem
aquilo que a mensagem era, porque em 1888 ela foi proclamada pelos mensageiros
de Deus e completamente sancionada pelo próprio Senhor.
Com genuína,
terna preocupação pela igreja e seu futuro destino, estes dois irmãos
aproximaram-se dos dirigentes da Conferência Geral e expuseram os seus casos
perante eles. Ambos se juntaram fazendo soar uma advertência contra o
aprofundamento da apostasia e apelaram a uma aceitação e promoção das mensagens
que o Senhor tinha enviado através dos pastores Waggoner e Jones. Recomendaram
que os livros escritos por estes dois mensageiros fossem impressos e
distribuídos por todo o mundo.
Deve ser
creditado aos dirigentes que estas sugestões não foram de ânimos leve postas de
lado nem directamente recusadas. Pelo contrário, foi mostrado um considerável
interesse nas suas propostas e foi sugerido que pusessem os seus argumentos por
escrito. Encorajados por esta animadora e aparente abertura, os dois
missionários lançaram-se ao trabalho e, em algumas semanas apenas, produziram
um manuscrito dactilografado de 244 páginas com o título, 1888 Re-Examined. Isto foi submetido aos oficiais da Conferência
Geral no Outono de 1950. O regresso do quarto anjo estava a dar os seus
primeiros passos na re-introdução da sua mensagem, mas todos os envolvidos
nessa altura não tinham um conceito real do que se desenvolveria desses
primeiros movimentos.
Alguém pode
perguntar porque não reconhecemos nós o esforço feito em 1924 para apresentar
de novo a mensagem à igreja como a segunda tentativa do quarto anjo para
estabelecer a sua mensagem e obra. Um cuidadoso exame do que aconteceu nessa
altura dará a resposta. Em 22 de Outubro desse ano, o Conselho Consultivo da
Associação Ministerial reuniu-se em Des Moines, Iowa, e votou que o pastor A.G.
Daniells fosse encarregado de preparar uma compilação de escritos da pena da
inspiração acerca da justificação pela fé.
Ele começou o
trabalho e produziu um livro, Cristo
Nossa Justiça. Neste pequeno volume, ele fez referências específicas a 1888
como o tempo em que o Senhor apresentou a justificação pela fé à igreja, não
hesitou em declarar que a luz havia sido rejeitada e tornou muito claro que a
chuva serôdia não cairia enquanto não fosse dado à mensagem o lugar que Deus
lhe designou.
Mas este livro
não provocou reacção, levou uns poucos se alguns ao ponto de decisão e por isso
não se compara com o impacto que se esperaria de uma visita de um poderoso anjo
cuja glória encheria toda a Terra. Consequentemente, não classificamos a obra
do pastor Daniells como sendo o regresso do anjo de Apocalipse 18.
Nas propostas
feitas pelos pastores Wieland e Short, foi fortemente feito o ponto que: “Todo
o fracasso do povo de Deus em seguir a luz que brilhou no seu caminho durante o
século passado devia ser corrigido pela presente geração antes de poder ser
concedida à igreja remanescente qualquer evidência divina perante o mundo.”
“... Está
perante a igreja remanescente uma pesada prestação de contas. E quanto mais
cedo a questão for aberta e candidamente enfrentada melhor.”
“Uma tal visão
da questão exigirá que esta geração reconheça os factos do caso, e
completamente rectifique o trágico erro.” 1888
Re-Examined, 2, 3, 46.
Os dirigentes
da Conferência Geral que leram este manuscrito não ignoraram a veracidade deste
argumento com se pode ver ao referirem-se a ele na sua resposta intitulada,
First General Conference Report, 8. A sua declaração também se encontra em A Warning and its Reception, 252.
“Em todo o
vosso manuscrito é evidente que sentis que a denominação devia rectificar
certas coisas a propósito de 1888, e depois fazer o devido reconhecimento e
confissão do mesmo. Isto é realmente mais do que uma sugestão; vós insistis que
este procedimento deve ser seguido. São citados os seguintes extractos do vosso
manuscrito:”
Seguem-se
então os três pequenos parágrafos citados atrás.
