Os Sete Anjos
Capítulo 5
O Evangelho, Génesis e o Primeiro Anjo
O início do grande Segundo Movimento do Advento, é a
tentativa final de Deus para levar o Seu povo à Sua Santa habitação, e, desta
vez, será bem sucedido. Cada uma das tentativas anteriores falhou porque o Seu
povo não compreendeu verdadeiramente aquilo que Deus desejava precisamente
alcançar, através dele e por ele e os meios pelos quais seria alcançado.
Portanto, esta última geração tem que obter a visão espiritual pela qual
compreenderá o que é na realidade a obra e o propósito de Deus[ADF1] e será capaz de entrar tão inteiramente neles que o
Senhor pode finalmente acabar a tão longa e escura noite de pecado e repousar
com o Seu povo na Sua obra acabada.
Inicialmente uma poderosa obra de preparação deve ser
realizada no povo de Deus. O ministério do primeiro anjo é chamado a fazer essa
obra. É o cumprimento profetizado, não apenas das profecias de Daniel e Apocalipse, mas também a festa das trombetas que era celebrada durante
os dez dias que levavam ao grande dia de expiação. O soar destas trombetas
alertava o povo para a necessidade de fazerem a mais completa preparação para o
dia de expiação e julgamento. Devia ser um período de total purificação de toda
a profanação, tanto física como espiritual. Tal obra podia apenas ser efectuada
pelo poder criador[ADF2] do Ser Omnipotente, que é o evangelho, o poder vivo
de Jeová para salvar do pecado. Nenhum homem em si mesmo tem a capacidade para
levar a sua vida à harmonia com Deus e assim alcançar a capacidade necessária
para entrar no Seu repouso — na Sua santa habitação.
Quando estas verdades forem inteiramente
compreendidas, será visto porque o primeiro anjo vem trazendo e pregando o
evangelho eterno e porque diz a todos para adorarem um Deus Criador, que deu
existência à terra, ao mar e ao céu. Por outras palavras, será vista a relação
entre o evangelho, Génesis e o anjo,
não apenas no seu esforço final, mas em cada tentativa da parte de Deus para
finalizar o pecado e entrar com o Seu povo no Seu repouso, o repouso da obra
acabada de homens e mulheres perfeitos.[ADF3]
A mensagem do primeiro anjo devia ser lida uma e outra
vez com cuidadosa atenção sendo dada à verdade que a mensagem trazida por este
mensageiro não é apenas nova e adicional, mas o poder vivo do evangelho de
Jesus Cristo. Essa era a mensagem e também o seu poder. Sem essas verdades e o
poder nelas contido, o primeiro anjo nada teria alcançado dos propósitos reais
de Deus.[ADF4] Os que compreendem o que o primeiro anjo foi enviado a
pregar e experimentam esta grande bênção nas suas vidas, verão como nunca antes
que o chamamento para adorar Deus como o Criador tem um significado muito maior
do que aquele que conhecíamos antes. Aqui estão as palavras que anunciam a missão
do primeiro anjo. Considerai-as cuidadosamente:
“E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o
evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a
nação, e tribo, e língua, e povo.
“Dizendo, com
grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, porque é vinda a hora do seu juízo,
e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” Apocalipse 14:6, 7.
O anjo é um símbolo do povo que é representado tendo o evangelho que eles então pregam
a todas as nações na Terra. Que nenhum conceito inadequado do que estas
palavras significam possua a mente de qualquer um dos que se preparam para o
reino vindouro. Pensai no evangelho como sendo apenas aquilo que é — o vivo
poder criador da infinita Omnipotência do Altíssimo. Então compreendei que isso
é o que o crente deve possuir em si — o poder de Deus para salvar do pecado.
Uma vez que ele tenha isso e esteja desse modo livre do pecado, tem algo para
pregar. Tal pessoa, não apresenta meramente um argumento, nem contende por uma
teoria, mas prega poder. A sua palavra tem poder e o efeito que causa naquele
que está preparado para ouvir a palavra, é maravilhoso. [ADF5]
A mensagem adverte-nos do julgamento vindouro e nesse
contexto dirige as mentes de todos, em toda a nação na Terra para o primeiro capítulo
de Génesis onde o Senhor é revelado
como o Criador de todas as coisas. Há um grande significado nisto, um alcance
que, atingido pelo povo do advento, assegurará a rápida conclusão da obra de
Deus e a introdução dos justos nas santas habitações eternas. Não há desculpa
para ignorar este assunto, pois, em cada um dos grandes momentos em que Ele
esteve quase a libertá-los dos opressores e a admiti-los no Seu reino, dirigiu
as suas mentes para o Seu poder criador.
Alonzo T. Jones viu esta verdade e lutou no poder no
Espírito Santo para abrir as mentes do povo adventista para a ver também. Um
grande exemplo deste esforço é o estudo Bíblico que deu aos delegados e
visitantes que estiveram na Conferência Geral de 1901. Foi no estudo das 7
horas de 4 de Abril. O que se segue agora é a apresentação do que A. T. Jones
disse nessa noite. Ele será frequentemente citado, mas como cada citação sua
vem no Boletim de 1901, referenciaremos apenas cada citação adicionando-lhe o
seu nome seguido do número da página do Boletim. A totalidade do texto do seu
estudo tal como ele o deu será encontrada no Apêndice.
O primeiro capítulo de Génesis provê uma verdadeira e autêntica porção da história, os
significados e o processo da criação. Contudo, esta crónica não foi escrita senão
dois mil anos mais tarde, pelo que a conclusão deve ser que houve um propósito
divino em escrever este registo muito mais tarde apenas preservando o relato do
acontecimento.
