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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

OS SETE ANJOS EM APOCALIPSE - CAPITULO 5 - F T Wright






Os Sete Anjos


Capítulo 5


O Evangelho, Génesis e o Primeiro Anjo


O início do grande Segundo Movimento do Advento, é a tentativa final de Deus para levar o Seu povo à Sua Santa habitação, e, desta vez, será bem sucedido. Cada uma das tentativas anteriores falhou porque o Seu povo não compreendeu verdadeiramente aquilo que Deus desejava precisamente alcançar, através dele e por ele e os meios pelos quais seria alcançado. Portanto, esta última geração tem que obter a visão espiritual pela qual compreenderá o que é na realidade a obra e o propósito de Deus[ADF1]  e será capaz de entrar tão inteiramente neles que o Senhor pode finalmente acabar a tão longa e escura noite de pecado e repousar com o Seu povo na Sua obra acabada.
Inicialmente uma poderosa obra de preparação deve ser realizada no povo de Deus. O ministério do primeiro anjo é chamado a fazer essa obra. É o cumprimento profetizado, não apenas das profecias de Daniel e Apocalipse, mas também a festa das trombetas que era celebrada durante os dez dias que levavam ao grande dia de expiação. O soar destas trombetas alertava o povo para a necessidade de fazerem a mais completa preparação para o dia de expiação e julgamento. Devia ser um período de total purificação de toda a profanação, tanto física como espiritual. Tal obra podia apenas ser efectuada pelo poder criador[ADF2]  do Ser Omnipotente, que é o evangelho, o poder vivo de Jeová para salvar do pecado. Nenhum homem em si mesmo tem a capacidade para levar a sua vida à harmonia com Deus e assim alcançar a capacidade necessária para entrar no Seu repouso — na Sua santa habitação.
Quando estas verdades forem inteiramente compreendidas, será visto porque o primeiro anjo vem trazendo e pregando o evangelho eterno e porque diz a todos para adorarem um Deus Criador, que deu existência à terra, ao mar e ao céu. Por outras palavras, será vista a relação entre o evangelho, Génesis e o anjo, não apenas no seu esforço final, mas em cada tentativa da parte de Deus para finalizar o pecado e entrar com o Seu povo no Seu repouso, o repouso da obra acabada de homens e mulheres perfeitos.[ADF3] 
A mensagem do primeiro anjo devia ser lida uma e outra vez com cuidadosa atenção sendo dada à verdade que a mensagem trazida por este mensageiro não é apenas nova e adicional, mas o poder vivo do evangelho de Jesus Cristo. Essa era a mensagem e também o seu poder. Sem essas verdades e o poder nelas contido, o primeiro anjo nada teria alcançado dos propósitos reais de Deus.[ADF4]  Os que compreendem o que o primeiro anjo foi enviado a pregar e experimentam esta grande bênção nas suas vidas, verão como nunca antes que o chamamento para adorar Deus como o Criador tem um significado muito maior do que aquele que conhecíamos antes. Aqui estão as palavras que anunciam a missão do primeiro anjo. Considerai-as cuidadosamente:
“E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo.
 “Dizendo, com grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, porque é vinda a hora do seu juízo, e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” Apocalipse 14:6, 7.
O anjo é um símbolo do povo que é representado tendo o evangelho que eles então pregam a todas as nações na Terra. Que nenhum conceito inadequado do que estas palavras significam possua a mente de qualquer um dos que se preparam para o reino vindouro. Pensai no evangelho como sendo apenas aquilo que é — o vivo poder criador da infinita Omnipotência do Altíssimo. Então compreendei que isso é o que o crente deve possuir em si — o poder de Deus para salvar do pecado. Uma vez que ele tenha isso e esteja desse modo livre do pecado, tem algo para pregar. Tal pessoa, não apresenta meramente um argumento, nem contende por uma teoria, mas prega poder. A sua palavra tem poder e o efeito que causa naquele que está preparado para ouvir a palavra, é maravilhoso. [ADF5] 
A mensagem adverte-nos do julgamento vindouro e nesse contexto dirige as mentes de todos, em toda a nação na Terra para o primeiro capítulo de Génesis onde o Senhor é revelado como o Criador de todas as coisas. Há um grande significado nisto, um alcance que, atingido pelo povo do advento, assegurará a rápida conclusão da obra de Deus e a introdução dos justos nas santas habitações eternas. Não há desculpa para ignorar este assunto, pois, em cada um dos grandes momentos em que Ele esteve quase a libertá-los dos opressores e a admiti-los no Seu reino, dirigiu as suas mentes para o Seu poder criador.
Alonzo T. Jones viu esta verdade e lutou no poder no Espírito Santo para abrir as mentes do povo adventista para a ver também. Um grande exemplo deste esforço é o estudo Bíblico que deu aos delegados e visitantes que estiveram na Conferência Geral de 1901. Foi no estudo das 7 horas de 4 de Abril. O que se segue agora é a apresentação do que A. T. Jones disse nessa noite. Ele será frequentemente citado, mas como cada citação sua vem no Boletim de 1901, referenciaremos apenas cada citação adicionando-lhe o seu nome seguido do número da página do Boletim. A totalidade do texto do seu estudo tal como ele o deu será encontrada no Apêndice.
O primeiro capítulo de Génesis provê uma verdadeira e autêntica porção da história, os significados e o processo da criação. Contudo, esta crónica não foi escrita senão dois mil anos mais tarde, pelo que a conclusão deve ser que houve um propósito divino em escrever este registo muito mais tarde apenas preservando o relato do acontecimento.  