Mas embora
vejam o ponto que os pastores Wieland e Short estão a apresentar, não o
aceitaram. Pelo contrário, recusaram-se a tomar a acção que este apelo sugere.
A sua defesa foi:
“Não
acreditamos que esteja de acordo com o plano e propósito de Deus que a presente
Direcção do movimento reconheça e confesse, quer em privado quer em público, a
respeito de quaisquer erros cometidos pelos dirigentes de uma geração passada.
Em muitas ocasiões houve períodos de apostasia nos dias de Israel e por vezes
estes afastamentos de Deus foram na verdade muito graves, mas não encontramos
que o Senhor requeira da geração seguinte que confesse os erros e transgressões
da geração anterior, como uma condição para o derramamento da Sua bênção sobre
o Seu povo. Deus na verdade chamou os Seus filhos ao arrependimento dos seus pecados, e quando regressaram a Ele
de todo o coração, os recebeu graciosamente e lhes deu as mais ricas bênçãos
divinas....
“Não temos
necessidade de ir atrás a 1888; esses dias estão no passado, décadas no passado
e em muitos casos para além do tempo de vida de alguns que agora trabalham para
Deus.” First General Conference Report, 9. A
Warning and its Reception, 253.
Esta decisão
era tanto incrível como trágica. Por alguma razão estes homens não se
aperceberam que o Senhor exigia que o Seu povo confessasse os pecados das
gerações anteriores como condição para Ele os aceitar:
“Então
confessarão a sua iniquidade, e a iniquidade de seus pais, com as suas
transgressões, com que transgrediram contra Mim; como também eles andaram
contrariamente para comigo. Eu também andei para com eles contrariamente, e os
fiz entrar na terra dos seus inimigos; se então o seu coração incircunciso se
humilhar, e então tomarem por bem o castigo da sua iniquidade, também Eu Me
lembrarei da Minha aliança com Jacob, e também da Minha aliança com Isaque, e
também da Minha aliança com Abraão Me lembrarei, e da terra Me lembrarei.” Levítico 26:40-42.
A menos que
haja uma correcta compreensão de quem são os pais referidos nestes versículos,
pode resultar uma grave má compreensão. Estes são os pais espirituais da
geração anterior. Os seus pecados como se refere aqui são os afastamentos da
verdade de Deus numa aprofundante apostasia. Nenhum homem tem que confessar os
pecados individuais dos seus pais. Por exemplo, o pai era um ladrão, mas o
filho um homem honesto, o mais novo não tinha que fazer confissão dos crimes
dos seus antecessores. Mas, quando uma geração se afasta de Deus, os seus
membros trazem os seus filhos na mesma apostasia de modo que os pecados dos
pais se tornaram nos pecados dos filhos. Neste caso, os filhos têm realmente
que confessar os pecados dos pais porque eles se tornaram os seus próprios
pecados. Sem isto, nunca podem receber a libertação daqueles pecados e voltarem
para o Senhor.
Portanto, quando
em 1888, os nossos pais espirituais voltaram as costas à verdade de Deus,
sujeitaram os seus filhos à mesma rejeição da luz. Consequentemente, os pecados
dessa geração continuaram para a presente, necessitando que a condição fosse
enfrentada: “... se confessarem a sua iniquidade e a iniquidade dos seus pais ...”, de modo que a promessa pudesse
ser cumprida: “Então lembrar-me-ei do Meu concerto com Jacob, e o Meu concerto
com Isaque e o Meu concerto com Abraão Me lembrarei....”