Se Génesis 1
tivesse sido escrito no dia a seguir à criação, então poderia dizer-se que o
único propósito de Deus era imortalizar na escrita o registo das Suas
maravilhosas obras. Mas, por quase dois milénios o povo passou muito bem sem
qualquer registo escrito da criação. A necessidade da preservação dos factos
foi satisfeita pela memorização em cada geração e passada em palavras de boca
em boca. A adição de uma versão escrita era para satisfazer um propósito além
daquele que tinha sido satisfeito.
Deus esperou até que certa necessidade tivesse
aparecido e depois deu a Moisés a tarefa de fazer o primeiro relato escrito
daquilo que teve lugar durante os dias sucessivos desta primeira semana da
Terra. Esse tempo e a necessidade a ele associada haviam chegado quando saiu a
ordem divina anunciando que a hora chegara em que o Senhor livraria o Seu povo
do Egipto e conduzi-lo-ia à Terra Prometida. Quando a promessa feita a Abraão
foi transmitida a Israel quando Moisés era ainda o herdeiro do trono do Egipto,
nem ele nem os anciãos compreendiam como é que ela devia ser cumprida. Eles pensaram
que seria pelo planeamento humano ajudado pelo poder divino, um erro que levou
Moisés a matar o opressor egípcio na expectativa de que este acto despoletaria uma
revolta geral que, com a bênção de Deus e a experiência militar de Moisés,
vencesse os egípcios.
Mas não era este o caminho de Deus. Portanto, Moisés
teve que ser separado do Egipto por quarenta anos a fim de aprender como Deus cumpre a Sua palavra. Sozinho
com o Altíssimo no meio da Suas obras criadas, Moisés foi ensinado pelo
Espírito Santo a ver que "… a obra de Deus é sempre criadora", que
"o que Deus faz é sempre pela criação". A. T. Jones, 102. Foi assim
que Deus começou a Sua obra criadora e que é sempre a forma pela qual ela é
levada em frente.
Tão tremendas e vitais foram estas lições à medida que
Moisés as recebia, queelas estavam muito mais adiantadas em relação aquilo que
havia sido transmitido oralmente a respeito da criação. Além do mais, por ser
esta a única maneira de Deus trabalhar, isto é pela criação, é evidente que
pela criação Ele o salvaria do Egipto. Para que estas verdades essenciais
pudessem ser comunicadas em toda a sua plenitude àqueles candidatos à
liberdade, para que eles pudessem, no conhecimento delas, trabalhar e caminhar
com Deus na sua partida da liberdade, Moisés foi encarregado de escrever o Génesis. O conhecimento de Deus revelado
nesse livro tinha que ser verdadeiramente compreendido antes que Israel pudesse
experimentar o suficiente das promessas de Deus para eles.[ADF6]
Mas eles retiveram apenas uma ténue e materialista
visão dos planos gloriosos para eles. Olharam com ansiosa expectativa apenas
para a herança terrestre, o declinado remanescente da criação original em que
agora reinava o pecado e a morte, uma terra onde manava leite e mel que
sustentava somente a vida física. Isso era tudo o que eles viam e era tudo o
que queriam.[ADF7]
Mas muito mais
elevado do que isso era o ideal e propósito de Deus para o Seu povo, um ideal
maravilhosamente expresso no inspirado cântico de Moisés depois de ter
atravessado o Mar Vermelho.
"Tu, com a tua beneficência, guiaste a este povo,
que salvaste: com a tua força o levaste à habitação da tua santidade.
"Os povos o ouvirão, eles estremecerão:
apoderar-se-á uma dor dos habitantes da Palestina.
"Então os príncipes de Edom se pasmarão, dos
poderosos dos moabitas apoderar-se-á um tremor, derreter-se-ão todos os
habitantes de Canaan.
"Espanto e pavor cairá sobre eles: pela grandeza
do teu coração emudecerão como pedra; até que o teu povo haja passado, ó
Senhor, até que passe este povo que adquiriste.
"Tu os introduzirás e os plantarás no monte da
tua herança, no lugar que tu, ó Senhor, aparelhaste para a tua habitação, no
santuário, ó Senhor, que as tuas mãos estabeleceram." Êxodo 15:13-17.
Desse modo Deus lembrou-lhes que não seriam levado
apenas para o lugar da sua habitação,
mas para o lugar da Sua santa
habitação. Qual lugar é essa santa
habitação, esse lugar da herança de Deus,
aquele lugar que foi feito para Ele
habitar?
Não é o que resta da criação antiga, mas a plenitude
do novo. O povo de Deus terá sido conduzido a isso quando estiver sobre o mar
de vido com o nome de seu Pai escrito nas suas testas e cantarem o cântico de
Moisés e do Cordeiro, tempo esse do qual está escrito:
"E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis
aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão
o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus." Êxodo 21:3.
Este é o tabernáculo ou santuário a que o Espírito
Santo através de Moisés fez referência quando cantou os louvores de Deus nas
margens do Mar Vermelho. "Tu os introduzirás e os plantarás no monte da
tua herança, no lugar que tu, ó Senhor, aparelhaste para a tua habitação, no
santuário, ó Senhor, que as tuas mãos estabeleceram." Êxodo 15:17.
Nesta altura, os israelitas não tinham um santuário
típico terrestre, nem tinham ainda recebido qualquer intimação que lhes
indicava que construíssem um. O templo a que Moisés sob inspiração observou não
era a estrutura que seria erguida por mãos humanas, mas o "tabernáculo, o
qual o Senhor fundou e não o homem." Hebreus
8:2.