Se Génesis 1 tivesse sido escrito no dia a seguir à criação, então poderia dizer-se que o único propósito de Deus era imortalizar na escrita o registo das Suas maravilhosas obras. Mas, por quase dois milénios o povo passou muito bem sem qualquer registo escrito da criação. A necessidade da preservação dos factos foi satisfeita pela memorização em cada geração e passada em palavras de boca em boca. A adição de uma versão escrita era para satisfazer um propósito além daquele que tinha sido satisfeito.
Deus esperou até que certa necessidade tivesse aparecido e depois deu a Moisés a tarefa de fazer o primeiro relato escrito daquilo que teve lugar durante os dias sucessivos desta primeira semana da Terra. Esse tempo e a necessidade a ele associada haviam chegado quando saiu a ordem divina anunciando que a hora chegara em que o Senhor livraria o Seu povo do Egipto e conduzi-lo-ia à Terra Prometida. Quando a promessa feita a Abraão foi transmitida a Israel quando Moisés era ainda o herdeiro do trono do Egipto, nem ele nem os anciãos compreendiam como é que ela devia ser cumprida. Eles pensaram que seria pelo planeamento humano ajudado pelo poder divino, um erro que levou Moisés a matar o opressor egípcio na expectativa de que este acto despoletaria uma revolta geral que, com a bênção de Deus e a experiência militar de Moisés, vencesse os egípcios.
Mas não era este o caminho de Deus. Portanto, Moisés teve que ser separado do Egipto por quarenta anos a fim de aprender como Deus cumpre a Sua palavra. Sozinho com o Altíssimo no meio da Suas obras criadas, Moisés foi ensinado pelo Espírito Santo a ver que "… a obra de Deus é sempre criadora", que "o que Deus faz é sempre pela criação". A. T. Jones, 102. Foi assim que Deus começou a Sua obra criadora e que é sempre a forma pela qual ela é levada em frente.
Tão tremendas e vitais foram estas lições à medida que Moisés as recebia, queelas estavam muito mais adiantadas em relação aquilo que havia sido transmitido oralmente a respeito da criação. Além do mais, por ser esta a única maneira de Deus trabalhar, isto é pela criação, é evidente que pela criação Ele o salvaria do Egipto. Para que estas verdades essenciais pudessem ser comunicadas em toda a sua plenitude àqueles candidatos à liberdade, para que eles pudessem, no conhecimento delas, trabalhar e caminhar com Deus na sua partida da liberdade, Moisés foi encarregado de escrever o Génesis. O conhecimento de Deus revelado nesse livro tinha que ser verdadeiramente compreendido antes que Israel pudesse experimentar o suficiente das promessas de Deus para eles.[ADF6] 
Mas eles retiveram apenas uma ténue e materialista visão dos planos gloriosos para eles. Olharam com ansiosa expectativa apenas para a herança terrestre, o declinado remanescente da criação original em que agora reinava o pecado e a morte, uma terra onde manava leite e mel que sustentava somente a vida física. Isso era tudo o que eles viam e era tudo o que queriam.[ADF7] 
 Mas muito mais elevado do que isso era o ideal e propósito de Deus para o Seu povo, um ideal maravilhosamente expresso no inspirado cântico de Moisés depois de ter atravessado o Mar Vermelho.
"Tu, com a tua beneficência, guiaste a este povo, que salvaste: com a tua força o levaste à habitação da tua santidade.
"Os povos o ouvirão, eles estremecerão: apoderar-se-á uma dor dos habitantes da Palestina.
"Então os príncipes de Edom se pasmarão, dos poderosos dos moabitas apoderar-se-á um tremor, derreter-se-ão todos os habitantes de Canaan.
"Espanto e pavor cairá sobre eles: pela grandeza do teu coração emudecerão como pedra; até que o teu povo haja passado, ó Senhor, até que passe este povo que adquiriste.
"Tu os introduzirás e os plantarás no monte da tua herança, no lugar que tu, ó Senhor, aparelhaste para a tua habitação, no santuário, ó Senhor, que as tuas mãos estabeleceram." Êxodo 15:13-17.
Desse modo Deus lembrou-lhes que não seriam levado apenas para o lugar da sua habitação, mas para o lugar da Sua santa habitação. Qual lugar é essa santa habitação, esse lugar da herança de Deus, aquele lugar que foi feito para Ele habitar?
Não é o que resta da criação antiga, mas a plenitude do novo. O povo de Deus terá sido conduzido a isso quando estiver sobre o mar de vido com o nome de seu Pai escrito nas suas testas e cantarem o cântico de Moisés e do Cordeiro, tempo esse do qual está escrito:
"E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus." Êxodo 21:3.
Este é o tabernáculo ou santuário a que o Espírito Santo através de Moisés fez referência quando cantou os louvores de Deus nas margens do Mar Vermelho. "Tu os introduzirás e os plantarás no monte da tua herança, no lugar que tu, ó Senhor, aparelhaste para a tua habitação, no santuário, ó Senhor, que as tuas mãos estabeleceram." Êxodo 15:17.
Nesta altura, os israelitas não tinham um santuário típico terrestre, nem tinham ainda recebido qualquer intimação que lhes indicava que construíssem um. O templo a que Moisés sob inspiração observou não era a estrutura que seria erguida por mãos humanas, mas o "tabernáculo, o qual o Senhor fundou e não o homem." Hebreus 8:2.
Era a esta santa habitação, o lugar da morada de Deus, o santuário celestial, que o Senhor os traria, mas unicamente se primeiramente eles se tornassem habitação de Deus através do Espírito Santo. Este era o propósito divino. A tragédia foi que Israel estava tão casado com o mundo pecaminoso e seus prazeres passageiros que não compreenderam as maravilhosas intenções de Jeová para eles.[ADF8] 
Quando o Omnipotente apareceu a Moisés na sarça-ardente, avisou-o de que a libertação que Israel estava prestes a ter era o cumprimento da promessa feita a Abraão que tanto ele como a sua semente possuiriam a terra de Canaã como herança eterna. As palavras de Deus para Moisés foram:
"Portanto, dize aos filhos de Israel: Eu sou Jeová, e vos tirarei de de­baixo das cargas dos egípcios, vos livrarei da sua servidão e vos resga­tarei com braço estendido e com juí­zos grandes.
"E eu vos tomarei por meu povo, e serei vosso Deus; e sabereis que eu sou Jeová, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas dos egíp­cios;
"E eu vos levarei à terra, acerca da qual levantei minha mão que a daria a Abraão, a Isaac, e a Jacob, e vo-la darei por herança, eu Jeová." Êxodo 6:6-8.
A Abraão, tinha sido feita a promessa especificamente nestas palavras: "E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti, e a tua semente depois de ti, nas suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus, e à tua semente, depois de ti.
"E te darei a ti, e à tua semente depois de ti, a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaan, em perpétua possessão, e ser-lhes-ei o seu Deus." Génesis 17:7, 8.
"Quando Deus deu esta promessa a Abraão e fez o Seu juramento, era para Abraão e sua semente; não para a semente sem Abraão, ou para Abraão sem a sua semente. Assim quando Deus estava para os levar para a terra que Ele jurou a Abraão e Isaque, e Jacó para que a possuíssem, deviam estar todos juntos. Isto então é suficiente. Deus devia trazer o Seu povo, quer imediatamente ou ao longo do tempo, não é material. O grande objectivo que Deus tinha ao trazer o povo de Israel para fora do Egipto era conduzi-los à terra que jurou dar a Abraão e que terra diz Ele ser a Sua santa habitação, o lugar que Ele próprio construiu para Sua habitação, o monte da Sua própria herança e no santuário que as Suas próprias mãos fundaram.
"Uma vez que esse era o objectivo de Deus ao tirar o povo do Egipto e que a promessa a Abraão é a nova terra que criará, não vedes então o objectivo ao dar o Génesis? Foi assim para que eles pudessem tornar-se conhecedores da criação, do poder criado, de maneira que Deus pelo Seu poder criador pudesse criá-los de novo e levá-los a um novo mundo, que Ele criaria e daria a Abraão de acordo com aquilo que lhe tinha prometido? Vedes isso?
"A intenção de Deus ao dar o Génesis exactamente nessa altura foi para que o povo pudesse ser preparado para a obra que Ele tinha que fazer através dele por todo o mundo; obra pela qual Ele os prepararia para a obra que Ele faria através deles. Porque a obra de Deus é sempre criadora.
"Tudo o que faz é através da criação. A primeira coisa que Deus devia apresentar ao Seu povo, era um mundo criado de novo. Mas era impossível chegarem a isso sem serem eles próprios criados de novo. Portanto, para que pudesse ter instrução sobre a criação, escreveu um relato da criação como uma parábola, uma escola para instrução de toda a alma para que todos pudessem tornar-se conhecedores dos Seus processos, dos meios de Deus, do poder criador de Deus, de maneira que as obras de Deus através deles pudessem ser realizadas primeiramente operada nele[neles][1]." A.T. Jones, 101, 102.
O Altíssimo Deus apontou Jesus Cristo como Cabeça da igreja do deserto para que pudesse com sucesso preparar os membros da herança de Jeová, mas eles manifestaram a ruinosa disposição para atribuírem a posição de guia a si mesmos. Eles por fim exigiram um rei como as nações que os cercavam, esquecendo que nenhum homem nesta Terra tem o poder para criar e deste modo não pode preparar quem quer que seja para entrar na obra de Deus acabada. O propósito ao dar-lhes Génesis foi frustrado e foi dado a outro povo, numa outra altura, a oportunidade que eles desprezaram.
Uma esplêndida oportunidade como essa foi dada à igreja apostólica, mas os crentes falharam como fizeram os seus pais em desenvolver qualquer real apreciação do esplendor e magnitude daquilo que Deus propôs fazer neles e através deles. Os dirigentes estavam mais interessados em invejosamente salvaguardar as suas posições do que procurar o poder criador de Deus e a preparação pela qual podiam repousar na Sua obra acabada.
Agora chegou o nascimento do poderoso movimento do advento. Uma vez mais fomos colocados onde os israelitas estavam nos dias da sua libertação da escravidão do Egipto. Estes dois movimentos são paralelos um do outro. Portanto, o que aconteceu àqueles antepassados é uma lição para a igreja de hoje. Ou repetimos os seus erros e sofremos o seu destino ou aprendemos com os resultados das suas escolhas infelizes como escapar à sua condenação.
A história do antigo Israel é um exemplo frisante da passada experiência dos adventistas. Deus guiou o Seu povo no movimento adventista, assim como guiara os filhos de Israel, quando saíram do Egipto. No grande desapontamento fora provada a sua fé, como o foi a dos hebreus no Mar Vermelho." O Grande Conflito, 366.
Há uma razão sólida para este paralelo. É porque o propósito de Deus nunca muda. O facto do Seu povo falhar em entrar na plenitude do Seu propósito não altera o propósito nem os métodos para o alcançar, não por haver falha nas soluções de Deus. A falha está no fracasso do povo em adoptar as divinas provisões. Ele não aprende que a obra podia ser realizada pelo poder criador do Altíssimo, um poder que não tem a sua fonte nele.