É digno de
nota que os grandes homens da Bíblia, quando descobriram a profundidade da
apostasia de Israel, confessaram na verdade os seus próprios pecados e a
iniquidade dos seus pais. Quando fizeram isto, seguiu-se sempre uma maravilhosa
bênção de uma maneira ou de outra. Um exemplo marcante é o rei Ezequias que
subiu ao trono num período de grave afastamento do Senhor. Logo no primeiro ano
do seu reinado, começou a trabalhar para restaurar a adoração e serviços ao
verdadeiro Deus. Havendo reparado as portas do templo, chamou os levitas e
confessou os pecados dos seus pais como se relata em 2Crónicas 29:3-10. Então designou um serviço Pascal no qual as
bênçãos recebidas ultrapassaram as suas expectativas.
Do mesmo modo,
quando Neemias estava a preparar o regresso a Jerusalém para ver a obra de
restauração terminada, fez confissão dos pecados dos seus pais e também dos
seus. Vede Neemias 1:6.
Mais tarde,
quando o povo se reuniu para a festa dos tabernáculos, “fizeram confissão pelos
seus pecados e pelas iniquidades de
seus pais.” Neemias 9:2.
A mais
conhecida de todas é a maravilhosa oração de Daniel quando ele confessou as
transgressões das gerações anteriores como se elas fossem propriamente suas.
Vede Daniel 9:4-19. Esta oração foi
seguida por uma maravilhosa revelação da verdade.
Hoje, somos
chamados a confessar os pecados dos nossos pais
na rejeição da luz que veio em Minneapolis. Isto é feito pelo franco
reconhecimento que a mensagem enviada nessa altura foi de facto rejeitada,
entretanto, a verdade tem estado escondida de nós pelos nossos bem
intencionados mas mal guiados pais. Mas a confissão deve ir mais fundo. Nós
temos que confessar que temos pecado, mesmo
que não saibamos, naquilo que, sob educação dos nossos pais, recebemos
amplamente e muitas vezes completamente as suas ideias e espírito em relação à
verdade que nos tem causado a resistência à obra do Espírito Santo quando Ele
tem tentado reviver a verdade em nós. Isto deve ser seguido por um estudo diligente e aplicação
pessoal da mensagem que o Senhor enviou através dos Seus mensageiros
escolhidos em Minneapolis. Todos os que têm feito estas coisas têm sido
maravilhosamente abençoados enquanto aqueles que continuarem a adoptar este
procedimento também serão os recipientes dos maravilhosos derramamentos da luz
e graça divina. Uma vez satisfeitas estas condições, as promessas serão
cumpridas.[JR13]
Quando os
irmãos dirigentes tomaram a sua posição contra o regresso do anjo em 1950, o
Senhor operou maravilhosamente para trazer a verdade ao conhecimento em várias
lugares da Terra até agora, ela tem-se espalhado a praticamente todas as partes
do mundo. A história de todos estes desenvolvimentos é demasiado longa para ser
relatada aqui, mas reservaremos outro volume se alguma vez tivermos tempo para
o fazer.
O período
presente é um período em que o anjo cuja glória encherá toda a Terra está
activamente implantando a mensagem nos corações e vidas do estabelecido povo de
Deus. Quando esta educação e preparação estiverem completa, a segunda fase da
obra será iniciada — a proclamação desta luz a todas as nações na face da
Terra. Quando chegar a hora para este próximo desenvolvimento ocorrer, a obra
será assistida por um derramamento do Espírito Santo com tal poder que será
maior do que o visto no Pentecostes.[JR14]
Quando vier este tempo, a profecia de Joel
será cumprida segunda vez, embora com maior poder, manifestações da presença de
Deus mais remarcáveis e a todas as pessoas na face da Terra.
“há de ser
que, depois derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e
vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens
terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias
derramarei o Meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e
fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue,
antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E há de ser que todo aquele
que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém
haverá livramento, assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes, aqueles
que o Senhor chamar.” Joel 2:28-32.
Quando, no dia
de Pentecostes, aconteceu um poderoso derramamento do Espírito Santo, Pedro,
sob inspiração, declarou que o acontecimento era o cumprimento desta profecia. Foi,
mas essa foi a chuva temporã e a chuva serôdia será muito mais abundante.