Era a esta santa habitação, o lugar da morada de Deus,
o santuário celestial, que o Senhor os traria, mas unicamente se primeiramente eles se tornassem habitação de Deus
através do Espírito Santo. Este era o propósito divino. A tragédia foi que
Israel estava tão casado com o mundo pecaminoso e seus prazeres passageiros que
não compreenderam as maravilhosas intenções de Jeová para eles.[ADF8]
Quando o Omnipotente apareceu a Moisés na sarça-ardente,
avisou-o de que a libertação que Israel estava prestes a ter era o cumprimento
da promessa feita a Abraão que tanto ele como a sua semente possuiriam a terra
de Canaã como herança eterna. As palavras de Deus para Moisés foram:
"Portanto, dize aos filhos de Israel: Eu sou
Jeová, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, vos livrarei da sua
servidão e vos resgatarei com braço estendido e com juízos grandes.
"E eu vos tomarei por meu povo, e serei vosso
Deus; e sabereis que eu sou Jeová, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das
cargas dos egípcios;
"E eu vos levarei à terra, acerca da qual
levantei minha mão que a daria a Abraão, a Isaac, e a Jacob, e vo-la darei por
herança, eu Jeová." Êxodo 6:6-8.
A Abraão, tinha sido feita a promessa especificamente
nestas palavras: "E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti, e a tua
semente depois de ti, nas suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a
ti por Deus, e à tua semente, depois de ti.
"E te darei a ti, e à tua semente depois de ti, a
terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaan, em perpétua possessão, e
ser-lhes-ei o seu Deus." Génesis
17:7, 8.
"Quando Deus deu esta promessa a Abraão e fez o
Seu juramento, era para Abraão e sua semente; não para a semente sem Abraão, ou
para Abraão sem a sua semente. Assim quando Deus estava para os levar para a
terra que Ele jurou a Abraão e Isaque, e Jacó para que a possuíssem, deviam
estar todos juntos. Isto então é suficiente. Deus devia trazer o Seu povo, quer
imediatamente ou ao longo do tempo, não é material. O grande objectivo que Deus
tinha ao trazer o povo de Israel para fora do Egipto era conduzi-los à terra
que jurou dar a Abraão e que terra diz Ele ser a Sua santa habitação, o lugar
que Ele próprio construiu para Sua habitação, o monte da Sua própria herança e
no santuário que as Suas próprias mãos fundaram.
"Uma vez que esse era o objectivo de Deus ao
tirar o povo do Egipto e que a promessa a Abraão é a nova terra que criará, não
vedes então o objectivo ao dar o Génesis?
Foi assim para que eles pudessem tornar-se conhecedores da criação, do poder
criado, de maneira que Deus pelo Seu poder criador pudesse criá-los de novo e levá-los a um novo mundo, que
Ele criaria e daria a Abraão de acordo com aquilo que lhe tinha prometido?
Vedes isso?
"A intenção de Deus ao dar o Génesis exactamente nessa altura foi para que o povo pudesse ser
preparado para a obra que Ele tinha que fazer através dele por todo o mundo;
obra pela qual Ele os prepararia para a obra que Ele faria através deles.
Porque a obra de Deus é sempre criadora.
"Tudo o que faz é através da criação. A primeira
coisa que Deus devia apresentar ao Seu povo, era um mundo criado de novo. Mas
era impossível chegarem a isso sem serem eles próprios criados de novo.
Portanto, para que pudesse ter instrução sobre a criação, escreveu um relato da
criação como uma parábola, uma escola para instrução de toda a alma para que
todos pudessem tornar-se conhecedores dos Seus processos, dos meios de Deus, do
poder criador de Deus, de maneira que as obras de Deus através deles pudessem ser realizadas primeiramente operada
nele[neles][1]."
A.T. Jones, 101, 102.
O Altíssimo Deus apontou Jesus Cristo como Cabeça da
igreja do deserto para que pudesse com sucesso preparar os membros da herança de
Jeová, mas eles manifestaram a ruinosa disposição para atribuírem a posição de
guia a si mesmos. Eles por fim exigiram um rei como as nações que os cercavam,
esquecendo que nenhum homem nesta Terra tem o poder para criar e deste modo não
pode preparar quem quer que seja para entrar na obra de Deus acabada. O
propósito ao dar-lhes Génesis foi
frustrado e foi dado a outro povo, numa outra altura, a oportunidade que eles
desprezaram.
Uma esplêndida oportunidade como essa foi dada à igreja
apostólica, mas os crentes falharam como fizeram os seus pais em desenvolver
qualquer real apreciação do esplendor e magnitude daquilo que Deus propôs fazer
neles e através deles. Os dirigentes estavam mais interessados em invejosamente
salvaguardar as suas posições do que procurar o poder criador de Deus e a
preparação pela qual podiam repousar na Sua obra acabada.
Agora chegou o nascimento do poderoso movimento do
advento. Uma vez mais fomos colocados onde os israelitas estavam nos dias da
sua libertação da escravidão do Egipto. Estes dois movimentos são paralelos um
do outro. Portanto, o que aconteceu àqueles antepassados é uma lição para a
igreja de hoje. Ou repetimos os seus erros e sofremos o seu destino ou
aprendemos com os resultados das suas escolhas infelizes como escapar à sua
condenação.
A história do antigo Israel é um exemplo frisante da
passada experiência dos adventistas. Deus guiou o Seu povo no movimento
adventista, assim como guiara os filhos de Israel, quando saíram do Egipto. No
grande desapontamento fora provada a sua fé, como o foi a dos hebreus no Mar
Vermelho." O Grande Conflito,
366.