Portanto, um elemento essencial em toda a renovada tentativa da parte de Deus em conduzi-los a Si na Sua santa habitação, foi uma nova e viva revelação da história, os meios e os processos da criação. As suas mentes foram dirigidas para o Génesis. No vazio sem forma da Terra envolvida em densas trevas como estava no primeiro dia da criação, deviam ter lido a tenebrosa ilustração do seu próprio vazio, morto e sem forma estado espiritual. O Mestre divino pretendia que eles sentissem a completa falta de esperança de por si mesmos alterarem a situação exactamente como a Terra não tinha poder em si mesma para gerar luz, organizar a disposição ou forma da terra e da água, produzir vegetação e suportar as formas de vida.[ADF9]  Deviam compreender a verdade viva que o poder do Omnipotente era totalmente adequado para estas coisas. À medida que as suas mentes eram expandidas para compreender estas maravilhas e ganhar algum entendimento das infinitas capacidades de Deus, deviam chegar-se a Ele de modo que pudesse derramar luz e vida para as suas almas destituídas. Não falhariam a estimulante verdade que era um homem criado de novo que Deus instalou num mundo criado de novo. Nada menos do que isso receberia a aprovação divina. Da mesma maneira, quando Ele tornar todas as coisas novas, nada menos do que homens e mulheres forem considerados dignos de ocupar uma Terra criada de novo.
Nos dias de Moisés, Israel não compreendeu para onde tinham sido guiados. Viram perante si apenas uma pátria terrestre, para os qualificar como habitantes da qual uma pessoa apenas necessita de ser apenas uma parte do que foi deixado do grande original. Não viram isso como o desfigurado remanescente da maravilhosa criação original, uma Terra em que qualquer pessoa caída e pecadora podia entrar. Se tivessem deixado o Senhor abrir os seus olhos de modo que, como o fiel Abraão fez, pudesse ter visto a cidade cujo construtor foi Deus, então teriam compreendido que apenas podiam entrar na Terra para a qual Deus os estava a levar se fossem eles próprios uma criação nova.
Por causa de não saberem estas coisas, nunca entraram no repouso de Deus. Não tinham desculpa para não as conhecerem nem nós hoje. Estamos agora a ser guiados em direcção à Terra que Deus prometeu dar a Abraão e sua semente. É o Canaã celestial, não terrestre. É uma Terra criada de novo, na qual apenas aqueles que tendo sido criados de novo podem entrar.
As jornadas de Israel em Canaã destinavam-se a ser apenas uma lição objectiva da verdadeira Terra à qual o Senhor estava a conduzi-los. Não era o último objectivo mas unicamente um meio de os guiar para ele. Quando falharam pela primeira vez, o Senhor deu-lhes uma oportunidade após outra até que por fim selaram a porta da misericórdia para si próprios.[ADF10]  A sua última oportunidade para experimentarem a plenitude das intenções de Deus para eles começou com a sua restauração do cativeiro de Babilónia e culminou com o ministério de Cristo e Seus apóstolos. Quando, na sua perversidade, falharam em apropriar-se das maravilhosas provisões que Deus tinha para eles, o dia de oportunidade passou para eles, como nação, para sempre.
Mas, durante o tempo que levou à rejeição final, o Senhor reafirmou a história, o significado e o processo da criação. Nunca isto havia sido mais poderosa e eficazmente revelado do que na obra de Cristo quando esteve pessoalmente nesta Terra. Todos os dias do Seu ministério mostrou as obras do poder criador. Para o fisicamente e espiritualmente cego, envolto na mesma treva que envolvia a Terra no primeiro dia da criação, disse Ele, "haja luz" e instantaneamente o negror da noite deu lugar a um maravilhoso brilho.[ADF11] 
Quando o leproso veio com a sua forma mutilada e carne apodrecida, Ele colocou a Sua mão e disse, "Quero; sê limpo" e imediatamente ele foi transformado. "A sua carne tornou-se sã, os nervos sensíveis, os músculos firmes. A aspereza e a escamosidade peculiares à lepra desapareceram, tendo sido substituídas por um colorido suave, como o da pele de uma criança saudável." O Desejado de Todas as Nações, 263.
Foi pelo poder criador que o surdo ouviu a Sua voz, o cego viu a Sua face, os pecadores conheceram a paz do Seu perdão, o endemoninhado louvou o Seu nome, o coxo foi capaz de O seguir e o morto voltou à vida.
Nada do que Cristo fez quando esteve na Terra foi feito a não ser pelo poder criador. Portanto, todo o Seu serviço durante os dias da Sua jornada terrestre foi uma gloriosa e enfática reiteração da história da criação. Não admira que o apóstolo João abrisse o seu evangelho com um testemunho que Cristo é a Palavra de Deus e que: “todas as coisas foram feitas através d’Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.
“N’Ele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.” João 1:3, 4.
Em todos os escritos de Paulo é encontrado o mesmo ênfase no poder criador de Deus. As referências são demasiado numerosas para serem citadas aqui, nem há necessidade de o fazer, porque quem quer que estude as revelações divinas no Novo Testamento verá os meios e o processo da criação claramente escrito em cada página.
Os capítulos finais da história estão agora a ser escritos. O Altíssimo está agora ocupado em juntar o último remanescente que juntará aos remidos de todas as eras na Sua santa habitação, assim cumprindo finalmente a promessa feita a Abraão e à sua semente. Essa é a promessa de um seres criados de novo entrando num mundo criado de novo. Portanto, como nunca antes, esta última geração tem que conhecer a história, o processo e os meios da criação, não apenas como estão revelados em Génesis, ou mesmo nos milagres de Cristo, mas também como tem sido realizado e estabelecido nas suas próprias vidas e experiências. É por esta razão que a instrução mais apontada pelo primeiro anjo é “… adorai Aquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes das águas.” Apocalipse 14:7.
Isto chama ao mais profundo e mais investigador estudo da criação. Mais e mais elevada a sequiosa examinadora mente e alma do estudante deve ser levada para cima pelo Espírito Santo até alcançar vislumbres da radiante glória e ondas do poder divino inundam a sua alma. Então, tendo recebido vida de Deus, será capacitada para sair e transmitir vida aos homens.