A missão do
quarto anjo é iluminar todo o mundo com a glória do carácter de Deus e levar a
missão do evangelho ao seu termo. Uma vez começado o seu ministério pelo mundo
exterior, haverá rápido desenvolvimento. Os crentes que forem comissionados
para levarem a última mensagem de advertência “...
serão antes qualificados pela unção de Seu Espírito do que pelo preparo das
instituições de ensino.” O Grande
Conflito, 606.
Enviados para
falar, não as suas próprias palavras, mas as palavras que o Senhor lhes der,
apresentarão o evangelho na pureza e poder.
A
restauração do dom da profecia através do qual a comunicação directa será
restabelecida entre a igreja na Terra e a sua Cabeça divina, Jesus Cristo,
abrirá visões ainda mais amplas da verdade do que as recebidas anteriormente.
A glória
de Deus brilhará como nunca antes e os pecados de Babilónia na procura de
construir o reino de Deus pelos planos humanos serão expostos com incrível
clareza.[JR15] Milhares vezes milhares serão
despertos enquanto ouvem as verdades que têm sido escondidas deles e serão
convencidos que o caminho seguido pelo mundo está a conduzir a um desastre
certo em vez da solução para os crescentes problemas da Terra.
Os doentes
serão curados, a vista será dada aos cegos, os coxos andarão e muitos outros
milagres serão realizados. Nada disto, contudo, será a irrefutável prova da
presença do Espírito, porque o inimigo das almas estará a usar todo o seu poder
para contrafazer a obra de Deus. Ele enganará os que “... habitam na terra com
sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta ...”[JR16] Apocalipse 13:14.
“Não se acham
aqui preditas meras imposturas. Os homens são enganados por sinais que os
agentes de Satanás têm poder para fazer, e não pelo que pretendam realizar.” O Grande Conflito, 553.
Tão poderosos
serão os testemunhos do Espírito de Deus através do Seu povo, tão crítica a
contenção, tão poderosos os acontecimentos, que a atenção de todos os homens,
mulheres e crianças na Terra será atraída. Será impossível uma pessoa, velha ou
jovem, rica ou pobre, alta ou baixa, escapar aos requisitos de tomar uma
decisão a favor ou contra a verdade. Multidões inicialmente decidir-se-ão a
favor, mas quando a tempestade se desenvolver e virem que estão ameaçados com
multas, prisão e perseguição, a maioria negará a sua experiência anterior e
denunciará aqueles que os levaram ao Senhor da sua salvação. Tão extensa será
esta queda que no final parecerá que ninguém ficará do lado da verdade.
Forçados a fugir para salvar as vidas, o fiel remanescente encontrará refúgio
nas cavernas e montanhas.
Satanás e os
seus agentes serão incansáveis na sua determinação para esmagar a verdade a
menos que ela seja recebida por aqueles que têm mantido durante muito tempo em
cativeiro. Por todos os meios ao seu alcance opor-se-ão a Deus e ao Seu povo.
Do seu lado estarão os terríveis poderes do estado e seus exércitos, armamento
e equipamento de busca e vigilância, forças policiais e unidades de serviços
especiais. Os últimos existem hoje para enfrentar a ameaça do terrorismo e a
experiência obtida no tratamento com este povo cruel e desesperado, será usado
na guerra contra os membros do movimento do quarto anjo e suas verdades.
Em face deste
tipo de oposição, parecerá impossível a luz do terceiro anjo ser levada a toda
a nação, tribo, língua e povo. Mas o que é o poder do homem comparado com o do
Altíssimo? Exactamente como as autoridades romanas não puderam de alguma forma
impedir Cristo quando esteve na Terra assim será de novo. Apesar dos seus
determinados esforços, a glória de Deus será levada a todas as pessoas vivas
nessa altura. Ninguém ficará com evidência insuficiente para formar uma
inteligente decisão para esse tempo e para a eternidade.