Há uma razão sólida para este paralelo. É porque o
propósito de Deus nunca muda. O facto do Seu povo falhar em entrar na plenitude
do Seu propósito não altera o propósito nem os métodos para o alcançar, não por
haver falha nas soluções de Deus. A falha está no fracasso do povo em adoptar
as divinas provisões. Ele não aprende que a obra podia ser realizada pelo poder
criador do Altíssimo, um poder que não tem a sua fonte nele.
Portanto, um elemento essencial em toda a renovada
tentativa da parte de Deus em conduzi-los a Si na Sua santa habitação, foi uma
nova e viva revelação da história, os meios e os processos da criação. As suas
mentes foram dirigidas para o Génesis.
No vazio sem forma da Terra envolvida em densas trevas como estava no primeiro
dia da criação, deviam ter lido a tenebrosa ilustração do seu próprio vazio,
morto e sem forma estado espiritual. O Mestre divino pretendia que eles sentissem
a completa falta de esperança de por si mesmos alterarem a situação exactamente
como a Terra não tinha poder em si mesma para gerar luz, organizar a disposição
ou forma da terra e da água, produzir vegetação e suportar as formas de vida.[ADF9] Deviam compreender a verdade viva que o poder do
Omnipotente era totalmente adequado para estas coisas. À medida que as suas
mentes eram expandidas para compreender estas maravilhas e ganhar algum
entendimento das infinitas capacidades de Deus, deviam chegar-se a Ele de modo
que pudesse derramar luz e vida para as suas almas destituídas. Não falhariam a
estimulante verdade que era um homem criado de novo que Deus instalou num mundo
criado de novo. Nada menos do que isso receberia a aprovação divina. Da mesma
maneira, quando Ele tornar todas as coisas novas, nada menos do que homens e
mulheres forem considerados dignos de ocupar uma Terra criada de novo.
Nos dias de Moisés, Israel não compreendeu para onde
tinham sido guiados. Viram perante si apenas uma pátria terrestre, para os
qualificar como habitantes da qual uma pessoa apenas necessita de ser apenas
uma parte do que foi deixado do grande original. Não viram isso como o
desfigurado remanescente da maravilhosa criação original, uma Terra em que
qualquer pessoa caída e pecadora podia entrar. Se tivessem deixado o Senhor
abrir os seus olhos de modo que, como o fiel Abraão fez, pudesse ter visto a
cidade cujo construtor foi Deus, então teriam compreendido que apenas podiam
entrar na Terra para a qual Deus os estava a levar se fossem eles próprios uma
criação nova.
Por causa de não saberem estas coisas, nunca entraram
no repouso de Deus. Não tinham desculpa para não as conhecerem nem nós hoje.
Estamos agora a ser guiados em direcção à Terra que Deus prometeu dar a Abraão e sua semente. É o Canaã celestial, não
terrestre. É uma Terra criada de novo, na qual apenas aqueles que tendo sido
criados de novo podem entrar.
As jornadas de Israel em Canaã destinavam-se a ser
apenas uma lição objectiva da verdadeira Terra à qual o Senhor estava a
conduzi-los. Não era o último objectivo mas unicamente um meio de os guiar para
ele. Quando falharam pela primeira vez, o Senhor deu-lhes uma oportunidade após
outra até que por fim selaram a porta da misericórdia para si próprios.[ADF10] A sua última oportunidade para experimentarem a
plenitude das intenções de Deus para eles começou com a sua restauração do
cativeiro de Babilónia e culminou com o ministério de Cristo e Seus apóstolos.
Quando, na sua perversidade, falharam em apropriar-se das maravilhosas
provisões que Deus tinha para eles, o dia de oportunidade passou para eles,
como nação, para sempre.
Mas, durante o tempo que levou à rejeição final, o
Senhor reafirmou a história, o significado e o processo da criação. Nunca isto
havia sido mais poderosa e eficazmente revelado do que na obra de Cristo quando
esteve pessoalmente nesta Terra. Todos os dias do Seu ministério mostrou as
obras do poder criador. Para o fisicamente e espiritualmente cego, envolto na
mesma treva que envolvia a Terra no primeiro dia da criação, disse Ele, "haja
luz" e instantaneamente o negror da noite deu lugar a um maravilhoso
brilho.[ADF11]
Quando o leproso veio com a sua forma mutilada e carne
apodrecida, Ele colocou a Sua mão e disse, "Quero; sê limpo" e
imediatamente ele foi transformado. "A sua carne tornou-se sã, os nervos
sensíveis, os músculos firmes. A aspereza e a escamosidade peculiares à lepra
desapareceram, tendo sido substituídas por um colorido suave, como o da pele de
uma criança saudável." O Desejado de
Todas as Nações, 263.
Foi pelo poder criador que o surdo ouviu a Sua voz, o
cego viu a Sua face, os pecadores conheceram a paz do Seu perdão, o
endemoninhado louvou o Seu nome, o coxo foi capaz de O seguir e o morto voltou
à vida.
Nada do que Cristo fez quando esteve na Terra foi
feito a não ser pelo poder criador. Portanto, todo o Seu serviço durante os
dias da Sua jornada terrestre foi uma gloriosa e enfática reiteração da
história da criação. Não admira que o apóstolo João abrisse o seu evangelho com
um testemunho que Cristo é a Palavra de Deus e que: “todas as coisas foram feitas
através d’Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.
“N’Ele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.” João 1:3, 4.
Em todos os escritos de Paulo é encontrado o mesmo
ênfase no poder criador de Deus. As referências são demasiado numerosas para serem
citadas aqui, nem há necessidade de o fazer, porque quem quer que estude as
revelações divinas no Novo Testamento verá os meios e o processo da criação
claramente escrito em cada página.