“Em Cristo, o grito da raça humana chegava até ao Pai de infinita piedade. Como homem, suplicava ao trono de Deus, até que Sua humanidade fosse de tal modo carregada com a corrente celestial, que pudesse estabelecer ligação entre a humanidade e a divindade. Mediante contínua comunhão recebia vida de Deus, de maneira a poder comunicar vida ao mundo. Sua experiência deve ser a nossa.” O Desejado de Todas as Nações, 363.
Chegou o tempo em que o mistério de Deus deverá ser finalizado nos corações dos verdadeiros crentes e não haverá mais atraso.
“Não haverá mais atrasos, graças ao Senhor; tem havido demasiados. Agora Deus enviou o Seu braço pela segunda vez para libertar o Seu povo que está espalhado desde o Egipto até Cush e de Pathros e de Shinar e das ilhas do mar. E levar-nos-á à terra que prometeu, que jurou dar a Abraão, Isaque e Jacó.
“Mas isso será feito unicamente pela criação, porque Aquele que se senta no trono, que vier esse dia chegar, diz, ‘Eis, que fiz todas as coisas novas.’ Por isso, então, nós entraremos nas promessas de Abraão apenas pela criação de Deus e todos devemos entrar nessa herança de Abraão apenas pela criação de Deus.
“Então, por isso, o primeiro capítulo de Génesis está escrito para nós, porque aqueles para quem foi escrito no passado não aprenderam a lição. Tem sido adiado, frustrado, posto de lado aqui, abandonado ali, posto de lado noutros lugares, mas agora o Senhor tem prometido que não haverá mais atraso. ‘Um pouco mais, e aquilo que está para vir, virá, e não tardará.’ Este é o tempo. Então, uma vez que o propósito de Deus ao escrever o Génesis tem sido frustrado até agora e agora chegou o tempo em que Ele diz que será feito, o livro de Génesis e de todas as coisas o primeiro capítulo de Génesis, é a verdade presente para nós.” A.T. Jones, 102.
[ADF12] “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca….
“Porque falou, e foi feito; mandou, e logo apareceu.” Salmo 33:6, 9.
Isto significa então que é o poder criador de Deus. O processo é Ele chamar à existência aquilo que deseja criar. Ele fala e a substância aparece. “Então disse o Senhor, ‘haja luz’; e houve luz.”
Esse poder criador pelo qual o Senhor fez os céus e a Terra é o evangelho, o mesmo poder que nos é apresentado hoje como o meio pelo qual a história de Génesis é repetida dentro do crente. Somente assim pode uma verdadeira preparação para receber a promessa dada a Abraão ser alcançada.
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
“Não vem das obras, para que ninguém se glorie;
“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Efésios 2:8-10.
“Somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus. Então o primeiro passo, como vedes, no cristianismo, o primeiro passo no caminho que Deus quer que o homem tome, pode ser feito apenas pela criação, pode ser efectuado por uma nova criação do nosso ser. E o tornar-se cristão é exactamente uma criação como foi fazer o mundo no início. Nenhum homem pode alguma vez tornar-se cristão excepto sendo criado, tão verdadeiramente como o mundo foi criado no início.
“E a grande beleza dessa verdade é que é tão fácil tudo isso ser feito. Porque quando tivermos estabelecido que isso pode ser feito pela criação, o eu é completamente perdido, como vedes; aquele que sabe que não há fonte de criação em si; simplesmente tem que desistir. E quando sabe que pode ser feito unicamente pela criação e é trazido face a face com o Criador, então é fácil; pois Deus pode criar simplesmente falando a palavra. ‘Ele falou, e foi feito.’” A.T. Jones, 103.
Assim a mensagem de Génesis limpa todo o traço de suficiência própria e faz com que aquele que o compreende verdadeiramente coloque toda a confiança em Deus como Criador, Salvador e Restaurador. Ele é visto com o único com a capacidade de resolver todos os problemas do homem e satisfazer todas as necessidades humanas. Nenhuma outra ilustração além desta pode sair dum profundo e diligente estudo do primeiro capítulo de Génesis.
Quando a Terra era sem forma e vazia e estava em trevas, “… o Espírito do Senhor movia-se sobre a face das águas.
“E Deus disse, ‘haja luz: e houve luz.’” Génesis 1:2, 3. (KJV.)
“Ora essa palavra ‘movia-se’ significa ‘pairava.’ É o mesmo pensamento exactamente quando Jesus falou ao povo de Jerusalém: ‘Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha os seus pintos debaixo das asas, [Ter-vos-ia juntado; Eu teria cuidado de vós; ter-vos-ia protegido e trazido desta protecção como coisa nascida de novo, para glória de Deus]: e não quiseste? Eis que a vossa casa se vos deixará deserta. E em verdade vos digo que não me vereis até que venha o tempo em que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.’
“o pensamento que Jesus exprimiu nestas palavras acerca de Jerusalém é precisamente o pensamento que disse no segundo versículo de Génesis. O Espírito de Deus pairava sobre essa coisa criada, que, até o Espírito de Deus vir sobre ela, era sem forma e vazia. Mas quando o Espírito de Deus veio e pairou sobre ela, a organização começou. Então começou a forma de Deus organizar.” A.T. Jones, 103.
Para muitas pessoas, a palavra “pairava” significa estar preocupado, mas esse não é o pensamento em Génesis. Portanto, o Espírito Santo que pairava é o espírito dador da vida que se move sobre o crente a fim de produzir a vida eterna nele. Há poder neste conhecimento. Quando carregado com a doença do pecado, ou pelo sofrimento da enfermidade física, a cura vem quando o suplicante em fé viva invoca o ministério do protector (dador de vida) Espírito Santo.