A obra
atribuída ao quarto anjo será finalizada até ao último pormenor. Não há
objectivos não alcançados, nem assuntos por acabar. O seu encerramento será
marcado pela saída de Cristo do lugar santíssimo do santuário celestial,
seguindo-se imediatamente o Seu anúncio que quem é justo sê-lo-á para sempre,
enquanto os que escolheram rejeitar o precioso dom da salvação nunca mais podem
mudar a sua condição.
O quarto anjo
finalizará uma certa fase da obra de Deus, a realização do qual prepara o
caminho para o ministério dos últimos três anjos cuja obra será feita depois do
fim da provação. É somente quando a sua obra estiver por fim finalizada que o
grande conflito pode ser levado ao fim com os seus propósitos totalmente
alcançados e o caminho preparado para o regresso de Cristo e Seus exércitos.
O quarto anjo
não falhará. “A sua mensagem é a última a ser dada ao mundo; e ela realizará a
sua obra.” O Grande Conflito, 390. O
fecho da porta da graça virá, o grande conflito será finalizado e o nosso
Salvador regressará nas nuvens do céu. Mas antes que Ele o faça, o quinto, o
sexto e o sétimo anjos deverão cumprir também as suas responsabilidades.
[JR1]Neste
parágrafo importante reter que tinha havido já duas tentativas para finalizar a
obra.
[JR2]Importante
realçar que a falha não esta do lado Deus, como os adventistas pensaram em 1844
e depois também em 1888. A falha está do lado do homem que substitui as
orientações de Deus pelas teorias e procedimentos humanos. Causas podemos falar
do ponto anteriormente estudado, no capitulo 12, que fala da pressão ou da
tendência do homem pegar na obra por não ter a fé nem a paciência para esperar.
“Aqui está a paciência dos santos; aqui
estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” Apoc. 14:12.
Mensagem do 3º Anjo
[JR3]O
povo que terminará a obra terá que ter estas duas convicções:
1. Uma verdadeira renovação da vida espiritual
2. Uma completa reforma do pensamento humano em favor
das orientações divinas.
[JR4]Efésios
3:14-19
[JR5]O
erros do passado voltam-se a repetir, mais uma vez a história revela aqui a sua
importância pois ela serve para nós podermos aprender com os erros do passado e
não voltarmos a comete-los pois não há espaço de manobra. O Ministério deve ser
o guardador fiel de Jesus Cristo e levar o seu rebanho junto dele.
[JR6]Portanto
este mesmo testemunho pode ser aplicado também nos dias de hoje.
[JR7]Portanto
só quando rejeitado é que o anjo voltaria ao seu lugar e deixaria de fazer o
seu ministério e só quando houvesse necessidade dele é que ele regressaria.
[JR8]Cada
vez à menos espaço para pecar e como diz aqui neste parágrafo qualquer que
fosse a decisão que eles tomariam seria de longe mais responsável, crítica e
definitiva. Assim a linha de separação será traçada.
[JR9]Um
movimento iniciado por Deus e que vive a Sua vista não é certamente um
movimento em que tem espaço para ideias, pensamentos e terias erradas onde o
homem é a cabeça.
[JR10]Em
vez de confiarem em Deus e na Sua Guia, não confiavam nos homens a direcção da
Igreja.
[JR11]Isto
é o resultado da decisão a e confiança nas obras dos homens e não de Deus e
depois veios os resultados desta decisão.
[JR12]A
lei tem que estar no coração tem que ser parte de nós, não lei nas tábuas de
pedra mas no coração de carne.
[JR13]Estes
são os passos que nos precisamos fazer e seguir para atingirmos então o
terceiro dia… depois como as condições estão cumpridas virá então o fim.
[JR14]Derramamento
da Chuva Serôdia.
[JR15]Contraste
aqui estabelecido.
[JR16]Falsos
Mensageiros.
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