Os capítulos finais da história estão agora a ser
escritos. O Altíssimo está agora ocupado em juntar o último remanescente que
juntará aos remidos de todas as eras na Sua santa habitação, assim cumprindo
finalmente a promessa feita a Abraão e à sua semente. Essa é a promessa de um
seres criados de novo entrando num mundo criado de novo. Portanto, como nunca
antes, esta última geração tem que conhecer a história, o processo e os meios
da criação, não apenas como estão revelados em Génesis, ou mesmo nos milagres de Cristo, mas também como tem sido
realizado e estabelecido nas suas próprias vidas e experiências. É por esta
razão que a instrução mais apontada pelo primeiro anjo é “… adorai Aquele que
fez o céu e a terra, o mar e as fontes das águas.” Apocalipse 14:7.
Isto chama ao mais profundo e mais investigador estudo
da criação. Mais e mais elevada a sequiosa examinadora mente e alma do
estudante deve ser levada para cima pelo Espírito Santo até alcançar vislumbres
da radiante glória e ondas do poder divino inundam a sua alma. Então, tendo
recebido vida de Deus, será capacitada
para sair e transmitir vida aos
homens.
“Em Cristo, o grito da raça humana chegava até ao Pai
de infinita piedade. Como homem, suplicava ao trono de Deus, até que Sua
humanidade fosse de tal modo carregada com a corrente celestial, que pudesse
estabelecer ligação entre a humanidade e a divindade. Mediante contínua
comunhão recebia vida de Deus, de maneira a poder comunicar vida ao mundo. Sua
experiência deve ser a nossa.” O Desejado
de Todas as Nações, 363.
Chegou o tempo em que o mistério de Deus deverá ser
finalizado nos corações dos verdadeiros crentes e não haverá mais atraso.
“Não haverá mais atrasos, graças ao Senhor; tem havido
demasiados. Agora Deus enviou o Seu braço pela segunda vez para libertar o Seu
povo que está espalhado desde o Egipto até Cush e de Pathros e de Shinar e das
ilhas do mar. E levar-nos-á à terra que prometeu, que jurou dar a Abraão,
Isaque e Jacó.
“Mas isso será feito unicamente pela criação, porque Aquele que se senta no trono, que
vier esse dia chegar, diz, ‘Eis, que fiz todas as coisas novas.’ Por isso,
então, nós entraremos nas promessas
de Abraão apenas pela criação de Deus e todos devemos entrar nessa herança de
Abraão apenas pela criação de Deus.
“Então, por isso, o primeiro capítulo de Génesis está escrito para nós, porque
aqueles para quem foi escrito no passado não aprenderam a lição. Tem sido
adiado, frustrado, posto de lado aqui, abandonado ali, posto de lado noutros
lugares, mas agora o Senhor tem prometido que não haverá mais atraso. ‘Um pouco
mais, e aquilo que está para vir, virá, e não tardará.’ Este é o tempo. Então,
uma vez que o propósito de Deus ao escrever o Génesis tem sido frustrado até agora e agora chegou o tempo em que
Ele diz que será feito, o livro de Génesis
e de todas as coisas o primeiro capítulo de Génesis,
é a verdade presente para nós.” A.T.
Jones, 102.
[ADF12]“Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o
exército deles pelo espírito da sua boca….
“Porque falou, e foi feito; mandou, e logo apareceu.” Salmo 33:6, 9.
Isto significa então que é o poder criador de Deus. O
processo é Ele chamar à existência aquilo que deseja criar. Ele fala e a
substância aparece. “Então disse o Senhor, ‘haja luz’; e houve luz.”
Esse poder criador pelo qual o Senhor fez os céus e a
Terra é o evangelho, o mesmo poder que nos é apresentado hoje como o meio pelo
qual a história de Génesis é repetida
dentro do crente. Somente assim pode uma verdadeira preparação para receber a
promessa dada a Abraão ser alcançada.
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto
não vem de vós, é dom de Deus.
“Não vem das obras, para que ninguém se glorie;
“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus
para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Efésios 2:8-10.
“Somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus. Então o
primeiro passo, como vedes, no cristianismo, o primeiro passo no caminho que
Deus quer que o homem tome, pode ser feito apenas
pela criação, pode ser efectuado por uma nova criação do nosso ser. E o
tornar-se cristão é exactamente uma criação como foi fazer o mundo no início. Nenhum
homem pode alguma vez tornar-se cristão excepto sendo criado, tão
verdadeiramente como o mundo foi criado no início.
“E a grande beleza dessa verdade é que é tão fácil
tudo isso ser feito. Porque quando tivermos estabelecido que isso pode ser
feito pela criação, o eu é completamente perdido, como vedes; aquele que sabe
que não há fonte de criação em si; simplesmente tem que desistir. E quando sabe
que pode ser feito unicamente pela criação e é trazido face a face com o
Criador, então é fácil; pois Deus pode criar simplesmente falando a palavra.
‘Ele falou, e foi feito.’” A.T. Jones, 103.
Assim a mensagem de Génesis limpa todo o traço de suficiência própria e faz com que
aquele que o compreende verdadeiramente coloque toda a confiança em Deus como Criador,
Salvador e Restaurador. Ele é visto com o único com a capacidade de resolver
todos os problemas do homem e satisfazer todas as necessidades humanas. Nenhuma
outra ilustração além desta pode sair dum profundo e diligente estudo do
primeiro capítulo de Génesis.
Quando a Terra era sem forma e vazia e estava em
trevas, “… o Espírito do Senhor movia-se sobre a face das águas.