É também vital reconhecer que quando o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas e ordenou à luz que penetrasse as trevas, a obra da criação não estava completa. Apesar de Deus ter apenas falado a palavra foi feito, mas do que um fiat era necessário para levar a obra ao término. O segundo dia viu o aparecimento da terra seca; o terceiro, vegetação; o quarto, o estabelecimento do sol e da lua; o quinto, as aves e os peixes, e o sexto, a criação de todos os animais, seguido pela coroação de toda a obra, a formação do homem e da mulher.
“Aqueles passos sucessivos na criação do mundo, através de todo o processo da criação, não foram dados por crescimento da criação original. Os passos sucessivos do primeiro capítulo de Génesis não foram dados por crescimento a partir do original chit de criação. [Voices all over the house; Amem.] Vedes? Como é que foram dados esses passos? – por sucessivas criações. Isso diz-vos a vós e a mim isto: Nós tornamo-nos cristãos apenas pela criação; nós permanecemos cristãos apenas pelo poder criador; crescemos na graça cristã apenas pelas sucessivas criações de Deus. Não há desenvolvimento na vida cristã excepto pelo directo poder criador do Deus do Céu, através da Sua palavra, através do Espírito Santo.” A.T. Jones, 104.
Para compreender e experimentar esta inicial e continuada obra criadora é preciso fazer a distinção entre o chamamento da matéria existente e a subsequente organização dessa matéria nas formas funcionais vivas. A chave está no reconhecimento que ambas são realizadas pelo processo da criação – Deus fala e está feito – em vez da implantação de uma semente e a subsequente chegada à maturidade através do prolongado processo de um sólido crescimento.
Foi no primeiro dia da criação que Deus falou e trouxe o mundo à existência. Mas essa obra criadora deixou-a sem forma, vazia, e envolta em impenetráveis trevas. Nessa condição, era completamente inabitável, precisando de uma sucessão de actos criadores a fim de a tornar própria para o homem habitar nela. Para completar a obra criadora do primeiro dia, o Senhor disse, “’haja luz’; e houve luz.”
No segundo dia, nada de novo and fresh foi chamado à existência. Pelo contrário, o poder criador de Deus foi usado para organizar aquilo que existia. Muitas águas que inundavam a Terra foram elevadas acima do firmamento para que houvesse uma separação entre as águas que estavam acima da Terra das que estavam na Terra. Para realizar isto o Senhor empregou um processo padrão de criação – Ele falou e logo se fez!
Havia outra forma pela qual Ele podia ter alcançado isto – empregar as forças naturais para obter o mesmo resultado. Podia ter ordenado ao Sol e à Lua para lançarem o seu calor combinado sobre a Terra num nível que teria sido então oito vezes mais do que é agora.[2] Isto teria tido o efeito de evaporizar a água que estava no vasto oceano sob a qual a terra estava submersa e de a elevar acima da Terra e de a elevar acima da Terra. O processo iria diminuindo progressivamente à medida que mais e mais vapor suspenso no firmamento permitisse que cada vez menos calor atingisse a água que se encontrava em baixo até parar por fim completamente. Era assim que podia ter sido feito, mas isso não teria sido pelo processo da criação. Em vez de ser realizado imediatamente, teria exigido algum tempo.
Do mesmo modo veio a obra do terceiro dia. A Terra, que já não estava inundada com água, estava agora pronta para ser vestida com um manto de vegetação. Isto podia ter sido feito por outro método diferente do processo de criação. Deus podia ter feito a obra da mesma maneira pela qual os homens operam hoje. Podia ter plantado as sementes no solo e depois esperar enquanto o lento processo do crescimento desenvolvesse cada planta até à completa maturidade. Se Deus tivesse operado desta maneira, Adão e Eva teriam sido instalados num mundo incapaz de os suportar ou a qualquer outra criatura, porque as sementes plantadas no terceiro dia não estariam germinadas ao sexto, não produzindo alimento.
Mas Deus disse, “haja árvores, plantas e ervas” e instantaneamente elas apareceram, prontas para sustentar todas as criaturas vivas. E assim pelo uso do processo de criação, Deus preparou o mundo no sexto dia para o homem habitar.
Adão e Eva também foram criados. Eles não brotaram de uma semente e avançaram de bebé até serem adultos como os homens de hoje. Deus tomou a matéria existente da qual formou o homem e de seguida soprou nele o sopro da vida e desta maneira o homem se tornou uma alma viva.
Assim trabalhou Deus unicamente pela criação durante a primeira semana da existência desta Terra. Em cada passo criador a Terra avançou até ser alcançado o resultado final – um homem e uma mulher perfeitos.
Assim é na obra da recriação. Depois a obra inicial ter sido feita, seguem-se uma série de actos criadores nos quais Deus fala e é feito até o resultado final ser alcançado – um perfeito candidato ao reino.
Isto é necessário porque, por causa do pecado, a mente a alma do homem tendo regressado, espiritualmente falando, ao estado deformado, vazio, sem luz, desprovido de vida em que a Terra se encontrava no primeiro dia da criação. Desde esse mesmo ponto de partida, uma obra idêntica tem que ser feita outra vez antes de estar suficientemente satisfeito para repousar da Sua obra criadora.