“E Deus disse, ‘haja luz: e houve luz.’” Génesis 1:2, 3. (KJV.)
“Ora essa palavra ‘movia-se’ significa ‘pairava.’ É o
mesmo pensamento exactamente quando Jesus falou ao povo de Jerusalém: ‘Jerusalém,
Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas
vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha os seus pintos debaixo das
asas, [Ter-vos-ia juntado; Eu teria cuidado de vós; ter-vos-ia protegido e
trazido desta protecção como coisa nascida de novo, para glória de Deus]: e não
quiseste? Eis que a vossa casa se vos deixará deserta. E em verdade vos digo
que não me vereis até que venha o tempo em que digais: Bendito aquele que vem
em nome do Senhor.’
“o pensamento que Jesus exprimiu nestas palavras
acerca de Jerusalém é precisamente o pensamento que disse no segundo versículo
de Génesis. O Espírito de Deus
pairava sobre essa coisa criada, que, até o Espírito de Deus vir sobre ela, era
sem forma e vazia. Mas quando o Espírito de Deus veio e pairou sobre ela, a
organização começou. Então começou a forma de Deus organizar.” A.T. Jones, 103.
Para muitas pessoas, a palavra “pairava” significa
estar preocupado, mas esse não é o pensamento em Génesis. Portanto, o Espírito Santo que pairava é o espírito dador
da vida que se move sobre o crente a fim de produzir a vida eterna nele. Há poder
neste conhecimento. Quando carregado com a doença do pecado, ou pelo sofrimento
da enfermidade física, a cura vem quando o suplicante em fé viva invoca o
ministério do protector (dador de
vida) Espírito Santo.
É também vital reconhecer que quando o Espírito de
Deus pairava sobre a face das águas e
ordenou à luz que penetrasse as trevas, a obra da criação não estava completa.
Apesar de Deus ter apenas falado a palavra foi feito, mas do que um fiat era
necessário para levar a obra ao término. O segundo dia viu o aparecimento da
terra seca; o terceiro, vegetação; o quarto, o estabelecimento do sol e da lua;
o quinto, as aves e os peixes, e o sexto, a criação de todos os animais,
seguido pela coroação de toda a obra, a formação do homem e da mulher.
“Aqueles passos sucessivos na criação do mundo,
através de todo o processo da criação, não foram dados por crescimento da criação original. Os passos sucessivos do primeiro
capítulo de Génesis não foram dados
por crescimento a partir do original chit de criação. [Voices all over
the house; Amem.] Vedes? Como é que foram dados esses passos? – por sucessivas criações. Isso diz-vos a vós e a mim
isto: Nós tornamo-nos cristãos apenas
pela criação; nós permanecemos
cristãos apenas pelo poder criador; crescemos na graça cristã apenas pelas sucessivas criações de Deus. Não há
desenvolvimento na vida cristã excepto pelo directo poder criador do Deus do
Céu, através da Sua palavra, através do Espírito Santo.” A.T. Jones, 104.
Para compreender e experimentar esta inicial e continuada
obra criadora é preciso fazer a distinção entre o chamamento da matéria
existente e a subsequente organização dessa matéria nas formas funcionais
vivas. A chave está no reconhecimento que ambas são realizadas pelo processo da criação – Deus fala e está
feito – em vez da implantação de uma semente e a subsequente chegada à
maturidade através do prolongado processo de um sólido crescimento.
Foi no primeiro dia da criação que Deus falou e trouxe
o mundo à existência. Mas essa obra criadora deixou-a sem forma, vazia, e
envolta em impenetráveis trevas. Nessa condição, era completamente inabitável,
precisando de uma sucessão de actos criadores a fim de a tornar própria para o
homem habitar nela. Para completar a obra criadora do primeiro dia, o Senhor disse,
“’haja luz’; e houve luz.”
No segundo dia, nada de novo and fresh foi chamado à
existência. Pelo contrário, o poder criador de Deus foi usado para organizar
aquilo que existia. Muitas águas que inundavam a Terra foram elevadas acima do
firmamento para que houvesse uma separação entre as águas que estavam acima da Terra
das que estavam na Terra. Para realizar isto o Senhor empregou um processo
padrão de criação – Ele falou e logo se fez!
Havia outra forma pela qual Ele podia ter alcançado
isto – empregar as forças naturais para obter o mesmo resultado. Podia ter
ordenado ao Sol e à Lua para lançarem o seu calor combinado sobre a Terra num
nível que teria sido então oito vezes mais do que é agora.[2]
Isto teria tido o efeito de evaporizar a água que estava no vasto oceano sob a
qual a terra estava submersa e de a elevar acima da Terra e de a elevar acima
da Terra. O processo iria diminuindo progressivamente à medida que mais e mais
vapor suspenso no firmamento permitisse que cada vez menos calor atingisse a
água que se encontrava em baixo até parar por fim completamente. Era assim que
podia ter sido feito, mas isso não teria sido pelo processo da criação. Em vez de ser realizado imediatamente, teria
exigido algum tempo.
Do mesmo modo veio a obra do terceiro dia. A Terra, que
já não estava inundada com água, estava agora pronta para ser vestida com um
manto de vegetação. Isto podia ter sido feito por outro método diferente do
processo de criação. Deus podia ter feito a obra da mesma maneira pela qual os
homens operam hoje. Podia ter plantado as sementes no solo e depois esperar
enquanto o lento processo do crescimento desenvolvesse cada planta até à
completa maturidade. Se Deus tivesse operado desta maneira, Adão e Eva teriam
sido instalados num mundo incapaz de os suportar ou a qualquer outra criatura,
porque as sementes plantadas no terceiro dia não estariam germinadas ao sexto, não
produzindo alimento.