É altamente significativo que, ao mesmo tempo em que, sob o ministério do primeiro anjo, o Senhor está a chamar o Seu povo a uma verdadeira compreensão do Génesis os sábios do mundo estão a expor outro processo como um meio pelo qual a Terra começou a existir e a vida nela se tem desenvolvido. Esta é a assim chamada teoria da evolução que ignora completamente o papel de um Deus criador e atribui a organização da matéria em formas de vida como o resultado de um suposto poder inerente à própria matéria. Enquanto os que crêem na história, meios e processos da criação revelados em Génesis repousam inteiramente em Deus como a Fonte de suprimento para todas as necessidades, os evolucionistas dependem da inteligência e poder em si próprios para resolver os seus problemas e esperança para avançar de um nível para o seguinte. O facto real é que eles descem de um nível para um ainda mais baixo, conduzindo a uma extinção final.
Enquanto o processo de Deus requer apenas um momento de tempo, os evolucionistas especulam sobre milhões de anos para que o homem chegasse ao estado presente.
Génesis então, é a resposta para a auto-suficiência dos evolucionistas. Ele destrona o orgulho humano incluindo a suposta aprendizagem e sabedoria do homem e estabelece o Altíssimo no lugar certo. Mas ninguém está qualificado para enfrentar os evolucionistas simplesmente conhecendo a história da criação, nem mesmo pela aprendizagem acerca dos seus meios e processos. Somente quando o verdadeiro crente se torna ele próprio uma nova criação e conhece em si mesmo o poder e a perfeição dessa obra criadora, pode enfrentar e expor a falsidade da teoria destruidora da alma da evolução.
“É tempo para Deus revelar ao Seu povo a verdadeira filosofia do primeiro capítulo de Génesis de modo que Deus, no Seu povo, possa levantar perante o mundo a Sua luz e o poder da Sua criação, contra os insidiosos enganos de Satanás, que estão a conduzir o mundo para o abismo eterno. É isso que está nisto; e Deus quer que cada um de nós, o Seu povo, se ligue assim com esse poder criador, para encontrar esse poder criador vivo em nós, como o único meio para o nosso progresso, do nosso crescimento cristão, para que possamos permanecer na luz de Deus e sobre esse firme fundamento da palavra de Deus e confirmar à letra de tal maneira que o mundo não possa duvidar disso. Podem rejeitá-lo escolhendo não render a ele; mas não podem duvidar dele; o poder estará nele; Ele quer que nos certifiquemos que esta nova filosofia a respeito do primeiro capítulo de Génesis é uma filosofia falsa e meramente uma assim chamada ciência. Ele quer que a verdadeira ciência de Génesis sobressaia. Ele quer que a verdadeira filosofia de Génesis seja a luz do mundo. A verdadeira ciência e filosofia de Génesis é a criação. E nenhum homem pode ensinar isto, nenhum homem a pode estabelecer, a menos que a conheça na sua própria vida.” A.T. Jones, 104.
Assim a verdadeira ciência da criação, a verdade real do primeiro anjo, torna-se a resposta para as condenadoras filosofias do ateísmo e evolucionismo apenas quando ela se torna a resposta real para o problema do pecado no dedicado crente.
Aquele que toma o seu lugar do lado de Deus no conflito final tem que ter aprendido como aplicar o processo de criação a toda a necessidade que surge à medida que avança de um nível de perfeição para outro no seu caminho para chegar a uma obra de criação acabada. Como é que isto é feito? Não se chega lá tentando abandonar este ou aquele hábito, ou pelos severos esforços da disciplina enquanto as raízes permanecem intocáveis. Esta aproximação é uma cansativa e infrutífera tentativa que não produz a finalização da obra da criação no crente.
Ela apenas pode ser feita quando o crente que compreende o processo da criação pelo menos em teoria, investiga as Escrituras até encontrar a palavra criadora que satisfaz exactamente a sua necessidade espiritual e depois aplica essa palavra à sua deficiência seja ela física, mental ou espiritual. Pela fé ouve a voz divina declarando, “haja saúde” e sabe que assim é e verifica que assim é. O poder criador limpa toda a doença e a vida e a saúde tomam o seu lugar. “Descobri apenas a palavra de Deus falada e a vossa enfermidade desaparece perante o Seu poder criador, como na palavra falada através do Espírito.” A.T. Jones, 104.
Esta é a bem sucedida e prática aplicação da mensagem do primeiro anjo. Quando esta viva, criadora verdade é verdadeiramente bem conhecida, experimentada e proclamada pelos verdadeiros filhos de Deus como devia ser, cumprirão por fim o seu destino. O Altíssimo e eles trabalharão em conjunto para a finalização da Sua poderosa obra e a população de toda a Terra será chamada a tomar a decisão inquestionável e final. Embora muitos escolham de modo errado, não serão capazes de contradizer o tremendo poder contido na mensagem. Aqueles que decidem pelo lado certo estarão devidamente preparados para passar o escrutínio examinador do juízo investigativo e obterão a admissão na eterna morada dos santos.
Que cada crente aprenda a caminhar à sombra do protector Espírito Santo, de modo que a sua vida seja uma sucessão de actos criadores que conduzem a uma perfeita vida cristã e à preparação para o Céu. Como nunca antes, o crente em Jesus precisa ver que a mensagem do primeiro anjo é o evangelho, o poder criador de Deus que é revelado em Génesis onde a história, os meios e o processo da única forma de Deus trabalhar são revelados. Quando estas grandes verdades são compreendidas na sua correcta relação entre si e quando elas se tornam uma viva experiência de cada um dos verdadeiros filhos de Deus, a obra será acabada muito rapidamente e Cristo levará os seus testados e provados servos para o lar para a Sua santa habitação. Então Deus repousará outra vez com a Sua obra finalizada perante Si. Não permitais que haja mais demora! Que os filhos de Deus entrem rapidamente em tudo aquilo que o Senhor tem para eles!



[1] Devido ao que o publicador deste livro sente é um erro tipográfico, a palavra “nele” aparece no original, onde devia ser “neles”.
[2] Vede o Capítulo 25 de Behold Your God, publicado pela Publicadora da Igreja do Advento do Repouso do Sábado.






 [ADF1]Para se ter visão espiritual tem que se ter colírio. O colírio é o discernimento espiritual. A visão do povo precisava aclarear para poderem compreender na condição de apostasia em que se encontravam.


 [ADF2]Mensagem do 1º Anjo, Romanos 1:16 “o evangelho é o poder de Deus para a Salvação de todo aquele que crê”.


 [ADF3]Só Deus tem o poder criador para acabar com o pecado e a esse poder e o poder que pode criar uma nova vida num homem escravo do pecado com o decorrer do estudo vamos compreender como esse poder Criador pode ser aplicado.


 [ADF4]Portanto a mensagem não são só as palavras de Deus mas tb o poder para salvar o homem da situação em que se encontra. Significa que ao estudar esta mensagem e com o guia do Espírito Santo temos o caminho para a criação de uma nova vida e isso pode ser experimento pois nela está o “PODER”.


 [ADF5]Aqui esta a chave a pessoa não prega um argumento nem teoria nem uma coisa que viveu, pode tentar mas não tem certamente o poder vivo nela porque não passou por a experiência, não é uma prova viva do que aconteceu não sabe o que pode passar se não passou ou viveu por isso.


 [ADF6]Portanto, a necessidade do Génesis apareceu nesta altura porque o povo estava numa condição de escravidão da qual precisava de compreender a obra da criação como Moisés teve que compreender por 40 anos pois esse era o caminho para saírem da condição e para assim se prepararem não para entrar em Canaã terrestre mas na Canaã celestial.


 [ADF7]E sendo isto aquilo que eles queriam e ansiavam mesmo assim não entraram pois a mesma condição que os levava a ansiar querer aquela terra foi tb a mesma que os cegou e os levou a não entrarem e a temerem o que poderiam ali encontrar depois do relato dos espias nem as experiências até ali passadas e a demonstrações do poder de Deus, devido a sua condição só os afastava mais e a não conseguirem ter a fé para acreditar nas promessas estando muito aquém de cumprirem as condições.


 [ADF8]O Santuário aqui dito não é o santuário “edifício” mas sim o santuário homem onde como todos nós sabemos Deus tem que habitar, por isso Deus lhes deu a lei e nela estava contida tb o caminho para a salvação pois como pode habitar dois senhores no mesmo templo do coração?????


 [ADF9]Como a experiência de Paulo em Romanos 7 onde ele se encontra desesperado e sem forças para mudar a situação em que se encontra…


 [ADF10]Não é Deus que sela a porta da misericórdia porque Ele está lá sempre para nos dar uma oportunidade o problema e que somos nós próprios que a selamos.


 [ADF11]Deus sempre deu luz ao Seu povo para os guiar na escuridão e os fazer ver a sua condição em que se encontravam tanto que de dia eles eram guiados pela nuvem e de noite eram guiados pela coluna de fogo. Portanto o povo teve sempre luz e isto é um paralelo muito interessante pois prova que aqueles que são preserverantes e querem seguir o caminho Deus sempre lhes dará a luz para lhes tirar da escuridão e os guiar.


 [ADF12]O que temos que procurar investigar e saber e aquilo que Deus nos dá para podermos sair da nossa condição. Deus dá-nos o poder criador que está contido no evangelho criador de Deus que é o poder para a salvação de todo aquele que crê.

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