Mas Deus disse, “haja árvores, plantas e ervas” e
instantaneamente elas apareceram, prontas para sustentar todas as criaturas
vivas. E assim pelo uso do processo
de criação, Deus preparou o mundo no sexto dia para o homem habitar.
Adão e Eva também foram criados. Eles não brotaram de
uma semente e avançaram de bebé até serem adultos como os homens de hoje. Deus
tomou a matéria existente da qual formou o homem e de seguida soprou nele o
sopro da vida e desta maneira o homem se tornou uma alma viva.
Assim trabalhou Deus unicamente pela criação durante a
primeira semana da existência desta Terra. Em cada passo criador a Terra
avançou até ser alcançado o resultado final – um homem e uma mulher perfeitos.
Assim é na obra da recriação. Depois a obra inicial
ter sido feita, seguem-se uma série de actos criadores nos quais Deus fala e é
feito até o resultado final ser alcançado – um perfeito candidato ao reino.
Isto é necessário porque, por causa do pecado, a mente
a alma do homem tendo regressado, espiritualmente falando, ao estado deformado,
vazio, sem luz, desprovido de vida em que a Terra se encontrava no primeiro dia
da criação. Desde esse mesmo ponto de partida, uma obra idêntica tem que ser
feita outra vez antes de estar suficientemente satisfeito para repousar da Sua
obra criadora.
É altamente significativo que, ao mesmo tempo em que,
sob o ministério do primeiro anjo, o Senhor está a chamar o Seu povo a uma
verdadeira compreensão do Génesis os
sábios do mundo estão a expor outro processo como um meio pelo qual a Terra
começou a existir e a vida nela se tem desenvolvido. Esta é a assim chamada
teoria da evolução que ignora completamente o papel de um Deus criador e
atribui a organização da matéria em formas de vida como o resultado de um
suposto poder inerente à própria matéria. Enquanto os que crêem na história,
meios e processos da criação revelados em Génesis
repousam inteiramente em Deus como a Fonte de suprimento para todas as
necessidades, os evolucionistas dependem da inteligência e poder em si próprios
para resolver os seus problemas e esperança para avançar de um nível para o
seguinte. O facto real é que eles descem de um nível para um ainda mais baixo,
conduzindo a uma extinção final.
Enquanto o processo de Deus requer apenas um momento
de tempo, os evolucionistas especulam sobre milhões de anos para que o homem
chegasse ao estado presente.
Génesis então, é a resposta para a auto-suficiência dos
evolucionistas. Ele destrona o orgulho humano incluindo a suposta aprendizagem
e sabedoria do homem e estabelece o Altíssimo no lugar certo. Mas ninguém está
qualificado para enfrentar os evolucionistas simplesmente conhecendo a história
da criação, nem mesmo pela aprendizagem acerca
dos seus meios e processos. Somente quando o verdadeiro crente se torna ele
próprio uma nova criação e conhece em si mesmo o poder e a perfeição dessa obra
criadora, pode enfrentar e expor a falsidade da teoria destruidora da alma da
evolução.
“É tempo para Deus revelar ao Seu povo a verdadeira
filosofia do primeiro capítulo de Génesis
de modo que Deus, no Seu povo, possa levantar perante o mundo a Sua luz e o
poder da Sua criação, contra os insidiosos enganos de Satanás, que estão a
conduzir o mundo para o abismo eterno. É isso que está nisto; e Deus quer que
cada um de nós, o Seu povo, se ligue assim com esse poder criador, para
encontrar esse poder criador vivo em nós, como o único meio para o nosso
progresso, do nosso crescimento cristão, para que possamos permanecer na luz de
Deus e sobre esse firme fundamento da palavra de Deus e confirmar à letra de
tal maneira que o mundo não possa duvidar disso. Podem rejeitá-lo escolhendo
não render a ele; mas não podem duvidar dele; o poder estará nele; Ele quer que
nos certifiquemos que esta nova filosofia a respeito do primeiro capítulo de Génesis é uma filosofia falsa e
meramente uma assim chamada ciência. Ele quer que a verdadeira ciência de Génesis sobressaia. Ele quer que a
verdadeira filosofia de Génesis seja
a luz do mundo. A verdadeira ciência e filosofia de Génesis é a criação. E nenhum homem pode ensinar isto, nenhum homem
a pode estabelecer, a menos que a conheça na sua própria vida.” A.T. Jones,
104.
Assim a verdadeira ciência da criação, a verdade real
do primeiro anjo, torna-se a resposta para as condenadoras filosofias do
ateísmo e evolucionismo apenas quando ela se torna a resposta real para o
problema do pecado no dedicado crente.
Aquele que toma o seu lugar do lado de Deus no
conflito final tem que ter aprendido como aplicar o processo de criação a toda
a necessidade que surge à medida que avança de um nível de perfeição para outro
no seu caminho para chegar a uma obra de criação acabada. Como é que isto é
feito? Não se chega lá tentando abandonar este ou aquele hábito, ou pelos
severos esforços da disciplina enquanto as raízes permanecem intocáveis. Esta
aproximação é uma cansativa e infrutífera tentativa que não produz a
finalização da obra da criação no crente.
Ela apenas pode ser feita quando o crente que
compreende o processo da criação pelo
menos em teoria, investiga as Escrituras até encontrar a palavra criadora que
satisfaz exactamente a sua necessidade espiritual e depois aplica essa palavra
à sua deficiência seja ela física, mental ou espiritual. Pela fé ouve a voz
divina declarando, “haja saúde” e sabe que assim é e verifica que assim é. O
poder criador limpa toda a doença e a vida e a saúde tomam o seu lugar. “Descobri
apenas a palavra de Deus falada e a vossa enfermidade desaparece perante o Seu
poder criador, como na palavra falada através do Espírito.” A.T. Jones, 104.
Esta é a bem sucedida e prática aplicação da mensagem
do primeiro anjo. Quando esta viva, criadora verdade é verdadeiramente bem
conhecida, experimentada e proclamada pelos verdadeiros filhos de Deus como
devia ser, cumprirão por fim o seu destino. O Altíssimo e eles trabalharão em
conjunto para a finalização da Sua poderosa obra e a população de toda a Terra
será chamada a tomar a decisão inquestionável e final. Embora muitos escolham
de modo errado, não serão capazes de contradizer o tremendo poder contido na
mensagem. Aqueles que decidem pelo lado certo estarão devidamente preparados
para passar o escrutínio examinador do juízo investigativo e obterão a admissão
na eterna morada dos santos.
Que cada crente aprenda a caminhar à sombra do protector Espírito Santo, de modo que a
sua vida seja uma sucessão de actos criadores que conduzem a uma perfeita vida
cristã e à preparação para o Céu. Como nunca antes, o crente em Jesus precisa
ver que a mensagem do primeiro anjo é o evangelho, o poder criador de Deus que
é revelado em Génesis onde a
história, os meios e o processo da única forma de Deus trabalhar são revelados.
Quando estas grandes verdades são compreendidas na sua correcta relação entre
si e quando elas se tornam uma viva experiência de cada um dos verdadeiros
filhos de Deus, a obra será acabada muito rapidamente e Cristo levará os seus
testados e provados servos para o lar para a Sua santa habitação. Então Deus
repousará outra vez com a Sua obra finalizada perante Si. Não permitais que
haja mais demora! Que os filhos de Deus entrem rapidamente em tudo aquilo que o
Senhor tem para eles!
[1] Devido ao que o publicador deste
livro sente é um erro tipográfico, a palavra “nele” aparece no original, onde
devia ser “neles”.
[2] Vede o Capítulo 25 de Behold Your God, publicado pela
Publicadora da Igreja do Advento do Repouso do Sábado.
[ADF1]Para
se ter visão espiritual tem que se ter colírio. O colírio é o discernimento
espiritual. A visão do povo precisava aclarear para poderem compreender na
condição de apostasia em que se encontravam.
[ADF2]Mensagem
do 1º Anjo, Romanos 1:16 “o evangelho é o poder de Deus para a Salvação de todo
aquele que crê”.
[ADF3]Só
Deus tem o poder criador para acabar com o pecado e a esse poder e o poder que
pode criar uma nova vida num homem escravo do pecado com o decorrer do estudo
vamos compreender como esse poder Criador pode ser aplicado.
[ADF4]Portanto
a mensagem não são só as palavras de Deus mas tb o poder para salvar o homem da
situação em que se encontra. Significa que ao estudar esta mensagem e com o
guia do Espírito Santo temos o caminho para a criação de uma nova vida e isso
pode ser experimento pois nela está o “PODER”.
[ADF5]Aqui
esta a chave a pessoa não prega um argumento nem teoria nem uma coisa que
viveu, pode tentar mas não tem certamente o poder vivo nela porque não passou
por a experiência, não é uma prova viva do que aconteceu não sabe o que pode
passar se não passou ou viveu por isso.
[ADF6]Portanto,
a necessidade do Génesis apareceu nesta altura porque o povo estava numa
condição de escravidão da qual precisava de compreender a obra da criação como
Moisés teve que compreender por 40 anos pois esse era o caminho para saírem da
condição e para assim se prepararem não para entrar em Canaã terrestre mas na
Canaã celestial.
[ADF7]E
sendo isto aquilo que eles queriam e ansiavam mesmo assim não entraram pois a
mesma condição que os levava a ansiar querer aquela terra foi tb a mesma que os
cegou e os levou a não entrarem e a temerem o que poderiam ali encontrar depois
do relato dos espias nem as experiências até ali passadas e a demonstrações do
poder de Deus, devido a sua condição só os afastava mais e a não conseguirem
ter a fé para acreditar nas promessas estando muito aquém de cumprirem as
condições.
[ADF8]O
Santuário aqui dito não é o santuário “edifício” mas sim o santuário homem onde
como todos nós sabemos Deus tem que habitar, por isso Deus lhes deu a lei e
nela estava contida tb o caminho para a salvação pois como pode habitar dois
senhores no mesmo templo do coração?????
[ADF9]Como
a experiência de Paulo em Romanos 7 onde ele se encontra desesperado e sem
forças para mudar a situação em que se encontra…
[ADF10]Não
é Deus que sela a porta da misericórdia porque Ele está lá sempre para nos dar
uma oportunidade o problema e que somos nós próprios que a selamos.
[ADF11]Deus
sempre deu luz ao Seu povo para os guiar na escuridão e os fazer ver a sua
condição em que se encontravam tanto que de dia eles eram guiados pela nuvem e
de noite eram guiados pela coluna de fogo. Portanto o povo teve sempre luz e
isto é um paralelo muito interessante pois prova que aqueles que são
preserverantes e querem seguir o caminho Deus sempre lhes dará a luz para lhes
tirar da escuridão e os guiar.
[ADF12]O
que temos que procurar investigar e saber e aquilo que Deus nos dá para
podermos sair da nossa condição. Deus dá-nos o poder criador que está contido
no evangelho criador de Deus que é o poder para a salvação de todo aquele que
crê.
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